Um rei assassinado pelo seu mais antigo inimigo. Um império dominado por um povo austero e intolerante. Quatro príncipes exilados determinados a cumprir um destino. Recuperar o trono de Acácia poderá ter consequências devastadoras.
Há muito que o Reino de Acácia deixou de ser governado em paz a partir de uma ilha Idílica por um rei pacificador e pela dinastia Akaran. O cruel assassinato do rei trouxe muitas mudanças e grande sofrimento. Com a conquista do Trono do Mundo Conhecido por parte de Hanish Mein, os filhos de Leodan Akaran são forçados a refugiarem-se em zonas longínquas que desconhecem. Sem tempo para fazer o luto pelo seu pai, os jovens príncipes são separados e jogados à sua sorte num mundo cada vez mais hostil. E é entre piratas, deuses lendários, povos guerreiros e espíritos de feiticeiros que encontram a sua força e a sua verdadeira essência. Entretanto, Hanish continua empenhado na sua missão de libertar os seus antepassados e finalmente entregar-lhes a paz depois da morte. Mas para isso, os Tunishnevre precisam de derramar o sangue dos príncipes herdeiros… Conseguirá Hanish capturar os filhos do falecido rei Akaran? Voltarão a cruzar-se os caminhos dos quatro irmãos? Estará o coração de Corinn corrompido e rendido à paixão por Hanish ou dormirá com o inimigo apenas para planear a reconquista do Trono de Acácia? E se, de olhos postos na vitória, os herdeiros de Akaran voltarem a sofrer o mais duro dos golpes?
David Anthony Durham was born in New York City to parents of Caribbean descent. He grew up mostly in Maryland, but has spent the last fifteen years on the move, jumping from East to West Coast to the Rocky Mountains, and back and forth to Scotland and France several times. He currently lives in Edinburgh, Scotland. Or... actually, no he doesn't. He's back in New England at the moment.
He is the author of a trilogy of fantasy novels set in Acacia: The Sacred Band, The Other Lands, and The War With The Mein, as well as the historical novels The Risen, Pride of Carthage, Walk Through Darkness, and Gabriel’s Story. He’s won the John W Campbell Award for Best New Writer, a Legacy Award, was a Finalist for the Prix Imaginales and has twice had his books named NY Times Notable Book of the year. His novels have been published in the UK and in French, German, Italian, Polish, Portuguese, Romanian, Russian, Spanish and Swedish. Three of his novels have been optioned for development as feature films.
David received an M.F.A. in creative writing from the University of Maryland. He has taught at the University of Maryland, the University of Massachusetts, The Colorado College, for the Zora Neale Hurston/Richard Wright Foundation, Cal State University, and at Hampshire College. He's currently on the faculty of the Stonecoast MFA Program. He reviews for The Washington Post and The Raleigh News & Observer, and has served as a judge for the Pen/Faulkner Awards.
He also writes in George RR Martin's weird and wonderful Wild Cards universe. He feels like the process makes him exercise a whole new set of creative muscles, and he loves the feeling.
