Tatiana Salem Levy is a Brazilian writer and translator. Her parents were Turkish Jews established in Portugal during Brazilian military government. She studied literature at the Federal University of Rio de Janeiro and the Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro and she has lived in the United States and France.
هذه الرواية وخزات من الألم...لم تكن أبداً كلمات... الألم موجود في كل شيء ، وفي كل انحاء العالم ، وفى كل جزء منا.... مشاعرنا تتغير ، ولكن الألم يبقى كما هو ، في كل شيء مررت به في حياتي ، في الحب ، في سعادتي ، في معاناتي ، في الحداد ، في احلامي ، لم يخل أي من هذه الأوقات من الألم......
Se finora ho letto, purtroppo, pochissimi autori latino-americani di lingua spagnola, non mi era ancora capitato di imbattermi in uno di lingua portoghese. Tatiana Salem Levy, classe 1979, è una scrittrice e traduttrice brasiliana che può però vantare la nascita a Lisbona, “in esilio” come lei scrive, e un’ascendenza turca di origine ebraica. Un nome, il suo, di grande suggestione che, in verità, evoca tutt’altri luoghi rispetto a quello d’oltreoceano dov’è cresciuta. Proprio queste origini familiari dell’autrice stessa sono al centro de “La chiave di casa”, suo romanzo d’esordio. Un esordio ben felice, a mio giudizio, poiché in quest'opera prima scorre una scrittura già matura, affascinante, a tratti di una profondità di pensiero che lascia interdetti e induce a riflessioni che s’aprono nel cuore tremende come voragini. È la storia – autobiografica, peraltro – di una giovane donna che intraprende un lungo viaggio tenendo in tasca una chiave affidatale dal nonno con il compito di ritrovare la vecchia casa di famiglia nella città turca di Smirne, da cui lui si era imbarcato molti decenni addietro alla volta del Brasile in cerca di futuro. Sarà un viaggio non soltanto in senso geografico, ma anche (e forse soprattutto) interiore, mentre piani temporali e luoghi diversi s’intrecciano meravigliosamente in una narrazione che si compone, tassello dopo tassello, come un sorprendente puzzle. Un libro di memorie, smarrimenti, dolore (“Il dolore è in tutto, […] in tutti gli angoli di noi stessi.”), sentimenti e intenso erotismo, a tratti crudele, che lascerà indicibile amarezza e ferite profonde nell’anima della protagonista. In queste pagine trova ampio spazio un dialogo mai interrotto tra madre e figlia, così come risulta appassionante la storia della prima quando, da ragazza, venne arrestata e torturata durante gli anni della dittatura militare in Brasile. Molto affascinante, inoltre, il ritratto che emerge della città di Istanbul, con le sue strade e piazze affollate, le porte, gli hammam e le moschee. Una bellissima lettura che mi ha particolarmente colpita: certi libri, talvolta, sembrano capitare nella nostra vita all’improvviso ma al momento giusto, svelandoci qualcosa di noi che non avevamo considerato pienamente e dando infine risposte inaspettate alle nostre domande. Cinque stelle e quasi lode!
“[…] sento una voce che inonda la piazza, la città. Una voce che sembra provenire da nessun luogo, da un luogo distante, sconosciuto. Il suono sembra graffiato, malinconico, un vero e proprio lamento. Ho la sensazione di averla già sentita prima, ma anche la certezza di non averla sentita mai. Vedo le persone affrettarsi, correre da un lato all’altro. Deve essere questo, allora, il richiamo alla preghiera.[…] Il canto continua, si prolunga ancora quattro volte, echeggiando in modo inatteso in qualche parte arcaica del mio corpo, qualche memoria che ignoro. La voce – un gemito, un lamento – si espande per tutta la città fino a cessare. Allora, Istanbul sembra morta e sento che c’è in me qualcosa di molto antico che comincia a rinascere.”
Tatiana Salem Levy idealiza e reconstrói suas raízes e sua identidade por meio de uma trama autoficcional fragmentada, em que quatro narrativas se entrelaçam. Um jovem turco de família judia, nascido em Esmirna, imigra para o Brasil em meados da primeira metade do século XX, trazendo consigo motivos dolorosos, mas também garra e desejo de vencer no novo país. Após décadas longe da terra natal, ele entrega à neta a chave da casa onde passou a infância e adolescência, atribuindo a ela a missão de regressar à Turquia, em busca da casa e da história familiar. A chave de casa foi indicada ao Jabuti e venceu o prêmio São Paulo de Literatura em 2008, um ano após a sua publicação.
