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Viagens na Minha Terra

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Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses #1

O Romance resume-se, a intricada história, de uma velhinha com sua neta Joaninha. A menina –moça, tem um primo, filho da única filha da avó, que já falecera. A moça tinha por si só a avó. Todas as semanas, Frei Dinis, vinha visitá-las, e algumas vezes trazia notícias de Carlos, que já algum tempo, fazia parte do séquito de D. Pedro. Só que a maneira como Frei Dinis falava de Carlos, dava para perceber algo, que só a idosa e Frei Dinis conheciam. Passara o ano de 1830, Carlos formara-se em Coimbra, e só então visitou a família, mas com muitas reticências em relação a avó e Frei Dinis. Carlos também pressentia que ele e a avó mantinham um segredo. Carlos, nas suas andanças, já tinha eleito uma fidalga para ele: D. Georgina, mulher de fino trato. No entanto a guerra civil progredia, eram meados de 1833. Os Constitucionalistas tinham tomado a Esquadra de D. Miguel, Lisboa estava em poder deles, e Carlos era um dos guerreiros da parte Realista. Em 11 de Outubro, os soldados estão todos por volta de Lisboa, as tropas constitucionais vinham ao encalço das Realistas, e na batalha sangrenta, muitos ficaram feridos. A casa de Joaninha foi tomada por soldados Realistas, que vigiavam a passagem dos Constitucionais. Numa das andanças de Joaninha, por perto de casa, encontra Carlos, ele pede que não diga que ali está, mas abraçam-se e trocam juras de amor ali mesmo. Só que Carlos sabia que Georgina o esperava, e a sua mente tornou-se confusa, já não sabia se amava Georgina. Com Carlos ferido e alojado perto do vale onde morava Joaninha, essa veio inúmeras vezes vê-lo, e ajudá-lo na enfermidade. Certo dia Carlos depois de muita insistência de Joaninha foi ver a avó, e ficou surpreso da cegueira da mesma, por lá encontrou Frei Dinis, e quanto mais o olhava , menos gosto tinha. Enquanto permaneceu por perto, Carlos e Joaninha mantiveram um tórrido romance. Mas, Carlos, já refeito dos ferimentos seguiu para a tropa, e antes passa na casa da avó para se despedir. Implora que ela conte a verdade sobre o suspeito segredo. Então, Dona Francisca conta que o Frei Dinis é pai de Carlos, que a sua mãe morreu de desgosto, e para se defender, Frei Dinis mata o pai de Joaninha, e o marido da sua amante. Com isso Carlos parte, deixando Joaninha desolada. Volta a viver com Georgina. Escreve à prima contando todo o seu romance com Georgina, o que para a moça foi um impacto terrível. Mais Tarde Carlos se fez Barão. Também abandona Georgina , que vira Abadessa. Joaninha, enlouqueceu e morreu. Frei Dinis foi quem cuidou da velha senhora até á morte. E assim o Comboio chega ao Terreiro do Paço, e Garrett finaliza mais uma das suas melhores obras.

255 pages, Paperback

First published January 1, 1846

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About the author

Almeida Garrett

242 books108 followers
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett e mais tarde 1.º Visconde de Almeida Garrett, (Porto, 4 de fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português.

Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.

Tem uma biblioteca com o seu nome no Porto.

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445 (12%)
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900 (25%)
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2 stars
606 (17%)
1 star
281 (7%)
Displaying 1 - 30 of 132 reviews
Profile Image for Ana.
Author 14 books217 followers
August 5, 2019
Finalmente consegui terminar. Sinto que me foi sugada toda a vontade de ler livros para todo o sempre. 😂. Ai credo minha nossa mãe... Ainda bem que fiz batota quando era miúda e não o li quando me "obrigaram". Obrigar miúdos de 15 anos a ler isto até me parece crueldade...Espero mesmo que já não faça parte dos programas 😂
Profile Image for Sara Jesus.
1,673 reviews123 followers
July 29, 2017
Depois de ter lido a poesia e os textos dramáticos, estava na altura de conhecer o seu único romance. Foi aos livros de escola de minha mãe, e encontrei esta narrativa maravilhosa.