A segunda parte do primeiro volume da Trilogia de Acácia, traz-nos as mudanças e as resoluções que todo o Mundo Conhecido está prestes a sofrer e, mais uma vez, o controlo do Trono está entre Hanish Mein e os herdeiros de Leodan Akaran. Com destinos afastados mas entrançados os quatro príncipes têm uma guerra para vencer, em que vão ter de escolher entre o passado e um novo futuro, entre lutarem por si próprios ou convocarem os antepassados e em que nada pode correr como estão a espera. Numa aventura inigualável por um novo mundo, Durham dá-nos a sua visão tão elogiada no mundo da Fantasia. Mais uma vez, vou ter de referir a pena que tenho que este livro tenha sido dividido em duas partes. Apesar de achar que a divisão foi bem feita, uma vez que cada parte conta uma história diferente, acho que este livro teria tido uma maior aceitação entre os leitores se tal divisão não tivesse acontecido. Por outro lado, tenho de elogiar as capas desta série. São lindas! E são umas lombadas que ficam tão bem na estante! Quanto ao livro em si, não estava a espera de nada de surpreendente e de uma segunda parte calma, em que não houvesse grandes mudanças… como eu estava enganada! O autor começa calmamente para a partir do meio do livro nos encher de grandes momentos, surpresas inesperadas e um final auspicioso surpreendente, prometendo dois próximos volumes enigmáticos. Para quem pensava, como eu, que sabia como esta trilogia ia terminar, este livro desengana-nos por completo. Infelizmente, achei que a acção foi demasiado rápida, não sei se é por estar habituada à lentidão do Martin, mas pareceu-me que foi tudo pouco explícito e que vários momentos e situações teriam sido muito melhores aproveitadas se mais explicadas ou se tivessem sido mais demoradas. Em contrapartida, temos mudanças de alto risco na história, mortes que me surpreenderam muito, principalmente a de uma personagem que eu considerava indispensável para esta história mas enfim, o autor lá terá as suas razões. Mesmo assim, fiquei estupefacta com o rumo que o livro levou, e apesar de achar que devia ter sido melhor explorado e feito com mais calma e pormenor, este segunda parte consegue agarrar o leitor a meio do livro com momentos brilhantes de escrita. Outra coisa que tem-se de elogiar é as suas personagens. A variedade de personalidades que encontrámos, principalmente nos príncipes Akaran é soberba, e o escritor soube aproveitar as características da meninice, as reviravoltas do passado e a forma como cada um foi criado para criar quatro personalidades distintas, fortes entre si, e que acabam por se tornar os pontos altos deste livro. De salientar, Corinn, a minha personagem preferida, que neste livro demonstra muito mais do que seria de esperar da princesa fútil. Também, Maender e Hanish, são duas personagens de peso, diferentes entre si, que proporcionaram momentos de grande relevo. Mantêm-se as características na escrita e a qualidade soberba deste Mundo Conhecido. Durham apresenta-nos novas sociedades e povos e uma mensagem acerca da pluralidade de povos que devia ser ouvida actualmente e que nos põe a pensar. Foi um livro que me surpreendeu mas ao mesmo tempo queria muito mais dele, vamos ver o que o próximo volume nos traz. Recomendo-o a qualquer pessoa que goste de Fantasia e não seja elitista porque muito possivelmente não sabem o que estão a perder.
Quando a paz ilusória que percorre a imensidão de todo um novo mundo e comércio governantes é substituída pelo terror de uma guerra que se aproxima, e de uma revolta extremamente desejada e apoiada por muitos, a benevolência e graça prestadas poderão ser igualmente moldadas numa enlouquecedora cobrança de favores e mérito. Nas mãos de uns está o poder ancestral de uma linhagem de puro sangue... nas mãos de outros, a devoção para com uma nação marcada pela escravidão e pela droga. Qual das duas frentes sairá vencedora? E, pelo meio, quantos terão de perecer para, no final, o objectivo máximo ser alcançado por aquele que tiver a maior e mais forte ambição?
‹‹Acácia – Presságios de Inverno›› trata-se da tão aguardada – pelo menos, por mim – continuação de ‹‹Acácia – Ventos do Norte››. Com uma primeira parte pontuada pela tensão e mudança em torno de um povo gerido a mão leve, desenvolvida numa escrita aliciante e pausada, atenta aos pormenores e ao conhecimento, ‹‹Acácia – Presságios de Inverno›› seria o livro que iria revolucionar tudo. Bem dito, bem o certo. Apresentando um começo algo explicativo e que vai ao encontro do estilo do volume que o antecede, nada seria suficientemente possante de modo a preparar o leitor para a explosão de acontecimentos, surpresas avassaladoras e alianças inimagináveis que compõe as mais de duzentas páginas que se seguem. Vários foram os momentos em que fiquei boquiaberta, em que recuei algumas linhas mais de forma a voltar a maravilhar-me não só com a escrita do autor – de que tanto gosto – como com a própria situação retratada. Para mim, não existem palavras para descrever todo um conteúdo alucinante, num livro que, à primeira vista, julgamos saber mais ou menos como se vai desenrolar. A verdade é que ‹‹Acácia – Presságios de Inverno›› é uma obra enganadora, na medida em que, com relativa facilidade, surpreende o leitor a um nível, por poucos, alcançado.
