El bello prefacio de Albert Camus (1913-1960) a la reedición de estos ensayos, escritos en la Argelia de su primera juventud, contiene algunas de las más sinceras reflexiones del escritor sobre su propia obra. Aunque reticente respecto a las torpezas expresivas de unas páginas fechadas mucho tiempo antes, en 1958, casi en vísperas de su muerte, el gran autor francés «Si, pese a tantos esfuerzos para construir un lenguaje y dar vida a unos mitos, no consigo un día volver a escribir "El revés y el derecho", será que nunca he conseguido nada». La presente edición se complementa con el llamado «Discurso de Suecia», que engloba tanto la alocución pronunciada ante la Academia Sueca con ocasión de la concesión del Premio Nobel en 1957, como la importantísima conferencia titulada «El artista y su tiempo», en la que Camus afirmó una vez más su insobornable compromiso con la libertad.
Works, such as the novels The Stranger (1942) and The Plague (1947), of Algerian-born French writer and philosopher Albert Camus concern the absurdity of the human condition; he won the Nobel Prize of 1957 for literature.
Origin and his experiences of this representative of non-metropolitan literature in the 1930s dominated influences in his thought and work.
Of semi-proletarian parents, early attached to intellectual circles of strongly revolutionary tendencies, with a deep interest, he came at the age of 25 years in 1938; only chance prevented him from pursuing a university career in that field. The man and the times met: Camus joined the resistance movement during the occupation and after the liberation served as a columnist for the newspaper Combat.
The essay Le Mythe de Sisyphe (The Myth of Sisyphus), 1942, expounds notion of acceptance of the absurd of Camus with "the total absence of hope, which has nothing to do with despair, a continual refusal, which must not be confused with renouncement - and a conscious dissatisfaction." Meursault, central character of L'Étranger (The Stranger), 1942, illustrates much of this essay: man as the nauseated victim of the absurd orthodoxy of habit, later - when the young killer faces execution - tempted by despair, hope, and salvation.
Besides his fiction and essays, Camus very actively produced plays in the theater (e.g., Caligula, 1944).
The time demanded his response, chiefly in his activities, but in 1947, Camus retired from political journalism.
Doctor Rieux of La Peste (The Plague), 1947, who tirelessly attends the plague-stricken citizens of Oran, enacts the revolt against a world of the absurd and of injustice, and confirms words: "We refuse to despair of mankind. Without having the unreasonable ambition to save men, we still want to serve them."
People also well know La Chute (The Fall), work of Camus in 1956.
Camus authored L'Exil et le royaume (Exile and the Kingdom) in 1957. His austere search for moral order found its aesthetic correlative in the classicism of his art. He styled of great purity, intense concentration, and rationality.
Camus died at the age of 46 years in a car accident near Sens in le Grand Fossard in the small town of Villeblevin.
Primeiro livro de Camus, que reúne um conjunto de ensaios (narrativos, entenda-se), da sua juventude. Colocam-se aqui já algumas das interrogações que o acompanharão ao longo da sua obra, como o absurdo que assoma em quase todos os contos-ensaios, mas também as temáticas do amor, do silêncio, da contemplação e de uma certa incompreensão do devir em face do absoluto ou do transcendente. Na generalidade nem todos os textos são marcados pelo génio, mas são importantes para a compreensão da evolução da obra posterior, como de resto o próprio afirma na introdução. No final reúnem-se os discursos do autor na altura em que recebeu o Prémio Nobel da Literatura, onde mostra que a sua arte é uma arte em diálogo com o real e com o pensamento. Possivelmente o livro ideal para quem queira começar a ler Camus, atendendo aos textos que compõem o Avesso e o Direito, possivelmente também o menos indicado para esse efeito, olhando particularmente para a introdução e para o Discurso da Suécia.
Este texto contiene obras tempranas de Camus, que reflejan las principales inquietudes narrativas y filosóficas que pueden encontrarse con mayor pulcritud y profundización en libros tales como El extranjero, El mito de Sísifo, y su obra de teatro El Malentendido, entre otras. Los claroscuros de lo humano, la familia, la muerte y el absurdo son parte de los temas que visita en los cuentos que componen este libro.
Junto a lo anterior, el texto contiene el discurso pronunciado en la entrega del premio Nobel, y una conferencia realizada el mismo año, días posteriores a su reconocimiento, en la Universidad de Upsala. En el primero es posible conocer sus principales motivaciones y argumentos para la aceptación del premio, destacando lo colectivo del galardón, homenajeando a su generación, en cuanto combatientes silenciosos que sostienen el mundo posterior a los horrores de las guerras mundiales, a la vez que reflexiona en torno al oficio del escritor.
El segundo texto, la conferencia posterior al Nobel, resulta particularmente interesante en cuanto el autor interpela e invita a su audiencia a sondear el significado del arte, en cuanto producto irremediablemente unido a su época de emergencia, a la vez que reniega de esta. Un resultado en tensión, por el que Camus señalará que su fin "no es legislar o reinar; es ante todo, comprender" (57). Valioso documento que nos transporta a reflexiones profundas acerca del papel del artista y del arte en la sociedad de post guerra.
