"Minha história das mulheres" é a obra mais acessível e instigante da historiadora Michelle Perrot. Nasceu de um programa de rádio francês que fez enorme sucesso ao divulgar com clareza e entusiasmo, para um público de não especialistas, o conteúdo de mais de 30 anos de pesquisas e reflexões acadêmicas. Transformado em livro, depois traduzido e publicado no Brasil pela Editora Contexto, narra em cinco capítulos o processo da crescente visibilidade das mulheres em seus combates e suas conquistas nos espaços público e privado. Mães e feiticeiras, trabalhadoras e artistas, prostitutas e professoras, feministas e donas-de-casa e muitas outras personagens femininas fazem parte desse relato sensível e atual de uma das pesquisadoras mais conceituadas da história das mulheres.
Michelle Perrot is professor emeritus at Paris VII and one of France’s most distinguished cultural historians. She has received numerous awards and honors in France and abroad for her published histories of work, prisons, private life, and women.
Uma boa introdução à história das mulheres. A autora tratou da história da mulher (mais especificamente da mulher europeia, principalmente francesa) vista da perspectiva da sua relação com o corpo, alma (fé, religião, conhecimento), trabalho e sociedade, através de uma pesquisa bem documentada. Através da leitura, pude conhecer mulheres que desempenharam papéis importantes na luta por ter reconhecido seu direito de “existir”, “pensar”, “criar”, ao mesmo tempo que (com muito pesar) li posicionamentos absurdos e machistas de autores homens dos séculos passados. Acompanhar a evolução das conquistas no âmbito privado e público da vida da mulher, nos ajuda a entender o momento em que estamos vivendo, a valorizar as lutas empreendidas e compreender o quanto falta para chegarmos a uma igualdade que abranja todos os aspectos da relação homem-mulher. Classifico como introdução pois a autora traz uma “pincelada” de cada assunto, então não espere conteúdos aprofundados. Em compensação, a bibliografia onde procurar sobre cada tema, é ampla no final do livro. Gostei e recomendo.
Super super intéressant ! Beaucoup de parallèles à faire avec Les grandes oubliées de Titiou Lecoq
Mais ne faites pas la même erreur que moi, ce livre est la mise en littérature des 10 épisodes du podcast de France Culture : Histoire des femmes avec Michelle Perrot. Tout simplement 🤡
Quel dommage de le réaliser à 30 pages de la fin hahaha.... haha..... ha. Fun fact : j'ai mis plus de 10h à le lire en plus donc écoutez le podcast pour gagner du temps lol
El tema de las mujeres es interminable, tanto porque pertenecemos al género humano como porque la lucha por la igualdad continúa en pleno siglo XXI.
Perrot remarca las vidas y ejemplos de muchas mujeres (sobre todo francesas) y, en este sentido, este libro es como un "Who's who" de mujeres extraordinarias.
Me encantaría que Perrot echara un vistazo hacia México y conociera la vida de Sor Juana Inés de la Cruz, quien pertenece al lado de otras luminarias femeninas y feministas.
Un libro excepcional desde un punto de vista del estructuralismo. Efectivamente el titulo no engaña, es la historia de las mujeres de michelle perrto pero a su vez es una historia que nos repercute. La poca visibilidad de los estudios en archivos documental previos al siglo XIX sobre mujeres y donde las mujeres sean protagonista se hace notar.
Sobre os casamentos arranjados pelos pais como aliança e não por amor, a autora cita ironicamente Brantôme: "Casamento que começa com namorico termina com fanico" e sobre a violência que as mulheres (e os filhos) sofriam às mãos dos maridos, o olhar da sociedade era de tolerância pois o marido estaria a "educar" a mulher: "quem sabe amar sabe castigar".
