The Old Curiousity Shop + Reprinted Pieces. Waverley illustrated edition. 1912

by Charles Dickens

The archetypal Victorian melodrama, as heartfelt and moving today as when it was first published, Charles Dickens's The Old Curiosity Shop is edited with notes and an introduction by Norman Page in Penguin Classics.Little Nell Trent lives in the quiet gloom of the old curiosity shop with her ailing grandfather, for whom she cares with selfless devotion. But when they are unable to pay their debts to the stunted, lecherous and demonic money-lender Daniel Quilp, the shop is seized and they are forced to flee, thrown into a shadowy world in which there seems to be no safe haven. Dickens's portrayal of the innocent, tragic Nell made The Old Curiosity Shop an instant bestseller that captured the hearts of the nation, even as it was criticised for its sentimentality by figures such as Oscar Wilde. Yet alongside the story's pathos are some of Dickens's greatest comic and grotesque the ne'er-do-well Dick Swiveller, the mannish lawyer Sally Brass, the half-starved 'Marchioness' and the lustful, loathsome Quilp himself.This edition, based on the original text of 1841, contains an introduction by Norman Page discussing the various contrasting themes of the novel and its roots in Dickens's own personal tragedy, with prefaces to the 1841 and 1848 editions, a chronology, notes and original illustrations produced for the serial version.Charles Dickens is one of the best-loved novelists in the English language, whose 200th anniversary was celebrated in 2012. His most famous books, including Oliver Twist, Great Expectations, A Tale of Two Cities, David Copperfield and The Pickwick Papers, have been adapted for stage and screen and read by millions.If you enjoyed The Old Curiosity Shop, you might like Dickens's Hard Times, also available in Penguin Classics.

Genres: Classics

Hardcover

Published January 1, 1912

About the author

Charles John Huffam Dickens (1812-1870) was a writer and social critic who created some of the world's best-known fictional characters and is regarded as the greatest novelist of the Victorian era. His works enjoyed unprecedented popularity during his lifetime, and by the twentieth century critics and scholars had recognised him as a literary genius. His novels and short stories enjoy lasting popularity.

Dickens left school to work in a factory when his father was incarcerated in a debtors' prison. Despite his lack of formal education, he edited a weekly journal for 20 years, wrote 15 novels, five novellas, hundreds of short stories and non-fiction articles, lectured and performed extensively, was an indefatigable letter writer, and campaigned vigorously for children's rights, education, and other social reforms.

Dickens was regarded as the literary colossus of his age. His 1843 novella, A Christmas Carol, remains popular and continues to inspire adaptations in every artistic genre. Oliver Twist and Great Expectations are also frequently adapted, and, like many of his novels, evoke images of early Victorian London. His 1859 novel, A Tale of Two Cities, set in London and Paris, is his best-known work of historical fiction. Dickens's creative genius has been praised by fellow writers—from Leo Tolstoy to George Orwell and G. K. Chesterton—for its realism, comedy, prose style, unique characterisations, and social criticism. On the other hand, Oscar Wilde, Henry James, and Virginia Woolf complained of a lack of psychological depth, loose writing, and a vein of saccharine sentimentalism. The term Dickensian is used to describe something that is reminiscent of Dickens and his writings, such as poor social conditions or comically repulsive characters.

On 8 June 1870, Dickens suffered another stroke at his home after a full day's work on Edwin Drood. He never regained consciousness, and the next day he died at Gad's Hill Place. Contrary to his wish to be buried at Rochester Cathedral "in an inexpensive, unostentatious, and strictly private manner," he was laid to rest in the Poets' Corner of Westminster Abbey. A printed epitaph circulated at the time of the funeral reads: "To the Memory of Charles Dickens (England's most popular author) who died at his residence, Higham, near Rochester, Kent, 9 June 1870, aged 58 years. He was a sympathiser with the poor, the suffering, and the oppressed; and by his death, one of England's greatest writers is lost to the world." His last words were: "On the ground", in response to his sister-in-law Georgina's request that he lie down.