(◔◡◔) 𝔹𝕠𝕠𝕜 𝕣𝕖𝕧𝕚𝕖𝕨 ⭐ Olá malta gira 🤩 espero que estejam a ter um fim de semana ótimo. Vamos lá a mais uma review. . ⭐ Este livro foi o primeiro livro publicado por Albert Camus Foi escrito entre 1935 e 1936 quando ele tinha apenas 22 anos. Contudo, só foi publicado um ano mais tarde. Por sua vez, foi uma edição bastante limitada e, por isso, esgotou. Só 20 anos mais tarde é que Camus aceitou reeditar o livro. Até lá não queria a reedição porque achava que o que tinha escrito era "desajeitado". ⭐ Todavia, nesta obra, o autor conseguiu ver que os temas de que lá são tratados, iriam estar na origem de todas as suas obras literárias. INTERESSANTE NÃO É? 🤔 . ⭐ Por isso, nesta obra vemos retratadas as temáticas da pobreza, da solidão, da indiferença e até mesmo o absurdo da existência humana. . ⭐ PARA DEIXAR A CURIOSIDADE NO AR SOBRE O LIVRO, VOU DEIXAR AS CITAÇÕES QUE MAIS ME MARCARAM EM CADA ENSAIO (o livro está dividido em 5 ensaios):
❄️A IRONIA " Tudo isto não se concilia? Que grande verdade! Uma mulher que abandonam para ir ao cinema, um velho que já não ouvem, uma morte que anda resgata e depois, do outro lado, toda a luz do mundo." . ❄️ ENTRE O SIM E O NÃO " Já que está hora é como um intervalo entre o sim e o não, deixo para outras horas a esperança ou o desgosto de viver. Sim, colher somente a transparência e a simplicidade dos paraísos perdidos:numa imagem. " . ❄️COM A MORTE NA ALMA " Precisava de uma medida. Encontrava - a no confronto do meu profundo desespero com a indiferença oculta de uma das mais belas paisagens do mundo. Daí tirava força de ser corajoso e consciente ao mesmo tempo. Era quanto bastava para mim de uma coisa tão difícil e tão paradoxal. . ❄️AMOR À VIDA "Longe dos nossos, da nossa língua, desligados de todos os nossos apoios, privados das nossas máscaras (não se conhecem tarifas dos elétricos e é tudo assim), ficamos inteiramente com a nossa própria aparência. Mas também, por sentir a alma doente, damos a cada ser, a cada objeto, um valor de milagre ..... .... ....
Gosto de ler os ditos primeiros-livros-dos-grandes-autores, porque não deixa de ser interessante sentir aquela descortesia de jovem. (Não percebo, no entanto, porque foi incluído, na organização, discursos distintos do autor.)
"Cada artista mantém, assim, no fundo de si mesmo, uma fonte única que alimenta durante a sua vida o que ele é e o que diz. (...) Por mim, sei que a minha fonte está em O Avesso e o Direito, nesse mundo de pobreza e de luz em que vivi por muito tempo e cuja recordação me preserva ainda dos dois perigos contrários que ameaçam todos os artistas: o ressentimento e a satisfação."
"Não invejo nada, o que é meu direito, mas nem sempre penso nas invejas dos outros e isso tira-me imaginação, ou seja, bondade."
A Ironia - 4/5
"A sua voz tinha-se tornado quezilenta. Era uma voz de mercado, de regateio. No entanto, aquele rapaz compreendia. Era, porém, de opinião que mais valia estar a cargo dos outros do que morrer. Mas isso não provava senão uma coisa: que, sem dúvida, nunca estiver a cargo de ninguém."
"Sentia-se que aquela velha estava liberta de tudo, salvo de Deus, toda entregue a esse mal último, virtuosa por necessidade, demasiado facilmente persuadida de que o que lhe restava era o único bem digno de amor, mergulhada enfim, e sem regresso, na miséria do homem em Deus."
"Estavam à volta de uma mesa redonda, três jovens, ele velho. Contava as suas pobres aventuras: frioleiras colocadas muito alto, lassidões que ele celebrava como vitórias. Não cuidada de pausas na sua narrativa e, apressado para dizer tudo antes que o deixassem só, ia buscar ao seu passado o que pensava ser próprio para impressionar os auditores. Fazer-se ouvir era o único vício: recusava-se a ver a ironia dos olhares e a rudeza escarninha com que o acabrunhavam."
"Em breve ficou só, apesar dos seus esforços e mentiras para tornar mais atraente a sua narrativa. (...) Já não ser escutado: é isso que é terrível quando se é velho."