A mulher é aparência: o seu corpo, o seu rosto, o seu cabelo. O cabelo era entendido como o elemento que condensava a sedução da mulher e, por isso, as grandes religiões monoteístas insistiam que este fosse coberto com um véu. Este passou a ser sinal de dependência, pudor e honra. O pêlo mal domesticado sugeria a presença inquietante da natureza e na Idade Moderna a peruca passou a ser um sinónimo da sociedade de corte: domesticação da peruca levada ao extremo. Os cabelos pretos a dada altura eram sinal de erotismo, até surgirem as loiras do século XX como Marily, Brigitte Bardot, Grace Kelly... As ruivas, queridas ao pintor Toulouse- Lautrec não gozavam de boa reputação pois o sangue aflora-lhes à pele e de algum modo eram feiticeiras... Os loucos anos 20 viram surgir a emancipação feminina e, como símbolo, os cortes curtos. Era a new woman da belle époque. Segundo consta, as primeiras mulheres a cortar o cabelo foram as estudantes russas dos anos 1870-1880, niilistas ou não, que se inscrevem nas Faculdades de Medicina para se ocuparem da saúde do povo. Cortar o cabelo a alguém era um sinal de ignomínia (vergonha pública grave) imposto aos vencidos, aos prisioneiros, aos escravos. Praticava-se na Antiguidade e na Idade Média. No fundo, sempre se assistiu a este fenómeno ao longo da História. Às feiticeiras também se lhes rapava o cabelo como se as longas cabeleiras fossem maléficas. Foi o caso de Joana d'Arc. E na 2ª Guerra Mundial às mulheres acusadas de "colaboração horizontal". "A beleza era um capital na troca amorosa ou na conquista matrimonial" (p.51) e mulheres como Virgínia Wolf revoltavam-se perante essa sujeição da mulher à sua aparência: "É o vestuário que nos usa e não o contrário".
"Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres." Simone de Beauvoir
A virgindade é um valor supremo para as mulheres e filhas de Maria são obrigadas à pureza e o pudor é o seu adorno. As mulheres devem defender-se da sedução e até da violação, mesmo que se permitisse a bandos de rapazes que o fizessem em busca de iniciação, um ritual de virilidade (ouvi falar pela primeira vez deste infame fenómeno na minha série preferida, Outlander). À noite, as mulheres sozinhas deviam ter cuidado. Depois, na noite de núpcias o marido apoderava-se da mulher, verdadeiro rito de tomada de posse. Durante muito tempo foi um ritual público e com a demonstração do lençol manchado. E havia ainda o direito de pernada medieval que, a ser verdade - ainda gera controvérsias entre os historiadores, a ser verdade ou não - que consistia no horrível "direito" que o senhor tinha sobre a primeira noite de uma serva sua quando esta se casava. Para certos estudiosos este direito foi um mito, construído num contexto de desvalorização de uma Idade Média obscura. As mulheres de sexualidade desenfreada são perigosas. Maléficas, assemelhadas às feiticeiras com as suas "vulvas insaciáveis". Mesmo depois de velhas, ultrapassada a idade permitida para amar, estas feiticeiras deixavam-se possuir por trás, contrária à posição permitida pela cristandade apenas para procriar. O alvo das incriminações era o útero, não o Diabo.
Quanto à prostituição pode dizer que se trata de um sistema deveras antigo e universal, organizada com estatutos diferentes. As civilizações antigas e orientais não demonstram a atitude da civilização cristã, que considera a carne como fonte de infelicidade e a fornicação o maior dos pecados. Diferente das "Shirabyōshi" japonesas cujo ofício era divertir os homens, fosse a cantar, dançar e através do sexo. No entanto não eram estigmatizadas nem viviam encerradas; provinham de meios modestos e geralmente recrutadas de mãe para filha. Viviam de maneira livre e autónoma, algumas eram verdadeiras artistas cujo nome permaneceu, como Shizuka Gozen, a favorita de um ministro do Império. Esta condição começou a degradar a partir do século XIII, em particular por influência do budismo tântrico que defendia a pureza.
Apesar de ter gostado e consolidado algumas questões, a autora incide sobretudo no caso das mulheres francesas.
This entire review has been hidden because of spoilers.
