A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam

by Paulo Freire

Em sociedade que exclui dois terços de sua população e que impõe ainda profundas injustiças à grande parte do terço para o qual funciona, é urgente que a questão da leitura e da escrita seja vista enfaticamente sob o ângulo da luta política a que a compreensão científica do problema traz sua colaboração.
É um absurdo que estejamos chegando ao fim do século, fim de milênio, ostentando os índices de analfabetismo, os índices dos que e das que, mal alfabetizadas, estão igualmente proibidos de ler e de escrever, o número alarmante de crianças interditadas de ter escolarização e que com isso tudo convivamos quase como se estivéssemos anestesiados.
Nenhum autor com boa saúde pode se sentir mal por ter um livro seu tão insistentemente procurado, tão fraternamente sempre recebido, quando uma nova impressão sua chega às livrarias.
A prova da presença viva de seu livro anima, desafia e aquece a vontade de vida do autor, sua paixão por continuar dizendo coisas e "pronunciando o mundo".
Fonte: Quarta capa

Genres: Nonfiction, Education, College, Politics, Philosophy

Paperback

First published November 12, 1981

About the author

The Brazilian educator Paulo Freire is among most the influential educational thinkers of the late 20th century. Born in Recife, Brazil, on September 19, 1921, Freire died of heart failure in Sao Paulo, Brazil on May 2, 1997. After a brief career as a lawyer, he taught Portuguese in secondary schools from 1941-1947. He subsequently became active in adult education and workers' training, and became the first Director of the Department of Cultural Extension of the University of Recife (1961-1964).

Freire quickly gained international recognition for his experiences in literacy training in Northeastern Brazil. Following the military coup d'etat of 1964, he was jailed by the new government and eventually forced into a political exile that lasted fifteen-years.

In 1969 he was a visiting scholar at Harvard University and then moved to Geneva, Switzerland where he assumed the role of special educational adviser to the World Congress of Churches. He returned to Brazil in 1979.

Freire's most well known work is Pedagogy of the Oppressed (1970). Throughout this and subsequent books, he argues for system of education that emphasizes learning as an act of culture and freedom. He is most well known for concepts such as "Banking" Education, in which passive learners have pre-selected knowledge deposited in their minds; "Conscientization", a process by which the learner advances towards critical consciousness; the "Culture of Silence", in which dominated individuals lose the means by which to critically respond to the culture that is forced on them by a dominant culture. Other important concepts developed by Freire include: "Dialectic", "Empowerment", "Generative Themes/Words", "Humanization", "Liberatory Education", "Mystification", "Praxis", " Problematization", and "Transformation of the World".

http://www.education.miami.edu/ep/con...

Reviews

[Fábio · Rating 4 out of 5]

Tratam-se, aqui, de três ensaios de Paulo Freire, dois dos quais oriundos de falas em conferências e um proveniente de um artigo publicado na Harvard Educational Review. Por esse motivo, a compilação se torna um pouco repetitiva — o que, por se tratar de uma obra curta, não resulta em grande problema.

No prefácio à 1ª edição, Antônio Joaquim Severino sintetiza o fio condutor dos textos coligidos: “[…] a leitura da palavra é sempre precedida da leitura do mundo. E aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.” Por trás disso, o posicionamento firme de que a educação não é neutra — crer o contrário é ingenuidade; advogar o contrário, má-fé.

Assim, de minha parte, com a leitura desses ensaios, passei a enxergar a docência na engenharia muito mais próxima da atividade de alfabetização de adultos. De que adianta sabermos manipular equações se não soubermos o que elas significam? As implicações técnicas, econômicas, ambientais e sociais de seu emprego? Reina na engenharia uma espécie de analfabetismo funcional e que deve ser intensamente combatido.

Alfabetiza-se, portanto, para se ler a “palavramundo”, para agir com e sobre ela. E, se linguagem e realidade estão em constante mutação, alfabetizarmo-nos é um dever sempre por realizar, é um trabalho constante, inacabado e inacabável. É, também, um exercício de humildade aos professores, que devem seguir aprendendo. Afinal, “ninguém sabe tudo; ninguém tudo ignora.”

[Beto · Rating 4 out of 5]

É interessante percorrer estes trilhos freirianos e ir percebendo, cada vez mais, a implicação política e histórica deste pedagogo com a educação, aspirando uma sociedade nova, com novos homens e novas mulheres; uma sociedade mais justa e igualitária, com homens e mulheres crescentemente ativos e conscientes nos seus universos de existência e de sentidos (claro que, tudo isto, com base nas suas linhas e referências políticas).

