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Left and Right: The Significance of a Political Distinction

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Politicians and pundits have long disparaged their opponents with polemicist cries of "leftist!" or "rightist!" But with the fall of communism and the recent conservative ascendancy in the United States and Europe, many commentators have flatly declared that the traditional left/right distinction has lost its relevance. Now, even as political players scramble to redefine themselves with freshly "spun" labels, Norberto Bobbio asserts that the demise of the left/right distinction has been greatly exaggerated.

Bobbio argues that left and right are not absolute terms, but represent a shifting map of the political spectrum, relative to the particular cultural and historical contexts of a given time. The distinction continues to endure because it reflects the essentially antithetical nature and dynamics of democratic politics. In his accessible yet provocative style, Bobbio constructs a historically informed, analytic division of the political universe along two foundational axes, from equality to inequality, from liberty to authoritarianism. He then charts the past and present tendencies of the left and the right, in both their more moderate and more virulently extreme forms. Ultimately, for Bobbio, the measure of post-modern democracy will indeed lie in where and how we situate ourselves relative to these critical left/right parameters, in whether we cast ourselves, our votes, and our era in terms of political expediency, social viability, or moral responsibility.

A bestseller in Italy, where it sold over three hundred thousand copies, Left and Right is an important contribution to our understanding of global political developments in the 1990s and beyond.

148 pages, Paperback

First published January 1, 1994

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About the author

Norberto Bobbio

167 books101 followers
Norberto Bobbio was an Italian philosopher of law and political sciences and a historian of political thought. He also wrote regularly for the Turin-based daily La Stampa. Bobbio was a liberal socialist in the tradition of Piero Gobetti, Carlo Rosselli, Guido Calogero, and Aldo Capitini. He was also strongly influenced by Hans Kelsen and Vilfredo Pareto.

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Displaying 1 - 30 of 57 reviews
Profile Image for Giovanni84.
298 reviews75 followers
July 29, 2021
E' piuttosto chiaro dal titolo, di cosa parli questo famoso saggio di Bobbio.
Pubblicato nel 1994, è a mio parere ancora molto interessante e attuale, nonostante il quadro politico odierno (almeno quello italiano) sia molto diverso da quello di metà anni Novanta (e la grossa differenza è l'esistenza del movimento 5 stelle, che ha messo in crisi il bipolarismo del periodo berlusconiano).

Bobbio espone le tesi contro la distinzione "destra" e "sinistra", confutandole. Parla del dualismo estremisti/moderati come una diade che si incrocia tra quella di destra/sinistra, senza però sovrapporsi (per cui gli estremisti di destra e sinistra, pur avendo valori diversi che li identificano come di destra e di sinistra, condividono il rifiuto per la libertà e la democrazia).
E poi indaga su quale sia effettivamente il carattere distintivo tra destra/sinistra, passando anche dall'analisi critica di alcune opere relative all'argomento, per giungere alla conclusione che la distinzione si basa sul valore dell'eguaglianza.

Questa edizione comprende in appendice alcuni succosi interventi dell'autore che risponde alle critiche ricevute. Tra le altre cose, c'è anche un commento di Matteo Renzi.

In gran parte del saggio l'autore cerca di affrontare la questione in maniera neutrale e analitica, da studioso, ma nel capitolo finale "ammette" e spiega la propria appartenenza a sinistra, e gran parte dei capitoli in appendice sono relativi al dibattito sulla sinistra.

E' un libro che consiglio caldamente. In primo luogo perché la riflessione e l'analisi sul dualismo tra destra e sinistra è ancora oggi importante, a mio parere, per comprendere la politica.
Io stesso, prima di leggere questo libro, ritenevo che questi due termini fossero ormai superati. La lettura di questo libro mi ha fatto cambiare idea (parzialmente), aiutandomi a vedere in maniera più chiara certi aspetti distintivi delle idee politiche.
Un altro motivo per cui consiglio il libro, è la sua scrittura. Trovo molto piacevole leggere Bobbio. La sua esposizione è intellettualmente goduriosa: la sua capacità di analisi, la precisione del linguaggio, la chiarezza e l'ordine con cui vengono affrontati gli argomenti, penso che aiutino a imparare a pensare meglio.

Ciò detto, su alcune cose ho un'opinione diversa da lui, ma ovviamente non sono così sciocco da pensare che la mia opinione valga quanto la sua.
Profile Image for Anil Kahvecioglu.
22 reviews7 followers
February 6, 2020
Very good philosophical discussion concerning left-right dyad even though sometimes I felt like I was lost and had the difficulty to find an anchor point in the discussions. It was sometimes like a sophisticated stream of consciousness in which I also let myself flow. I like his discussion on included middle vs inclusive middle while he was showing how the middle between left and right acts like an inclusive middle whose purpose is nothing but eradicating the two poles and subsuming it within its own “middle” boundaries. I think this is the basic mindset of those which try to surpass the left-right duality and persuade people for the extinction of any such dual understanding of politics. Bobbio is right to insist that left-right distinction is still relevant because this distinction shows itself most powerfully in times of crisis where parties are tended to display themselves basically as Two and it seems that this is not something that politics can escape from at any time. I think today we can see the practical reflections of such a division much more obviously in contrast to the optimistic weather of the post-Soviet dissolution era which proves the necessity of this dyadic conceptual approach.

In additon, that Bobbio takes equality and inequality as the decisive factors of left and right is also a good point and seems that it is a valid one. I appreciate his endeavor to not to fall into the trap of “extremism” in the sense of “utopian equality”. He uncomplicatedly argues that left tries to reduce the level of inequalities and works for more equality whereas right justifies its stance through natural inequalities. Fair and conceptually functional. Right is like Nietzsche who constructs equality as an artifical phenomenon, which aims to destroy the already existing inequality and left is like Rousseau who constructs equality as a natural phenomenon, which is distorted by artificial inequality. Good way of illustrating the fundamental distinction between the two.
Profile Image for Dario Andrade.
726 reviews24 followers
October 10, 2018
O Brasil parece que vive em sua bolha própria de espaço-tempo, em que as coisas acontecem com um atraso em relação ao resto do mundo. É o caso da discussão sobre os elementos que definem o que é direita ou esquerda, que está presente, mesmo que de forma não muito clara nos atuais debates políticos brasileiros, em que os maiores disparates são ditos despudoramente, seja pela mais sincera falta de vergonha na cara, seja pela genuína falta de caráter que acredita que qualquer mentira pode ser expressa sem ressentimento ou, ainda, o que é muito comum no Brasil, pela mais completa ignorância e preguiça.
Assim, resolvi ler esse breve ensaio do Bobbio, escrito no já longínquo ano de 1994, quando essa discussão sobre o que define e distingue direita e esquerda despertava interesse na Itália, então ainda recém-saída da Operação Mãos Limpas, que causou gigantescos abalos sísmicos no sistema político daquele país.
Mas o que define – e consequentemente – distingue esquerda e direita?
Sim, ele apresenta uma resposta, mas, antes, ele frisa que que “Esquerda e direita indicam programas contrapostos com relação a diversos problemas cuja solução pertence habitualmente à ação política, contrastes não só de ideias, mas também de interesses e valorações a respeito da direção a ser seguida pela sociedade, contrastes que existem em toda sociedade e que não vejo como possam simplesmente desaparecer (51)”.
Esquerda e direita se definem, segundo ele, em razão do lugar no ‘espaço político’, que varia historicamente, mas que sempre lidam com em relação à dupla igualdade-desigualdade. A palavra igualdade, ele reconhece, é escorregadia: “estes conceitos tão abstratos, podem ser interpretados, e têm sido interpretados, de muitas maneiras e sua maior ou menor preferibilidade depende do modo como são interpretados”.
O conceito de igualdade é relativo, não absoluto (112), mas igualdade deve ser entendida em razão de três variáveis: a) os sujeitos entre os quais se trata de repartir os bens, e os ônus; b) os bens e os ônus a serem repartidos; c) o critério com base no qual fazer a repartição (112).
E mais ainda, igualdade é um elemento compreendido de forma diferente pela esquerda e direita. “o igualitário parte da convicção de que a maior parte das desigualdades que o indignam, e que gostaria de fazer desaparecer, são sociais, e, enquanto tal, elimináveis; o inigualitário, ao contrário, parte da convicção oposta, de que as desigualdades são naturais e, enquanto tal inelimináveis” (121)
Mas ele ressalta que a igualdade é, para ele, um termo neutro, não é bom ou ruim: “Mais uma vez não estou dizendo que uma maior igualdade é um bem e uma maior desigualdade um mal. Não desejo sequer dizer que uma maior igualdade seja sempre e em todos os casos preferível a outros valores como a liberdade, o bem-estar, a paz”.
E a liberdade? Ele considera que ela é uma modulação que distingue moderados de extremados, seja à esquerda, seja à direita: a) extrema-esquerda estão igualitários e autoritários; b) na centro-esquerda estão igualitários e libertário; c) na centro-direita, estão libertários e inigualitários; d) antiliberais e anti-igualitários.
Enfim, um livro honesto, imparcial, analítico, que possui elementos relevantes para a reflexão política.



