Librarian's Note: this is an alternate cover edition - ISBN: 9788576795445 - A Arma Escarlate
O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, um menino de 13 anos descobre que é bruxo.
Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que ameaça sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar por descobrir o quanto de bandido há dentro dele mesmo.
Renata Pacheco Ventura é uma jornalista e escritora brasileira de ficção, conhecida pelos livros de fantasia A Arma Escarlate e A Comissão Chapeleira, da série A Arma Escarlate, em que utiliza a fantasia para falar da realidade brasileira, abordando temas sérios como desigualdade social, preconceito, abandono, drogas e corrupção.
Li 30% do livro, mas infelizmente não deu pra continuar. Acho que a autora tentou ser legal e colocar representatividade, mas acabou sendo muuuuito racista. Pessoas de outras regiões sendo estereotipados, uma babação de ovo com a Família Real Portuguesa da época da colonização, e.. ficou muito difícil continuar lendo. Fora que trouxe as coisas ruins de Harry Potter também. Acho que a ideia é até Interessante, mas a execução... Recomendo tanto à autora quanto às pessoas que gostaram do livro darem uma estudada nessas questões relativas a racismo, regionalização e colonização. E leiam histórias de pessoas não-brancss, de pessoas fora do Sul-Sudeste. Existe representação boa, não tem porque se apegar a erros do passado.
Na minha opinião esse livro arrasa em criatividade, e verossimilhança das personalidades. Por exemplo, não há personagens caricatos, e ainda assim seus atos se desenrolam em incríveis consequências. Frequentemente me pego em dúvida se a Renata não está na verdade lembrando de algo que aconteceu... De qualquer maneira, eis uma das mais agradáveis e interessantes e inteligentes leituras que já fiz, seguramente comparável com o melhor de Anne Rice, e ainda promove a "acareação" do público adolescente com problemas que a maioria quer deixar para pensar depois.
Impressionante. História bem construída, deixando um gostinho de quero mais. Odiei e amei o Hugo/Idá. Apaixonei-me pela sensibilidade da escrita da autora ao mesclar o panorâma de um jovem da favela nos fins da década de 90 com a fantasia bruxa, ao mesmo tempo em que insere a cultura brasileira nas histórias e feitiços do mundo bruxo. Singular, cativante, este livro desperta muitas emoções, se não tomarmos cuidado, nos afogamos nelas. É uma história que é um tapa na cara com sua crueza e ao mesmo tempo um elixir bem revigorante de fantasia e crescimento humano. Super indico!!!
É um tanto quanto difícil começar essa resenha, por conta da "montanha russa de emoções" no qual esse livro me pôs. Chorei (de ficar mal, mesmo. de verdade.) a morte de uns personagens e urrei de felicidade quando outros morreram ou tiveram aquilo que mereciam. A escrita da Renata é completamente envolvente e me levou, literalmente pra dentro do livro. Tda vez que sentava pra ler esse livro, era como se um mundo novo abrisse suas portas pra mim; e eu me vivia no Clube das Luzes, na floresta da Korkovado, ou no meio de intenso tiroteio, na favela Dona/Santa Marta. Por viver no Rio de Janeiro, achei muito bacana ver os lugares do meu cotidiano sendo retratados no livro, isso foi realmente fantástico! A maneira que ela usou pra mesclar o mundo bruxo com o nosso oi realmente magnífica! A ambientação é algo que não posso deixar e mencionar; toda vez que o Hugo chegava em uma sala da escola que ele não conhecia ou entrava num beco na favela, você era, literalmente, transportado pra lá, junto com o Hugo. A narrativa da Renata faz com que tudo seja real, e não só uma coisa que está acontecendo nas páginas e na sua cabeça. Um livro como A Arma Escarlate é muito visual; livros muito visuais necessitam de uma escrita que seja específica e, ao mesmo tempo, inovadora, pra que sejamos transportados pra estória e nos surpreendamos com todas as coisas novas e aventuras que descobriremos por lá. Agora que terminei a leitura, estou sentindo uma saudade imensa dos personagens que me cativaram e me fizeram apaixonar. O Hugo, que é um anti-herói tem 13 anos e tem uma personalidade e determinação incríveis, o que, normalmente seria estranho, mas a escrita da Ventura passa uma verossimilhança incrível. Mal posso esperar pra ler A Comissão ChapeleiraUma das coisas mais bacanas desse livro é que temos uma boa parte do nosso folclore (ou como gosto de chamar: mitologia brasileira), o que deixa tudo mais especial. Coisas como a Mula Sem Cabeça e atlauas são mencionados e isso é muito divertido. O fim do livro foi uma surpresa muito agradável. Jamais imaginei que as coisas aconteceriam daquele jeito e que tal personagem teria um plot twist taõ incrível! <3 Recomendo esse livro a todas as pessoas que gostem de livros de fantasia, estejam em busca de uma boa aventura e, é claro, com um jeitinho brasileiro. :) Espero que gostem. E, ah, por favor, entre de costas.