Está mais que visto que Paulo Freire perspetivava a educação como uma tarefa revolucionária; uma tarefa que não se limita a informar mas a formar pessoas. Sendo explícita e assumidamente de orientação Socialista Marxista-Leninista, Paulo Freire apresenta-nos neste livro a sua concepção de educação e os mais diversos aspetos a ela inerentes, como é usual na sua obra.

Neste caso em particular, debruça-se sobre o ato de ler, realçando que este, a par do ato de escrever, são potenciais instrumentos de (sobre)vivência quotidiana, armas para a ação cultural de libertação das pessoas, num sentido de interiorização, reflexão e exteriorização consciente na ação de um mundo constantemente em (re)criação:

“Desde o começo, na prática democrática e crítica, leitura do mundo e a leitura da palavra estão dinamicamente juntas. O comando da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e de temas significativos à experiência comum dos alfabetizandos e não de palavras e de temas apenas ligados à experiência do educador.” (Freire, 2002)

Neste livro, além dos detalhes ensaístas, Freire traz-nos o exemplo prático de São Tomé e Príncipe, procurando esclarecer o tipo e o modo de alfabetização que preconizava.

Apesar dos defeitos e das virtudes que cada leitor e leitora tem a liberdade de lhe reconhecer, penso que a intenção de Paulo Freire, na sua essência, era humanamente legítima e, por isso, merece ser contemplada e objeto de reflexão, tal como este livro que aqui deixo recomendado.

[Milena Machado · Rating 4 out of 5]

“A aprendizagem da leitura e a alfabetização são atos de educação e educação é um ato fundamental político.“

[Raemly · Rating 4 out of 5]

"Nadie ignora todo, nadie sabe todo"

Un interesante compendio de varios ensayos y una entrevista de Paulo Freire hablando de la importancia de la alfabetización como acto de liberación del ser.

El autor pone en evidencia los sistemas que crean las culturas del silencio; su conexión con la división de clases sociales y de falsos derechos.

Hace un versus entre la domesticación de la educación y la revolución mental, todo esto bajo su premisa principal: la alfabetización de los adultos.

Me agrada la idea de Freire en la que empata la praxis y la teoría y cómo esta repercute en el aprender que día a día tenemos. Además, es interesante conocer el proceso que vivió en una de sus múltiples experiencias como guía de un grupo de hombres y mujeres que recién entraron en proceso de independencia de su país.

Bastante recomendado.

[K · Rating 5 out of 5]

Atualmente, há uma ideia no Brasil, por certa parte da sociedade, de que foi uma educação paulofreireana que “arruinou” o país, que ensinou a sem-vergonhice e a perda dos valores “tradicionais” aos jovens. É verdadeiramente uma pena. Se as educações de Paulo Freire já tivessem alguma vez sido postas em prática em massa nesse país, jamais teríamos descido tão fundo nesse povo em que nos encontramos!
A neutralidade é verdadeiramente impossível na educação. Tudo é político. Não há como escapar disso.

[lana · Rating 4 out of 5]

o manifesto comunista do camarada paulo freire sobre a criação de revolucionários

[Jorge Obed Guevara Tirado · Rating 4 out of 5]

Decidí comprar este libro después de ver muchos memes en la red sobre su autor Paulo Freire. Un día pasaba por un pasillo de ofertas en la librería Carlos Fuentes y lo encontré ahí, a un grandioso precio. ¿Como no comprarlo? Para mi sorpresa me vine a encontrar con una lectura plenamente grata donde se tocaron muchos temas de interés personal como la pedagogía o el proceso de aprender desde la perspectiva del educador y del educado. La composición se integra de diversos artículos que el autor escribió durante su trabajo como intelectual, principalmente en Brasil, Europa y África. En el libro nos vamos a encontrar pequeños ensayos, artículos y hasta una entrevista (Las peores hojas de la recopilación en mi opinión). Me pasa en esta ocasión que quisiera profundizar en en los temas que mencioné anteriormente, sin embargo no quisiera arruinar la experiencia a nadie, el fin de este texto es ser una reseña y no un ensayo. Me limitaré a enlistar los su-btemas que encontré a lo largo de la lectura, a mi ver los principales fueron los siguientes:

Diferencia entre pedagogía autoritaria o pedagogía liberadora.