Profile Image for Count Gravlax.
156 reviews37 followers
July 12, 2016
I laughed when Bobbio called Dugin "mentally confused"
Profile Image for Carlos Puig.
651 reviews49 followers
April 1, 2019
Es un agrado leer a Norberto Bobbio: claridad expositiva, rigor intelectual y solidez argumentativa. Este ensayo analiza críticamente la permanencia de la díada izquierda-derecha, puesta en duda o cuestionada, después del desplome de la URSS, lo que, sin duda, significó un fuerte remezón en los movimientos y partidos de izquierda a lo largo y ancho del mundo y un innegable fortalecimiento de la derecha. El ensayo se publicó en 1994 y produjo discusiones y réplicas, incluso el propio Bobbio tuvo que precisar algunas ideas en las siguientes ediciones. Me interesa el tratamiento sensato, racional y académico que le otorga Bobbio a esta dicotomía muchas veces caricaturizada o tergiversada groseramente por razones ideológicas o meramente electorales. Sus ideas están plenamente vigentes, más allá de la crisis evidente del sistema democrático liberal y del surgimiento de tendencias populistas de diverso signo. Sin ir más lejos, Bobbio afirma que en el tema de la inmigración puede verse claramente las diferentes maneras de tratarlo por gobiernos de izquierda y de derecha. Yo todavía sigo creyendo en el valor de la democracia y sigo pensando que tanto en la izquierda como en la derecha hay sectores moderados, sensatos y racionales que pueden
trabajar eficazmente por el bienestar de nuestras sociedades. Pero el tema de la crisis de las democracias es harina de otro costal. Este libro cumple con su propósito eficazmente, digan lo que digan ciertos teóricos o políticos, la díada izquierda-derecha sigue vigente y permite analizar y ponderar propuestas y visiones sobre temas que nos afectan a todos.
Profile Image for Luca Dell'Oca.
186 reviews4 followers
November 11, 2019
Un bellissimo saggio che, senza cercare di dire quale dei due schieramenti sia migliore, tenta di spiegare la differenza storica tra Destra e Sinistra. E ciò nonostante fossero ben note le idee politiche di Bobbio, che le indica anche nel libro stesso.

Riteniamo che gli uomini siano tutti uguali in principio, che le disuguaglianze siano unicamente di natura sociale, e che sia quindi la società a dovervi porre rimedio, come pensava Rousseau? Oppure pensiamo che le disuguaglianze siano naturali e che vadano in quanto tali solo accettate, e che la società non debba quindi artificiosamente cercare di rendere gli uomini uguali, come pensava Nietzsche?
Profile Image for Marcel Santos.
113 reviews18 followers
January 11, 2024
ENGLISH

On the night of November 9th to 10th, 1989, the first sledgehammer struck did not shake at all the 155 km wall that stretched across the entire center and separated the western and eastern parts of Berlin.

Within hours, however, a crowd gathered on parts of the wall with the most varied types of tools to beat it and bring it down. The symbolic act drew attention and was broadcast by TV stations around the world. Communism, predominantly in the countries of Eastern Europe, Russia and its adjacent Republics, showed signs of collapse. A few years later, on December 26, 1991, then Union of Soviet Socialist Republics, the geopolitical epicenter of the communist world in those years of the Cold War, fell apart.

I was between 12 and 14 years old in those years and I followed everything with great curiosity on TV. Even at that time I asked myself, in a candid way, as if it were the most logical thing at that moment: So, did capitalism win? Are communism and socialism over? Were they wrong and capitalism has always been right? Such questions sound naive today, but they translated a feeling or perception which many people experienced at the time. So much so that Francis Fukuyama proclaimed the “end of History”.

In fact, what I and many people took a while to understand is that the ideological field of the left, then materialized and sheltered in the Soviet bloc, would not become extinct, but would find ways to adapt and exist to this day on the world political scene, albeit in different forms and even with its content significantly altered. The reason for this does not seem to be just a mere intellectual ability to adjust. Mere strategic adjustments could not explain why the left didn’t disappear — which were certainly important for maintaining its survival — but because the left expresses some basic human feelings. People will always feel indignation and non-conformity with inequality and injustices among men; some feel it more, some less.

Anyone who had proclaimed the end of the right with the defeat of Nazism and Fascism in the Second World War made the same mistake. Likewise, the right does not exist for nothing; it expresses a vision of the world, a set of feelings based on values ​​typical of the contemporary world, largely based on the belief in inequality between men and the defense of the conservation of values ​​such as order, tradition, family, property.

Thus, in contemporary world’s societies, at least as we know it today, the debate seems endless. It is true, as Norberto Bobbio portrays in this book, that in the real world of politics, right and left have various shades, and can present radical forms, but also many areas of intertwining, which change over time, place, and circumstances.

For Bobbio, however, the big difference that separates the two sides, the point that remains after reducing all the differences, is the issue of equality: the left shows greater concern about inequality, while the right not only does not care so much, but can consider it natural and even beneficial.

It is true that, among the various points of intertwining between both sides, some shades of right are also concerned with equality. Some of these shades will defend that equality must be formal, admitting that conditions should be ensured so that people start, as far as possible, from social positions that are as equivalent as possible in terms of opportunities in life. The way these people find their way in life afterwards is their individual problem, and the State should not interfere — and here an important and controversial point is touched upon, also the target of co-optation by both ideological sides: the issue of Liberty.

Another shade of right conceives this issue differently: there is no reason why the State should promote equality from the outset, as we are all unequal by nature. If the State interferes as little as possible in people's lives and intervenes only to guarantee property, freedom of enterprise and competition, and to curb aggression, society will tend to prosper, inevitably carrying with it the issue of the distribution of wealth, which should be increasingly egalitarian, although never completely.