(from Wikipedia)

Reviews

[Tatiane Paolucci Tavana · Rating 3 out of 5]

Esse primeiro livro diria que foi algo curioso, é uma linguagem diferente da que estou acostumada, muitos detalhes. Ao mesmo tempo que reconheço a necessidade dos detalhes, ainda assim penso que são muitos e não vi necessidade de tantos, tornou algo cansativo.
Mas é um clássico a maneira que é escrito é lindo.
Fiquei com muitas interrogações, quando comecei este livro não tinha me atentado que a continuação seria no segundo tomo, sei lá, de repente poderia ser uma série. Mas enfim, foram quase dois meses para ler os dois livros, e me surpreendi. Devo dize que o que me conquistou do começo o fim foi a Nell e o Kit. Mas tive a sensação de como quando assisto novelas, senti raiva dos personagens vilões, e teve momentos que quase desisti. Porém a vontade de saber o final me fazia voltar. Senti raiva também do avô de Nell, ao mesmo tempo que compaixão e piedade, tive muitas lições aprendidas, e no final bem o final mesmo deixa que eu comento na resenha do livro tomo 2. Citarei abaixo os destaques e darei os meus adorados spoilers aqui do livro tomo 1.
A pequena Nelly fiquei sem saber ao certo a idade dela, acredito que tinha entre 12 a 14 anos, no começo tudo parecia meio suspeito. O avô dela embora a amasse muito, acaba a colocando em perigo o tempo todo, e quanto ao irmão? Aff adolescentes ou jovens, desde sempre imaturos!!!

Conhecendo sobre o principal vilão, o anão escroto e nojento do Daniel Quilp. Não entendi exatamente como ele ganhava dinheiro, mas ficou claro porque a mulher e sogra sentiam medo dele, e fiquei horrorizada por constatar o quanto podiam ser inescrupulosos alguns homens no passado e como as mulheres podiam ser tão submissas e que bom que as coisas mudaram agora.
A Senhora Quilp mesmo não querendo acabou ajudando o crápula do marido a saber um pouco mais sobre a vida de Nelly, que desabafou com ela em relação ao avô que vai todas as noites não sabe onde e a deixa sozinha.

Conhecendo mais sobre Richard Swiveller o amigo de Fred irmão de Nelly um tremendo de um safado aproveitador com uma conversinha fiada, tal qual o próprio irmã de Nelly. Que teve a capacidade de usar o amigo com uma proposta ridícula, de casar o "Dick/Richard" com sua irmã para ficarem com a herança do avô. A irmã que só conta com 14 anos ao que entendi.

E novamente o crápula do Quilp atacou, revelou que sabia o segredo do velho que ia jogar todas as noites e perdia o dinheiro que ele lhe emprestava. Quilp ainda diz que sabia pois o Kit quem contou a ele. O pobre Kit, rapaz de bom coração que trabalhava para o velho mas cuidava as escondidas da Nelly enquanto o velho saía. Eu nem sei o que pensar do velho, maldito vício por jogo? Dizia ele que fazia tudo pela Nell é estranho parece uma desculpa que qualquer um viciado daria. Não acho que ele tenha sido ingênuo.

O velho fica muito doente e fica amaldiçoando a Kit diz que não quer mais vê-lo. Nell vai dizer isso a Kit com lágrimas nós olhos, Kit fica sem entender nada. Ah mas que parte mais triste essa!! Com o tempo o velho fica cada vez pior, Quilp toma posse da casa dele junto com o advogado Brass, dois ridículos e tomam até mesmo posse do quarto de Nell. Como a casa tinha vários quartos, tinha um que Nell sempre ficava na janela olhando a rua e o movimento, era por esse que Kit a vigiava antes. Um dia Kit foi vê-la e disse que não entendia o que tinha acontecido, ela acreditava nele mas tbm não sabia. Kit chamou ela e o velho para viverem na casa dele. Essa parte é muito fofa.
- " Você acha - disse o menino - que é muito pequeno e desconfortável. É verdade, mas é muito limpa. Talvez você ache que seria barulhento, mas não há quadra mais silenciosa do que a nossa em toda a cidade. Não tenha medo das crianças, o bebê quase nunca chora, e o outro é muito bom, além disso eu cuidaria deles. Eles não incomodariam muito você, tenho certeza. Tente, senhorita Bell, tente. O pequeno quarto da frente no andar de cima é muito agradável. Você pode ver um pedaço do relógio da igreja, através das chaminés, e quase enxergar as horas, a mãe diz que seria a coisa mais certa para você, certamente, e você a teria servindo a ambos e a mim para fazer outras tarefas. Não queremos dinheiro, por Deus, você não deve pensar nisso! Você vai tentar? Apenas diga que vai tentar. Tente fazer o velho mestre vir e perguntei-lhe primeiro o que eu fiz. Você só promete isso, senhorita Nell?"
E ela ouviu e sentiu o coração mais quentinho.
"Era bastante natural que seu diálogo curto e inacabado com Kit deixasse uma forte impressão em sua mente e influenciasse seus sonhos naquela noite e suas lembranças por muito, muito tempo. Cercado por credores insensíveis e auxiliares de enfermagem mercenários e encontrando-se no auge de sua ansiedade e tristeza, sentindo pouca consideração ou simpatia até mesmo das mulheres ao seu redor, não é surpreendente que o coração afetuoso da criança tenha sido tocado por um espírito bondoso e generoso, por mais rude que fosse o templo em que habitava. Graças aos céus, os templos de tais espíritos não são fabricados pelas mãos, mas em geral são cobertos com maior frequência por remendos pobres do que com púrpura e linho fino!"

