Ideias Concretas sobre Vagas

by Ricardo Araújo Pereira

Quando todos pensávamos já ter deixado a pandemia para trás, eis um livro que não nos deixa esquecer a chatice que foi.«Uma pessoa pensa que pode confiar numa rocha esférica com 12 742 quilómetros de diâmetro e que pesa seis mil triliões de toneladas, e afinal descobre que vive num jogo de Jenga. Parece que o planeta não é mais do que isso, agora. E cada peça que se tira faz ruir tudo. Alguém resolve guisar um morcego na a civilização tal como a conhecemos acaba. Um marinheiro encalha um navio no Canal do o comércio mundial fica interrompido. A ideia de que o mundo era demasiado grande, maciço e áspero sempre me aterrorizou. Agora que se percebe que o mundo é muito delicado e frágil, julgo que fiquei com mais medo ainda. Não há maneira de o mundo me agradar — o que levo sinceramente a mal.»Este livro, que conta «Uma história da pandemia», inclui uma selecção de textos publicados na revista Visão e na Folha de S. Paulo entre Março de 2020 e Outubro de 2021.

Genres: Humor, Nonfiction, Portuguese Literature, Portugal

112 pages, Paperback

First published November 1, 2022

About the author

Filho de um piloto da TAP, Artur Álvaro Neves de Almeida Pereira, e de uma assistente de bordo, Emília Rita de Araújo, foi aluno de colégios de freiras vicentinas, franciscanos e jesuítas até se licenciar em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica Portuguesa. Seguiu-se o trabalho como jornalista, na redacção do Jornal de Letras, Artes e Ideias.

De seguida tornou-se argumentista da agência de criadores Produções Fictícias, tendo sido co-autor de vários programas de sucesso do humor português, entre eles Herman 98 e Herman 99 (RTP, 1998 - 1999), Herman SIC (2000 - 2005), O Programa da Maria (SIC, 2001), Hermandifusão Portuguesa (RDP, 1999 - 2001), as crónicas Felizes para Sempre, no semanário Expresso e As Crónicas de José Estebes, no Diário de Notícias, entre outros.

Por volta de 2003, depois das primeiras aparições na televisão, designadamente no programa de humor stand-up comedy, Levanta-te e ri, na SIC, e criando, já ao lado de Zé Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis, várias rubricas no programa de Nuno Markl, O Perfeito Anormal, na SIC Radical, dá arranque ao projecto Gato Fedorento, cujo colectivo se tornou uma referência do humor português contemporâneo.

A equipa assinou várias séries do programa Gato Fedorento, na SIC Radical (Série Fonseca, Série Meireles e Série Barbosa), e depois na RTP1 (Série Lopes da Silva). Também na RTP1 apresentou Diz Que é Uma Espécie de Magazine em 2007, para de seguida voltar à SIC, com Zé Carlos, em 2008, e Gato Fedorento: esmiúça os sufrágios, em 2009. Na internet os humoristas mantêm o blogue homónimo, onde Ricardo Araújo Pereira assina as suas entradas com as iniciais RAP. Teve ainda várias aparições no programa de humor da SIC, Levanta-te e Ri, onde mostrou por várias vezes os seus dotes no stand-up.

Actualmente escreve todas as semanas no jornal A Bola e na revista Visão. Na TSF integra o painel do debate Governo Sombra, com Pedro Mexia e João Miguel Tavares.

As personagens de Ricardo Araújo Pereira, que encontram eco na actualidade política, desportiva ou social, destacam-se pelos tiques que «saltam» para a rua (como acontecia com as criações de Herman José) e são absorvidos em regime multi-geracional, alimentando campanhas publicitárias de sucesso.

É co-autor do livro O Futebol é Isto Mesmo (ou então é outra coisa completamente diferente) e do disco O disco do Benfiquista, naturalmente. Compilou as suas melhores crónicas da revista Visão nos livros Boca do Inferno e Novas Crónicas da Boca do Inferno. Com Pedro Mexia realizou uma adaptação da peça de teatro Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin, que também interpretou, no Teatro São Luiz em 2008.