The discussion brought up in this book by Bobbio revolves around these broad questions. Bobbio, as I mentioned in my review of “Liberalism and Democracy” (here: https://www.goodreads.com/review/show...), was a great philosopher and political historian. His style of analysis is extremely synthetic, often remaining on the level of superficiality. The discussion he carries out in this book, however, is made with good arguments. The topic is vast. The terms “right” and “left” in politics are alive, fluid. Its contents are mobile; they highly depend on the circumstances, the place, the moment. Despite this, any ordinary person generally knows what they are doing when declare him or herself to be left or right, or when they course out (or think they are coursing out) others when they belong to the opposite camp to which they sympathize.

This book is an instructive read — Bobbio always impresses with his synthetic and aesthetically hermetic, cohesive arguments — but due to the intrinsic difficulties of the topic, it is far from exhaustive in itself.

The point of greatest criticism I make (as I did when reviewing “Liberalism and Democracy”) is the author's confessed lack of interest in the causes of the phenomena he studies — a characteristic common to many jurists, not because of a personal fault, but because it is characteristic of the method used in Law. Bobbio makes this clear in the following passage, in the book's Appendix, entitled “Fukuyama, the engine and the end of history”:

“As I wrote in 'Right and left', which was successful with the public but was not much discussed by critics, the basis of the difference between people on the right and people on the left is the fact that some tend to consider men more equal than unequal, while others, vice versa, tend to consider men more unequal than equal. Natural or cultural, ontological or historical difference? I don't know and I don't care to know. I only make an empirical observation and nothing more.”

Currently, the most advanced research in natural and social sciences seeks to identify the causes and mechanisms (physical, biological, psychological, behavioral) of differences in worldview between people. Research in the field of neuroscience, for example, shows that a more reactive cerebral amygdala — an organ related to the sensation of fear — in certain individuals corresponds to greater sensitivity to threats, being found more in people with a greater tendency towards conservatism.

Empirical studies carried out in Norway show that women, despite having reached the same social and educational level as men in that society, continue to choose professions related to care and social interaction, generally — and unfortunately — with lower levels of pay.

Research like this not only seeks to uncover the roots of social phenomena, but can bring important conclusions and implications for political decision-making (even if they are simply abstentional). The potential for them to uncover and influence ideologies, such as left and right, for example, also seems enormous. That's what interests me the most.

As I stated in the review of “Liberalism and Democracy” and appears in the introductory sentence to my profile here on Goodreads, I am the one who is not interested in those who are not interested in the causes of social phenomena.


PORTUGUÊS

A primeira marretada desferida, na noite de 9 para 10 de novembro de 1989, não abalou de modo nenhum o muro de 155 Km que se estendia por todo o centro e separava as partes e ocidental e oriental de Berlim.

Em poucas horas, porém, uma multidão se aglomerava em partes do muro com marretas, martelos e outras ferramentas para golpeá-lo e colocá-lo abaixo. O ato simbólico chamou a atenção e foi transmitido por emissoras de TV do mundo todo. O comunismo, predominante em países do leste da Europa, Rússia e Repúblicas a ela adjacentes, dava sinais de colapso. Poucos anos depois, em 26 de dezembro de 1991, foi a vez da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, epicentro geopolítico do mundo comunista naqueles anos de Guerra Fria, desmoronar.

Naqueles anos, eu tinha entre 12 e 14 anos de idade e acompanhava tudo com muita curiosidade pela TV. Já naquela época me perguntava, de forma singela, como se fosse a coisa mais lógica naquele momento: então, o capitalismo ganhou? O comunismo e o socialismo acabaram? Eles estavam errados e o capitalismo sempre esteve certo? Tais perguntas podem soar ingênuas hoje, mas traduziram um sentimento ou percepção que muitas pessoas tiveram na época. Tanto que ficou famosa a proclamação por Francis Fukuyama do “fim da História”.

Na verdade, o que eu e muita gente demoramos a entender é que o campo ideológico da esquerda, até então materializado e abrigado no bloco soviético, não se extinguiria, mas encontraria meios de se adaptar e existir até hoje no cenário político mundial, embora sob formas e mesmo conteúdo bastante alterados. A razão para isso não parece ser apenas uma mera capacidade intelectual de se ajustar. A esquerda não desapareceu não por meros ajustes estratégicos — que certamente foram importantes para a manutenção da sua sobrevivência —, mas porque expressa alguns sentimentos humanos básicos. A indignação e inconformidade com a desigualdade e as injustiças entre os homens estarão sempre presentes nas pessoas; em umas mais, em outras menos.

Cometeria o mesmo erro quem tivesse proclamado o fim da direita com a derrota da Nazismo e do Fascismo na Segunda Guerra Mundial. Da mesma forma, a direita não existe à toa; expressa uma visão de mundo, um conjunto de sentimentos baseados em valores próprios do mundo contemporâneo, fundados em grande parte na crença na desigualdade entre os homens e na defesa da conservação de valores como ordem, tradição, família, propriedade.

Desse modo, nas sociedades do mundo contemporâneo, ao menos tal qual o conhecemos hoje, o embate parece não ter fim. É verdade, como bem retrata Norberto Bobbio neste livro, que no mundo real da política, direita e esquerda têm vários matizes, podendo apresentar formas radicais, mas também muitas zonas de entrelaçamento, que se modificam ao longo do tempo, do local e das circunstâncias.

Para Bobbio, no entanto, a grande diferença que separa os dois lados, o ponto que sobra após reduzirem-se todas as diferenças, é a questão da igualdade: esquerda demonstra maior preocupação com a desigualdade, enquanto direita não só não se preocupa tanto com ela, como pode considerá-la natural e mesmo benéfica.

É verdade que, dentre os vários pontos de entrelaçamento entre ambos os lados, pode-se apontar que níveis de direita também se preocupem com a igualdade. Alguns desses níveis vão defender que a igualdade deva ser formal, admitindo que se assegurem condições para que as pessoas partam, na medida do possível, de posições sociais as mais equivalentes possíveis em termos de oportunidades na vida; já a forma como essas pessoas desempenharão na vida é problema de cada uma delas, não devendo o Estado se imiscuir — e aqui toca-se um ponto importante e polêmico, também alvo de cooptação por ambos os lados ideológicos: a questão da liberdade.

Já outro nível de direita pensa de forma diferente essa questão: não há porque o Estado promover a igualdade no ponto de partida, pois todos somos desiguais por natureza. Se o Estado se intrometer o mínimo possível na vida das pessoas e intervir apenas para garantir a propriedade, liberdade de empreedimento e concorrência e coibir agressões, a sociedade tenderá a prosperar, carregando com ela inevitavelmente a questão da distribuição de riqueza. Esta deverá ser cada vez mais igualitária, ainda que nunca completamente.

A discussão trazida neste livro de Bobbio gira em torno dessas amplas questões. Bobbio, como comentei na resenha a “Liberalismo e Democracia” (aqui: https://www.goodreads.com/review/show...), foi um grande filósofo e historiador político. Seu estilo de análise é extremamente sintético, não raro permanecendo no plano da superficialidade. A discussão travada por ele neste livro, porém, é feita com boa argumentação. O tema é vasto. Os termos “direita” e “esquerda” na política são vivos, fluidos. Seus conteúdos são móveis; dependem altamente das circunstâncias, do local, do momento. Apesar disso, qualquer pessoa comum em geral sabe o que está fazendo quando se declara de esquerda ou direita, ou quando “xinga” (ou acha que está xingando), outrem de pertencer a campo oposto ao qual simpatiza.