eu achei esse livro sensacional, traz muita valorização da cultura existente no Brasil e também fala alguns pontos fortes daqui - criminalidade, drogas, abusos... tudo dentro do mundo bruxo! eu achei muito bom como tudo foi abordado. até achei um pouco pesado certos pontinhos mas acontece... também tentei ao máximo ler sem tentar comparar com as obras da JK Rowling; foi um pouco difícil mas na metade do livro já tinha me familiarizado com a escrita da Renata. só um adendo a tudo isso: eu nunca criei tanta antipatia e raiva por um personagem como criei com o Hugo! que garoto chato!!! juro que algumas vezes tive que parar a leitura porque eu estava nervosa com as atitudes desse menino. tirando isso, é legal ver como o processo de amadurecimento dele vai acontecendo (bem lento mas acontece) durante a história. tô ansiosa pra ler o segundo livro!
Esse livro é maravilhoso. Consegue prender a atenção do leitor em todos os momentos do enredo, tantos para os fans de Harry Potter que puderam embarcar em mais uma aventura neste mundo mágico, e claro em uma realidade mais próxima, quanto para aqueles que gostam de ler um bom livro. É cheio de signos da cultura local, o que trás um conhecimento e singularidade incrível. E que venha a Comissão Chapeleira O/
I really enjoyed the book, not only because it speaks to wizards or magic, but by showing the lives of many Brazilians living in slums, Hugo earlier proved to be a bit "angry" with people but with time he will learn to respect others for more "boring" they are.
Awesome! It is my favorite book! Is wonderful, magic, intense, amazing! Absolutely is better than whatever brazilian book I've ever read till now! I recommend this book!
Nem preciso dizer que me surpreendi. Estava esperando uma história divertida, pra passar o tempo e me desestressar um pouquinho em tempos como esse. Achei um livro de 700 páginas que me prendeu do começo ao fim.
Impossível não criar empatia pelo protagonista, apesar de ele ser uma peste. Faz muita besteira, mas é muito do esperto e malandrão. Aliás, esse livro é uma aula de caracterização, de como escrever personagens interessantes, com motivações, personalidades vivas e que te deixam querendo saber um pouquinho mais sobre eles. Você termina o livro pensando nas perguntas não respondidas, nos mistérios que cada personagem guarda. Os personagens são tão relevantes que você sente que a história é movida por eles, e não o contrário. Costumo gostar muito mais de livros em que os personagens são importantes nesse nível.
O mundo que ela criou, é claro, tira muita inspiração do universo de Harry Potter, mas ela consegue colocar uma autenticidade na história e no universo mágico, tudo isso enquanto faz umas referências bem legais. E não são referências que atrapalham o fluxo da história (o que eu, pessoalmente, odeio), apenas dão um contexto de maneira sutil, mas que vão botar um sorrisinho no rosto de quem curte HP. Ao ler esse livro é bom ter em mente que a história se passa em 1997, ano em que se passa o último livro de HP.