É casado com a produtora de rádio Maria José Areias, com quem tem duas filhas, Rita e Maria Inês. Vive na Margem Sul, Quinta do Conde, e gosta de afirmar que é o sócio nº 17 411, do Sport Lisboa e Benfica, clube de que é adepto fervoroso. Foi militante do Partido Comunista Português, partido que veio mais tarde a abandonar. Continua, porém a afirmar-se como "Marxista não Leninista".

Reviews

[André Morais · Rating 4 out of 5]

Não estava muito familiarizado com a escrita de RAP, apesar de ser um espectador assíduo dos seus programas.
Fiquei impressionado com a escrita, que é bastante cuidada.
Quanto ao tema, foi engraçado recordar - sob a lupa acutilante do humor de RAP - os tempos da pandemia. Creio que mais engraçado ainda será reler este livro - e recordar estes tempos - com ainda maior distância, quando a pandemia já ocupar um recanto verdadeiramente longínquo da nossa memória coletiva.

[Bárbara Reis · Rating 5 out of 5]

É tudo aquilo que estávamos à espera. Pequenas crónicas repletas de humor e bom senso, sobre a pandemia. Parece que foi há anos, mas convém não esquecer tudo aquilo que passamos. Até porque não ficou tudo bem!

[Paulo Teixeira · Rating 2 out of 5]

(PT) As crónicas de Ricardo Araújo Pereira (RAP) sobre os tempos da pandemia, em forma de diário, ao longo de 2020 e 2021.

Chegado neste dezembro, por alturas do Natal, aparecem milhares de títulos de livros, e a alguns dos quais, de pessoas que conhecemos e gostamos de ler, é compra garantida. Contudo, ao fim de algum tempo, de lermos o mesmo tipo de livros, o mesmo estilo de escrita, torna-se previsível. E embora ainda nos faça rir, já não esperamos nada de novo.

O assunto poderá ser a pandemia de CoVid-19, mas não é nada que já não tenha lido nos livros anteriores, desde a Boca do Inferno, passando ao Estar Vivo Aleija, e acabando nas séries da Rádio Comercial, por exemplo, a formula como conta certas e determinadas situações é a mesma. Passado algum tempo, torna-se previsível, e para os que gostam e são fãs, torna-se um porto seguro. Para o resto, é lido, digerido e esquecido.

É um "picar o ponto". Próximo!

[Sofia Leitão · Rating 4 out of 5]

Nunca tinha lido um livro apenas de comédia ou de crónicas, por isso não tenho nada para comparar, mas foi interessante relembrar algumas partes da pandemia que já tinha esquecido - nunca agradável, mas que o RAP faz o mais agradável possível. Vai ser certamente um bom artefacto para mostrar um dia aos mais pequenos para lhes explicar o que foi a pandemia em Portugal!

[Mariana Osorio Schlögl · Rating 3 out of 5]

Não será cedo para ler uns textos sobre a pandemia? Provavelmente.
Um bom livro de casa de banho.

[Silvia · Rating 2 out of 5]

Este livro do Ricardo desiludiu-me um pouco. Não tenho especial apreço pelo seguimento da sua carreira, mas confesso que gosto bastante dos seus ensaios humorísticos. Ora, tendo isto em conta, tive as minhas expectativas relativamente revertidas em relação a esta nova publicação. Não só não me fez rir em nenhuma das crónicas que escreveu sobre a pandemia (apesar de o ter feito diversas vezes no seu programa televisivo), como tudo aquilo que escreveu me pareceu apenas a concretização literária das opiniões populares que iam surgindo na altura (não obstante a variedade idealística do povo português). Assim, acho que, infelizmente, não chega aos pés de outras suas publicações, tais como o "Estar Vivo Aleija". Estava à espera de uma perspetiva humorística sobre toda a situação pandémica, recebi um memorial da "chatice" que foi o Covid. Podia ter sido mais interessante.