Este livro é uma leitura instrutiva — Bobbio sempre impressiona pela argumentação sintética e esteticamente hermética, coesa —, mas devido às próprias dificuldades intrínsecas do tema, está longe de se esgotar em si mesma.

O ponto de maior crítica que faço (como fiz ao resenhar “Liberalismo e Democracia”), é o confessado desinteresse do autor pela causa dos fenômenos que ele estuda — característica essa comum a muitos juristas, não por falha pessoal, mas por ser algo próprio do método jurídico. Bobbio deixa isso claro na seguinte passagem, no Apêndice do livro, intitulado “Fukuyama, o motor e o fim da história”:

“Como escrevi em ‘Direita e esquerda’, que obteve sucesso de público mas não foi muito discutido pela crítica, o fundamento da diferença entre pessoas de direita e pessoas de esquerda está no fato de umas tendem a considerar os homens mais iguais do que desiguais, ao passo que outras, vice-versa, tendem a considerar os homens mais desiguais do que iguais. Diferença natural ou cultural, ontológica ou histórica? Não sei e não me interessa saber. Faço apenas uma constatação empírica e nada mais”.

Atualmente, as pesquisas mais avançadas em ciências naturais e sociais procuram identificar as causas e os mecanismos (físicos, biológicos, psicológicos, comportamentais) das diferenças de visão de mundo entre as pessoas. Pesquisas no ramo da neurociência, por exemplo, mostram que uma amígdala cerebral mais reativa — órgão relacionado à sensação de medo — em certos indivíduos corresponde a uma maior sensibilidade a ameaças, sendo mais encontradiço em pessoas com maior tendência ao conservadorismo.

Estudos empíricos feitos na Noruega mostram que mulheres, apesar de terem alcançado nível social e educacional idêntico ao dos homens naquela sociedade, continuam escolhendo profissões relacionadas ao cuidado e interação social, em geral — e infelizmente — com níveis menores de remuneração.

Pesquisas como essas não apenas procuram desvendar as raízes dos fenômenos sociais, mas podem trazer conclusões e implicações importantes para a tomada de decisões políticas (ainda que sejam de mera abstenção). O potencial de desvendarem e influirem em ideologias, como esquerda e direita, por exemplo, também parece enorme. É isso que mais me interessa.

Como afirmei na resenha a “Liberalismo e Democracia” e aparece na frase de introdução ao meu perfil aqui no Goodreads, eu é que não ando me interessando por quem não se interessa pelas causas dos fenômenos sociais.
Profile Image for Victoria.
156 reviews5 followers
March 26, 2025
Capaz es muy producto de su tiempo y décadas después ya no tiene tanto impacto, o simplemente no me gustó mucho.
Siento que los estándares y ejemplos que maneja son ocasionalmente o muy amplios o muy anticuados. Sí me parece que está muy bien estructurado y escrito.

Tl;dr hay izquierda porque hay derecha, y viceversa.
Profile Image for Lucía Vijil Saybe.
159 reviews
May 20, 2017
Bobbio, genera conflictos sobre los conceptos relativos históricos y no absolutos: deerecha e izquierda. Si una no existe, la otra tampoco... lo que nos obliga a empezar a pensar la lógica izquierda y derecha bajo el término de la igualdad, ¿para qué? ¿por qué? ¿quiénes?, las desfiguraciones de las democracias en campos competitivos de ver "al ganador" o al que "da una lección", nos ha convertido en militantes/organizaciones poco reflexivas y transformadoras sobre lo que realmente importa.
Bobbio dice: "La democracia favorece a los moderados, castiga a los extremistas".
Repensemos la izquierda, para todos, desde Bobbio.
Profile Image for Aldo Rita.
Author 1 book
May 9, 2020
Questo libro è stato pubblicato all’inizio del 1994 alla vigilia di quelle elezioni che sarebbero state vinte da Silvio Berlusconi e dal suo schieramento. È un libro piccolo ma interessante. Viene preso in esame il problema del rapporto, nell’ambito politico, tra destra e sinistra e se tale distinzione abbia ancora un senso oggi. All’inizio vengono prese in considerazione e analizzate criticamente le ragioni che vengono addotte per negare la validità della distinzione tra destra e sinistra nella società attuale, e cioè la crisi delle ideologie, la complessità delle società democratiche, la presenza del centro, le varie proposte di una “terza via” che superi la distinzione, la nascita di nuovi problemi che non esistevano quando è nata la distinzione e la nascita di partiti o movimenti che se ne fanno carico (come i Verdi) e soprattutto “il riconoscimento che le due etichette sono diventate mere finzioni e, in realtà di fronte alla complessità e novità dei problemi che i movimenti politici debbono affrontare i “destri” i “sinistri” dicono su per giù le stesse cose, formulano, a uso e consumo dei loro elettori, più o meno gli stessi programmi, e si pongono gli stessi fini immediati” ed inoltre “tra una parte e l’altra non esistono più quelle (pretese) differenze che meritano di essere contrassegnate con nomi diversi i quali finiscono per ingenerare la falsa credenza che esistano ancora delle contrapposizioni che in realtà non ci sono più, e per alimentare contese artificiali ed ingannevoli”.
Nel secondo capitolo viene fatta la distinzione tra estremisti e moderati sia nell’ambito della destra che della sinistra. L’estrema destra e l’estrema sinistra hanno programmi politici opposti ed inconciliabili, però hanno un elemento comune, e cioè il rifiuto della democrazia. La critica alla democrazia può far propri gli stessi temi, e gli stessi autori possono “trasmigrare” cioè essere presi come punti di riferimento ora dall’una ora dall’altra parte.
Nei capitoli IV e V vengono esaminati una serie di autori che hanno adottato diversi criteri per distinguere tra destra e sinistra.
Il primo autore preso in esame è J.A. Laponce che distingue tra un ordinamento verticale (alto-basso) e uno orizzontale della politica (destra-sinistra) che si sarebbe affermato ed avrebbe prevalso con la Rivoluzione Francese. Questo autore sostiene che “L’analisi delle tendenze ideologiche del nostro tempo …………. è dominata dalla contrapposizione tra religione e politica considerate rispettivamente momento positivo e momento negativo della storia”. Inoltre “La distinzione tra destra e sinistra si risolve in ultima istanza nella distinzione tra sacro e profano entro la quale trovano posto altre differenze, come quella tra ordine gerarchico e ordine egualitario, e quella tra atteggiamento tradizionalistico favorevole alla continuità e atteggiamento volto al nuovo o progressista, favorevole alla rottura, alla discontinuità”
Altro autore preso in considerazione è Dino Colafrancesco secondo cui la distinzione sarebbe tra emancipazione intesa come “liberazione dell’uomo dal potere ingiusto e oppressivo” per la sinistra e tradizione per la destra interpretati come “atteggiamenti di fondo, come mentalità”.
Poi viene preso in considerazione il contrasto proposto da Elisabetta Galeotti e cioè gerarchia per la destra ed eguaglianza per la sinistra. Essa parte “dalla esigenza preliminare di distinguere contesti in cui la coppia viene usata, che sarebbero i seguenti: il linguaggio ordinario, quello della ideologia, l’analisi storico-sociologica, lo studio dell’immaginario sociale”.
L’ultimo autore esaminato, Marco Revelli, mette infine in evidenza la relatività dei concetti di destra e sinistra e la e la variabilità dei contenuti. Propone cinque criteri di distinzione tra i quali il diverso atteggiamento nei confronti dell’eguaglianza è quello più importante.
Anche secondo Bobbio la distinzione è basata sul diverso atteggiamento della destra e della sinistra relativamente al problema dell’eguaglianza. “L’egualitario parte dalla convinzione che la maggior parte delle diseguaglianze che lo indignano, e vorrebbe far sparire, sono sociali e, in quanto tali eliminabili; l’inegualitario, invece, parte dalla convinzione opposta, che siano naturali e, in quanto tali, ineliminabili”. (…) “L’idea qui formulata, secondo cui la distinzione tra sinistra e destra corrisponde alla differenza tra egualitarismo e inegualitarismo, e quest’ultima si risolve, in ultima istanza, nella differenza di percezione e valutazione di ciò che rende gli uomini uguali o diseguali, si pone ad un livello tale di astrazione che può servire tutt’al più a distinguere due tipi ideali.” “Scendendo ad un gradino più in basso, la differenza tra i due tipi ideali si traduce praticamente nella contrastante valutazione di ciò che è rilevante per giustificare o meno una discriminazione”. Per ciò che riguarda la libertà, invece, sia l’estrema destra che l’estrema sinistra rifiuterebbero il metodo democratico e sono autoritari ed antiliberali, a differenza della sinistra e della destra moderate che sarebbero entrambe libertarie, ma egualitaria la prima, inegualitaria la seconda. Bobbio definisce il metodo democratico “come l’insieme delle regole che consentono di prendere decisioni collettive attraverso liberi dibattiti e libere elezioni e non facendo ricorso all’uso della violenza”. Il libro si conclude con l’affermazione dell’esistenza di una tendenza verso una maggiore eguaglianza: “Mai come nella nostra epoca sono state messe in discussione le tre fonti principali di diseguaglianza, la classe, la razza e il sesso”. Nel libro Bobbio da una definizione della politica. Parlando di “nuovi problemi politici” afferma “Politici nel senso che richiedono soluzioni attraverso gli strumenti tradizionali dell’azione politica, cioè dell’azione che ha per scopo la formazione di decisioni collettive che una volta prese diventano vincolanti per tutta la collettività”. Ci sono due punti di vista per osservare la distinzione tra destra e sinistra, uno quella dell’osservatore neutrale e l’altra quella del militante. Afferma Bobbio “L’osservatore neutrale, ad esempio uno storico o un sociologo, considera suo compito specifico illustrare il significato descrittivo e di conseguenza mostrerà quali gruppi si considerano, o sono considerati in una data situazione di destra o di sinistra. I militanti, invece, tenderanno ad attribuire al loro programma un valore positivo, al programma dei loro avversari un valore negativo”. Pur avendo nel libro l’atteggiamento di un osservatore neutrale alla fine Bobbio, in un passo autobiografico, ci racconta le ragioni per la sua predilezione per i valori di sinistra. Parla di un suo “disagio di fronte allo spettacolo delle enormi diseguaglianze, tanto sproporzionate quanto ingiustificate, tra ricchi e poveri, tra chi sta in alto e chi sta in basso nella scala sociale, tra chi possiede potere, vale a dire capacità di determinare il comportamento altrui, sia nella sfera economica sia in quella politica e ideologica, e chi non lo ha”.
Il libro è stato scritto poco dopo la caduta dei regimi comunisti nell’Unione Sovietica e nei paesi dell’Est Europeo. A proposito di questi regimi Bobbio parla giustamente di “utopia capovolta” “ovvero del capovolgimento totale di una grandiosa utopia egualitaria nel suo contrario”. Ma altrettanto giustamente afferma che il problema della disuguaglianza nel mondo continua a persistere.
Il libro è molto bello. L’autore espone i problemi da tutti i possibili punti di vista e i problemi di cui parla sono attuali ancora oggi. Cosa direbbe Bobbio se fosse ancora vivo di fronte a partiti che si definiscono di sinistra e una volta andati al potere fanno una politica o adottano provvedimenti che sono più di destra che di sinistra o di partiti che considerano non più valida la distinzione tra destra e sinistra e arrivano al potere?
Per me il libro è stato uno stimolo a riflettere e a ritrovare me stesso.