L'auteure parle dans ce livre historique,sur la femme depuis la création du monde et la préhistoire jusqu'à nos jours,les apparences,la sexualité,la maternité,le travail et leur existence dans la société et leur rôle, l'inégalité sexuelle en pensant que les femmes sont toujours inférieure que les hommes, en présentant, la première femme à obtenu le prix Nobel en sciences,en littérature...première femme avocate,première professeure dans une université,les suffragettes qui défendaient leur droit de vote, la première coupe de cheveux....en citant leur souffrance en tant que travailleuses dans les usines,les ateliers de confection dans les grandes villes.... __________________________ Point de vue: le fait que les femmes soient présentes et intègrées dans la communauté et dans tous les domaines,indique leur progrès dans la conquête des savoirs et de pouvoir.En tant que femme,cela m'intéresse d'apprendre comment l'histoire des femmes à été créée,et comment la femme peut aujourd'hui apparaître dans tous les secteurs de la société. L'auteure à bien expliqué la condition de vie des femmes dans les siècles précédent avec les illustrations réelles,des articles extraits des livres et des thèses d'auteurs de ces époques,et comment leur révolution leur a permis d'atteindre la liberté et leur but "l'égalité sexuelle",ainsi d'autres droits. _______________________ تتحدث الكاتبة في هذا الكتاب التاريخي،عن النساء منذ خلق الكون و عصر ما قبل التاريخ الى يومنا هذا،المظهر،الجنس (الأنثوي)،الأمومة،العمل،و وجودهن في المجتمع و ظيفتهن فيه، عدم المساواة بين الجنسين باعتبار النساء أقل فعالية من الرجال. تقدم الكاتبة لنا، أول النساء اللواتي تحصّلن على جائزة نوبل للعلوم،الأدب...أول امرأة محامية،أول أستاذة في الجامعة، معاناة المطالبة بحق المرأة في الاقتراع،أول قصة شعر...كما تذكر لنا معاناتهن كعاملات في المصانع و ورشات الخياطة في المدن الكبرى.
Voy a ser honesta, esperaba más teoría en lugar de tanta descripción sin embargo no es culpa de la autora, sino mía por crearme tan altas expectativas.
Aun así este libro es un gran trabajo de síntesis, Michelle Perrot demuestra una gran maestría al ir entrelazando tantas investigaciones y creaciones literarias en cada párrafo. Y sobre todo, no deja de intercalar la parte teórica de la historia de las mujeres o la historia de género con los casos presentados.
Nota: Es cierto que no aborda casos latinoamericanos (algo que esperaba encontrar) pero creo que nadie puede hacer la historia de TODO y además, la especialidad de Perrot no es América, así que perdono esa parte porque el libro en verdad que ha sido muy ilustrativo.
Probablemente la mejor introducción que he leído sobre el campo de estudios de la historia de las mujeres. El libro es una colección de diferentes programas de radio que la autora ofreció sobre el tema, eso lo hace ameno y relativamente accesible. El libro, si bien se centra en la historiografía francesa, ofrece un excelente panorama sobre los temas y perspectivas más frecuentes al hacer historia de las mujeres. La autora se detiene en los diferentes retos que supone elaborar la historia femenina, ofrece pautas sobre las fuentes, los retos y las experiencias variadas que han existido en la rica historiografía sobre las mujeres francesas. Tomando en cuenta la pauta geográfica, me parece que este libro es un referente genial para iniciar un curso sobre historia de las mujeres y de género.
J’ai trouvé les thèmes abordés très pertinents et ils me parlaient personnellement. Notamment le thème de la chevelure (du corps) et de la religion. La fin du livre m’intéressait moins et j’étais un peu déçue que la lecture était très focalisée sur le monde du travail, mettant de cotés d’autres problématiques. Enfin, le livre était dans son tout bon et agréable à lire, pas trop dense et facile de compréhension si on a deja quelques notions de féminisme.
Soy asidua a lecturas como "Mi historia de las mujeres", de Michelle Perrot, desde los tiempos en que estudiaba el profesorado de Historia, algo que he comentado ya en otras publicaciones. Como siempre en estos casos, una reseña breve no podría hacer justicia a una obra de esta dimensión. Un aporte sumamente valioso al estudio y la difusión de la historia de las mujeres, imprescindible para todas aquellas personas interesadas en el tema.
Este libro es una transcripción del ciclo "Histoire des femmes", que transmitió por radio "France Culture" en 2005, con lo cual no nos encontramos ante una escritura de tipo académico, que a veces puede hacerse un poco compleja de procesar para quienes no pertenecen a la disciplina, sino con un contenido que fue creado con fines de divulgación, para el público general.