[Cátia Madeira · Rating 5 out of 5]

Parece-me indiscutível que o Ricardo Araújo Pereira é uma das mais brilhantes mentes do nosso país. Não só porque tem a capacidade de nos fazer rir a bandeiras despregadas, mas porque tem a habilidade de nos fazer pensar no que nos rodeia enquanto nos faz rir.
Este "Ideias concretas sobre vagas", uma compilação dos melhores textos escritos sobre a malfadada pandemia, permitiu-me revisitar o ridículo de tantos momentos absurdos, uns vividos com consciência da incongruência das decisões e outros completamente absorvida e incapaz de ver para além do receio do que poderia estar para vir.
São duas horas bem passadas em que passamos pelo "xii, pois foi", o "também achei isto", acabando no "vai ficar tudo bem, o caraças".

[Sofia Costa Lima]

Acho que falar das crónicas do RAP, depois de tantos anos, acaba por se tornar repetitivo. Valerá a pena dizer que tem muita graça ler a forma como o RAP observa o mundo? Não terá isto já sido dito cerca de 1994 vezes?
Ainda assim, tem muita graça ler a forma como o RAP observa o mundo — particularmente o mundo pandémico.

[Inês :) · Rating 4 out of 5]

3.5 estrelas
Um tema muito mau com uma escrita muito boa.
A maneira como o Ricardo manuseia o português, parecendo escolher sempre a melhor palavra para encaixar naquela frase, reflete uma escrita muito bem cuidada.
Já sabíamos que era bom com a boca. Passamos a saber que também é bom com as mãos.
Gostei bastante

[Diogo Biga · Rating 5 out of 5]

Este pequeno livro é um conjunto de crónicas escritas pelo humorista para as revistas Visão e Folha de S. Paulo. Está repleto de metáforas, analogias e ironias hilariantes, sendo claramente aparente a inteligência e perspicácia de Araújo Pereira.
Recomendo o livro, já que é de fácil leitura e muito interessante, já que nos recorda as várias fases da pandemia e como foram vividas.

Melhores frases e capítulos:

Todo o capítulo "O fim da civilização e o rabo", nas páginas 11 e 12, sobre como a maior preocupação de muitos durante a pandemia era o papel higiénico, para que, em caso de apocalipse, irmos todos com o rabinho limpo. Uma das frases magníficas no capítulo contém é "A covid-19 ameaça acabar com a civilização tal como a conhecemos e o primeiro pensamento da raça humana vai para o rabo" e "Quem tem cu tem medo de ser apanhado com ele encardido"

O capítulo "Buraco sem fundo de resolução", nas páginas 57 e 58, com o magnífico excerto: "O Orçamento de Estado assemelhava-se ao acto de puxar a manta mais para cima, para tapar a cabeça e destapar os pés, ou de a puxar mais para baixo, para tapar os pés e destapar a cabeça. Agora [devido à pandemia] o orçamento deixou de ser uma manta curta e passou a ser um lencinho. [...] Com o lencinho, a única hipótese é tapar apenas as vergonhas. O problema é que Portugal é um país que tem umas vergonhas bastante grandes, e o lencinho não consegue tapá-las a todas."

"O País enfrenta uma escolha difícil: morrer da doença, por não confinar, ou morrer do confinamento, por parar a economia. Pessoalmente, uma vez que as opções são essas, estou a ponderar seriamente optar pelo bagaço." na página 61.

9/10 ☆

[Tony Almeida · Rating 3 out of 5]

Confesso que, para além de uma crónica ou outra, nunca tinha lido nenhum dos livros de crónicas publicações de Ricardo Araújo Pereira (RAP). Dele, apenas li o seu ensaio – acho que podemos chamar-lhe isso – sobre o humor “A Doença, o Sofrimento e a Morte entram num Bar”.

Sobre este “Ideias Concretas sobre Vagas” – temos que reconhecer que o RAP arranca bons títulos – não há, de facto, muito a referir, e também é verdade que ninguém vai ao engano: o livro é claramente anunciado como uma seleção de textos publicados na revista Visão e na Folha de São Paulo, durante a pandemia da COVID-19.

