Achados e Perdidos foi originalmente lançado pelo selo Quadrinhos Rasos. Para isso, contou com o apoio de mais de 500 pessoas que, através do financiamento colaborativo, viabilizaram sua realização. As mil cópias impressas rapidamente se esgotaram.
Agora, o selo Quadrinhos Rasos se junta à Editora Miguilim para um nova edição.
Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho iniciaram sua parceria através do site quadrinhosrasos.com criando, toda semana, páginas de quadrinhos baseadas em letras de músicas. A boa recepção e o apoio que receberam na empreitada, desde o início, pavimentaram o caminho para a realização do Achados e Perdidos.
Eduardo e Luís Felipe se juntaram ao músico e amigo de longa data Bruno Ito para criar o Achados e Perdidos - um projeto que engloba quadrinhos, música e buracos negros.
Sensível e criativa, é possível perceber o carinho dos artistas a cada página da graphic novel. Fiquei impressionada com a inteligente metáfora para a depressão e solidão e sua delicadeza.
No entanto, a obra peca pela coesão. Algumas páginas e diálogos adicionais trariam mais unicidade e profundidade a história. Além disso, falta uma elaboração do final e conclusão da história. O final é tão corrido que deixa o leitor com a impressão de que sua edição está sem as páginas finais.
Acredito que o público brasileiro aprecie essa obra por ser um marco na história em quadrinhos - campanha realizada por financiamento coletivo. Porém por um livro longo, poderia ter mais desenvolvimento de personagens e melhores diálogos.
Só pelo fato de ter uma trilha sonora acoplada esse quadrinho me conquistou. O desenho é MUITO FOFO e a leitura é totalmente dinâmica. Não dei nota máxima pq ele simplesmente acaba sem muito pé ou cabeça.