Perrot organiza su recorrido por la historia de las mujeres en cinco capítulos: "Escribir la historia de las mujeres", en el que se refiere al surgimiento de este campo de investigación, desde su experiencia como historiadora; "Cuerpo", centrado en aspectos físicos de las mujeres, en relación a la sexualidad como construcción social; "Alma", en el que aborda cuestiones vinculadas a la religión, la cultura, la educación, el acceso al conocimiento, etc.; "Trabajo de las mujeres", que incluye un análisis de distintos oficios, como las campesinas, las obreras, los relacionados al trabajo doméstico (distinguiendo al ama de casa, la dueña de casa burguesa y la criada), y contemplando además el surgimiento de nuevos oficios del sector terciario, como las empleadas, institutrices y enfermeras; y finalmente, "Mujeres en la polis", vinculado a sus acciones en la esfera pública, participación política, el desarrollo de los feminismos, etc.
A pesar de lo abarcativo de su abordaje, sobre el final Perrot no deja de sorprenderse de "la inmensidad de lo que no dije". Por ejemplo, en cuestiones de salud, la "locura" que siempre se nos ha atribuido. O la asimetría, respecto a los hombres, en materia de delincuencia y criminalidad. También la situación de las mujeres con discapacidad, las mujeres en la esclavitud, en la Shoah... No solo no deja con gusto a poco, sino que motiva a seguir conociendo tantos temas vinculados a la historia de las mujeres en los que en los últimos años, afortunadamente, se ha comenzado a poner el foco para sacarlos de la invisibilidad.
Excelente livro para conhecer melhor a história das mulheres. Recomendo devido aos seus temas e leitura acessível e leve. É um bom livro para ir lendo.
Michelle ma belle. Es obvio que Perrot está comprometida con el movimiento feminista pero como buena (excelente) historiadora se retira para hacer una reconstrucción de la historia de las mujeres y lo escribe como ella misma dice :"no es un modo de reparación, sino un deseo de comprensión, de inteligibilidad global” Es un trabajo académico serio pero no por eso aburrido ni lleno de notas o citas ( solo lo necesario) Habla sobre la invisibilidad de las mujeres: los discursos e imágenes de las mujeres eran producidas, durante siglos, por hombres. Luego habla del cuerpo, la virginidad, la prostitución, la maternidad como la función histórica principal, y algo muy interesante : no hay derecho a ser fea. Todo esto visto desde las construcciones culturales que ella estudia. Escribe también sobre la desvalorización del trabajo de la mujer y hasta sobre lo que significa rapar a una mujer. En fin le da una buena repasada a temas y problemas tan importantes como vigentes para más de la mitad de la humanidad. Simplemente leerlo es un verdadero ejercicio de vindicación feminista.
Com uma linguagem acessível ao público não acadêmico, Perrot faz uma apanhado da condição feminina em suas diversas facetas. O livro nasceu de um programa de rádio que a autora fazia em uma rádio francesa, o que não causa um descuido teórico, é possível perceber o enorme esforço de levantamento de fontes e referências, o que pode atrair um público interessado nos aspectos mais acadêmicos de sua pesquisa.
Un libro muy feminista para que te des cuenta de todo lo que las mujeres hemos tenido que pasar a lo largo de la historia para lograr tener un poco de "libertad" y "autoridad". Lo único malo es que nombraba muchos autores y libros y eso mareaba y desesperaba. La idea me gusta, contarte la historia de las mujeres porque en realidad no hay, siempre en la Historia todos son hombres. Pero la manera en que la autora lo lleva acabo no me convenció, era aburrido y muy pesado, como leer un libro de Historia de la escuela. Pero sin duda un libro puerta, un libro que te invita a reflexionar y a hacerte preguntas sobre ser mujer y lo que esto conlleva y toda la historia que indirectamente vamos cargando en los hombros.
O melhor livro introdutório para a História das Mulheres. Michelle Perrot expõe de maneira didática as bases do campo, explicitando sua relevância no passado e no presente. Como os outros trabalhos de Michelle Perrot, é magnífico!