Sendo um livro curto, é verdade que se lê quase de um fôlego, mas atendendo ao formato, acabei por ir lendo apenas um par de crónicas por dia. E, na verdade, não conseguiria lê-lo de outra forma, uma vez que, ao fim de alguns textos, sente-se a necessidade de parar. Talvez porque os textos recalcam o tema da COVID-19 e de todas as vicissitudes em torno dela, começa a pairar algum aborrecimento que nos impele a pousar o livro, e só voltar a ele mais tarde. Digamos que temos a necessidade de “limpar o palato” para não enjoar.

O humor cáustico, característico do RAP está lá, sem dúvida, mas ao longo das 45 crónicas que compõe o livro, retêm-se apenas algumas passagens que podem ser consideradas mais interessantes. O resto é, por assim dizer, “mais do mesmo”.

Um livro mediano que pode agradar a quem procure uma pequena distração, mas que será mais efémero que a própria COVID-19.

[Nuno Mendonça · Rating 4 out of 5]

Ler Ideias Concretas sobre Vagas pela primeira vez em 2025 é, mais do que revisitar um livro, viajar no tempo. Ricardo Araújo Pereira, com o seu humor tão certeiro como incómodo, oferece-nos crónicas escritas em plena pandemia de COVID-19, que hoje soam a testemunho vivo de um tempo que vivemos intensamente… e rapidamente quisemos esquecer.

Ao folhear estas páginas, voltamos a sentir o medo inicial, quase palpável, que pairava sobre tudo. Revemos o absurdo transformado em normalidade: os confinamentos sucessivos, a falta de vacinas, depois o excesso de vacinas, os comprovativos para ir jantar fora, as incoerências gritantes de um Estado a navegar à vista — como na surreal autorização da final da Champions em plena emergência sanitária. Ricardo regista tudo isso com a sua lucidez satírica, fazendo-nos rir… e, paradoxalmente, estremecer.

É difícil nomear a sensação que este livro provoca. Talvez seja uma estranheza melancólica. Uma espécie de nostalgia confusa por um tempo recente mas já enevoado, onde o medo e o absurdo se misturavam com esperança e cansaço. Há algo profundamente desconcertante em perceber o quanto esquecemos daquilo que nos moldou — e como o riso pode ser o último lugar onde a memória resiste.

Ler estas crónicas em 2025 é uma experiência quase arqueológica — mas em vez de escavarmos ruínas, escavamos a nossa própria resistência ao passado. E Ricardo Araújo Pereira, como sempre, lembra-nos que rir é pensar — e também recordar.

[Colin · Rating 5 out of 5]

Ricardo Araújo Pereira é um dos humoristas mais confiáveis que já li: sempre que abro um livro dele, fico divertido e, às vezes, até aprendo algumas coisinhas. Nunca encontrei um livro dele aborrecido (mas nunca experimentei o que fala de futebol!)

Neste livro o ganda Ricardo vira a sua atenção para a pandemia e os transtornos, as parvoíces e todas as mudanças daquela época na história do nosso mundo. Ler o livro é uma espécie de viagem no tempo: é quase possível adivinhar a semana na qual um capítulo foi escrito, analisando o que ele menciona: o confinamento, as medidas contra infeção, como lavagem de entregas, máscaras, o horrível vídeo de estrelas a cantar "Imagine" e por aí fora. E não desilude.

Tanto quanto sei, o título é um trocadilho baseado no duplo significado de "vagas": como substantivo é um sinónimo de "ondas" e como adjetivo é a forma feminina e plural de "vago" que significa "impreciso". Portanto pode significar "sobre as vagas do vírus" ou "sobre ideias vagas".

[Nuno Coelho · Rating 5 out of 5]

Cresci a ouvir dizer que com a desgraça não se brinca. Felizmente os tempos são outros e hoje é possível rirmo-nos da e na desgraça, especialmente quando esse riso até ajuda a passar melhor por ela.

