Euclides (archaic spelling Euclydes) da Cunha (January 20, 1866 – August 15, 1909) was a Brazilian writer, sociologist and engineer. His most important work is Os Sertões (Rebellion in the backlands), a non-fictional account of the military expeditions promoted by the Brazilian government against the rebellious village of Canudos, known as the War of Canudos. This book was a favorite of Robert Lowell, who put it above Tolstoy, the Russian writer.
Euclides da Cunha was also heavily influenced by Naturalism and its Darwinian proponents. Os Sertões characterised the coast of Brazil as a chain of civilisations while the interior was more primitively influenced.
Euclides da Cunha was the basis for the character of The Journalist in Mario Vargas Llosa's The War of the End of the World.
Esta é a segunda vez que leio este livro transformador, que me agita a mente e o coração como poucos outros. Não é uma leitura fácil, por causa do seu estilo antiquado e muitas vezes rebuscado, cheio de palavras incompreensíveis para a maioria dos brasileiros de hoje (pelo menos para mim). Mas à medida que a leitura avança, as dificuldades iniciais vão dando lugar a uma espécie de musicalidade estilística que deixam o texto cada vez mais fluido, sem perder seu lado jornalístico, escrito por uma testemunha ocular desta terrível página da nossa história, já bastante conhecida, mas sempre surpreendente. Minha sugestão aos que ainda não se animaram a ler este grande épico brasileiro: comecem a ler o livro pela terceira e última parte (A Luta), onde se concentram os eventos da Guerra de Canudos. Somente depois, se assim o desejarem (e é o que geralmente acontece) leiam as outras duas partes iniciais (A Terra e O Homem), que descrevem a geografia da região e o caráter do povo nordestino. Fica a dica para a leitura desta incrível obra-prima da literatura brasileira. Desde já, entretanto, um aviso: respirem fundo e preparem o seu coração, pois este não é um livro para os que buscam diversão ou entretenimento. É, antes, um convite à reflexão sobre a nossa brasilidade e até mesmo às forças desconhecidas que que habitam dentro de cada um de nós, moldando a nossa própria humanidade.
Não é um livro fácil. É daqueles em que se finge ler na escola mas que só se encara depois de mais velho. O estilo jornalístico não nos toma, o palavreado datado e os preconceitos de seu tempo dificultam ainda mais a leitura. Mas vale a pena peloos fatos narrados e a constatação do crime ocorrido em Canudos. Obra necessária, a ser lida e lembrada sempre.