O romance em si não é dos mais fascinantes. É Joaninha, a " Menina dos rouxinóis " que torna o ambiente belo e trágico. Frei Dinis é daquelas personagens emblemáticas que se ama e odeia ao mesmo tempo. Sobretudo por causa da sua ligação a Carlos. E o apaixonado Carlos... Há momentos que o adoro e outros que o desprezo!

O que de facto torna esta obra original é por intercalar a narração com apontamentos de viagens do autor ; o contexto social e histórico ( o conflito entre liberais e absolutistas ) e reflexões sobre o seu próprio século e História.
Profile Image for Tempo de Ler.
729 reviews101 followers
January 18, 2016
«Estas minhas interessantes viagens hão de ser uma obra-prima, erudita, brilhante de pensamentos novos, uma coisa digna do século (...) a minha obra é um símbolo... é um mito, palavra grega, e de moda germânica, que se mete hoje em tudo e com que se explica tudo... quando se não sabe explicar.» - p. 13


Foi o estilo de prosa, acima de tudo, que me cativou em Viagens na Minha Terra. De Lisboa a Santarém, o autor reflete sobre a situação política e social do país, simultaneamente narrando o trágico romance entre Carlos e Joana, enredados num drama familiar.

Garrett exibe grande sabedoria nas suas observações, recorrendo a uma escrita variada e moderna, minucioso na escolha das palavras. Gostei muito do sentido das suas divagações e críticas; o romance, pouco original, decorrente durante a guerra civil (século XIX), interessou-me «apenas» pela sua comparação simbólica à realidade vivida no país, refletindo o embate entre ideais distintos.
«Foi sempre ambiciosa a minha pena».

Profile Image for Nathan "N.R." Gaddis.
1,342 reviews1,654 followers
Read
February 8, 2017
I am frequently impressed by the fact that manymany books of cultural value and significance, I mean in relation to the culture out of which they emerged and continue to abide, are, in relation to the English language reader, still BURIED. I've been encountering many such in my porto=spanish reading this year. And this is of course another one of these fish. Despite being translated as recently as 1987 and being published in the UNESCO Collection of Representative Works, Travels in My Homeland is oop and $$$$. But it is no minor piece in the history of Portuguese Literature. The Devil to Pay in the Backlands is in the same situation vis-a-vis Brazilian literature ; and Adam Buenosayres: A Critical Edition to Argentina ;; Paradiso to Cuba. Many more you might find, for instance, at The Untranslated blog.

I think the whole story of Read What You Like, It's All A Matter Of Personal Taste, etc plays no insignificant part in this flattening out of fiction (much more so than the MFA syndrome) and the BURIAL of books of significant cultural value. This is what a canon is. Frankly. And you see what kind of straits the canon is in when a UNESCO brand is next door to a guarantee of BURIAL. This isn't just about me ; this is about history, the history of letters and literature which transcends any claims about It's All Subjective.

At any rate, Travels in My Homeland is pure Shandian Spawn. Digressive and meandering. Its two main threads--a travelogue and a love story--are left for you The Reader to entwine. If you are of the scholarly bent, there are a few texts you might brush up on before embarking upon these homeland travels ; three books you've likely not encountered in your literary education (unless of course, etc etc and so on and so forth) ::
Faust (the German work, etc)
The Lusiads (the Portugese work? etc)
Journey Around My Room (quite naturally!)
And of course Sterne's two books.

It's true ; the argument I'm making is the one Zappa coyly made one night at The Ark, namely, "Something a little bit harder to listen to, but which is probably better for you in the LONG RUN" ::
https://www.youtube.com/watch?v=GgyRq...