Profile Image for Antonio Gallo.
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January 19, 2020
Questa faccenda degli aggettivi di “destra” e di “sinistra”, applicati alla vita, ci tormenta sin da quando veniamo al mondo, il mondo della politica, delle arti, della scienza, specialmente qui da noi in Italia. I due aggettivi si dichiarano e si contrappongono, si incontrano e si scontrano, si condannano e si assolvono, si ingannano e si evitano, non possono mai amarsi e odiarsi, intendersi e accettarsi, comprendersi e convivere.

Sin dai tempi di Cristo, c’era chi sedeva alla sua destra e chi alla sua sinistra, chi continua ad essere un figuro “sinistro” che non potrà mai sfilare insieme ad un “figuro” di destra, del quale rifiuterà sempre di accettare le idee, i gusti, le letture, i giornali, le posizioni e quant’altro sotto il cielo nel grande universo delle idee.

Anche nel campo della letteratura il dibattito è aperto e, a quanto sembra, di difficile soluzione. Ci ha provato di recente anche l’autorevole rivista letteraria inglese "Literary Review" che qui propongo alla lettura, con una chiosa personale finale.

"Tutto parte dalla domanda perché gran parte dell’arte, se non tutta l’arte, sia di Sinistra. Da questa considerazione è poi scaturita la domanda chi fossero gli scrittori di Destra. Mentre a quest’ultimo interrogativo si risponde facendo dei nomi a caso, come ad esempio Iris Murdoch, Evelyn Waugh e Anthony Powell, sullo scenario di lingua inglese, alla prima si risponde affermando che gran parte del “prodotto” artistico è di sinistra perché l’arte è protesta per antonomasia, per prima cosa e, poi, una critica della società in cui viviamo.

Ma le cose, secondo l’estensore dell’articolo, non sono poi così semplici come sembrano. Orwell, un uomo di sinistra, si chiese spesso nei suoi scritti, come mai tanti grandi scrittori moderni fossero stati attratti da ideologie di Destra, come il Fascismo, nel caso di Eliot, Pound e Yeats. “Bisogna approfondire la relazione che intercorre tra Fascismo e l’intelligentsia letteraria e Yeats potrebbe essere il punto di partenza”, così scrisse nel 1943.

Oggi, molti di questi scrittori, tra i quali anche D. H. Lawrence, sarebbero certamente di sinistra nei confronti di ciò che noi chiamiamo “globalizzazione”. Orwell affermò che è una costante nell’opera di Yeats “il suo odio per la civiltà moderna occidentale”. Tracce di questo odio le si trovano anche in Eliot, Pound, Lawrence. Tutti protestano contro le brutture del mondo moderno, esprimendo il proprio disgusto per la macchina del tempo e per la corruzione dei valori umani e civili che essa hanno prodotto. Pound, nel suo odio per l’usura, è tanto ostile ai banchieri quanto lo sono i manifestanti contro il G8. Fu la sua ripulsa per il “potere del danaro” che lo spinse al fianco di Mussolini e del Fascismo italiano.

L’obbiettivo può essere lo stesso, ma la protesta di Destra ha radici diverse e forse più profonde. La sua rabbia nasce dalla distruzione di un ordine ereditato del modo di vivere. Dà più valore e forza alla cultura senza tempo, riconoscendo che non ci può essere progresso nelle arti (anche se ci possono essere innovazione e nuove tecniche), la protesta di Destra tende piuttosto verso lo scetticismo. “Quando le antiche opinioni e le regole della vita scompaiono, scrisse Burke, la perdita non può essere valutata”. Gli ambientalisti di oggi, che si collocano oggi a Sinistra, non possono non essere d’accordo con un’affermazione del genere.