Estudiar como acción transformadora de nuestro entorno. El autor enfatiza en el acto de estudiar toda la vida con el principal fin de no ser alineado por las élites en el poder.

La lectura de símbolos, respecto a la lectura de la realidad. De poco sirve leer y escribir sino podemos abstraer la mecánica detrás de la realidad.

Finalmente, esta mi articulo y sub-tema favorito. El autor a lo largo del libro recalca la importancia de llevar la teoría a la práctica, la sentencia llega a ser muy repetitiva pero al final el brasileño nos describe como es que es que el lleva a la praxis sus ideas. Describiendo aquella ocasión donde ayudo al gobierno, y a su vez, a la Ministra de educación de San Tome y Príncipe a alfabetizar su recién independizado país. Estas fueron los hojas más fascinantes del libro, uno llega a impresionarse de las carencias del método pedagógico en países más desarrollados. Cabe destacar que el mencionado país es de los que hoy en día tiene más tasa de crecimiento económico y social en África. Me di la tarea de revisar esta información en Wikipedia. Entonces, no cabe duda que no hay secreto para el desarrollo, mucho esta en nuestras formas de educar.

[Tábata Kotowiski · Rating 4 out of 5]

"A leitura do mundo precede a leitura da palavra."

Apaixonada pela visão de educação de Freire. Como ele vê a educação como uma ato político e como ele pensa que é mais do que necessário trazer a realidade dos estudantes a alfabetização é realmente maravilhoso.

Já nas primeiras páginas do livro é muito fácil entender o por quê da extrema direita desse país tentar desacreditá-lo constantemente. Um educador que propõe desenvolver a criticidade dos alunos já na alfabetização? É realmente muito assustador. Ainda mais para um grupo que se beneficia com a ignorância popular.

O livro transcreve 3 palestras/artigos dados pelo educador, por isso não é tão aprofundado em suas ideias mas acho que é uma boa porta de entrada para o universo de Freire.

[Hibiscus e Livros · Rating 5 out of 5]

Mesmo não sendo um livro que falasse do que eu esperava, ou queria, principalmente para o meu trabalho de conclusão de curso, acabei lendo por um outro olhar e me impressionei.

No primeiro artigo, Paulo Freire fala sobre a importância que tem a nossa "leitura" do mundo, em relação a alfabetização de adultos, antes de aprendermos a leitura da palavra. Não apenas da importância, mas como é exatamente isso que ocorre: primeiro "lemos" o mundo, para depois lermos as palavras. O que ele quer dizer com isso, é que se deve dar mais atenção a relação que o alfabetizando tem com o mundo ao ensinar ele a ler e escrever. Ou seja, se deve usar frases, palavras e textos que tenham relação com o mundo do alfabetizando, e não com o mundo do educador, para que o alfabetizando tenha não só uma educação crítica, como também entenda melhor aquilo que lê (em comparação a um texto fora de sua realidade) e entendendo melhor aquilo que lê pode ler melhor o mundo que vive.

No segundo artigo, como uma complementação do anterior, Paulo Freire vai falar da importância das bibliotecas populares. Essas seriam preenchidas de textos, estórias e histórias, escritos por alfabetizandos e lidos por afabetizandos, numa ação de empoderar e dar autonomia a eles para expressarem sua cultura quanto participadores da História (e não meros espectadores).

No terceiro e mais longo artigo, temos não apenas a teoria, mas exemplos concretos de "livros didáticos" (chamados de "Cadernos de Cultura") que foram elaborados a partir de um Programa de alfabetização de adultos, em São Tomé e Príncipe (ilhas africanas), do qual Paulo Freire foi organizador. É simplesmente lindo ler o tanto de material incrível naqueles textos, os quais conversavam com a história de independência do país, com o cotidiano dos alunos, com a economia atual... Nunca se viu um material didático como este. Além disso, era um material que deixava claro e transparente as intenções deste programa educacional, além de explicar o que é "pensar certo" e porque isso é importante.

Um livro fenomenal. Mesmo tendo ficado com alguns questionamentos que eu gostaria de resolver - pequenas dúvidas mesmo, sobre termos usados e não explicados - e talvez, num primeiro olhar, não ter total concordado com uma ou outra frase, é um livro que te trará muitos aprendizados e (o melhor) questionamentos críticos.