Passou o tempo o velho se recuperou e Quilp deu um prazo para que eles se retirassem da casa, ela não tentou falar sobre Kit, ao menos não nesse momento, o velho a propõe que eles fugissem na madrugada e fossem viver como mendigos ao que ela aceita feliz pois era o que tinha pensado antes. E assim eles seguem o combinado e vão embora. No dia seguinte Quilp é acordado com batidas fortes a porta pensa que é a Senhora sua mulher e já atende com chutes no peito, aff que escroto e que ódio desse homem! Mas afinal era o Sr. Swiveller que vai tentar passar seu charme na Nell e nem suspeita que eles não estão, quando todos se dão conta o Quilp apesar de saber da verdade deixa a entender que o velho foi curtir o dinheiro da aposentadoria e o que tinha recebido dele pela "venda" dos móveis e da casa. Tudo o que Quilpe queria mesmo era só a infelicidade das pessoas. Cretino !!!

E Nell e seu avô seguiram sem rumo, caminhando sem destino mas com objetivo de ir para bem longe. O velho não parava para descansar por muito tempo, e a sensação que tive é que ele talvez temia encontrar possíveis cobradores? Talvez, parecia o tempo todo estar fugindo. Bem estranho. No final da noite eles pararam perto de um cemitério e tinha uns artistas que Nelly ajudou a costurar uma espécie de fantoche. Depois eles se hospedaram num lugar do lado de um cemitério. Quando despertou Nelly foi fazer uma breve caminhada no cemitério e encontrou uma lápide antiga de um jovem que tinha morrido aos 23 anos havia 55 anos, e desde então a esposa dele ia visitá-lo. As palavras ditas foram tão lindas:

"E agora que 55 anos a passaram ela falava do homem morto como se ele fosse seu filho, ou neto, com uma espécie de pena de sua juventude, que vinha de seu próprio envelhecimento, e uma exaltação de sua força e beleza viril, em comparação com sua própria fraqueza e decadência, e ainda assim ela falou dele como seu marido também e pensando em si mesma em conexão com ele, como ela costumava ser e não como era agora, falou sobre o encontro deles em outro mundo, como se ele tivesse morrido ontem, e ela, separada de seu antigo eu. Pensava na felicidade daquela garota que parecia ter morrido com ele"

Nell e o avô acabam seguindo junto com os artistas Short e Codlin. Eles encontram com outros artistas. Achei bem legal e interessante a forma que mostra como a arte era tratada antes, embora as pessoas gostassem pareciam não valorizar como deviam. Os artistas tinham uma vida bem miserável, eram quase como mendigos, mas ganhavam o dinheiro quando se apresentavam. Em uma noite se hospedaram junto com domador de cães, gigantes que usavam pernas de pau, e outro que não lembro. Até que em determinado momento Short e Codlin conversam sobre suas desconfianças em relação ao velho e que repararam como parecia que ele estava fugindo dos amigos, achavam até que tinha amigos que podia pagar recompensa p/ quem os levasse de volta. Daí por mudarem suas atitudes com Nell, ela que já tinha adquirido certa habilidade para lidar com maus caráteres resolve fugir.
É muito lindo o amor dela pelo avô. Mas fico o tempo todo cismada com esse velho e meus sentimentos são bem contraditórios, entendo a desconfiança dos artistas pois é algo possível... Mas é uma pena que tenham apenas más intenções.

Voltando a falar do Kit, que brigou para ficar com o pássaro que era de Nell e foi ameaçado por Quilp a dizer caso o velho e a Nell fossem atrás dele. Pobre Kit! Ele consegue um emprego novo com uma família boa que vai até a casa de Kit conhecer melhor e conversar com a mãe dele. O contratam para morar na casa deles o que Kit faria não ficou muito claro mas ele ganharia bem por isso. Quando estavam fazendo festa pela conquista chega o repugnante do Quilp junto com o Sr. Swiveller e novamente atrás do velho e da Nell. Kit vai para a casa do Sr. Garland que o contrata e apresentam tudo a ele. Tinha uma criada a Barbara que ele observa sem jeito mas fica meio que interessado.

