O livro é um romance e conta a vida do sacerdote católico Padre Germano no exercício das suas funções nos séculos 18 e 19 na região norte da Espanha e sudoeste da França.
A obra conta a trajetória de Germano e também sua rotina sacerdotal com relatos de histórias emocionantes onde o mesmo esteve presente e auxiliou emocional e espiritualmente. Para o leitor, passa a sensação de um diário aberto dos seus dias, os problemas, as vitórias, o seu grande companheiro que foi o cachorro Sultão e as grandes lições tiradas de tudo que estava vivendo.
Ao todo são 34 capítulos entre histórias dos outros e do cotidiano do próprio Padre Germano. 3 relatos chamaram muito a minha atenção: O capítulo Rastros do Criminoso, onde um ancião que tentou tirar a própria vida para livrar o filho, não teve sucesso e buscou ajuda com o padre e, então, o protagonista vai nos relatando todo o drama dos acontecimentos.
O segundo foi o capítulo A Mulher É Sempre Mãe que conta a vida de Maria, onde segundo Padre Germano, ela foi uma das poucas pessoas que conheceu a cumprirem as leis do Evangelho. Ele a conheceu ainda criança e viu seu crescer tanto como mulher quanto mãe.
Por fim, o terceiro capítulo que mais chamou a minha atenção foi O Verdadeiro Sacerdócio, onde é a história do próprio Padre Germano após 25 anos de sacerdócio e suas reflexões sobre a vida, os homens, as religiões e Deus.
O texto é de fácil entendimento e a leitura vai intercalando entre fluída e densa. Eu como leitora me senti encontrando um diário antigo, lendo de cabo a rabo e encantada com as experiências vividas por um ser tão iluminado e do bem.
Livro excelente. É composto por várias histórias narradas pelo próprio Padre Germano sobre sua vida de dedicação aos outros. Perseguido pelas altarquias da igreja, Padre Germano era incansável em sua luta de disseminação do amor ao próximo impedindo assassinatos, latrocínios e diversos crimes. Pra isso dialogava com reis, nobres e quem quer que fosse em defesa dos pobres, dos doentes e dos oprimidos.