Através do cristianismo, do hinduísmo e do zen, Hermann Hesse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, apresenta em A unidade por trás das contradições sua concepção de religião em uma série de ensaios, poemas e cartas.
A austeridade da família de pastores protestantes levou Hermann Hesse a questionar, desde cedo, a religião. Dividido entre a expressão artística, a espiritualidade e a experiência burguesa, foi fortemente influenciado, ainda, pela psicanálise. A diversidade de ideias e conceitos o levou a uma viagem de autodescoberta através da literatura, que pode ser vista em livros como Sidarta e O Lobo da Estepe, mas que encontra sua maior expressão na seleção de textos de A unidade por trás das contradiçõ religiões e mitos.
Nesse livro, Hesse reúne as observações sobre as formas humanas de devoção. Ele disseca o que há de comum em todas as crenças, aquilo que se encontra acima das diferenças nacionais ou culturais e que pode fazer parte da fé de qualquer indivíduo e de qualquer raça. São impressões e imagens das mais remotas religiões e mitos da humanidade, dos antigos egípcios, de chineses, de budistas, de cristãos, de muçulmanos ou das modernas formas de ideologias religiosas.
O conceito de graça está fortemente presente. A partir da ideia do mundo como um todo, uma unidade divina à qual devemos estar conectados para alcançar a felicidade, nos deparamos com a possibilidade de, por trás de todo erro, apesar de toda falha, nos desconectarmos do ego.
A vida só adquire significado quando se deixa para trás uma busca ingênua pelo prazer egoístico e se atribui a ela uma servidão — a uma religião, a uma filosofia —, pois, como afirmaHermann Hesse, é nesta servidão que brota seu sentido. Ao encontrar esse sentido, encontra-se a unidade por trás de tudo que existe. Afinal, "a humanidade, embora ainda dividida em raças e culturas estranhas e hostis entre si, é uma só e possui possibilidades, ideais e objetivos comuns".
Many works, including Siddhartha (1922) and Steppenwolf (1927), of German-born Swiss writer Hermann Hesse concern the struggle of the individual to find wholeness and meaning in life; he won the Nobel Prize for literature in 1946.
Other best-known works of this poet, novelist, and painter include The Glass Bead Game, which, also known as Magister Ludi, explore a search of an individual for spirituality outside society.
In his time, Hesse was a popular and influential author in the German-speaking world; worldwide fame only came later. Young Germans desiring a different and more "natural" way of life at the time of great economic and technological progress in the country, received enthusiastically Peter Camenzind, first great novel of Hesse.
Throughout Germany, people named many schools. In 1964, people founded the Calwer Hermann-Hesse-Preis, awarded biennially, alternately to a German-language literary journal or to the translator of work of Hesse to a foreign language. The city of Karlsruhe, Germany, also associates a Hermann Hesse prize.
Um pouco mais acostumado com a edição e os textos que são intercalados por poemas. Temos aqui um pouco da filosofia religiosa por trás da construção social de Hesse, e podemos entender alguns paralelos em suas obras mais marcantes, como Sidarta e Lobo da Estepe. Um livro que se revela aos poucos e conquista a atenção, se dedicando a explanar conceitos de algumas filosofias e religiosidades asiáticas que influenciaram todo um circuito ideológico alemão no início do século XX.