Tanto Tatiana quanto sua personagem nasceram em Lisboa, em 1979, no exílio dos pais durante a ditadura militar brasileira. A protagonista, cujo nome em momento algum nos é revelado, sofre e está paralisada em cima de uma cama ao receber a missão do avô. A perda da mãe, o relacionamento abusivo em que havia se envolvido no passado, os problemas com a própria saúde, somados ao peso que ela crê carregar nos ombros graças à herança familiar, causam nela essa imobilidade. Aceitar a missão e arriscar-se é sair desse estado de imobilidade.
Os diversos fragmentos que estruturam a narrativa resgatam a memória de três gerações. O leitor é guiado tanto pela voz da protagonista, que se permite inventar e recriar esta memória, quanto pela voz de sua mãe, que, já morta, mantêm uma espécie de diálogo com ela. Nestas conversas, a mãe questiona a filha a respeito de sua percepção triste e dolorosa do passado da família Tember: “Por que levar tudo para o lado da dor? Por que sempre assim, desde pequena? A história do seu avô não é feita só de perdas. Essa história que você conta também tem outras histórias” (pág. 64).
As personagens femininas de Tatiana me parecem ter um destaque especial nessa obra. Diversas delas surgem e desaparecem no decorrer do texto, sempre deixando suas intensas marcas e vestígios. Rosa, a paixão impossível do avô, é um exemplo, assim como a misteriosa mulher com quem a protagonista troca intensos olhares no seu primeiro banho turco em Istambul. Gosto da atenção que a autora dá as personagens femininas, em especial à relação mãe e filha. Minhas últimas leituras, como Formas de voltar para casa de Alejandro Zambra, Uma duas de Eliane Brum, Demian de Herman Hesse evidenciam relações conflituosas de mãe-filho (a), o oposto do que encontrei em A chave de casa. É fortificante “sentir” o desejo de mãe e filha de manterem-se unidas, mesmo em momentos de adversidades torturantes: “Não vou dizer que não sofri, seria mentira. Mas também vivi naquele hospital a alegria mais profunda. Nós duas fechadas no mesmo quarto durante duas semanas, eu nunca tinha sentido amor tão à superfície” (pág. 78).
A viagem de regresso à Turquia e, posteriormente, seu reencontro com Portugal tornam-se um retorno ao self, ao interno: “nasci no exílio. Em Portugal, de onde séculos antes a minha família havia sido expulsa por ser judia. Em Portugal, que acolheu meus pais, expulsos do Brasil por serem comunistas. Demos a volta, fechamos o ciclo: de Portugal para Turquia, da Turquia para o Brasil, do Brasil novamente a Portugal”. O ciclo possibilita à protagonista (e talvez à autora) a ressignificação do passado e da herança familiar.
Diversos pontos me agradaram na narrativa da Tatiana Salem. Inicialmente destaco a força do título que vai ao encontro da lenda portuguesa que inspirou fortemente o enredo. Essa lenda, que sobrevive há séculos, conta sobre a perseguição que os judeus sofriam da Inquisição, na Idade Média. Impedidos de permanecerem em suas casas, os judeus perseguidos fugiam levando consigo as chaves de casa, com a esperança de um dia retornarem à sua terra e solicitarem a posse do que lhes pertencia. O tio-avô da autora também passou por essa situação, inspirando-a.
Os personagens de Levy são descortinados aos poucos durante a leitura. Inicialmente, fiquei um tanto confuso com as vozes, fragmentos e lacunas do romance. Porém, à medida que avancei, percebi que a estrutura do texto foi muito bem elaborada e os fragmentos evidenciam descrições que se encaixam, facilitando a navegação pela trama. O mosaico individual, familiar e cultural criado pela autora segue uma temporalidade não-linear; ela nos leva do passado ao presente em três países: Turquia, Portugal e Brasil. A força da obra é evidenciada em diversas perspectivas. As que mais me agradaram foram: a estrutura desafiadora; a autoficção; a narrativa vagando do prazer a dor, da mobilidade à imobilidade; os temas como a busca da identidade, a relação amorosa abusiva, o exílio na ditadura, a imigração e a memória.
