Da harmonia grega ao kitsch de todos os tempos. Da Mona Lisa à Marilyn de Andy Warhol. Afinal, quem decide o que é e o que não é arte? Todos que tentaram defini-la criaram concepções parciais, limitadas no seu tempo e no seu espaço. Neste texto simples e direto Jorge Coli desvenda o enigma.
Eu tenho muito interesse no tópico! Este livro retomou alguns conceitos que eu sempre bati na tecla, de que a arte é subjetiva e deve ser acessível a todos. Dos tópicos, dois chamaram a minha atenção em especial: “A caricatura do prazer” e “Acesso à arte”.
“A arte propõe uma viagem de rumo imprevisto — da qual não sabemos as conseqüências. Porém, empreendendo-a, o que conta não é a chegada, é a evasão. Buscamos a arte pelo prazer que ela nos causa. Uma sinfonia, um quadro, um romance são refúgios, pois instauram um universo para o qual nos podemos bandear, fugindo das asperezas de nossa vida "real", procurando as delícias das emoções "não reais".”
Boa opção para quem quer organizar o pensamento crítico sobre o consumo de artes, e com isso, passar para temas mais específicos.
Na parte final do livro é discutido sobre visão, consumo e o que está disponível de arte para nós, achei interessante o seguinte trecho: "Na nossa relação com a arte nada é espontâneo (...) "Gostar" ou "não gostar" não significa possuir uma "sensibilidade inata" ou ser capaz de uma "fruição espontânea" — significa uma reação do complexo de elementos culturais que estão dentro de nós diante do complexo cultural que está fora de nós, isto é, a obra de arte".
Apesar de ter lido esse livro para a minha faculdade, fiquei muito intrigada e imersa nós conceitos e pensamentos que o autor escreve. Sem dúvidas é um livro essencial para quem quer entender melhor o que é arte.