Naturalmente, l’idea che l’arte sia espressione di protesta, o sostanzialmente uno strumento di protesta è, in se stessa, un’idea relativamente moderna, sia da Destra che da Sinistra. Essa risale al Romanticismo. Prima, gran parte dell’arte era la celebrazione dell’ordine precostituito e come tale fu critica nella misura in cui questa critica era diretta a coloro i quali intendevano disturbare quell’ordine. La satira, ad esempio, era in genere, conservatrice. La rabbia e la critica nascevano dalle follie, dai vizi e dalle vanità del tempo. Chi scriveva satire si rifaceva ad un’Epoca, un’Età lontana, e anche del tutto immaginaria.

Milton fu, da un punto di vista politico, di Sinistra, ma la sua arte non era affatto un’arte sovversiva. Nella stesura del “Paradiso Perduto” egli intese “giustificare le vie di Dio agli uomini”. Egli sosteneva che il mondo poggiava su un ordine ben preciso. Solo l’inganno e la disubbidienza dell’uomo avevano creato disordine.

In politica Milton fu un radicale e un repubblicano, oggi lo diremmo un modernista. Le sue opere in prosa potrebbero essere definite oggi letteratura di protesta. Ma, sebbene egli fosse un Cristiano ortodosso, con tendenze verso l’Unitarismo, la sua poesia, nella forma più elevata, si colloca nella tradizione Cristiana. Il “Paradiso Perduto” è un esempio dell’arte cristiana rinascimentale paragonabile a quella di Michelangelo e ai suoi dipinti nella Cappella Sistina. Come la musica delle “Passioni” di Bach. Un’arte del genere è un’arte positiva.

Gli artisti, come cittadini, possono appartenere alla Destra o alla Sinistra. Alcune loro opere possono essere ispirate da sentimenti politici. Nei loro diari, nelle lettere e nelle conversazioni essi possono esprimere opinioni anche violente e crude. Pensiamo, ad esempio, alla corrispondenza tra Philip Larkin e Kinsley Amis. Essi possono anche scrivere sciocche e banali poesie politiche come quelle di Harold Pinter. Ma la loro vera opera non è una questione di sentimenti, percezioni o opinioni.

Nella loro opera fondamentale, la distinzione tra Destra e Sinistra ha poco a che fare con la politica o con fatti politici contingenti. Ha a che fare, piuttosto, con due cose fondamentali, strettamente collegate: la natura dell’uomo e la collocazione dell’Età dell’Oro.

La Sinistra, sin dai tempi di Rousseau, ha considerato l’uomo come sostanzialmente buono in un contesto sociale e istituzionale crudele e cattivo. Sciogliete le sue catene, liberatelo dalle costrizioni e il bene che c’è nella sua natura verrà fuori. Per la Destra, l’Età dell’Oro deve ancora venire.

La Destra, comunque, considera la natura dell’uomo come guastata. A Gulliver, il suo padrone a Brobdingnag, dice: “Non posso fare a meno di affermare che la vostra razza è la più perniciosa in natura che abbia mai strisciato sulla faccia della terra”. Questa miserabile creatura che è l’uomo deve quindi essere sottoposto ad un ordine. La Destra dà forza e valore alla tradizione perché, sempre citando Burke: “ abbiamo timore a collocare l’uomo nel suo proprio spazio di ragione privata perché abbiamo il sospetto che questo spazio sia troppo piccolo in ogni uomo e che gli individui farebbero meglio a rifornirsi alla banca generale e al capitale delle nazioni, e alle età”. Così l’Età dell’Oro risiede sempre nel passato.

Gli artisti di Sinistra, per quanto arrabbiati, sono degli ottimisti. Quelli di Destra, anche se equilibrati e intelligenti, sono dei pessimisti. Eppure, lo stesso uomo può essere di Sinistra in politica, per quanto riguarda le sue opinioni e la vita di ogni giorno, ma può essere di Destra nella sua Arte. Graham Greene è un buon esempio in tal senso: di Sinistra in politica, di Destra per quanto riguarda la natura dell’uomo nei suoi romanzi."

Una conclusione la vuole trarre, modestamente, anche il sottoscritto che ha tradotto questo articolo dall’inglese. Non è che molti artisti, scrittori, poeti e intellettuali, una volta acquisita fama e successo, hanno il cuore a Sinistra e il portafoglio a Destra? L’Età dell’Oro, tanto per mantenere l’espressione usata dall’autore inglese dell’articolo, una volta acquisita, deve essere mantenuta e difesa da tutti gli attacchi che potranno venire sia da una parte che dall’altra! O sbaglio?
Profile Image for David Ayrolla.
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December 22, 2022
Embora eventualmente reapareça a afirmação de que a dicotomia "direita x esquerda" não pode mais ser aplicada à realidade atual, a verdade é que a presença hegemônica desses termos em praticamente todos os meios de atuação e discussão política demostra que, apesar deste termos terem mudado de significado algumas vezes no decorrer da história, eles ainda representam duas posições políticas distintas e contrárias. A dicotomia ainda existe, embora sejam abundantes os indícios de que muita gente que usa estes termos não faça a menor ideia do que eles signifiquem.

Nesse clássico livreto, o saudoso filósofo político italiano Norberto Bobbio examina uma ampla literatura sobre o tema para contribuir com uma definição moderna, baseada na síntese da obra de vários autores e de diversas publicações em mídias jornalísticas. Não obstante existam hoje outras dicotomias que suscitem outros enérgicos combates (liberalismo vs estatismo, progressismo vs conservadorismo, libertarianismo vs autoritarismo), cada uma delas refere-se a uma disputa distinta e encontra-se em um eixo diferente, todas cruzando-se em um ou mais pontos.

O eixo da díade direita vs esquerda é fundado em basicamente na diferença entre "igualdade e desigualdade".

Segundo Bobbio, a esquerda caracteriza-se por defender que a maior parte das desigualdades é social e, portanto, possível de ser eliminada - de maneira que o objetivo fundamental da esquerda é o de reduzir as desigualdades socioeconômicas (e seus nefastas consequências) entre as pessoas. Já a direita caracteriza-se por entender que a maior parte das desigualdades é natural e, portanto, inelimináveis (sendo, em certo grau, até desejáveis para, através da competição, fomentarem o desenvolvimento pessoal e social) - de maneira que a direita prioriza outros métodos para a construção de uma sociedade ideal, como a eficiência econômica e a meritocracia, por exemplo.

Humildemente, Bobbio não tem a pretensão de ter a palavra última sobre esta dicotomia, trazendo inclusive críticas à sua opinião nas últimas versões que escreveu deste livro. Ele sabe que os termos estão em constante ressignificação e, talvez, em algumas décadas ou séculos signifiquem outra coisa. Porém, seu esforço é o de trazer uma luz a este tema que parece ainda tão obscuro para muitas pessoas.