Achei muito legal também a maneira como ela aborda temas sociais. Pra começar, a autora está sempre jogando na cara o nosso complexo de vira-lata, de querer sempre copiar os europeus e americanos e nos esquecer do que a gente tem de melhor aqui e das particularidades do nosso próprio país. Isso traz à tona problemas de desigualdade social, que acabam sendo negligenciados porque tentamos sempre seguir o "padrão europeu".
Um livro grande, mas despretencioso e gostoso de ler, que sempre tenta esticar seus próprios limites e não subestima o leitor. Ansiosa para ler os outros.
Acho que eu nunca sofri tanto pra terminar um livro. E eu gosto de deixar isso registrado.
A Arma Escarlate é o nosso reconto de um universo onde bruxos existem e uma escolas de bruxaria no Brasil também existem. Com toda certeza a parte que eu mais gosto nesse livro é como ele questiona muitas coisas pertinentes na nossa realidade, num universo fantástico onde nós conseguimos enxergar nossos livros de fantasia. A discussão de meritocracia nesse livro é tão profunda, a maneira como ela desenvolve os personagens baseadas em suas experiências de vida foi uma viagem tão interessante.
Eu AMO o Hugo Escarlate. Mesmo ele sendo horrível, irresponsável e eu passar boa parte do livro gritando que alguém precisava ajudar esse menino, eu amei a viagem. Eu torço pelo Hugo demais, tem mais 3 livros para terminar essa jornada, mas diferente desse, eu quero ler nos livros físicos.
Amor, ódio, amizade, confiança, maldade... todos os sentimentos que nos atravessa, que nos são trazidos pela vida. A raiva de não ter escolha. E o duro caminho até o autocontrole.
Sou fã de Harry Potter e adorei esse livro! É dessas histórias que não dá vontade de parar de ler, e a construção de mundo e de personagem é muito, muito boa. Vou seguir com o resto da série, já virei fã do Hugo Escarlate também :)
Bruxaria com tempero brasileiro! Quando soube do livro A Arma Escarlate, conversando diretamente com a autora Renata Ventura, em um evento ocorrido aqui em Curitiba julho passado, interessei-me de imediato!
Como a própria autora diz já de cara no livro, J.K. Rowling falou em uma entrevista que não criaria aventuras de escolas de bruxaria fora da Inglaterra, mas deu carta branca para quem quisesse fazê-lo. Renata aceitou o desafio e mostrou que sabia o que estava fazendo!
A Arma Escarlate narra as aventuras de Hugo (Idá), um menino de 13 anos que foge da vida sofrida na favela do Santa Marta, descobrindo-se bruxo. É muito interessante ver o paralelo feito entre a vida entre o tráfico e a nova vida de estudante de magia que aparece para ele. O menino não acredita a princípio, mas apega-se nessa esperança para fugir de sua realidade atual, protegendo sua mãe Dandara e sua avó Abaya.
A escola em si, Nossa Senhora do Korkovado, foi muito bem descrita por Renata, assim como o SAARA e a passagem pelo local chamado carinhosamente pelos alunos de Inferno Astral. Muito bem detalhados, muito bem descritos!
A mescla entre bases culturais foi fruto de uma pesquisa muito bem feita pela autora, que consegue colocar elementos de cultura afro-brasileira, cultura indígena (nomes dos feitiços, achei isso extremamente interessante), bem como elementos clássicos do folclore brasileiro, como a mula sem cabeça. Claro, não podiam faltar fadas, centauros, vampiros... tudo de uma maneira bem equilibrada, sem excessos.
Os pixies são um show à parte! De início, achei-os um tanto metidos, mas com os detalhamentos dos personagens, as explicações dos motivos de cada um, passamos a conhecê-los melhor. Fiquei fã do Ítalo "Capí" Twice Xavier, um personagem extremamente interessante!
A parte 2 do livro começa de uma forma mais sombria, um toque de realidade a um mundo perfeito. Gostei bastante da maneira como Renata colocou a questão do uso/tráfico de drogas e como Hugo não era assim um menino tão bom quanto ele poderia imaginar. É interessante essa discussão de caráter, tanto dele quanto de outros personagens envolvidos na problemática, como o tímido Eimi. Realmente algo a se pensar, como quando Gislene fala "O nosso mundo já não tá ferrado o suficiente, tu tá querendo estragar esse aqui também?"
