Crescer é Perigoso registra a história de Gustavo, um sansei (neto de japoneses) que escreve um diário durante cinco meses, até, festa de aniversário de 16 anos. Em seu diário, Gustavo reflete e questiona a sua condição de rapaz espinhento, que usa óculos, é baixinho, tem um cabelo liso e é japonês. Dividido entre agradar os colegas de escola ou a família, Gustavo usa o diário como um desabafo para sua alma dividida entre ser brasileiro ou japonês, sua paixão por Claudia e as mudanças em sua vida com o decorrer do tempo.
Marcia Kupstas nasceu em São Paulo em 1957 é professora e escritora brasileira, descendente de ucranianos, russos e lituanos.
Formou-se em Língua Portuguesa e Literatura pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em 1982. Em 1977 iniciou a carreira de professora de literatura em vários colégios de São Paulo. Desde adolescente escreve textos de ficção, publicando-os em suplementos literários e revistas destinadas ao público juvenil e adulto. Colaborou com revistas alternativas e para o jornal Leia. Manteve por dois anos (1987 e 1988) a seção Histórias da Turma na revista Capricho.
Seu livro de estréia para o público juvenil foi Crescer é perigoso, em 1986. É autora também de romances e contos destinados ao público adulto, como Casos de sedução (contos eróticos, 1987) e Demônio do computador (1997).
This is a very good about a 15 years-old young brazilian guy. He writes a diary where he describes all his doubts and troubles with his teen times. He suffers a lot, but he learns the value of the life and the time. I recommend for who are teen, specially boys.
O livro ser um diário ficcional deixou a leitura bem divertida e dinâmica pra mim. Ver o personagem falando sem pudor as coisas que sentia no final do dia, depois de todos os eventos, fez com que eu sentisse uma conexão com ele, porque eu também relatava (e ainda relato) meus dramalhões meio adolescentes quando o dia acaba. Outra coisa benéfica desse lance de diário é o jeito que fica bem destacado as passagens de tempo com datas e tudo mais. Esses dois fatores fizeram com que a leitura fosse bem gostosa pra mim, além do fato de ser um livro curto, o que tornou tudo mais leve. Enfim, a história se trata de um moleque chamado Gustavo enfrentando problemas como bullying e a falta de entendimento sobre questões de sexualidade com o gênero oposto. O pessoal zomba e atrela certos estereótipos de comunidades nipônicas no protagonista, por conta de sua descendência japonesa, o que deixa ele por sua vez com vários questionamentos sobre a própria identidade e a identidade dos outros. Um bagulho que fica martelando na minha cabeça é o quão "verídico" são os seus relatos sobre alguns personagens. Talvez essa dúvida seja somente pelo fato de que li o livro a um ano atrás e não estou com ele fresco totalmente na memória.
Acho que o que eu mais gostei foi o final, ele me deixou feliz mesmo sendo de certa forma neutro, vou ir por partes.