Seria benéfico para a boa qualidade das nossas discussões políticas que todos fizéssemos também o esforço de compreendê-lo - seja para defender, seja para criticar qualquer uma dessas visões de mundo. Do contrário, estaremos condenados a proteger ou combater moinhos de vento e espantalhos.
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August 6, 2021
Este libro se dedica a dar vueltas alrededor de la díada entre dos términos antitéticos como son derecha e izquierda, y un espacio intermedio. Para ello se basa primeramente en la lingüística y luego profundiza en las ideologías que abarcan tanto uno como otro (conservadurismo, tradicionalismo, fascismo, liberalismo, anarco-libertarismo, socialismo científico). Asimismo proporciona cinco criterios para distinguir la izquierda de la derecha, según progreso-conservación, según igualdad-desigualdad, autodirección-heterodirección, clases inferiores-clases superiores, y respecto al racionalismo-irracionalismo.
Como filósofo al fin, Norberto Bobbio impregna este libro de frases como la siguiente, que incitan a cuestionar si realmente has entendido el contenido de estos conceptos y la díada que constituyen:
"Decir que la izquierda es negación de la derecha, o viceversa, no conlleva un juicio de valor negativo de la izquierda o de la derecha, porque el juicio axiológicamente negativo de una negación depende únicamente del hecho de que se haya emitido un juicio axiológicamente positivo de la cosa negada".
Profile Image for Guilherme Smee.
Author 27 books186 followers
March 15, 2022
Direita e Esquerda: Razões e Significados de uma Distinção Política, é um best-seller dos livros de ciência políticae bastante citado em diversos trabalhos. Isso porque seu autor, Norberto Bobbio promete desenvolver os conceitos de direita e esquerda e trazer uma definição mais atual para ele. O texto do livro é fluido e de fácil entendimento, entretanto a edição que adquiri, da Editora Unesp, tenha algumas peculiaridades. Por exemplo, ela traz um preâmbulo para o livro que ocupa praticamente um quarto dele. Assim, o livro em si começa lá pela página 50 do livro com quase 200 páginas totais. E se você foi até o livro buscando definições de esquerda e de direita políticas, vá direto ao capítulo "Em busca de um critério de definição", na página 89, que é onde você irá encontrá-las.
Profile Image for Gustavo Trajano.
3 reviews
January 14, 2016
Para o autor, a divisão entre Direita e Esquerda expressa uma diferença de atitude diante da desigualdade. A Esquerda acreditaria que a maior parte das desigualdades seria social e portanto eliminável, a Direita, que a maior parte delas seria natural e portanto ineliminável.

Críticas do prof. Perry Anderson ao autor:
- Supondo que fossem canceladas as diferenças de classes, a posição ocupado por cada um seria determinada pelas respectivas qualidades biológicas (graus de inteligência inata), levando a formas novas de estratificação. O Autor não poderia tratar a igualdade/desigualdade como uma escolha fundamentalmente política.
- Nos últimos decênios, os governos de esquerda na Europa produziram igual ou maior desigualdade que os de direita. A teoria da desigualdade produtiva foi produzida na poderosa obra de Hayek e Bobbio nunca se empenhou num confronto com Hayek.
- Bobbio afirma ser irreversível a tendencia de longo prazo em direção a uma maior igualdade, mas logo em seguida se contradiz afirmando que esse movimento rumo a civilização não é necessário, mas apenas possível.
- O Autor escreve como se pudesse separar sua teoria da história contemporânea atual.
- Histórico de Bobbio: entre 1950-1980 contestou o marxismo italiano, foi opositor do comunismo dentro e fora da Itália, defendendo o socialismo liberal. Nos anos 1970 considerava-se um social-democrata, num pais onde a social-democracia não existia. Hoje ele rescreve a social-democracia como socialismo liberal, promovendo uma significativa redução em suas próprias expectativas.
- O fim do emprego estável, a redução da seguridade social, a universidade das doutrinas neoliberais sobre o crescimento econômico poe em questão o tradicional contraste entre Direita e Esquerda de uma maneira mais precisa que a teoria formal de Bobbio.
- Nos EUA os termos Direita e Esquerda tem circulação limitada no meio acadêmico e nenhum valor nos debates públicos e populares. Uma situação bastante parecida pode ser encontrada no Japão com a liquidação do ex-Partido Social-democrático e a cisão interna do Partido Liberal Democrático.

Em resumo, falta de uma abordagem mais profunda sobre propriedade pública x privada, livre mercado x economia regulada, intervenção Estatal e etc. Falta também referência as ideologias de Estado mínimo ou nulo, como o “libertarianismo” de direita, defendido por Hayek e Mises.
Profile Image for C M.
69 reviews25 followers
December 24, 2014
In this little book famed Italian political theorist Norberto Bobbio does three things: (1) defend the continuing relevance of the left-right distinction in politics; (2) give a concise overview of the meanings of left-right in history and academic literature; and, most importantly, (3) provide a clear and concise description of the core of both 'left' and 'right' ideologies. What sets his 'definition' apart from most others is that it captures the essences of all historical divisions (pro- versus anti-French Revolution, religious-secular, state-market) as well as the major contemporary one (nationalist-cosmopolitan/multicultural).

Of particular interest is his discussion of the relationship between equality and freedom. My favorite quote of the book is: "Generally speaking, because it has to be imposed, every extension of the public sphere for egalitarian purposes restricts freedom of choice in the private sphere, which is intrinsically inegalitarian, because the private freedom of the rich is immeasurably greater than that of the poor." (pp.74-75)
Profile Image for Andrea Maisano.
133 reviews15 followers
May 26, 2022
Di cosa parliamo quando parliamo di "destra" e "sinistra" in politica? E il significato che questi temini hanno adesso che rapporto ha con il significato che essi hanno avuto in passato? Norberto Bobbio - uno dei nomi più importanti della politologia del novecento - analizza in maniera chiara ma mai banale il senso di questo dualità in un panorama culturale, il testo fu pubblicato nel 1994, in cui questa opposizione sembrava aver perso il suo senso originario. Il panorama politico si è ulteriormente evoluto ma il testo rimane ancora una lettura illuminante in particolar modo quando all'interno del discorso destra - sinistra Bobbio analizza l'altro dualismo moderati - estremisti che ritroviamo sia a destra che a sinistra, una dualità nella dualità che, per assurdo, costitusce legami tra ambiti che apparentemente vivono solo di contrasti.
Profile Image for Al.
64 reviews7 followers
May 18, 2012
A highly enjoyable and thorough/concise read! I wanted to get an exploration of all the definitions of left/right politics, and this is the perfect book to do it. It gives the distinction between left and right politics in terms of the qualitative arguments, and the general attitudes towards equality and liberty. It won't give you a detailed summary of all the political movements for the past 200 years, but it explains the main ones. (it even explains Jacobianism, so I would rate it high on this)

The author preaches in the beginning about how he is trying not to make any "value judgements" so as to stay as neutral as possible, but obviously not only he admits that he is left-wing at the end of the book, but it is pretty obvious that he is all throughout the book.
143 reviews5 followers
January 3, 2022
Un debate vigente