"Tenho em mim o silêncio e a solidão de uma família inteira, de gerações e gerações." 💭
"A chave de casa" é a história de uma escritora que vai até à Turquia para descobrir as origens da sua família. É um livro sobre luto, sobre o passado, o poder da memória e da história - as dores e as alegrias - que herdamos da nossa família.
Este é um livro a várias vozes, já que conhecemos a história do avô - que sai da Turquia para o Rio de Janeiro à procura de uma vida melhor -, dos pais - sobretudo durante a ditadura militar brasileira, que os obriga ao exílio em Portugal -, e da autora/narradora - sobre um relacionamento intenso com um homem, sobre a perda da mãe, e a forma de lidar com o sofrimento e o luto.
A escrita é fluída e, à primeira vista, este pode parecer um livro simples. Mas o que Tatiana escreve nunca é simples, já que escreve com uma carga emocional muito intensa. Uma viagem que significa a procura da identidade, onde é narrada a história de uma mulher do Rio de Janeiro, nascida em Lisboa, com descendência judia e turca.
Eu gosto muito da escrita da autora, identifico-me muito e faz-me lembrar Annie Ernaux (que eu amo 🥺) e Tatiana está a tornar-se uma das minhas autoras favoritas.
"A chave de casa" é um livro de auto-ficção? Meio autobiografia, meio ficção...? Não sabemos bem, mas isso também não é importante. É muito interessante o que Tatiana faz neste livro, como tem conversas com pessoas que já cá não estão, como nós nunca sabemos o que aconteceu ou não, como mostra claramente que este é um livro de memórias e emoções, e não um livro de factos. Eu já disse que sou muito fã da Tatiana?
Como "Melhor não contar", é um texto muito íntimo, que mexe com o leitor, que nos leva a conhecer as dores mais profundas da autora... ou da narradora. Recomendo! ❤️
A escrita de Tatiana Salem Levy é simples mas poética, gera ritmo que nos envolve, cria fluir que nos arrasta. Com uma história que apesar de também simples, está estruturada de modo não-linear, por meio do entrelaçamento de 4 histórias, em paralelo, que se unem na figura da família da narradora. Enquanto primeira obra e enquanto trabalho de projeto a apresentar como parte de uma tese de doutoramento em literatura, é um trabalho surpreendente.
Abertura do livro: “Escrevo com as mãos atadas. Na concretude imóvel do meu quarto, de onde não saio há longo tempo. Escrevo sem poder escrever e: por isso escrevo. De resto, não saberia o que fazer com este corpo que, desde a sua chegada ao mundo, não consegue sair do lugar. Porque eu já nasci velha, numa cadeira de rodas, com as pernas enguiçadas, os braços ressequidos. Nasci com cheiro de terra úmida, o bafo de tempos antigos sobre o meu dorso. Por mais estranho que isso possa parecer, a verdade é que nasci com os pés na cova. ”
Levy começou a sua tese da forma mais tradicional, desenvolvendo um trabalho de fundo sobre a literatura brasileira contemporânea, contudo a insatisfação com o academismo do mesmo acabaria por a conduzir à criação deste romance, que surge desta forma como a sua primeira obra literária. A essência deste seu trabalho acaba assim por residir na exploração das raízes do Si por meio de uma análise em detalhe das suas ramificações familiares, que são particularmente instigantes pelo resumo que se pode ver aqui:
Excerto: “Nasci no exílio: em Portugal, de onde séculos antes a minha família havia sido expulsa por ser judia. Em Portugal, que acolheu meus pais, expulsos do Brasil por serem comunistas. Demos a volta, fechamos o ciclo: de Portugal para a Turquia, da Turquia para o Brasil, do Brasil novamente para Portugal.”
Na temática, o título da obra, “A Chave de Casa”, e seu leitmotiv, baseiam-se exatamente num mito em redor da partida dos judeus de Portugal. Os judeus, perseguidos pela inquisição em Portugal, fugiam levando consigo as chaves de casa, na esperança de poderem voltar um dia ao que era seu. O livro por sua vez leva-nos do Brasil à Turquia, na volta passa por Portugal, criando um circuito de costumes, sonhos, ideais, e muitos fantasmas que são a motivação das nossas vidas
Em termos de estrutura, o entrelaçar narrativo a 4 tempos é sedutor, mantém-nos em suspenso, sempre na espera do próximo trecho de cada história, embora soe por vezes algo formulaico, pouco orgânico, algo que não é alheio à inexperiência de uma primeira obra.