“Ideias Concretas Sobre Vagas” de Ricardo Araújo Pereira é um ótimo exemplo do que refiro acima, uma vez que as crónicas que o compõem foram escritas durante da pandemia, mas permitem conseguir rir num contexto em muitos momentos complicado e de grande incerteza. Estou a ler o livro à distância (passaram 3 anos) e já tinha lido algumas das crónicas anteriormente, uma ou duas no dia em que siaram e foram sempre uma espécie de lufada de ar em dias de confinamento e negativismo.

Conhecendo a qualidade de escrita de RAP este é um livro que se recomenda mesmo antes de ser lido. Não lhe apetece reviver a pandemia? Compreendo, mas este livro permite fazê-lo de uma forma diferente. Ria-se do que se passou pela mão de quem o melhor sabe fazer. Muito bom.

[Rui · Rating 3 out of 5]

Uns textos bem engraçados, outros que têm o charme de trabalhos escolares feitos à pressa na véspera do prazo. Foi uma viagem divertida revisitar os dias do COVID e do confinamento, desenterrando memórias que já nem sabia que tinha esquecido e que, agora, olhando de longe, parecem um tanto absurdas.

A sensação de que o Ricardo Araújo Pereira tem um estilo tão único que todos os seus textos podiam fazer um dueto é inegável, mas felizmente, é uma dança de palavras divertida e, feito disso, devorei o livro mais rápido do que alguns dos textos parecem ter sido escritos.

Contudo, ouvir os mesmos jogos de palavras e as mesmas piadas de uma crónica para a outra acaba por fazer com que determinados textos percam o seu encanto, mas a variação de conteúdo acaba por compensar a repetição da forma.

[Patrícia Costa · Rating 4 out of 5]

Foi divertido ler este livro agora, quando a pandemia ainda só está na soleira da porta, de costas pra nós, esperemos. Vai ser ainda mais divertido lê-lo daqui a uns anos quando certas miudezas já estiverem quase esquecidas. E vai ser certamente um excelente livro para as gerações que não viveram a pandemia, terem noção daquilo que passamos, não dos grandes acontecimentos, esses vão aparecer nos livros e saíram nos jornais, mas das coisas e coisinhas do dia à dia. Lavar as compras, tomar banho em álcool gel, fazer pão, estar de pijama e passar o tempo a limpar a casa, as coisas que ontem eram boas e hoje são más e vive versa, etc. Como sempre, Ricardo Araújo Pereira não desilude.

[Francisco Taira Pereira · Rating 4 out of 5]

Crónicas do autor RAP sobre altura da pandemia. Como Portugal, os Portugueses, Governantes, Políticos e demais encararam/enfrentaram os tempos conturbados. RAP consegue sempre no tom humorístico ir buscar outro ângulo de visão do tema. Muitas vezes aquilo que parece não é, o autor coloca dúvidas pertinentes, hipóteses não menos verídicas de algumas situações que ocorreram durante o confinamento, como por exemplo uma final da UEFA em Portugal. Vale a pena a leitura, são crónicas ao estilo do autor, que sigo atentamente. Desde o trabalho que faz na TV, na Rádio ou nos livros publicados.

[Luíza · Rating 5 out of 5]

Ótimo! Livro comprado aleatoriamente no aeroporto porque conhecia os videos do autor e quase terminei no avião. Um bom livro de crônicas como amamos, todos ao redor do tema da pandemia. Ja foi bom agora, acho que vai ser ainda melhor reler daqui a 20 anos quando, espero, isso nao passe de uma conversa "Lembra da epoca da pandemia?". Só achei que acabou meio do nada, podia ter adicionado mais crônicas sobre a saída do estado de emergência e retorno da vida "ao normal".

[Andreia Morais]

A maneira como Ricardo Araújo Pereira observa o mundo e nos mostra as suas particularidades é fascinante, porque fá-lo, naturalmente, com imensa graça e, depois, tem um sentido apurado para pôr em evidência a chalupice pegada que habita a sociedade.