A linguagem coloquial usada pela autora, com direito a gírias e maneirismos cariocas, ficou muito bem colocada, pois combina com a narrativa, e faz ficar mais real.
Trechinho digno de nó na garganta: quando Hugo descobre no bosque de Capí que poderia ter evitado uma tragédia.
Bom, resumindo, a leitura d'A Arma Escarlate deve ser feita de forma despretensiosa, sem compará-la com Harry Potter, visto que são universos diferentes. Há alguma referência aqui e lá sobre as escolas de bruxaria na Europa, mas sempre indiretamente e sem citar nomes, o que torna realmente uma homenagem velada. Como quando Zô fica sabendo do falecimento de um grande amigo (eu chutaria Dumbledore, tranquilamente, por mais que não tenha sido citado). Renata acertou, mais uma vez!
Recomendo a leitura!
This entire review has been hidden because of spoilers.
Hugo dá raiva. Você vê todo o potencial dele, mas não consegue evitar sentir raiva e frustração com os tropeços que ele dá. É difícil se afeiçoar a um protagonista falho, mas todos nós somos falhos e o Hugo não foge muito disso. Senti que estava lendo uma muito bem escrita fanfic no começo, e depois consegui mergulhar nesse mundo separando-o de HP. São muito engraçadas as referências que a Renata faz à Harry Potter, e até mesmo a crepúsculo. Dei risada alto nessa parte. Foi uma festa surpresa, com um final redondo. Ansiosa para os próximos.
Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante, uma escritora chamada Rowling disse: Não vou escrever mais sobre Harry Potter, quem quiser que escreva sobre isso!
E assim foram surgindo numerosos livros sobre o mesmo universo...
Essa jogada sagaz de uma das responsáveis por transformar o gênero fantasia em mercado pop permitiu que um monte de outros escritores botassem a mão na ideia de uma escola de Bruxaria e temperassem ao seu bel-prazer.
Renata Ventura, nossa representante brazuca nessa empreitada, criou A Arma Escarlate - uma aventura que não é bem infantil - para criar a escola Notre-Dame de Korkovadô (sic) onde tira sarro de todas as manias brasileiras, principalmente a nossa ideia de que tudo que é bom vem de fora.
Irônico vindo de alguém que está escrevendo uma fanfic remunerada? Irônico é pouco.
Nossa autora chuta o balde e traz para personagem principal um moleque favelado, aprendiz de traficante, que vira de pernas para o ar a escola elitista. Não há meias palavras para descrever o protagonista, ele é tudo aquilo que deveria ser: ignorante, ingênuo, ganancioso, aproveitador, mentiroso e, acima de tudo, carente. A carência de Hugo Escarlate arde.
Tente colocar esse menino em uma escola em que os bons professores são sub-pagos ou arrogantes acadêmicos (mais interessados no reconhecimento internacional do que nos alunos) ou são umas bestas sub-humanas que envergonham toda a classe - afinal, ser professor é mais do que receber um canudo. Além disso, temos a visão deturpada que os próprios alunos da vida real têm (professor bom é professor inconsequente) e mais uma fieira de adultos que não valem o pão que comem.
Está achando que a escola brasileira é barra pesada? Bom, então aguente o fato de que a história é justamente sobre o comércio de cocaína entre os alunos...
Enfim, esse não é um livro bonito para comprar para o seu moleque de dez anos... na minha opinião nem chega a ser infanto-juvenil. O tema é pesado e a autora surpreende ao conseguir escrever tudo isso pela visão de um adolescente de treze anos de idade sem parecer forçado.
Ponto para a Novo Século que abriu a oportunidade com o selo Novos Talentos.