[Nathan Gavenski · Rating 5 out of 5]

Que livro fenomenal! Comecei a ler a "importância do ato de ler" por estar procurando saber mais sobre pedagogia e claramente o primeiro livro precisaria ser de Paulo Freire. O livro é de 1992, mas continua sendo tão relevante quando no dia que foi lançado. Recomendo a todos que estejam procurando entrar no mundo de licenciatura e queiram entender sobre o mundo pedagógico por trás.

A obra é composta da abertura de Paulo Freire e de artigos submetidos para conferência. Neles Freire trabalha sobre o ato de alfabetização para adultos, no qual tenta mostrar não só a importância da capacidade de leitura e compreensão. Nele, o autor, também mostra como estas habilidades permitem ao indivíduo o questionamento da sua sociedade e assim se libertar do que é emposto a ele. Muito do que Paulo Freire diz na obra é lógico quando paramos para pensar, mas inda vital na sociedade que vivemos.

[Emília Prado · Rating 4 out of 5]

Não trata do que eu esperava que tratasse, mas foi um ótimo primeiro contato com a obra de Paulo Freire. Não tem uma página que ele não mostre o quanto acredita no seu trabalho. Freire é inteligência e paixão o tempo inteiro.

"Ninguém ignora tudo – ninguém sabe tudo."

[Ana Lelis · Rating 2 out of 5]

I don't think the articles complement each other very well. It seemed I was reading different books. And one of them was really dull while describing the pages of a textbook. Education is very important, but not only for you to be ready for a job like he implies. There were nice passages, but overall I wouldn't recommend it.

[Ulises Sánchez · Rating 3 out of 5]

3/5/5

[Igor Laterça · Rating 5 out of 5]

Aqui, na primeira parte, vemos que ele fala do ato de ler não no sentido próprio, mas ele retrata a importância da educação fazer com que os indivíduos obtenham a capacidade de ler o mundo, de interpretar, de pensar criticamente. Ademais, ele critica severamente a forma de ensino mais mecanizada, alegando ser alienante.
Na segunda parte, vemos o autor discorrendo sobre uma educação libertadora, na qual o educador deve falar e ouvir os alunos ao mesmo tempo, porque só falar seria uma educação opressora; além disso, ele fala sobre a impossibilidade da educação ser neutra, por ensinar o que deve ser feito em determinadas situações, mas jamais manipuladora, pois deve-se mostrar tudo aos alunos a fim de que eles formem suas opiniões; ademais, Paulo Freire diz que é função do educador acreditar na educação, querer educar e valorizar mais todas as classes, principalmente as mais baixas e excluídas.
Na terceira parte, o autor fala sobre o dever da educação de desocultar, que deve ser um exercício, que se deve estudar algo para desafiar e assim melhorar. Além disso, mostra-se o papel fundamental do ensino da história para mudar a sociedade e o incentivo para os alunos terem o desejo de fazer história. A escrita e leitura como extensão da tradição oral, e, por causa disso, deve-se incentivar a oralidade entre os alunos.

[Mario Russo · Rating 2 out of 5]

"Compreender melhor a nossa luta para criar uma sociedade justa, sem exploradores nem explorados, uma sociedade de trabalhadores e trabalhadoras."
A questão aqui é como definir oque é explorador, pois Freire põe de lado lei de mercado (como todo bom socialista) nivelando todos no mesmo nível de importância de mão de obra. O autor desconsidera totalmente o incentivo do empreendedor, do empreender. Como educador, faria bem a Freire conhecer o básico de economia.

[Takoinche El tako :D · Rating 3 out of 5]

Es basicamente Freire hablando una y otra vez sobre cuatro o cinco conceptos. Pero es una muy buena lectura.

[Isi Silva · Rating 4 out of 5]

Bom texto para iniciar a reflexão não somente sobre o ato alfabetizar, mas sobre a educação como um ato político e de alçamento dos sujeitos.

[Aaron Benarroch · Rating 2 out of 5]

Mucho de lo mismo, repetido hasta el aburrimiento. Pero la idea subyacente es interesante.