Escrita en 1994 y objeto de una edición ampliada, Bobbio ofrece una importante contribución analítica a una distinción que hunde sus raíces en los lugares ocupados por los representantes ante la Asamblea Constituyente francesa en 1789. A la derecha de quien presidía, la fracción conservadora; a la izquierda, quienes abogaban por soluciones radicales. Para Bobbio esta distinción conserva sentido siendo la posición ante la desigualdad el eje articulador, con una serie de dicotomías conexas, variantes y matices.
Profile Image for Abraham.
61 reviews
January 17, 2014
Una explicación muy sencilla y amena sobre las diferencias entre la política de izquierda y de derecha y sus diferencias fundamentales, y por qué esos términos siguen siendo de utilidad actualmente para definir agrupaciones políticas. Menciona, por ejemplo, el desprecio por la democracia que se encuentra entre las partes más extremas de ambas tendencias. Muy útil para entender los movimientos políticos si no tienes una idea clara de cómo funcionan. Como política para dummies.
Profile Image for Marco Svevo.
433 reviews21 followers
February 2, 2018
Questo è veramente un libro fondamentale che andrebbe letto riletto straletto eletto e rieletto.
Senza essere necessariamente d'accordo con l'autore.
Indimenticabile quando lessi che Rousseau sta al concetto di sinistra come Nietzsche sta a quello di destra (mandandomi in corto circuito politico).
Profile Image for Nate Markham.
53 reviews2 followers
August 16, 2017
A quick read that will help you clarify the difference between left and right. The book asks the question if left and right is a valid way to separate political ideas. Shows differences and similarities between far left and far right and moderate left and moderate right.
88 reviews
April 12, 2018
Uma leitura obrigatória para a universidade que me agradou mais do que eu esperava. Bobbio faz um ótimo trabalho em reunir evidências históricas e teóricas para justificar a existência da díade direita e esquerda.
1 review10 followers
December 24, 2014
This is a very useful book for analysts and strategists on the Left. I have cited it several times and keep returning to it to re-read sections.
Profile Image for Thiago Lima.
15 reviews
June 28, 2023
A great classic, the book has many strengths, but it ultimately fails to expand on its original mission of explaining the reasons of being of the concepts of Left and Right.

First, the qualities of the book.
The first chapter is good: a objective and well supported defence of the continuation of the usefulness of the concepts. The book is not boring to read, except for the rambling about geometry and exclusiveness or not. The book also gives interesting insights, especially on Italian politics. Probably, after the first chapter, the best part is the discussion and critique of other scholars who have discussed the concepts of left and right. Bobbio has one huge advantage over all of them: not only is he intellectually honest and scientific, but he is also able to recognize when someone isn't and is able to intelligently explain how this becomes evident in their analyses. The honesty of the author is likely the book's greatest quality.

Yet, despite some very relevant qualities, the book has some limitations and some problems. On the problems, we may highlight how, in a vice typical of philosophers, Bobbio talks way too much about reality as if it were Mathematics, that is, he often obsesses over philosophical geometrical representations: "left and right cease to be two mutually exclusive totalities like two sides of a coin which cannot both be seen at the same time; they become two parts of a whole, a dialectic totality. This can be distinguished from a mechanical totality, which consists of a combination of compatible parts that join together precisely because they are compatible, and from an organic totality, in which the individual parts are a function of the whole, and therefore not antithetical but convergent in relation to the centre. Dialectical unity, on the other hand, entails a synthesis of two opposing parts, one of which is the assertion or thesis and the other is the negation or antithesis. This synthesis is not a compound, and represents something entirely new. While the ‘included middle’ could be expressed by the formula ‘neither … nor …’, the ‘inclusive middle’ could be abbreviated to ‘both … and …’.".
This wouldn't be a problem if he had entered into this much detail into other far more important issues, which I will now describe. Bobbio ultimately fails to achieve his self-imposed goal simply because of the lack of empirical exploration and study outside of his field of political philosophy. While he extensively talks about dyads and tryads and whatnot, he simply doesn't explain why political conflict is *usually* divided between left and right. I highlight usually because he also doesn't explain why sometimes it is not the center of political conflict. He also says it is not possible for right wing and left wing extremists to unite against a centrist government, since they agree on the method but have different goals. Well, this may not be the case when the center of the conflict is conservatism vs innovation, such as in Russia since the fall of the USSR or in modern-day Iran. He also does not explain the psychological underpinnings of this division, does not give reasons for it being in the center of political debate, does not explain why it started in the 19th century and does not explain why it sometimes isn't the basis of political conflict.

Overall, I have to say it is an important contributor to the debate about Left and Right, but it surely gives more questions than answers, and is, honestly, a bit disappointing considering all the praise. However, I do not know a better book to explore the subject, so I would have to recommend it to those who want to explore the subject.
Profile Image for Mattia Colombo.
26 reviews
September 6, 2025
Ottimo saggio che analizza pro e contro della distinzione destra/sinistra.
Nonostante sia piuttosto datato (1994) e quindi non consideri elementi oggi importanti nel definire la diade (tra tutti, spicca l'europeismo), non fa particolari riferimenti a partiti o eventi del passato, e rimane perciò piuttosto attuale.
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Il libro è molto breve e si legge velocemente, per quanto il linguaggio di Bobbio sia un po' contorto, con mille incisi, periodi senza fine, troppi paroloni e concetti filosofici non immediati.
Riporto un esempio dal capitolo VI: "[gli uomini] sono eguali se si considerano come genus e li si confronta come genus a un genus diverso come quello degli altri animali e degli altri esseri viventi, da cui li distingue una differenza specifica; sono diseguali tra loro, se li si considera uti singuli, cioè prendendoli uno per uno.". Era davvero il modo migliore di scrivere che siamo uguali in quanto homo sapiens ma diversi in quanto individui?

Ho invece apprezzato molto l'indivuazione di due tipi di centro (Terzo incluso e Terzo includente), la digressione sul concetto di egualitarismo e la proposta di una distinzione, seppur non perfetta, non diadica ma quadriadica (estrema sinistra, centro-sinistra, centro-destra, estrema destra), che mi sembra di fatto (anche se Bobbio non usa queste parole) una bussola politica caratterizzata dagli assi eguaglianza/ineguaglianza e libertarismo/autoritarismo; non capisco, però, perchè l'autore escluda una posizione di centro, di cui egli stesso riconosce l'esistenza nel capitolo I.
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Tutto sommato è un buon libro, anche se forse non così concludente.
Profile Image for Anderson Paz.
Author 4 books19 followers
January 24, 2022
Basicamente Bobbio diz que a díade esquerda-direita continua viva por ser recorrente na linguagem política. Que a díade tem utilidade na linguagem política por expor significados axiológicos distintos. Assim, os espectros da díade apresentam programas políticos contrapostos de modo que a distinção não é superada.
Bobbio, então, passa dois capítulos discutindo que critério adotar para distinguir esquerda e direita. Escolhe o elemento da igualdade. O ideal de mais igualdade social (não um igualitarismo total) é a marca da esquerda democrata, apesar de haver variações quanto aos sujeitos, bens e critérios a serem igualados.
E diz que o critério para distinguir as alas moderada e extremada dos dois espectros é a relação entre liberdade e autoridade. A partir disso, faz quatro classificações de espectros políticos: extrema esquerda e extrema direita, centro esquerda e centro direita.
É isso. Um livro bem básico mesmo.
60 reviews1 follower
October 4, 2025
Conozco poco de Bobbio, probablemente por lo engorroso que se me hace leer su orientación analítica a la Política. A pesar de su grandeza humana, debo decir que el libro se extiende más de lo necesario y no tiene grandes luces, más bien un pensamiento ordenado para formalizar tipologías que ayuden a interpretar la realidad.

Me hace falta mayor sustancia histórica para decir algo significativo, más allá de dividir el compás político entre igualitaristas-no igualitaristas, y autoritarios-libertarios, como si eso fue verdaderamente exhaustivo de los actores, prácticas y formas de pensar el debate.

Hay un aporte que si me transformó después de leer este libro: No se trata de señalar que no existe la derecha y la izquierda, mas bien que sigue siendo importante para distinguir la aproximación hacia el valor de la igualdad de las distintas fuerzas. El resto es harina de otro costal, que probablemente esté excediendo la capacidad del molino.
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