Idá, ou Hugo Escarlate, é um garoto de 13 anos que mora na favela do Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, tendo que lidar com o tráfico e o odioso Caiçara. Então recebe o convite para estudar na Korkovado, uma escola de bruxaria que fica dentro da montanha do Corcovado. Lá ele conhece os Pixies, um grupo de alunos um pouco mais velhos que defendem a inclusividade de pessoas que não vieram de família bruxa. A escola tem o mistério do monstro que urra todas as quintas e sextas à noite. E Hugo precisa encontrar formas de controlar seu temperamento e ajudar sua mãe e sua avó a sobreviverem em meio ao tráfico.
Este livro foi lançado em 2011, então não havia o contexto atual sobre a J.K. Apesar disso, é difícil encarar a leitura nos dias de hoje e eu só fiz isso por ser em um clube de leitura. Mas até que me surpreendi positivamente com a criatividade da autora para transpor a realidade bruxa pro cenário brasileiro. Nem tudo envelheceu bem, deve-se destacar. Alguns pontos são bem clichês, como a corrupção das autoridades públicas. Mas de maneira geral a inclusão de lendas do nosso folclore e a diversificação dos sotaques são bem construídos.
E apesar de Hugo não ser um personagem tão legal, os Pixies o são. Especialmente Viny e Caimana, que são os mais realistas entre eles. Capi é incrível, porém exagerado. É a melhor pessoa do universo e ao mesmo tempo sabe mais de tudo que qualquer professor. Gosto também de outros personagens secundários, vários destes uma mistura dos conceitos da fonte britânica da autora.
Porém, a mistura da trama com um Cidade de Deus, apesar de fazer sentido com a realidade do protagonista, embola tudo. Embola no sentido de que é uma colagem não muito funcional, e torna a trama aparentemente juvenil em uma obra pesada e mais adequada para o leitor adulto. A resolução também é apressada e muito fácil. O resultado me passa a impressão de não ter tido o crivo de um bom editor, que pudesse dizer que não está funcionando e orientar melhor a autora.
Nota: 6 (Personagens) + 4 (Plot) + 5 (Estrutura) + 5 (Atmosfera) + 3 (Estilo) - 1 (Dedução pela ligação com a J.K. e pelos sotaques exagerados de alguns personagens) = 22
reler um livro depois de muito tempo é uma experiência muito curiosa. esse nunca foi meu livro favorito entre os 4 lançados, mas acho que só agora sou capaz de verbalizar os muitos motivos pra isso. 1. todas as referências muito óbvias a harry potter estragam a experiência de estabelecer um mundo mágico genuíno ao brasil, fica realmente parecendo que é só uma fanfic. e pode até ter sido escrita originalmente como fanfic ou serem referências pra atrair o público que ama harry potter, mas quem não gosta/liga pra HP é chatíssimo e corta a imersão. 2. eu compreendo o aviso de que o narrador não representa a autora e entendo que o narrador é a terceira voz aos olhos do hugo, mas a quantidade de comentários racistas referente ao cabelo dele me incomodou muito. foi cabelo pixaim, cabelo duro, cabelo que não pode receber cafuné porque não é cabelo bom... acredito que era possível trabalhar melhor o racismo sem fazer o próprio personagem negro reproduzir tudo isso 💀 3. o desenvolvimento dos personagens é muito limitado, são todos muito unidimensionais. se apegam a uma única característica e todas as suas ações são baseadas nisso o livro inteiro e dependendo do personagem fica dificil de tornar palpável. o capí, por exemplo, é um ser imaculado, enquanto o viny é um rebelde e paquerador. entre outras questões, mas acho essas as principais.