Um livro que é cheio de vozes e lugares. A narradora dialoga ao mesmo tempo com diversas pessoas: o avô, o ex-namorado violento, o possível novo amor português, a mãe convalescente, a mãe da infância, a mãe que já se foi, com estranhos e consigo própria. Na mesma proporção, são múltiplas as vozes que chegam até ela, assim como também são os assuntos aqui tratados. Uma história curta que fala da busca, do resgate, do abandono e da permanência de raizes, valores, passado, tradições e futuro. Nada aqui é permanente, nada é fácil, nada é linear, como exatamente é a nossa vida. Os fragmentos de textos se aproximam, se unem e, à primeira vista, não formam uma costura muito clara. Mas depois, com um olhar mais minucioso e marejado, passa a fazer todo o sentido do mundo. Um livraço.
من تركيا إلى البرازيل، ومن البرازيل إلى البرتغال، ومن البرتغال إلى البرازيل، ومن البرازيل إلى تركيا
هكذا تدور الرواية في دوائر متشابكة، أساسها بطلتنا، ذات الرواسب الراكدة في حياتها، ليحرك كمونها مفتاحًا تدخل من خلاله عالم الماضي بكل خيوطه، عالم يتمثل في أصوات آخرين، جدها ووالدها ووالدتها وحبيبها القاسي، دوائر وعلاقات وأحداث كُتبت بشكل مختلف، أقرب للرسائل منه إلى السرد الروائي العادي.
أحببت الترجمة رغم خشيتي في البداية كون تجاربي العديدة مع دار العربي ليست بالجديدة على الإطلاق ولكن ظني خاب هذه المرة وكلي سعادة بذلك!
I must say I really enjoyed "A Chave de Casa." You can tell the book comes from the heart, it was written with body and soul.
Tatiana Salem Levy wrote it as her PhD dissertation, which was to be about contemporary Brazilian literature, but she found it was turning out too intellectual and academic, so her teacher suggested she write it as a novel.
At the time, Tatiana was suffering from a strange illness that kept her stuck in bed for days on end, unable to move. Trying to find out the real origin of this condition, she started searching her mind and her family's story, going over old photographs and family diaries, and that's how she began writing "A Chave de Casa." As she said somewhere else, "this book is a dialogue with ghosts," a study of the meaning of family legacy and the inheritance of pain and loss.
Tatiana manages to tell parallel stories - her grandfather's new life in Turkey, her parents' exile in Lisbon, her mother's illness and death, her own destructive love story with a manipulative man - without ever losing the thread and tying all the knots in the right places.
She's said in an essay about the novel that "while I was writing, I felt I was killing the dead" and that is what she does throughout "A Chave de Casa," in order to regain her mobility and her capacity to live in the present, free of the pain that weighs her down.
The key to the lost house in Turkey is just a pretext to tell all these interconnected stories and she does it with a lot of sensitivity and intelligence, but also with a rather moving innocence. One of my favourite moments in the book is her description of her visit to a Turkish hammam and also all her brief texts in which she analyses the nature of her relationship with a rather violent man. She writes about sex in a direct but elegant way, which I find unusual. It's not too brainy nor too crude, there's a beautiful balance in it.
In short, this is a book I'd recommend to anyone who wants to discover fresh new voices writing in Portuguese.