Bem acabado de ler este livro e tal como previa tudo indiciava que este seria bem melhor que o anterior e veio a confirmar-se, por norma quando os livros na sua versão original são divididos a segunda parte é bem mais empolgante e claro acaba por se fechar um ciclo. Foi o que aconteceu neste livro e mesmo tendo ficado um ciclo encerrado o escritor deixou as coisas de uma maneira que ficamos com muita vontade de ler os seguintes pois são muitas as intrigas e pistas que foram deixadas nestes dois volumes que há um mundo desconhecido por descobrir e que é bem poderoso, falo dos Lothan Aklun.
Mas isso será para o futuro, neste livro tivemos um enredo muito interessante, confesso que levei alguns KO que não estava nada à espera, logo o escritor consegui-me surpreender. Bem nas descrições de alguns combates existentes, nas sua preparação, excelente nos jogos de intrigas, em algumas aventuras proporcionadas quer em Vumu, quer um acontecimento muito interessante que aconteceu na liga :D.
Quanto a personagens houve um maior aprofundamento de algumas, outras que foram mais secundárias no 1º volume cresceram e que adorei, como é o caso de Mélio e neste capitulo penso que o escritor esteve bem, tendo inclusivamente a coragem de "matar" algumas personagens chave, gosto disso.
Uma saga que tem um enorme potencial, ele há ali coisinhas que dispensava, dai não lhe dar nota máxima, mas para primeiro volume de uma trilogia (versão original) penso que o escritor esteve bem e promete novas aventuras.
Não fiquei admirador incondicional mas vou querer ler os livros seguintes sem a menor duvida ;)
Foi em Janeiro de 2012 que li o primeiro livro desta série, Acácia - Ventos do Norte. Na altura, o meu entusiasmo com a leitura foi um pouco inconstante, mesmo reconhecendo a capacidade do autor em construir um mundo complexo, cheio de surpresas, tramas complexas e teias enganosas. Não tenho uma justificação para ter deixado passar tanto tempo até ler este segundo volume, mas acredito que cada leitura tem o seu timing certo e a verdade é que, no meio da minha vida mais que atarefada dos últimos tempos, este foi aquele livro que não consegui deixar para trás sempre que via uma oportunidade de percorrer algumas páginas.
O que mais me fascinou desde o início, para além de ter sido fácil juntar as peças que deixei em pausa há quase três anos, foi a capacidade de desenvoltura de David Anthony Durham. A oscilação entre momentos de desenvolvimento e de transição, impôs um compasso enérgico à acção levando o leitor a interrogar-se constantemente sobre o futuro das personagens. A empatia que muitas vezes procuramos nos protagonistas não é fácil de definir. A dualidade presente em cada um deles torna-os tão humanos que o vilão parece ganhar alguma credibilidade quando não devia e o herói algum cepticismo quando inesperado.
A luta entre as famílias Mein e Akaran toma contornos brutais, levando a um destino imprevisível, com dor, sangue, sofrimento e uma grande repressão interior. Os interesses mudam tão rapidamente que esperar um certo rumo nos acontecimentos é um erro, a única certeza é que a tragédia está sempre à espreita. Acordam-se espírito e seres antigos, encerram-se outros mitos e, no fim, é a essência da incerteza que impera.