Finalmente lembraram dos brasileiros, o jeito que a autora escreve é cativante e o jeito que ela aborda as coisas brasileiras é bem diverso abordando sotaques e personagens de vários lugares do brasil, e a representatividade é muito bem abordada tendo personagens com vários tons de pele, formato de corpo e espécies. E como ela aborda a violência policial, trafico, vicio e disputa por poder e outras coisas que infelizmente faz parte do cotidiano de muita gente, para mim foi bem abordada e escrita de uma forma cru mostrando os horrores que acontece na favela, porem eu não tenho muito local de fala nessa parte por que não vivo isso. e contra partida o mundo magico foi ate que muito bem abordado mostrando como o Brasil fica focalizado quase que 100% do tempo focado na Europa e esquecendo quase que praticamente tudo que e nacional, agora uma coisa que eu não gostei foi os cenários do mundo magico pois me sentia lendo um livro do Tolkien pois eu não conseguia imaginar pois como a autora descreveu era tudo uma zona, com coisas de séculos diferentes e países diferentes tudo misturado na escola então esse foi um dos ponto que eu não consegui pegar no livro
Um retrato extremamente fidedigno do Brasil, desde as belezas naturais, comida deliciosa e capacidade de festejar, até os podres do tráfico, da desigualdade social e o racismo, o complexo de vira-lata... Renata Ventura vai além de se inspirar em Harry Potter; ela literalmente se apossa de seu universo. É excitante ver o misto do folclore brasileiro e do mundo bruxo. Dito isto, vamos a alguns pontos negativos. Devo dizer que foram bem menos do que eu esperava — eu esperava uma espécie de fanfic mal feita, ledo engano! Começando pela introdução. A primeira parte do livro (os primeiros 50%) são basicamente a introdução. Sim, é um capítulo atrás do outro introduzindo elementos, personagens e plots sem desenvolver. Como eu disse, é superinteressante conhecer esse mundo, mas essa pode ser uma questão que afaste alguns leitores. Em compensação, você chega à segunda parte e não consegue parar mais. Fora isso, os defeitos são mínimos e não vale a pena discorrer aqui.
O HARRY POTTER BRASILEIRO É MELHOR QUE O ORIGINAL!!! É ISSO AÍ, P0®®@!!!!!
Livro muito criativo e muito interessante a forma como insere a temática da bruxaria no Brasil. Seu maior mérito é não copiar Harry Potter, apesar da reconhecida inspiração. Gostei também da forma como a autora foi ousada no trato de assuntos como tortura, consumo de drogas, criminalidade - e não, não acho que sejam temas pesados para o público infanto juvenil. É a vida como ela é.
Por outro lado, me incomodou bastante a personalidade do protagonista, que por vezes soava artificial em seus ataques de desconfiança sem razão, e sobretudo por ser extremamente mimado e arrogante. Os três capítulos finais não foram suficientes para aliviar toda a antipatia acumulada ao longo da jornada. Muitas vezes revirei os olhos durante a leitura. Também achei as personalidades dos pixies em geral caricatas, sobretudo do Capí - por vezes a sensação é de que se tratava de um senhor de 60 anos com muita experiência de vida, autocontrole e sabedoria acumulada, e não um garoto de 15 anos. Praticamente um Benjamin Button dos trópicos.
Sim, o livro tem suas similaridades com a saga do bruxo britânico, mas apenas na construção do mundo mágico, suas regras e particularidades. Tirando isso, você percebe logo no início que as semelhanças param por aí. Renata Ventura criou personagens envolventes, com sotaques diversificados de todo o Brasil, e principalmente originais. Mas para mim o maior mérito está em outro aspecto. O livro não se presta a ser mais uma novela das oito, com lindas casas no Copacabana, empregadas uniformizadas e cafés da manhã que serviriam 20 pessoas. Pelo contrário. O protagonista do livro tem nome africano, é preto, favelado e traz consigo a carga de viver à margem da sociedade. O oposto do Harry. Mesmo assim, se você gosta da saga Harry Potter, vai gostar da saga Hugo Escarlate. Se gosta de fantasia, livros de adolescentes, magia e, principalmente, se quer valorizar a literatura brasileira, A Arma Escarlate é leitura obrigatória pra você.