________
TRAN=SLATE PleaZe TRANSLATE'd!!!!

And to make matters ironic/unfortunate, despite being apparently included in the List "Unesco Collection of Representative Works European Series", it is balefully oop and $$$$$. See Friend L.M.S.'s excerpts in the comments below.

Here's the edition :: Travels in My Homeland trans'd by John M. Parker.



"A book that really needs to be translated is Almeida Garret’s Viagens na Minha Terra (1846). Garret (1799-1854) helped introduce Romanticism in Portugal, but I prefer him for this sole foray into Tristram-Shandian territory. It’s another unclassifiable book: it’s a travel book full of digressions on many subjects (art, economy, politics, theology, geography, smoking, inns, monuments, translation), interpolated with a novella he narrates to his travelling companions. It’s not really a novel, it’s more Menippean satire: it’s more about ideas than characters, it shifts genres, it’s erudite and encyclopedic and mocks philosophy left and right. Whoever’s read Saramago’s Raised from the Ground will know the epigraph he took from it. That, by the way, was Saramago’s ingenious way of acknowledging his debt to Garrett; after Vieira, with his sinuous sentences, no other writer influenced Saramago’s digressive, chatty, metafictional style as much as Garrett. Brazilian novelist Machado de Assis, in The Posthumous Memoirs of Brás Cuba, also lists Garrett as one of his precursors. Viagens and Húmus are the two books urging immediate translation."
https://theuntranslated.wordpress.com...
Profile Image for Felipe Silvestre.
15 reviews2 followers
October 5, 2014
"Estou deveras fatigado de Santarém; vou me embora"
Se o próprio autor se diz cansado, imagine o leitor.

Viagens na minha terra é um livro cansativo por ser muito regionalista e dependente de seu contexto histórico. As milhares de citações a diversos autores e histórias (clássicas ou nao) tornam ainda mais complicado o livro; limita-se apenas a específicos leitores. Apesar de possuir uma lista de glossário e explicações sobre a história na versão que li, ainda assim é difícil lê-la.

A história secundária de Joaninha consegue entreter, mas é interrompida para as terríveis descrições maçantes das viagens que o autor está fazendo.

Talvez relevante historicamente, mas, sem sombra de dúvidas, muito chato.

Profile Image for David.
1,682 reviews
October 8, 2018
Rien n’est beau que le vrai (Boileau, p. 28)

Who doesn’t love a good romance? This book follows the 19th century style in the manner of the Romantics. Lord Byron anyone? How about a Portuguese tale? Our writer makes a trip north from Lisboa to Santarém. He checks out the beautiful scenery, it’s historic walls, churches while pondering literature and history. A true romantic.

In the midst of the historical sightseeing of Santarém, we get the story of Carlos and Joaninha, the girl of the nightingales (a menina dos rouxinóis). Joaninha meets Carlos fighting in the civil war, who is bivouacked in town. She falls for him; however Carlos loves an Englishwoman, Georgina. Ah, the love triangle, add in two different countries, the politics of the day and this makes a great yarn. Oh yeah, Joaninha has a blind grandmother and her father is dead. What happened to them? And her mother? Beloved reader, read on.

This is one of those books that the storyline and the wonderful witty observations of Garrett held my attention. The romance is over the top. The ending, even better. If you need a little escapism, this book will do wonders.

This is another book read on the list of 50 books in Portuguese to read. I can see why!