Ter este sentido crítico centrado no mundo pandémico, com um pouco de distância, foi ainda mais cómico, levando-nos pelas incongruências e pelos comportamentos absurdos destes tempos.

[Joana · Rating 3 out of 5]

Reviewing in Portuguese here, because it just makes more sense like that... Enquanto eu adoro ver e ouvir o Ricardo Araújo Pereira fazer os seus comentários sobre a atualidade desde miuda, eu acho que esta é a primeira vez que leio algo por ele, e honestamente não é o mesmo... Não que seja mau de nenhuma forma, mas para mim não tem tanto impacto com a voz e imagem dele teem...

[Sandra · Rating 4 out of 5]

Colectânea de crónicas humorísticas de antologia para espicaçar o espírito crítico e o bom senso, em tempos extraordinários de uma pandemia que ainda não acabou.

«Na Natureza, não encontramos uma inteligência comparável à dos seres humanos, mas também não é possível observar uma estupidez da mesma envergadura.» P.52

[Daniel Ribeiro · Rating 4 out of 5]

Engraçado, inteligente, subtil são já características indissociáveis do trabalho do Ricardo Araújo Pereira. Foi, no meu caso, o primeiro livro que li da sua autoria, mas não foge à qualidade e conteúdo que ele apresenta nos programas de TV ou rádio. Bom livro para recordar algumas peripécias da pandemia, entre 2022-2021.

[Cristina · Rating 4 out of 5]

Este pequeno volume agrega uma série de crónicas da autoria de Ricardo Araújo Pereira que foram escritas ao longo da pandemia. Existem os textos do início da pandemia, os do fim da primeira vaga, e o da final. Dada a altura em que se lê este volume, recordam-se alguns momentos que já estavam quase esquecidos e que já começam a parecer distantes. Esperemos que assim permaneçam.

[Filipe Teixeira · Rating 4 out of 5]

Um livro agradável e de fácil leitura sobre os principais momentos de uma pandemia que deixou a suas marcas.
Mordaz e divertido como sempre RAP mantém o seu estilo habitual. Concordo que este título se assemelha aos anteriores, mas recomendo a sua leitura porque não deixa de surpreender pela perspectiva do autor sobre os acontecimentos.

[Tatiana Sousa · Rating 3 out of 5]

Foi uma leitura rápida, leve e agradável.

Aprecio o trabalho do Ricardo Araújo Pereira, no entanto este foi o primeiro livro que li do mesmo. Pensava que ia apreciar mais.

Acredito que estas crónicas vão se tornar mais engraçadas com o passar dos anos e com o aparente desaparecimento das memórias da pandemia.

[Francisco Quintas · Rating 4 out of 5]

"Enquanto espécie, mantemos com o rabo uma relação de grande ambiguidade - talvez mesmo de hipocrisia. Ao mesmo tempo que fingimos desprezá-lo no dia-a-dia, é nele que pensamos em primeiro lugar em situações de aperto. O rabo não tem prestígio para ser tema de conversa no salão, e no entanto ocupa o centro das nossas preocupações."

[Maria Carmo · Rating 3 out of 5]

It is nice to go back to Ricardo's chronicles, even now that the epidemic is reducing its effects, it is still quite funny to see the times of dire confinement through his humorist eyes!

Keep it up, Ricardo!

Maria Carmo,

Lisbon, 29 November 2022.

[Dom Nuno · Rating 3 out of 5]

Um livro que recolhe crónicas.
Umas melhores, outras piores, que retratam bem alguns eventos pelo olhar e escrita duma das mais interessantes mentes da nossa bolha mediática.
Recomendo particularmente a crónica “não se precata nem se deixa precatar”.

[João Fernandes · Rating 2 out of 5]

Um livro pequeno e mono-temático, em que cerca de 50% das crónicas (as da Folha de S. Paulo) já tinham saído no livro anterior ("Idiotas Utéis e Inutéis") e não sendo necessariamente as melhores... Conclusão: muita parra e pouca uva.

[Analuabc · Rating 4 out of 5]

Sempre bom recordar os primeiros confinamentos.