Em posse da chave da primeira casa do avô, um imigrante turco que aqui prosperou, uma brasileira nascida em Portugal parte numa jornada rumo às origens - suas e de seus antepassados. À história deste avô, que chegou ao Brasil impossibilitado de se casar com seu grande amor, na Turquia, somam-se as histórias da mãe da protagonista, uma militante que viveu no exílio e passa por complicações decorrentes de uma cirurgia, e do relacionamento abusivo que a jovem trava com um homem violento e dominador. Esses enredos se imiscuem de forma um tanto caótica, a partir da trajetória da personagem pelas cidades de Esmirra, primeiro, e Lisboa, depois, mais brevemente. Capítulos curtos, por vezes mínimos, se alternam, nos quais o depoimento da narradora se mistura também com as intervenções desses fantasmas, os que "se calaram antes dela" e lhe atribuem voz aos fatos - por vezes questionando sua autenticidade. Esse jogo, que coloca em xeque o estatuto da memória e da ficção, seus limiares, suas confluências e divergências, etc, está ali, mas não se desdobra (pelo menos não tanto quanto o passeio da protagonista por Istambul - fortemente marcado pelo choque cultural da perspectiva ocidentalizada das personagens sobre as questões de gênero - e seus conflitos sexuais -fortemente marcados por uma ambiguidade interessante, mas por cenas de sexo meio canhestras que põem um pouco a perder a complexidade, aqui nesse território). Em que pese a fragmentação (temporal e de narrativas), a leitura é bem fluida mas essa fluidez por vezes beira o simplório, e aí não dá pra deixar passar umas frases tipo "Entre nós não havia amor. Havia medo" ou "Como é cruel (e bonito) que a vida continue depois de você", né? Principalmente quando elas estão sozinhas numa página inteira. Enfim. Li uns anos atrás o "Dois Rios" e, puxando a impressão que me lembro de ter ficado, acho que os quatro anos que o separam deste "A Chave de Casa" deu a Tatiana Salem Levy mais estofo e maturidade.
Having lived in Turkey for 18 years, the title drew me in. Once I started reading I realized the story was a bit different than the run of the mill emigration story, which was just fine with me--though the changing time frame combined with the first person was a bit confusing at first. The story runs on several threads, all of them revolving around the main character and the history of her family. When the story begins she's in deep depression over a destructive love affair. The trauma of being involved and the end of the relationship leave the main character (a stand in for Levy, surely) paralyzed. Her grandfather gives her a key to the house in Symrna that he left to come to Brazil, so this McGuffin leads her back to the old world. The House in Smyrna is above all a story of what's lost and what's found in a life--the life of the individual, families, cultures, and religion. By using the first person Levy writes a "small" story, but by using first person in a number of different time frames, she expands the story to illustrated how you can't come home to the home that was, but by using materials from the ruins you can build a place more than worth living in. Simple language allows emotions to shine. and Levy has loaded them into, what is above all, a search for identity. I can recommend it.
Curioso topar com esse livro da Tatiana pouco tempo depois de ter lido A Resistência, do Fuks, porque de certa maneira são livros primos, num diálogo que parte de lugares parecidos. Tanto lá como aqui temos famílias migrantes, marcadas por um regime ditatorial, e a voz de um filho (aqui filha) do exílio, uma pessoa em conflito com os conceitos de pátria, ancestralidade. No livro de Tatiana, porém, isso se dá através de uma sinfonia de vozes femininas, que exploram também os signos e as complexidades dessa essência, do ser mulher, brasileira ou portuguesa ou turca ou mãe ou filha. // Curious to encounter this book by Tatiana shortly after reading The Resistance, by Julian Fuks, because in a sense they are quite related; in a dialogue that starts from similar places. Both there and here we have migrant families, marked by a dictatorial regime, and the voice of a son (here daughter) of exile, a person in conflict with the concepts of homeland and ancestry. In Tatiana's book, however, this occurs through a symphony of female voices, which also explore the signs and complexities of that essence, of being women, brazilian or portuguese or turkish, or mother or daughter.
This was an easy and fairly short read, but very enjoyable. Each paragraph is associated with one person from author's life, be it a mother, grandfather or a destructive and passionate lover. Prose is written as an intimate letter to oneself, sometimes as a desperate shout and sometimes as a nostalgic comfort. Although characters have been described vaguely and narrative often skips back and forth, I could see them rising clearly in front of me, especially the grandfather's family in Turkey and his emigration to Brasil. I don't know why, but travelling by ship to another continent and leaving your family and life behind, especially when it comes to massive migrations during 19th and early 20th century, is the saddest and most melancholic thing ever.
I see The House in Smyrna as a poetic examination of one's identity, past and family, spanning across Brasil, Turkey and Portugal. It's an amazing and mature debut novel, although it was written when Levy was still in her twenties. Good read to end 2017 with.