A solid 3.5 maybe 3.75
Profile Image for Rui.
153 reviews
May 5, 2022
Uma surpresa agradável! A forma como Garrett começa por fazer análises políticas de uma forma tão satírica e leve foi ótima. E depois chegar ao romance em si foi surpreendente. A mestria do Autor faz com que a prosa seja fluida e, o que mais gostei, foi como Garrett foi falando com o leitor ao longo do livro. Todo o livro parece ser uma conversa entre autor-leitor e tudo isso é feito de maneira genial. Um clássico com inteira justiça!
Tendo eu o livro do meu Pai, este inclui uma ficha de leitura tão chata e que reduz a obra a algo estanque e concreto. O que não é suposto (penso eu) no que toca a literatura. Mas muitas vezes o próprio ensino é mesmo assim e faz com que muitos fiquem com a ideia de que ler é entediante, ou de que certo autor/obra não valem a pena. Cortar a imaginação de quem lê, seja em que contexto for, é o primeiro passo para não se gostar de algo. E parece-me ainda mais eminente lendo este livro, porque o Autor foi tão ambicioso e audaz no seu propósito, na sua escrita. Também devemos ter a oportunidade de o ser na leitura.
Profile Image for Luís Possolo.
1 review2 followers
January 20, 2021
Um livro muito interessante que acaba por ser bastante mais que um simples relato de viagens. As reflexões políticas, sociais, culturais e religiosas do autor, por vezes mordazes mas sempre incisivas, fazem prova do seu pensamento livre e independente. A narrativa de Carlos e Joaninha espelha o brilhantismo literário de Garrett enquanto principal impulsionador do romantismo português. São notórias as parecenças de estilo com Eça de Queiroz. Contudo, o livro tem partes monótonas e custosas que exigem algum sacrifício por parte do leitor, sobretudo porque o autor exagera nos monólogos que faz. Nesse sentido, no meio de tantos devaneios intelectuais o romance entre Carlos e Joaninha surge como uma lufada de ar fresco na narrativa (ainda que o desfecho do mesmo pareça ter sido um tanto quanto "apressado" pelo escritor). Ainda assim, em termos gerais é uma obra bem conseguida, e a qualidade ímpar da escrita de Almeida Garrett - com a sua prosa rica e refinada e com todos os recursos literários que a mesma possui - fazem dele um dos maiores e mais importantes escritores em língua Portuguesa dos séculos recentes.
Profile Image for Sérgio Fernandes.
5 reviews
February 16, 2025
Eu ainda estou a tentar processar o plot desta história porque não é possível que o Almeida Garrett tenha conseguido condensar em 300 páginas este lore todo: valorização do património medieval de Santarém, críticas à sociedade do Portugal de meados do século XIX e toda a história de uma família assim já para os lados do disfuncional... por favor, leiam e vamos debater!
4 reviews
Read
April 10, 2020
Em confinamento na casa de aldeia, retomo os clássicos que aqui ganhavam pó. Comecei a releitura com estas Viagens e já nas primeiras linhas, concluo que não é só nas ciências exatas que os alunos pré usam de amadurecimento para perceberem os enunciados e seus problemas:
o texto opaco quando tinha 15 anos revela-se delicioso, agora que sei o que é ter alma de viajante interno e turístico.
Profile Image for Laura.
7,132 reviews606 followers
December 16, 2019
Um livro clássico do romance histórico portugues.

Foi Garrett quem introduziu os famosos "diálogos com o leitor", tanto utilizado posteriormente por Machado de Assis, dentre outros.

4* Viagens na Minha Terra
TR O Arco De Sant'Ana
TR Folhas Caídas
Profile Image for Ricardo.
140 reviews6 followers
January 31, 2016
O romance (Novel) literário moderno surgiu em terras espanholas, numa altura em que as coroas espanhola e portuguesa pertenciam ao mesmo soberano. Foram precisos, contudo, cerca de 200 anos para Portugal adoptar este novo género literário. Numa Europa que já havia dado Stendhal, Jane Austen, Balzac e estava a dar Dickens, Brontës e Hugo (no que respeita a romancistas contemporâneos a Garrett), Portugal estava carente da chamada ficção pura (o próprio panorama literário português estava desertificado). Garrett estava ciente deste facto, mas saiu do teatro para o romance de uma forma abrupta. A escrita não é má e revela que as influencias que Garrett procura estavam no sítio certo. Só que não chega.