Adorei Mena e Alaric, Hanish foi sempre um querer não gostar, mas ainda assim simpatizar, Corinn foi sempre a mais difícil de julgar e o fim não abona a seu favor. Temerária, mas com o seu tom frágil, atinge à distância em dimensões inimagináveis por quem a rodeia. Os sacrifícios que acontecem ao longo destas páginas ultrapassam qualquer consolo que se pudesse sentir com o resultado. Desde a estrutura da narrativa à exploração e evolução das personagens, o autor soube como elevar a fasquia do universo Acácia colocando-o ao nível de outros grandes mestres da Literatura Fantástica. Não sendo as estórias, de todo, parecidas, fez-me lembrar a frieza de George R.R. Martin na forma como lidou com os intervenientes. Gostei bastante e fiquei, definitivamente, conquistada pela escrita de David Anthony Durham.
Comecei este livro com as expectativas em alta, sabendo que tal poderia ser um erro, mas tal como aconteceu com o volume anterior, não me desiludi. Tanto neste volume, como no "Acácia - Ventos do Norte", foi-me bastante fácil entrar na história e senti-me de tal forma envolvida pelo enredo e pelas personagens que era sempre com esforço que pousava o livro. Para mim existiu um momento chave no livro que me agarrou totalmente, sendo-me realmente difícil largar o livro a partir desse momento.
Este livro não devia ter sido divido ao meio e acredito que isso fez com que muita gente não comprasse/lesse a segunda parte do primeiro livro. Eu não gostei assim tanto do primeiro livro e apenas o fim me chamou a atenção, mas esta segunda parte mostra outro lado do autor, onde há mais aventura, emoção, descobertas. As personagens são todas mais aprofundadas e sim, agora posso afirmar que quero continuar a ler esta saga!
Acácia – Presságios de Inverno traz-nos a segunda metade do original “Acacia: The War with the Mein”. Nesta segunda metade temos os filhos de Leodan exilados após a morte do seu pai. Exílio esse preparado pelo próprio Leodan, para que os seus filhos fossem protegidos na eventualidade de algo mal os afligir. Entre piratas, deuses, e jovens guerreiros escondem-se a viver como outros afim de viverem as suas vidas. Hanish Mein, o novo rei, tem como missão ressuscitar os Tunishnevre, os seus antepassados injustiçados pelos Akaran, mas para isso necessita do sangue dos herdeiros de Leodan. Já conta com Corrinn, mas tem necessidade de reunir os outros irmãos. Passados já tantos anos desde a revolta, no que parece ser tempos de paz, uma onda de revoltar começa a surgir com o surgimento dos três irmãos ainda a solta. Enquanto lá fora da ilha de Acácia os irmãos se revoltam, conseguira Corrinn deixar de parte a sua paixão pelo seu captor?
Este segundo livro já foi muito mais interessante que o primeiro, temos mais ação e ficamos mais presos ao que vai acontecer, e as intrigas existentes. A vida de cada irmãos, principalmente aos exilados e a sua aparição como Akaran assumidos afim de suscitar a revolta. Sem dúvida Corrinn foi quem mais me surpreendeu. Sim teve uma mudança radical, mas não me parece que vá ser para a melhor forma. Algo me diz que no próximo volume as minhas suspeitas se confirmaram, pois já para o fim desta leitura a achei um pouco dissimulada.
Sendo o primeiro volume tão claramente introdutório, escrito naquela fórmula quase cinematográfica de uma existência idílica, uma família feliz, mas um passado e uma herança sórdidos que ameaçam irromper à superfície... e irrompem mesmo... "Presságios de Inverno" vai reencontrar os nossos desafortunados herdeiros nove anos depois da fuga e é maravilhoso ver de que forma tão inesperada e surpreendente eles cresceram e se revelam na sua nova existência. Agora, jovens adultos, sentem o apelo de se reunirem e tentarem recuperar o domínio de Acácia, vingando o Pai. É um volume intenso, de guerras e intrigas crescentes e um final surpreendente.