بيتنا في إزمير ل تاتيانا سالم ليفي ترجمة رانيا صبري علي الرواية الحاصلة على جائزة ساو باولو أفضل رواية ٢٠٠٨ بالبرازيل
بداية مخيفة وموجعة لبطلة الرواية المريضة التي تقول : " أنا لا أعرف ماذا أفعل. هذا الجسد الذي لم يملك القدرة على الحركة، منذ أن أتى إلى هذا العالم، لأنني وُلدت على كرسي متحرك، بأقدامٍ ضئيلة ويدين ذابلتين." ❞ لا أعلم ما الذي ينتظرني في هذا الطريق الذي اخترته، ولستُ متأكدة إذا كان هذا الخيار صحيحًا ومنطقيًّا؛ ولكنني أبحثُ عن مغزى، عن اسم، عن جسد، ولهذا السبب سأذهب للعثور عليهم، سأذهب إلى مكان لم أعرفه بعد. ❝
يعطيها جدها اليهودي مفتاح بيته في تركيا ويقول لها أن الأمر يرجع إليها ولكن وكما تقول البطلة: ❞ عندما يتقدم الناس في العمر يطلبون من الناس عمل ما أرادوا فعله طوال حياتهم؛ خوفًا من الموت دون تحقيق ذلك الشيء. ❝
فهل تتمرد على سريرها وسجنها المرضي، وتترك الأرجنتين وتذهب إلى سميرنا "إزمير حاليًا" لترى وتبحث عن الباب الذي لديها مفتاحه؟ الباب الذي تقول عنه: ❞ عرفت أن الأبواب لها قصة وتاريخ. ❝
يتداخل الحاضر مع الماضي فنجد أنفسنا في مشاهد لرحلة الجد من تركيا إلى البرازيل.. وتطل علينا أصوات تصيبنا بالتخبط فلا ندري من هو الذي ولد في البرتغال في المنفى: "البلد الذي أُجبرت عائلتي على تركه منذ قرون لأنهم كانوا يهودًا." وها هي تقول انهم غادروا البرتغال ليس قسرًا بل رجوعًا إلى الأرجنتين لاستكمال ثورة والديها..
ومن ولدت بعملية قيصرية صعبة فيتدخل صوت الأم نافيًا هذا.. ومن هي التي أجرت عملية الطحال؟ ووووووو
وفجأة تباغتنا البطلة بأمر ما، وتخبرنا بموت حبيبها وهذا ما حبسها في سريرها ولكنه يصرخ فيها كي تتخلص من قيودها: "إذا استطعتِ فهم دور الموتى في هذه الحياة، لن تمضي دقيقة في هذا السرير، لا تستسلمي لأن استسلامك يعني نسياني للأبد، عيشي وسأعيش أنا".
تقول الكاتبة مقولة رائعة عن لسان كل الكاتبين والكاتبات: ❞ - لا أستطيع تغيير أسلوبي، أنا أشعر بالسعادة، ولكن ليس هنا، السعادة هي جزء من حياتي أيضًا، في «البارات»، على الشاطئ، مع الأصدقاء، في الرحلات. - إذًا لمَ لا تظهرينها في كتاباتك؟ -لا أستطيع فعل ذلك، إذا لم تنزف كتاباتي، فهي بلا فائدة، إذا لم تخترق الجسد، فهي بلا فائدة. أستمر بالعودة إلى الألم، لأنه هو ما يجعلني أكتب. ❝
مجملًا لم يعجبني العمل بل شعرت بمتاهة لا جدوى منها..
An impactful little novel on identity, nationality, heritage and loss. As other reviewers have mentioned, the structure could do with a little editing. Timelines and narrators change within a page or two, fragmenting the storyline and grossly confusing the reader. While this is likely a technique on the author's side to illustrate how such monumental themes of identity and acceptance can wreak havoc on an individual's life, I believe the same effect could have been achieved if the characters' names were mentioned in passing or if dates were introduced at the start of each passage. Personally speaking, even after finishing the novel, I am still unsure as to who the full cast of characters was.
Despite its setbacks (I read it in the original Portuguese), I still thoroughly enjoyed this novel. I particularly enjoyed the storylines set pre- and during the military dictatorship in Brazil. If anything, it served to reinforce my desire to read more books set in this period.
This book is a bit of a puzzle at the outset. The timeline changes rapidly almost from paragraph to paragraph . The "you" she addresses can be her lover, her mother or her grandfather. She says she is an unreliable storyteller so you never know what it true or what is not.