O livro viaja entre um passeio turístico protagonizado pelo autor (onde oferece um ou outro retrato bem português) e um drama familiar que talvez figurasse melhor numa peça de teatro banal. O estilo vincadamente Romântico não consegue passar do autor para as personagens (mas fica bem ao frade Dinis, uma coerente personagem Romântica). No fim tive a percepção que a ficção se deveu a uma ideia que o autor teve e não foi capaz de expandir para uma escala literária, pelo que introduziu os capítulos centrados em si mesmo.
As duas ideias bem desenvolvidas em separado poderiam ter dado duas grandes obras mas, em Garrett, nota-se a falta de influências temporalmente próximas, assim como uma espécie de círculo especializado de panorama nacional onde se pudessem trocar ideias e opiniões literárias. Concedo que, num País pré-industrial e extremamente ruralizado, a matéria-prima para um bom romance ainda escasseasse, mesmo em tempo de guerra civil. Felizmente para a literatura nacional, este foi apenas o começo dum género que, passado somente meio século, já nos havia agraciado com um génio romancista.
Profile Image for Rita.
314 reviews
June 6, 2015
O livro pode, de facto, ser dividido em dois. A parte onde o narrador narra (peço desculpa pela redundancia) a sua viagem para Santarém e outra onde o mesmo narra a historia romântica entre Joaninha e Carlos.

Durante toda a narrativa, o narrador descreve a sua viagem e faz comentários sobre tudo o que acha pertinente, quer tenha alguma coisa a ver com a história ou não. Das primeiras vezes que isto aconteceu, eu tolerei. Achei chato, mas não ao ponto de largar o livro. Mas à medida que o narrador faz estas observações ao longo do romance, fiquei chateada. Não achei nada interessante, não gostei das filosofias baratas que o narrador teceu.

Quanto à história de Joaninha e Carlos, se tivesse sido melhor executada e tratada num livro à parte, talvez conseguisse as 3.5 estrelas. Neste caso, não, no entanto, foi bastante melhor que as filosofias tontas e dos vaidosos (e penso que irónicos e satíricos) elogios do narrador a si mesmo.

Para mim, este livro fica classificado entre as 2 e as 2,5 estrelas. Nada de especial, nada de muito mau.
85 reviews1 follower
March 19, 2015
This book can almost be divided in two: one that justifies the title, where the author describes in first hand a travel from Lisboa to Santarem; and a parallel story about the forbidden love between Carlos and Joaninha and their relationship with their grandmother and a mysterious character called Frei Dinis. The first is hardly worth two stars, while the second could possibly go for a four stars. It left me, however, with an impression of being incomplete and badly contextualized. The writing style is almost baroque, and the romantic style of narrative gave it a slight Mary Shelley or Brönte sisters atmosphere. Possibly the best was the description of the fights between the liberals and the Realists in the 1830's, but I feel that even that was only weakly and superficially explored. I was in doubt between two or three stars, but the writing style pushed it to the upper choice (although I think many modern readers would not like it). The first 60 pages are almost unnecessary and I thought of dropping the book several times until the parallel story begins.
Profile Image for Carla Oliveira.
74 reviews5 followers
Read
June 27, 2014
Esta foi seguramente a minha 3ª tentativa para ler este livro, não consigo, não sei se é a história se a maneira como está escrita.
Talvez à 4ª seja de vez, agora continua a não prender nem entusiasmar, apesar do titulo e da sinopse serem bastante apelativos, daí tantas tentativas, já para não falar de ser um dos nossos clássicos.
Profile Image for Marinho Lopes.
Author 2 books9 followers
December 3, 2015
Almeida Garrett escreve bem, no entanto confesso que não gosto da mistura de estilos e de géneros que ele usa neste livro. Creio também que a estrutura da obra foi bastante negligenciada, o que acaba por tornar o livro por vezes até aborrecido. O retrato da época é talvez o mais interessante, mas havia espaço para mais.
Profile Image for Darda Nella.
11 reviews
July 11, 2021
What makes this book so difficult to read is the expectation of finding a romance happening all around Portugal. It isn’t. This is just random thoughts and a love story imagined by a very provilidged man of the XIX century. It has some interesting points in its own way, but it is not the type of reading I enjoy or that I was looking for when I started to read this book.
Profile Image for Martim Mendonça.
26 reviews
August 21, 2023
“Este sonhar acordado, este cismar poético diante dos sublimes espetáculos da natureza, é dos prazeres grandes que Deus concedeu às almas de certa têmpera. Doce é gozar assim… mas em que doçuras da vida não predomina sempre o ácido poderoso que estimula! Trai-lho, fica a insipidez ; deixai-lho, ulcera por fim os órgãos: o gozo é mais vivo, porque a ação do estímulo é sentida é mais sentida… mas a ulceração cresce, o coração está em carne viva… agora o prazer é martírio.”