The War with the Main é o título original do primeiro volume de Acácia, traduzido em português em dois volumes. Ventos do Norte e Presságios de Inverno são dois volumes recheados de ação e reviravoltas, mas que me deixaram com uma sensação agridoce no fim da leitura. Terminei os livros no limiar entre o gostar e o não gostar, provavelmente por ter gostado muito de umas coisas e ter desgostado de outras. É melhor então explicar por partes.
A escrita é muito competente, mas a forma como a história é conduzida deixa a desejar. Demasiado rápida, fazendo avançar a ação sem deixar que as personagens se desenvolvam ou que ele próprio desenvolva o potencial de certas situações, focando-se mais em debitar História e em descrever cenários do que propriamente em moldar a personalidade das personagens.
Acácia também ginga muito entre a criatividade do autor e a falta dela. Posso dizer que o mundo, as raças e os povos são simplesmente incríveis, foram certamente aquilo que mais gostei nestes livros, mas o plot que ali corre é quase a história de Duna e, quando há livros que copiam uma ideia, é inevitável fazer comparações. Se vamos comparar Acácia com Duna em termos de construção de história e desenvolvimento, o livro de Frank Herbert está noutro campeonato. Bem superior, ressalvo.
Leodan Akaran é o governante de Acácia, um império predominante no Mundo Conhecido. Herdou um legado de aparente paz e prosperidade, conquistadas há muito pelos seus antepassados. Viúvo, é um homem inteligente que governa os destinos do mundo a partir de uma ilha aparentemente idílica. Aparentemente. É que não só o reino foi forjado com base na desgraça alheia, como prospera graças à disseminação do tráfico de drogas e à escravidão dos mais pobres no trabalho das minas.
Também vive dependente da Liga dos Navios, encabeçada pelo enigmático Sire Dagon, que possui grande influência sobre quem governa, graças às suas maquinações e poderes comerciais. Estes estão ainda ligados a uma seita pouco conhecida chamada Lothan Aklun. Leodan, também refém das drogas, espera pela oportunidade para conseguir mudar as deformidades em que foi fundado o seu mundo. Alheios a todos esses podres estão os seus quatro filhos: Aliver, Corinn, Mena e Dariel. Terão tempo para se preocupar com isso.
No outro polo deste jogo de poderes existe uma família chamada Mein, que se viu exilada há muitas gerações para a região invernal a que deu nome, e que pretende agora recuperar o poder, tramando acordos com aliados poderosíssimos, como é o caso dos numrek, uma raça terrível que monta rinocerontes lanudos. Graças aos seus subterfúgios, os irmãos Mein, Hanish, Maeander e Thasren fazem avançar as suas peças para subjugar Acácia aos seus desígnios.
Dentro do palácio há ainda Thaddeus Clegg, o chanceler. Apesar de ser o braço-direito de Leodan, a sua lealdade combate a inveja no seu coração e acaba por trair a família Akaran em prol dos Mein, apesar de se redimir a tempo de salvar as quatro crianças da queda do Império Acaciano.
As personagens não oferecem nada de novo. Alguns até me parecem pouco caracterizados, como Rialos Neptos ou Leeka Alain, que tinham tudo para revelar mais interesse que os demais. Aliver, Mena e Dariel, os supostos protagonistas, também não me despertaram qualquer entusiasmo, parecendo-me todas as suas ações tão vazias de personalidade e corridas ao ponto de não me permitir afeiçoar ou conhecer a fundo qualquer um deles. No meio de tudo isto, houve uma personagem que fez a diferença.
Hanish Mein foi o meu preferido em ambos os livros. Os capítulos protagonizados pelo principal antagonista foram deliciosos, e Corinn, que me pareceu baseada largamente na Sansa Stark das Crónicas de Gelo e Fogo, acabou por se tornar uma personagem também bastante interessante, por arrasto. Hanish destacou-se sobretudo por não ser um vilão linear, por nos ser dado a partilhar dos seus pensamentos e de haver uma dicotomia própria no seu íntimo.