Her description of sex is graphic but works to show the carnal attraction that the narrator has with her lover and then how it goes wrong. Her writing is beautiful and goes a long way to redeeming the book. At the core, this book is about family, inherited values and stories and how much that inheritance forms a person. Coming from a family that migrated a long way away from their home but always kept the past alive, I can empathise with the narrator on this. Being a pedant, I was shocked at the grammar mistakes in the English translation. How can a translator and editor get the words "lay" and "lie" wrong. I’d broken the rules by laying beside you in the hospital bed For heaven's sake - laying is a transitive verb. You lay something. An egg maybe? How can you be an English translator and not know that?
Você estava sentada no sofá com ar de derrota quando me aproximei e sussurrei em seu ouvido: não faz mal. Se tiver de mudar de mundo, iremos juntas.
Pra mim ficou como um dos livros que você lê, fala: vou processar e quando vê já meio que esqueceu. Eu me envolvi com algumas partes e me sensibilizei muito com alguns trechos. Mas tiveram outras partes... E ai não sei muito o que achei.
Gosto do estilo corajoso da Tatiana. O texto é fluido e forte, o formato e estilo variando de acordo com os capítulos. Em alguns momentos (poucos) beirando o exibicionismo. Infelizmente o enredo não reflete o mesmo trato dado a linguagem. A trama é desarticulada e o formato temporal fraturado atrapalha mais do que ajuda. Me deixou com a sensação de ter lido belos experimentos, não um bom livro.
I thought I wasn't going to like this book but found it really enjoyable, read it for a brazilian contemporary literature class and can't wait to discuss it!
This book was enthralling and translated very well. I connected with the immigrant and family history elements but the flashbacks to the character’s abusive past relationship felt really out of place and jarring.
This entire review has been hidden because of spoilers.
“Por que levar tudo para o lado da dor? … Se não sangra, a minha escrita não existe.”
“Você carrega o que nunca foi falado, o que nunca foi ouvido. O silêncio é perigoso…”
No livro, a autora mistura acontecimentos pessoais com ficção e conta 4 histórias diferentes. A doença é morte da mãe. Um amor e relacionamento abusivo. A imigração do avô para o Brasil. A sua viagem à Turquia pra encontrar a casa do avô.
É o segundo livro que leio da Tatiana e os dois são muito carregados de dor e sofrimento que chegam a ser difícil. E eu achei esse livro bem chato. O início é muito confuso porque as histórias são contadas ao mesmo tempo e é difícil identificar. Depois, isso fica mais fluido, mas ainda assim meio estranho.
É um livro difícil. Sofrido. E que não mexeu em nada comigo.
E eu achei meio ruim esse trem de misturar realidade com ficção e não dá pra saber o que é o que. Principalmente por ser tão pessoal.
Duas coisas que eu amei: - os diálogos que ela tem com a mãe dela. São todos muito bonitos. - uma tradição de alguns judeus que guardam a chave de casa que tiveram que abandonar às pressas. É uma forma bonita de preservar o passado.
Eu sei que ela ganhou prêmios por esse livro, mas gostei não. Não recomendaria.
O “Vista Chinesa” é sensacional. Recomendo a ler. É um relato de um acontecimento pessoal muito pesado.
Overall, didn’t enjoy this book much. The story gets better as the different stories of the people get all tied up together but there were a few things that really annoyed me about this book.
1) The author uses word/phrase repetition to create a dramatic effect around seemingly ordinary things which made it seem like she was trying too hard to invoke feelings from the reader. Her style reminded me of the English class essays students write in high school. Her glorifying look on “pain” sounds cheesy.
2) The part about the passport officer asking her to get a visa to enter Turkey was also overly dramatized. She could easily get a Turkish visa (also cheap) right at the Turkish airport (compared to getting a US visa, this should be one of the easiest things) and still made a huge deal about it.
3) Her view of Istanbul/Turkey has been almost exclusively through a lens of Islam. Her observations about Istanbul and Turkey fail to incorporate the complex nature of politics and religion in the country. She describes today’s Turkish Bath (hammam) as an “Islamic ritual.” Tying hammam solely to Islam stripes it off of its years-long cultural ties and modern usage.
Brazil and Turkey both were captured beautifully. The reader can step in and out every corner. Witty, full of history and some parts will make you smile.
There were parts in which I thought was not needed. Particularly some adult descriptions. Its taken me a while to read, up to 50 pages I was sold but after that my attention wafted.
I would like to thank Scribe UK for providing me with a copy in exchange of an honest review.