Representante do Romantismo em Portugal, é de esperar que Almeida Garrett rejeite, tal como a sua escola, os preceitos do realismo e do iluminismo para asquiecer ao escapismo, individualismo, nacionalismo e arcadismo típicos do âmago romântico. Tal evidencia também a sua obra mais conhecida e estudada ‘Frei Luiz de Souza’ (obra que, aliás, considero despicienda apesar de representar a literatura romântica portuguesa). Com poucas expectativas, fui surpreendido pela obra, considerando que esperava um romance “típico”, por ser antes um diário de viagem em que o autor escreve comentários pessoais e se dirige muitas vezes ao “benévolo leitor”, comentários esses que enaltecem uma intimidade entre o mesmo e o autor, e que, obviamente, esculpem um narrador-personagem. Através das descrições de Garrett das localidades que visita no seu périplo até Santarém, não só se revela um autor com humor e personalidade, além de culto (ponto “controverso” que mencionarei mais tarde), mas também um autor “avant-garde” para o século, pelo que este não é o mais fiel à escola do Romantismo (corrente artística predominante no século XIX). Isto porque os seus relatórios e observações das terras que frequenta e do contexto histórico-político de Portugal (tudo isto se passa com a Guerra Civil entre os liberais e absolutistas como padrão de fundo) desvelam um trago intrépido das ideologias realistas e decadentistas, filosofias antitéticas ao paradigma romântico e parnasianista da ‘Arte pela Arte’. Nestes momentos particulares, assemelha-se a Eça de Queiroz, ainda mais por concluir a diegese sentindo-se derrotado pela anátema que lhe causa a visão de um país outrora glorioso, mas agora marcescível pela corrupção e filisteísmo. (Eça, no entanto, claramente mais positivo quanto a um possível ressurgimento do país). Sendo um “romance” nacionalista e romântico, não cessa, no entanto, de exaltar o passado português, potencialmente delével pelo pessimismo que o assombra. Aqui gostaria de referir que li, com especial interesse, as lendas portuguesas populares, particularmente a que se refere a Santa Ira. Quem ler o meu comentário poderá questionar-se a razão pela qual escrevi romance entre parênteses para classificar esta obra. Assim o fiz, pois não o classificaria como um romance, e confesso que com alguma dificuldade o classificaria como um romance histórico, apesar de me parecer a classificação mais fiel. Na minha opinião, é um diário com um romance histórico, quase que “inserido”. Imagino esta situação confusa como uma tarde sentado ao colo de um avô, que nos conta uma história passada e dentro dessa mesma história se lembra de uma história que um colega lhe terá contado e, num aparte, conta essa mesma história. Quanto à tragédia clássica, a dita narrativa “secundária” (secundária, tendo em conta o título e objetivo do livro), esta é de leitura fácil, por contraposição aos comentários e divagações do autor, com todas as suas partes expectáveis (hybris, peripécias, ágon, pathos,…), não deixando de ser genérica. Contudo, estimo que ter incorporado esta tragédia clássica no seu diário de viagem terá sido um cilício para o próprio Almeida Garrett que, com algum sarcasmo e conhecedo a audiência portuguesa do século XIX, admite saber ser a única parte que verdadeiramente interessa ao público, por contraposição aos comentários políticos e sociais que este escreve na parte diarística. Por fim, chego ao tal ponto “controverso” que referi previamente. Muitos dos comentários negativos em relação ao livro condenam as abstrações e análises do autor como “excessivamente longas e prolixas, como também de difícil compreensão”. É verdade que as contínuas citações literárias (tipicamente literatura clássica e iluminista) tornam a leitura, por vezes, ronceira e hermética. Todavia, a internet é de fácil acesso e, sendo um livro do século XIX, as referências literárias estão, de certo, “enquadradas” num certo tempo. Logo, não acho viável qualquer crítica, que li, no sentido de condenar o autor por referenciar as respetivas obras. Quanto muito, critica-se o facto de tornar a leitura mais desagradável, o que não refutarei, mas que também não considerarei para além de um comentário subjetivo.
Profile Image for Daniela Rosas.
287 reviews18 followers
October 22, 2020
Esta foi uma das leituras obrigatórias para a disciplina de Literatura do Romantismo ao Naturalismo. E vou ser muito sincera, nunca pensei que este livro fosse tão cansativo de ler.
Durante toda a leitura senti que estava a fazer um esforço exagerado para conseguir terminar o livro e isso não me deixa feliz. Quando leio um livro gosto de desfrutar dessa leitura e isso não aconteceu com "Viagens na Minha Terra". Apesar da escrita de Garrett ser incrível, o enredo não me agarrou e a lentidão com que a história avança fez que eu não gostasse nada do livro.