Em suma, o vilão acabou por ser melhor desenvolvido que os protagonistas, o que facilitou também que o admirasse mais. Como disse anteriormente, as rivalidades entre as famílias, o passado da nação (apesar de serem aborrecidas algumas descrições sobre Tinhadin e outros heróis) e toda a panóplia de interesses sub-reptícios chamou muito a minha atenção.
O final do segundo volume foi pleno de reviravoltas e de mortes que não previa que acontecessem já, mas aparte as últimas sessenta páginas, todo o curso de ação do livro foi previsível e muito rápido. Fica a minha vontade de continuar a saga e de conhecer mais destas personagens e deste mundo visualmente incrível, diverso e multicultural, mas acabei por não desgostar nem gostar inteiramente destes dois volumes.
Last month, I finished the first book in the Acacia trilogy, “The War with the Mein”, by David Anthony Durham. Reminder, that the Portuguese publishers divided the original trilogy into six books, the one I read is called “Os Presságios de Inverno”. The concept of this book is similar to the first one, so I’ll give it two stars. The story picks up where we were left and we continue to follow the characters journeys. The story in this second book has the same issue as the first one; the pacing is still slow, which made it hard to read at times. However, the final chapters pick up the pace a bit more and we finally see everything moving into place, something I was very excited for. The ending was a bit shocking for me, I wasn’t expecting some events to happen so suddenly, but it definitely made me interested to start the second book. Although the first half of the book was slow, the other half made up for it and I just know that this trilogy will only get better. I’ll give the story one star. In this trilogy we don’t have a protagonist, but several different points of view, but the character that stood out the most for me was Aliver, he the deceased King’s oldest son, heir to the throne of Acacia that was stolen from him by the Mein. The day the King died from the poisoned blade, all of his children were sent to different parts of the world in order to stay safe, until they were ready to take back the Acacia Kingdom. Aliver lived with the Thalayan people in the deserts, becoming a man of honour and dignity. He never forgot his true purpose and when he was called to fulfil his duty, at first he hesitated, but understood that he had no choice. I appreciated how honourable he always was throughout the book, he never let others persuade him to let go of his principles, even if it meant an easy way out. For that, I’ll give two starts to Aliver. The antagonist is still the same as the first book, the Mein that took over the Acacia Kingdom. This time, Hanish’s brother, is sent to take down the army being formed in Thalay, by Aliver and his two brothers, Mena and Dariel, to take down the Mein. Although he is a man that loves the art of war and gets thrilled when participating in battles, Meander is an honourable man. Plus, Hanish finally begins the process to reawaken all of the Mein ancestors that have been cursed for twenty two generations, bringing them back to the world of the living. Taking this all into to account, I would give the antagonist one star. As for other characters, the second that stood out the most to me was Corrinn. At first, I didn’t pay her any attention, she seemed like a futile woman that only cared about her looks and appearances and although she still does, she has some growth has a character. She was quite plain in the beginning, not doing much to retrieve her Kingdom, but once she knew what her true fate was going to be she decided to stop waiting to be saved and act. However, I didn’t like the growth she had, I understand her reasons, but I don’t agree with some of her actions and who she is becoming. Nonetheless, I will give the characters one star, for some of them had growth, but others still continued a bit boring for me. In conclusion, I’ll give the first book in the Acacia trilogy, seven stars out of ten.
O primeiro volume deixou-me relutante em prosseguir para o próximo da saga, ainda bem que tomei essa decisão!
Se as falhas e os impasses do primeiro livro, me deixaram muito a desejar, este segundo volume é repleto de ação, esperança, força e personagens mais maduras e consistentes!
Através de explorar cada capítulo dedicado aos irmãos Akaran, é possível construir toda a ideia de revolução e perceber quais as implicações dos seus atos.
Gostei em especial da aclamação do Rei da Neve, título concedido a Aliver Akaran, que incitou e uniu os vários povos para a sua causa, lutando por um mundo mais justo, representando a necessidade de se purificar um território dos seus males.