Quilp convida o Fred irmão de Nell, p/ jantar e é tudo muito estranho, talvez eu não tenha entendido direito, dois pilantras mas parece que tem algo entre Fred e a Senhora Quilp, ou entendi tudo errado. Sei lá, depois talvez entenda. Mas parece que Fred e Senhora Quilpe tiveram um relacionamento.

... Nelly e seu avô eles seguem andando até que chegam a uma escola onde está parado um velho professor muito triste, ele aceita abrigar os dois por uma noite para descansarem e explica que está triste pois seu aluno preferido está muito doente, tem uma doença. Ele pede a Nell que fique por mais um dia, ela observa os alunos e ele dando aula. Como estava muito calor ele dispensa os alunos mais cedo e suas mães reclamam. Daí depois ele é chamado na casa do garoto doente e esse morre depois de se despedir dele. Tão triste essa parte. Faz Nell pensar e a deixa triste tbm. Um tempo depois eles seguem na caminhada sem destino.
Eles param no trailer da artista de cera da Senhora Harley que gosta de Nelly e os deixa passar a noite em seu trailer. Depois observando Nelly ela tem a ideia de chama-la para trabalhar com ela expondo e apresentando seus trabalhos por onde fosse. Uma oportunidade excelente à Nelly.

Nessa hora não consegui evitar e minha raiva pelo velho se fez presente novamente, pois Nell quase recusa pensando no avô que diz que não pode ficar sem ela, mas a Senhora Jarley aceita tbm os trabalhos do velho na ajuda da limpeza das obras de arte.
Passado um tempo Nell e seu avô vão para uma caminhada e na hora de voltar para junto da Senhora Jarley começa cair uma chuva muito forte o que impossibilita o retorno, eles param num bar e o velho escuta homens jogando e vira um monstro que até então a pequena desconhecia. Meu ódio aumenta ainda mais quando ele a obriga a dar o dinheiro que eles tinham para ele jogar e claro perde e acaba passando da meia noite, ficando tarde de mais para voltarem. A menina tem uma moeda guardada em seu vestido e acaba trocando a moeda por dinheiro para conseguirem passar a noite lá. Ela tenta esconder o dinheiro do troco do velho mas durante a noite ele se esconde e rouba o dinheiro dela acreditando que ela não viu. Essa parte é tão triste, é desconcertante quando ela descobre que o próprio avô a roubou em nome do maldito vício. Eu já ouvi falar de vícios de vários tipos e da dificuldade das pessoas, mas a forma como a história aborda esse tema me traz sentimentos contraditórios, a princípio raiva do velho, não consigo sentir pena dele, fico com pena e admiração pela Nell, por sua doçura e amor incondicional, parando para analisar a postura dela o amor que ela sente que apesar da dor pedoou e seguiu sem brigas ou jogar na cara, mas paciência e reflexiva em como agir e resolver. Apesar de tão nova, tão sábia e com um enorme coração.

Sim esse livro me deu uma bela lição sobre humildade, compaixão, perdão!!!

Depois Nell ainda sofre humilhação de umas garotas e uma professora de um internato pelo fato de ser pobre e trabalhar, naquela época esse costume não era bem visto, era como se os pobres tivessem doenças e eram ridicularizados por isso. Que triste ainda que o tempo passou e em alguma coisa o ser humano foi melhorando.

O final do tomo 1 detalha sobre o escritório do Brass advogado do Quilpe que trabalhava com a irmã que não tinha nada de delicada, daí chega Quilp com o Sr. Swiveller p/ ele ser o auxiliar de Brass. E assim fica lá por uns dias e chega um novo hóspede que fica dormindo em cima nos aposentos que tinha. Esse hóspede era estranho. Mas teve mais uma coisa que me irritou nessa história, a cozinheira, empregada do Brass e sua irmã era uma criança que estava sendo escondida e fazendo trabalhos infantis não autorizados. Nossa isso é o fim!!! O pior é o Sr. Swiveller saber e nada fazer a respeito. Então o tal do hóspede estava tbm em busca do velho e sua neta, ele simplesmente chamava todos os artistas de rua para lá pois de alguma forma soube que eles estavam com artistas de rua, até que finalmente conhece os canalhas do Short e Codlin, mas tbm nada deles descobre, e ao final chega ao Kit que estava muito bem em seu emprego e faz a ele uma proposta ... e seguimos para o tomo 2....