[Haymone Neto · Rating 3 out of 5]

Este livro reúne duas conferências e um artigo de Paulo Freire, todos da década de 80. É considerado uma introdução ao pensamento do patrono da educação brasileira no que diz respeito à alfabetização. Aqui, ele explica, ainda que de forma sucinta, ideias como a precedência da leitura do mundo em relação à leitura da palavra. Defende que ninguém sabe tudo, nem ignora tudo, e que, portanto, a educação não é um simples processo de transferência, mas um aprendizado mútuo. Sustenta que o ato de educar é sempre político, nunca neutro, e assim deve ser pensado. Critica os ingênuos que afirmam que a educação vai salvar o mundo num passe de mágica, e também os astutos, ou falsos ingênuos, que tiram proveito dessa crença. 

Mas, apesar da pertinência dessas e de outras ideias, acho que é um livro que, em parte, envelheceu mal. É evidente que qualquer tentativa de ler esses textos sem levar em conta as condições do momento da escrita e a própria trajetória do autor é equivocada. Não serei esse tipo de leitor. Mas o relato da experiência de alfabetização em São Tomé e Príncipe me parece inaceitável para os dias de hoje. A transcrição do material didático usado pelos “agitadores culturais” no país africano, repleto de referências aos “camaradas”, à revolução, aos “deveres” dos trabalhadores e ao partido do governo me parece conduzir ao oposto de uma educação emancipadora. De que emancipação Paulo Freire está falando? Esta me parece ser a questão central. De toda forma, são textos úteis, relevantes e de fácil leitura para conhecer um pouco do pensador mais influente do Brasil.

[Willis Oliveira · Rating 4 out of 5]

"A SOCIEDADE NOVA - O que é uma sociedade sem exploradores nem explorados? É a sociedade em que nenhum homem, nenhuma mulher, nenhum grupo de pessoas, nenhuma classe explora a força de trabalho dos outros. É a sociedade em que não há privilégios para os que trabalham com a caneta e só obrigações para os que trabalham com as mãos, nas roças e nas fábricas. Todos são trabalhadores a serviço do bem de todos.Não se cria uma sociedade assim da noite para o dia Mas é preciso que o Povo comece a ter na cabeça, hoje, esta forma de sociedade, como Pedro e Antônio tinham na cabeça, antes de derrubar a árvore, a forma do barco que fizeram."

Verdade que sou muito alheio à pessoa, ensinamentos e propostas de Paulo Freire, embora saiba quem seja, onde atuou (educação) e tenha uma vaga noção do que dizia. Portanto, até este ponto tenho considerado suas discussões e ideias de aspectos bastante humanitários, e isso me agrada. Mas Freire é um homem cuja imagem está dividida (não igualmente, mas está) numa guerra ideológica e por isso sou obrigado a conhecer melhor suas ideias antes de dar qualquer veredito.

[Eduardo Souza · Rating 4 out of 5]

não sei se pelo timing, mas esse livrinho tão pequeno e aparentemente inofensivo me pegou demais. a edição do livro foi muito bem feita, porque esses três textos realmente evidenciam como freire compreendia o ato de ler, em suas múltiplas dimensões: pessoal, política, pedagógica, social, histórica, ontológica…

o último texto é particularmente impactante, sobretudo devido aos trechos copiados do caderno de cultura de são tomé e príncipe. fiquei pensando muito sobre a docilização da experiência de leitura por meio da ideia de “didatizar”, sobretudo no contexto da alfabetização de adultos. como se adultos que estivessem aprendendo a ler fossem ter dificuldade de ler o mundo. isso me remeteu a muitas experiências que tive em sala de aula, com discussão de textos e me deu um tanto mais de segurança de levar textos mais provocativos e densos para a sala de aula do ensino superior. assim, fica fácil demonstrar como é estúpida a ideia de que os jovens não são capazes de sínteses teóricas sofisticadas – coisa que tantos colegas repetem à exaustão.

[Abstra · Rating 4 out of 5]

Hoy, escasos son las y los autores que se presentan en educación con la lucidez ilustrada y el horizonte -de lo posible viable- de una nueva sociedad en constante contrucción colectiva y desde las bases como lo hace Paulo, pero aun menos autores con tan basto ramillete de obras concretizadas y con frutos dignos de inspiración. Freire y sus postulados están más vigentes que nunca en una sociedad moderna que sucumbe ante los procesos educaciones vacuos y cuyos interesen persiguen la adaptación del sujetona un modelo de explotación social diseñado por él y para él.
En este compendio de ensayos y ponencias ante algunos eventos de construicción colectiva y educación liberadora en donde fue invitado, las ideas más relevantes expuestas en sus libros encuentran un cause fluvial dinámico y más didáctico por el cual podemos dibujar en un lienzo más amplio la extensiva importancia de su completa obra y su contribución a la pedagogía revolucionaria.

