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O Que Resta: Arte e Critica de Arte

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Esta coletanea reune parte expressiva da producao ensaistica de Lorenzo Mammi. Um dos nomes mais importantes da critica cultural brasileira, Mammi traz pela primeira vez uma amostra representativa de sua producao, forjada ao longo dos ultimos trinta anos.

Salvo duas excecoes, um sobre Fred Astaire, outro sobre boxe, os ensaios centram foco nas artes visuais. Os seis primeiros, mais abrangentes, apresentam as linhas de forca de seu pensamento, tais como a questao da autonomia da obra de arte. No restante do livro, os conceitos teoricos mais amplos sao postos a prova em poeticas individuais - de Nuno Ramos, Paulo Pasta e Jose Resende ate a obra do critico italiano Giulio Carlo Argan, fonte central na formacao de Mammi. Isto, Aquilo e o Valor Disso, um dos ensaios de abertura do livro, exemplifica o alcance da reflexao de Mammi. A comparacao entre dois trabalhos, um de Jasper Johns, outro de Kenneth Noland, leva-o a discutir como obras tao semelhantes podem ser situadas em categorias a primeira, moderna; a segunda, contemporanea.

As bordas, ensaio mais longo do livro e, em parte, tambem inedito, e candidato a condicao de classico. O texto conduz a hipotese de que, a partir dos anos 1990, pode ter chegado ao fim o periodo conhecido como arte contemporanea, visto que nao ha mais uma relacao necessaria, espontanea, entre praticas artisticas e formacao de novos sujeitos sociais.

Nao e exagero dizer que o debate sobre artes no Brasil e alcado a um novo patamar com a publicacao desse livro.

Paperback

Published January 1, 2012

About the author

Lorenzo Mammì

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Histórico Acadêmico
2009 Livre-docência em Filosofia pela Universidade de São Paulo
Título do trabalho: Santo Agostinho e as Artes Liberais
1998 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
Orientação: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva
Título do trabalho: Santo Agostinho, O Tempo e a Música
1990 Graduação em Música pela Universidade de São Paulo
Linha de Pesquisa
História da Filosofia Medieval
Musicologia

Pesquisa em desenvolvimento
Som e Imagem: Formas simbólicas e limites da linguagem na Literatura Patrística ocidental
Resumo: A cristianização do Ocidente levou a uma rejeição das práticas musicais e representativas tradicionais, comprometidas com o paganismo. A condenação dos espetáculos teatrais, por um lado, e o receio da idolatria, por outro, foram obstáculos importantes à transmissão das práticas artísticas antigas. No entanto, justamente nessa época (entre os séculos IV e VIII da era cristã) foram criadas as bases de um novo tipo de arte e de música, cujas características são fundamentais para entender o desenvolvimento ulterior da cultura européia. As pesquisas conduzidas até o presente momento sobre as teorias musicais e o pensamento estético na literatura patrística me parecem mostrar alguns limites, que têm dificultado a compreensão de aspectos essenciais dessa transição. Por um lado, especialmente nos estudos musicais, prestou-se uma atenção quase exclusiva aos tratados técnicos, que em geral se preocupam em transmitir a tradição científica grega de maneira o mais possível fiel (com equívocos, é verdade, que não são de todo casuais e irrelevantes), enquanto os textos que tratam do uso pastoral e do significado místico dos cantos não são estudados sistematicamente, comparecendo apenas por algumas citações de praxe. Na minha tese de doutorado, tentei mostrar, em primeiro lugar, a relação entre novo valor dado à música e surgimento de uma idéia de consciência na obra de Agostinho de Hipona; em segundo lugar, como essa relação sustenta não apenas muitos aspectos do pensamento agostiniano (a relação entre música e linguagem, música e consciência e, por essa via, a relação entre música e tempo), mas também a estrutura profunda do canto cristão posterior, tão distante da tradição grego-romana. A uma idéia de música como forma proporcional objetiva, presente nas relações entre medidas sonoras, típica da cultura antiga, corresponde, em época cristã, um modelo de canto como expressão de um movimento interior, que se expressa não nos, mas mediante os sons.

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