"O seu passo miúdo apressa-se: amanhã tudo vai mudar, amanhã. De repente descobre que o amanhã será semelhante, e depois de amanhã, todos os outros dias. E a irremediável descoberta esmaga-o. São ideias como estas que nos fazem morrer. Há quem se mate por não poder suportá-las ou, se se é novo, fazem-se frases a seu respeito."
"Era deste modo que a velha acreditava que o amor é uma coisa que se exige."
"Trata-se de três destinos semelhantes e, no entanto, diferentes. A morte para todos, mas para cada um a sua morte."
Entre o Sim e o Não - 3,5/5
"Que não nos digam do condenado à morte: «Vai pagar a sua dívida à sociedade», mas: «Vai-se-lhe cortar a cabeça.» Isto parece não ser nada. Mas faz uma pequena diferença. E de resto há pessoas que preferem olhar o seu destino nos olhos."
Com a Morte na Alma - 2/5
"Ardil clássico: queria transformar a minha revolta em melancolia."
Amor à vida - 2,5/5
O Avesso e o Direito - 4/5
"Decerto, se oiço dizer a uma delas que é imoralista, traduzo que ela tem necessidade de atribuir-se uma moral; a outra que despreza a inteligência, compreendo que ela não pode suportar as suas dúvidas."
Cada vez que leo algo de Camus, me impresiona el hecho de que este señor lo caracteriza obviamente su inteligencia pero más que todo, la manera de escribir que tenía. Cada texto que he leído de él, me ha impresionado por lo hermosamente escrito que está. . Siento que este libro no es lo mejor que escribió pero si considero que es un hito que una persona de 22 años haya escrito esto. Incluso yo con esa edad, me encantaría escribir algo que se le asemeje. La manera en la que tiene de comparar la iluminación y la oscuridad con la pobreza, riquezas, malos y buenos momentos es impresionante. Uno de los relatos que más me gustó fue el último que es el revés y el derecho. Me pareció totalmente hermoso y si hay algo que me he dado cuenta con la lectura de este libro, es que Camus siempre tuvo presente lo siguiente: . 1. Amor a la vida. 2. El absurdo. 3. Amor al arte. . Y, por supuesto que, al igual que escribía, Camus también se saben expresar de una manera excepcional. Su discurso del Premio Nobel y las conferencias son creo que todo lo que un escritor soñaría decir cuando reciba esa distinción. . Cómo no tengo este libro en físico, recurrí a leérmelo en un archivo EPUB el cual constaba de 320 páginas.
Lembro-me ainda de ter perguntado ao alfarrabista a quanto é que ele me fazia este livro pequeno e velho com páginas amarelas, sem capa e com as primeiras folhas antes do prefácio soltas. Ele deve ter tido pena de mim e deu-mo. Lembro que não podia ter ficado mais contente nesse dia kkkkk Já tinha lido este volume do O Avesso e o Direito em inglês no livro Personal Writings mas não deixou de ser menos profundo apesar de terem sido os dois discursos que ele deu na Suécia e incluídos neste livro que fizeram esta leitura diferente! Tenho especialmente maior gosto pelo "Entre o Sim e o Não" e soube realmente bem lê-lo outra vez em tão pouco tempo que se passou desde que o li.
Recuerdo que Borbolla me dijo que tenía que leer estos relatos de Camus, pues fueron sus primeros publicados y que no tenían desperdicio. Y fue así!
Camus siempre tuvo claro su visión del mundo, y fue moldeando la con el pasar del tiempo pero nunca dejó de serle fiel a esa rebeldía ante aquello que nos quiere silenciar: sea la muerte o la tiranía.
Aquí vemos cómo el arte, la literatura, es aquello que nos mantiene lúcidos ante ese absurdo del mundo pero también ante esa rebeldía necesaria para vivir.
a mesura que avança trobo que els assajos milloren molt!!! sobretot perquè els primers són molt foscos i m'han deixat molt mal cos (sobretot tenint en compte que els va escriure amb 20 anys), però els dos últims assajos i el discurs de Suècia m'han semblat sublims!!! sobretot el de "amor por la vida", el tio era un disfrutón, molt a favor.
m'ha fet reflexionar sobre diverses coses, el recomano molt!!!
Es la primera obra (El revés y el derecho) de Albert Camus y, sin embargo, es una de las mejores muestras que podemos tener del estilo esclarecedor que muestra en sus obras posteriores. Es ciertamente paradójico que la obra de Camus empiece de la misma manera en la que acabó, es decir, hablando de su patria y de la vida, con cierto carácter autobiográfico. En cuanto al discurso de Suecia, poco hay que decir. Soliloquio magistral acerca de la cuestión del arte en la época contemporánea, manchada por los grandes sucesos históricos del S.XX.
Un libro para leer y releer, da para pensar tanto, analizar lo simple tras la supuesta complejidad de la vida, la descripciòn hermosa de los paisajes europeos. Este libro constantemente me hizo dejarlo por un momento para saborearlo y sacar mis propias conclusiones. Quedarà entre mis libros de cabecera.