No começo, demorei a me adaptar com a leitura, porque achei que foram utilizados muitos termos incomuns (porém pode ser coisa de região, não sei) e achei que algumas palavras ficaram realmente forçadas para dar a ideia que ali era um mundo diferente, mas não ficou nada. Ok, essa foi a parte ruim da história, porém o restante foi maravilhoso. Achei o Hugo um personagem complexo, que foi muito bem aprofundado e que transbordava personalidade, assim como a sua (quase) amiga de infância, Gisele. O grupo Pixie também era muito interessante, especialmente Viny com suas ideias revolucionárias. Me apaguei a eles. Dá para ver que a autora tentou inserir diversidade na história, trazendo personagens de todos os lugares e de todos os jeitos. A história também tem um enredo interessante, com um ritmo bom, sabendo alternar os momentos corretamente e inserindo reviravoltas legais. É um livro que você não quer parar de ler.
3,4 estrelas! Acho que muitos começam a ler este livro com o nariz torcido, esperando muito pouco da versão brasileira de Harry Potter. Certamente era o meu caso, ainda mais não tendo simpatia pela ideia de FanFic. Devo admitir que o livro foi me ganhando e por muitos momentos fui transportado à experiência de ler os livros de Rowling. No fim das contas, há de se admitir que o projeto é corajoso e foi executado de forma competente. Alguns paralelos ficaram um pouco forçados, mas outros toques originais me agradaram bastante. Atenção para a parte central da trama, mais para adulta do que para infanto-juvenil. Concordo com comentários que li aqui, sobre a autora escorregar no uso de estereótipos, mas para mim não invalidam a leitura.
3,5 . esse livro tava parado na minha estante desde 2012 e um dos meus desafios literários desse ano era de finalmente criar vergonha na cara e ler de vez. ate pegar o tranco senti um pouco de dificuldade de entrar na historia, as primeiras cinquenta páginas difíceis de digerir mas uma vez que passando essa primeira fase eu me vi completamente apaixonada com esse mundo magico. no fim gostei muito de conhecer as estruturas dessa sociedade e os varios locais e mitos dentro da escola, sai completamente apaixonada com os pixies os qual queria que fossem meus melhores amigos. o unico problema que eu vejo e que me fez nao chegar bem nas quatro estrelas é exatamente ter amado outros personagens e as pequenas partes deles que tivemos mas nao ter nada aprofundado. eu sai me perguntando muitas coisas querendo mais explicações sobre a floresta a clareira, a lagoa, sobre a familia do indio as outras escolas as próprias aulas . claro que pra um livro introdutorio é normal ter essas duvidas mas me deixou meio frustrada em momentos em que queria um pouco mais desses aspectos. estou a procura do segundo livro animada para continuar com hugo nesse mundo magico
Esse livro é maravilhoso! Cultura brasileira, críticas sociais, boas referências e uma história que prende. Eu amo a Renata por ter dado vida a essa saga.
Detalhe: o Hugo é um anti-herói, não é o que costumamos ver num protagonista e isso o torna muito real. Conseguir ir do amor ao ódio por suas atitudes em um só capítulo, é o que o torna esse personagem tão complexo. Inevitável não achar ele insuportável e escroto em algumas partes tanto quanto é inevitável não torcer pra que ele aprenda a se superar e ser uma pessoa melhor. Ele é só uma criança confusa e machucada. Não desistam do Hugo, ele tem muito pra evoluir ainda (isso parece algo que o Capí diria k).
A Brazilian version of Harry Potter that is much better than this "elevator pitch" might paint it. Renata Ventura did not copy J.K. Rowling's universe or simply moved it to another country; instead, she shows a real understanding of the mythology created by Rowling and she expands it with this powerful story initiated by A Arma Escarlate.
Being classified as a Young Adult fantasy title, the book restricted itself in terms of violence and language, both elements that I believe would have made the story better, more consistent with the country's reality! Maybe it's just pessimism on my side?
cara eu curti pakas esse livro?????? de vdd??????? apesar de nunca ter lido hp que obviamente inspirou esse universo. eu gosto que eu nem pretendia comprar esse livro (nem conhecia) mas na bienal de 2017 a autora me parou enquanto eu procurava um livro e me contou a história e eu fiquei tao curiosa que acabei comprando (e sobrou dinheiro pra eu comprar o que eu tava procurando antes entao amém!) ela me deu um autografo super fofo na primeira página e eu guardo o livro com mt carinho