[Manuela Andrade · Rating 4 out of 5]

“Estudar é um dever revolucionário”

Leitura fluida e de fácil compreensão! freire tem uma escrita bem acessível e estudar lendo esse cara é tudo ❤️

“Na etapa da alfabetização, o que se pretende não é ainda uma compreensão profunda da realidade que se está analisando, mas desenvolver aquela posição curiosa referida acima; estimular a capacidade crítica dos alfabetizandos enquanto sujeitos do conhecimento, desafiados pelo objeto a ser conhecido. É exatamente a experiência sistemática desta relação que é importante. A relação do sujeito que procura conhecer com o objeto a ser conhecido. Relação que inexiste toda vez que, na prática, o alfabetizando é tomado como paciente do processo, puro recipiente da palavra do alfabetizador. Neste caso, então, não diz a sua palavra.”

[Rosângela]

Zero (0) estrelas para a configuração digital do livro. Parece-me que fizeram a conversão de pdf para ebook e a configuração da empaginação se desestruturou completamente e as notas de pé de página foram parar no meio do texto. A leitura tornou-se difícil em um livro tão pequenininho e tão interessante.

Quatro (4) estrelas para o conteúdo. Paulo Freire fala, através de textos escritos para conferências sobre a importância do ato de ler, como usar a leitutra do mundo no processo de alfabetização. O alfabetizando não é uma folha em branco. Usar a sua vivência para formular material de escrita e leitura transferindo a leitura de mondo para a leitura de texto. Muito bom.

[Franco · Rating 5 out of 5]

El autor, además de seguir reflexionando (está vez, a través de una mirada abierta y en respuesta hacia sus críticos) acerca de sus conceptos que elabora a través de su carrera, este libro abre la puerta a reconocer otro valor que toma la lectura, puesto que no se trata ahora de la lectura de la palabra, sino de una lectura que va más allá, está vez, de leer el mundo, o sea, la realidad que se desarrolla frente a nuestros ojos, e incluso, aquella que se revela en nuestra memoria, puesto que también podemos releer el mundo y reconocernos a partir de estás lecturas.

Un libro ameno de leer.

[Abby Morris · Rating 4 out of 5]

im going to document as many school books as are on goodreads because dangit i have to read over 500 pages in text this week and if goodreads has it im counting it.
this was a really interesting and compelling read about our connection to reading and the world. it definitely made me happier to be a reader and emphasized how i can introduce reading into the classroom
(Also if i do these reviews I will remember what the book / article was about when getting cold called)

[Anna Luiza · Rating 4 out of 5]

uma leitura muito potente, paulo freire nos faz refletir sobre a importância da leitura e da educação para o desenvolvimento do cidadão e a construção de uma sociedade mais justa

"a leitura do mundo precede a leitura da palavra"

só na parte final que eu gostaria que houvesse uma quantidade menor de citações dos textos que foram trabalhados com os alunos, porque depois de algumas passagens o texto começa a ficar repetitivo

[Lucas Millan · Rating 4 out of 5]

Apesar de apresentar as mesmas ideias uma e outra e outra vez sem suficiente variação de contexto e carecendo, ao meu gosto, de mais relatos práticos, é impossível não se apaixonar pelas palavras de Paulo Freire. Mais do que artigos e ensaios pedagógicos, são tratados filosóficos que revelam uma visão de mundo combativa e utilíssima aos dias de hoje.

[Matheus Fronza · Rating 4 out of 5]

Minha primeira leitura de Paulo Freire. Achei muito interessante, creio que foi uma boa introdução à suas ideais mais básicas. A primeira parte do livro consiste de transcrições de palestras do autor enquanto a segunda parte é uma "análise" do seu trabalho desenvolvido em São Tomé e Principe.

[Ley Mendez · Rating 4 out of 5]

Ensayos sobre la lectura, alfabetización de adultos, actitud crítica, lectura, analfabeta político, lo dialógico, educador, leer como necesidad, sociedad, transformación, educación, biblioteca popular, saber, experiencia, liberación.

La lectura de la realidad antes de la lectura de la palabra.