Pontuação : 2.5 estrelas
Profile Image for Ian Hiett.
44 reviews
June 7, 2025
Two-stars is a generous rating, as it's a classic.
It's finally over! I figured this would be a book about travels, based on the title. The book takes as much time to go anywhere as it took to travel cross-country in the early 19th century...perhaps longer. The author/narrator, himself, acknowledges and begs forgiveness for his pointless tangents. Maybe just don't do it then. Don't publish it, at least. Oh, man...
This was the first Portuguese-language novel I'd ever read, and I'd worried that it would be difficult. Ironically, it wasn't the XIX-century European Portuguese that proved a challenge; it was staying awake through the goddamn cover-to-cover boredom that is this book. Ugh.
Profile Image for Fabricia Silva.
43 reviews
January 16, 2023
Na verdade esse foi lido em dezembro mas achei que vale a pena falar dele aqui. Como boa brasileira eu tendo a recusar qualquer coisa que venha de Portugal entretanto esse livro aqui fez eu recuperar um pouco a minha relação com as matérias de literatura portuguesa e apesar do Garrett ser um puta egocêntrico como esperado ele escreve de uma forma cativante, e alguns pedaços são lindos.
Profile Image for Rafinha Murad.
90 reviews6 followers
May 12, 2025
larguei um pouco depois da metade pq leitura obrigatória tem dessas… é o mais legal que um livro português do século xix pode ser!!! adorei acompanhar os devaneios e reflexões, o aspecto que se aproxima de diário de viagem é super interessante e divertido, mas achei a parte novelística do romance e da trama insuportável :/ se fosse apenas um diário seria infinitamente melhor…
Profile Image for Márcia Figueira.
138 reviews3 followers
December 23, 2019
"Mas ainda espero melhor todavia, porque o povo, o povo está são: os corruptos somos nós, os que cuidamos saber e ignoramos tudo."
Profile Image for Teresa Gonçalves.
124 reviews8 followers
July 26, 2021
#1PortuguêsPorMês

“(…) que o coração, como órgão moral, não se dilata a esse ponto senão pelo demasiado excesso e violência de sensações que o gastaram e relaxaram.” (pp. 198)
Profile Image for barbruh :3.
159 reviews
March 4, 2025
3.5*
ai carlinhos, foram tantas que até lhes perdi a conta
Profile Image for mars ♡.
14 reviews
May 2, 2024
começou bue bem e dps ficou secante.
Displaying 1 - 30 of 132 reviews

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