Mena e Dariel Akaran, a meu entender representam a reflexão sobre o crescimento e o próprio conceito de amadurecimento pessoal, pois ambos são os mais novos dos irmãos.
Corinn apresenta-se como um ser frágil no exterior, mas guarda uma força especial, que usa para dominar todos aqueles à sua volta. A relação amorosa que estabelece com Hanish, não deixa de ser uma das suas maiores vulnerabilidades, no entanto que a fortalece ainda mais para o papel, que desempenhará nos próximos volumes.
Mal posso esperar pelos próximos desenvolvimentos! Recomendo :)
Um livro muito mais envolvente do que o primeiro volume. Toda a narrativa segue para um empolgante e derradeiro final, impossível de deixar o leitor indiferente. O único problema deste livro são os sucessivos erros de sintaxe derivados não do texto, mas de uma tradução que sendo fiel ao original inglês, deixa a desejar no cuidado com a língua portuguesa e sua profícua gramática. Recomendo a leitura desta saga que se tem demonstrado captadora e cumpridora das expectativas.
O final ficou um pouco aquém do esperado, com pistas óbvias do que ia acontecer e a quebrar um bocado o que poderia ser inesperado. Foi um 5 até as últimas 70 páginas.
Gostei muito deste 1º livro da trilogia Acácia de David Anthony Durham (“Acacia: The War with the Mein”), publicado pela SdE em 2 volumes ("Acácia: Ventos do Norte" e "Acácia: Pressságio de Inverno"). Não se pode ler, nem comentar, um livro sem o outro porque se trata da mesma obra dividida em duas partes publicadas separadamente.
Este 1º livro da trilogia fez-me lembrar outros épicos famosos da literatura fantástica tais como a Saga do Império de Raymond E. Feist (a minha saga de fantasia favorita) e mesmo as crónicas de Gelo e Fogo de George RR Martin (sobretudo porque também aqui os capítulos são escritos do ponto de vista de um personagem). Apesar dos capítulos de D.A.D. serem mais curtos, não me desiludiram, antes pelo contrário, acho que tornam a narrativa mais fluída e menos exigente para a memória do leitor.
A história em si prendeu-me logo no1ª parte (livro "Acácia: Ventos do Norte"), quer pelo tipo de narrativa, quer pelo desenvolvimento dado aos personagens, e cativou-me definitivamente na 2ª parte que tem um desfecho que, para além de épico, é surpreendente e cria um suspense que deixa o leitor no fio da navalha.
Comecei a ler a saga no mesmo mês em que a SdE publicou o último volume da trilogia (6º livro) e posso afirmar que tenciono ler todos os restantes livros que prometem uma continuação muito interessante para a história iniciada neste 1º livro da trilogia.
Estou a gostar bastante desta saga e do rumo que está a tomar, contudo incomoda-me um pouco a certa semelhança que algumas personagens (Mena, Aliver e Corinn) têm com as de GoT (Arya, Robb e Sansa, respetivamente). De resto, estou a achar muito original e um mundo bem construído! É uma saga que estou ansiosa por continuar. Adoro as múltiplas perspetivas que dividem o livro por capítulos e que o tornam muito rápido e fácil de ler, chegando mesmo a ser viciante. Tenho bastante curiosidade de saber como vai ser o reinado da Corinn e como os irmãos reagirão a isso, e também de saber os mistérios que estão para ser desvendados para lá das terras do Mundo Conhecido.
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O que era lento e arrastado no primeiro livro da série assume aqui excelentes contornos épicos e, em certa medida, imprevisíveis. O desenrolar da saga da dinastia Akaran vai juntando os caminhos dos 4 irmãos num crescendo de interesse - e violência - que agarra o leitor às páginas do livro e deixa a semente de interesse para o 3º livro, onde um enredo mais complexo se adivinha.
3.5 stars Gostei mais deste volume do que o primeiro, de qualquer das formas, acho que está muito longe de outras obras do mesmo estilo. Tudo demasiado previsível, desde o primeiro volume.