O que une um homem ao seu pai quando mais nada pode fazê-lo? O futebol, muitas vezes. É o que acontece com Miguel João Barcelos. E talvez por isso, pela importância central que o “jogo bonito” sempre teve, ele decide começar precisamente por aí a sua transformação como homem. Atrás, tem dois casamentos fracassados e uma monótona carreira de profissional de seguros. À frente, uma misteriosa executiva de saltos altos, determinada a virar do avesso as certezas sobre as quais ele esperava erguer o projeto de nascer de novo e o desafio de violar esse compromisso sagrado segundo o qual um homem muda tudo – de mulher, de partido, de religião, talvez até de sexo –, mas nunca de clube de futebol.Um escrito sobre a solidão que é, ao mesmo tempo, uma viagem ao coração dos homens e um tributo ao indecifrável poder das mulheres.
Joel Neto é autor dos romances "Arquipélago" (2015), "Os Sítios Sem Resposta" (2013) e "O Terceiro Servo" (2000), para além do volume de contos "O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas" (2002) e de vários outros livros de diferentes géneros. Publica semanalmente no jornal "Diário de Notícias" a coluna "A Vida No Campo", série de relatos sobre o seu próprio regresso à Terra Chã, freguesia rural da ilha Terceira (Açores), e é cronista permanente de vários diários portugueses e da diáspora portuguesa. Antigo jornalista, trabalhou na imprensa, na televisão e na rádio, nas qualidades de repórter, editor, comentador e anfitrião, tendo ligado o seu nome à maior parte dos principais meios de comunicação social portugueses. "Arquipélago" (ed. Marcador/Os Livros RTP) mereceu rápido aplauso da crítica e do público, esgotando a primeira edição ao fim de duas semanas. O seu último livro, "A Vida no Campo (ed. Marcador), publicado em Maio de 2016, esgotou a primeira edição ainda antes de chegar às livrarias.