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O Cavaleiro de Westeros & Outras Histórias

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Cerca de um século antes dos eventos narrados em A Guerra dos Tronos, um jovem escudeiro parte em busca de fama e glória num dos mais famosos torneios de Westeros. Mas o destino prega-lhe uma partida e coloca-o no caminho de um rapaz misterioso que irá mudar a sua vida para sempre. A não perder para os fãs da melhor série de fantasia da atualidade.

O Cavaleiro de Westeros abre esta colectânea com os melhores contos de George R. R. Martin. Nela encontrarão também uma cidade dominada por uma elite de lobisomens, onde ocorrem horrendos acontecimentos; um magnata excêntrico com gosto por espécies exóticas que vai ser confrontado com o que não esperava; um padre em crise de fé num mundo distante; uma mulher que vasculha universos em busca do amor perdido; ou um homem que se vê confrontado com a derradeira escolha, num mundo em que o fim da vida não equivale necessariamente à morte. Dez histórias nascidas da imaginação do criador de As Crónicas de Gelo e Fogo.

463 pages, Paperback

First published April 27, 2012

23 people are currently reading
271 people want to read

About the author

George R.R. Martin

1,506 books119k followers
George Raymond Richard "R.R." Martin was born September 20, 1948, in Bayonne, New Jersey. His father was Raymond Collins Martin, a longshoreman, and his mother was Margaret Brady Martin. He has two sisters, Darleen Martin Lapinski and Janet Martin Patten.

Martin attended Mary Jane Donohoe School and Marist High School. He began writing very young, selling monster stories to other neighborhood children for pennies, dramatic readings included. Later he became a comic book fan and collector in high school, and began to write fiction for comic fanzines (amateur fan magazines). Martin's first professional sale was made in 1970 at age 21: The Hero, sold to Galaxy, published in February, 1971 issue. Other sales followed.

In 1970 Martin received a B.S. in Journalism from Northwestern University, Evanston, Illinois, graduating summa cum laude. He went on to complete a M.S. in Journalism in 1971, also from Northwestern.

As a conscientious objector, Martin did alternative service 1972-1974 with VISTA, attached to Cook County Legal Assistance Foundation. He also directed chess tournaments for the Continental Chess Association from 1973-1976, and was a Journalism instructor at Clarke College, Dubuque, Iowa, from 1976-1978. He wrote part-time throughout the 1970s while working as a VISTA Volunteer, chess director, and teacher.

In 1975 he married Gale Burnick. They divorced in 1979, with no children. Martin became a full-time writer in 1979. He was writer-in-residence at Clarke College from 1978-79.

Moving on to Hollywood, Martin signed on as a story editor for Twilight Zone at CBS Television in 1986. In 1987 Martin became an Executive Story Consultant for Beauty and the Beast at CBS. In 1988 he became a Producer for Beauty and the Beast, then in 1989 moved up to Co-Supervising Producer. He was Executive Producer for Doorways, a pilot which he wrote for Columbia Pictures Television, which was filmed during 1992-93.

Martin's present home is Santa Fe, New Mexico. He is a member of Science Fiction & Fantasy Writers of America (he was South-Central Regional Director 1977-1979, and Vice President 1996-1998), and of Writers' Guild of America, West.

http://us.macmillan.com/author/george...

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Profile Image for Patrícia.
557 reviews87 followers
May 28, 2012
As Solitárias Canções de Laren Dorr
Para começar, este foi o conto perfeito. Não são muitas as vezes que o lado mais sensível de trovador de Martin vem à tona mas quando vem, é de uma beleza e um encanto tão imensos que parece transbordar das páginas. Esta história tem esse feito, através de duas personagens que se encontram num momento entre mundos, o amor e a esperança são celebrados de uma forma magistral. Adorei e tenho imensa pena que o escritor não tenha aprofundado esta história.


O Cavaleiro de Westeros
Conto que deu origem ao título do livro, este é tudo aquilo que podíamos esperar de uma aventura em Westeros. Em pleno torneio, com algumas das figuras lendárias do clã Targaryen, entre outros, cem anos antes dos acontecimentos de As Crónicas de Gelo e Fogo, vivemos uma lenda, uma parte da história dos Sete Reinos, daquilo que eles eram com os dragões no trono. Serviu para matar as saudades mas não para satisfazer a imensa curiosidade.


Uma Canção para Lya
Para mim, este conto teve um início estranho mas deve-se ao facto de eu não ser uma habitual neste género de leitura. Penso que perdeu pela falta de explicação, mesmo sendo um conto, era tudo demasiado novo e bizarro a meu ver mas à medida que fui avançando a história acabou por se entranhar, muito devido ao tema e à forma como Martin o aborda. Acabei por sentir um certo fascínio e quando o interesse começou a tomar forma, chegámos ao fim. Definitivamente, gostava de ter outro contacto.

A Cidade de Pedra
Para mim, o mais confuso dos contos e o que me disse menos. Não estando à vontade com a ficção científica, e sendo este uma curta narrativa, não tive tempo para apreender esta história. A história em si era interessante mas faltou-me compreendê-la enquanto a lia e

Flormordentes
Um dos meus preferidos. Senti uma necessidade imensa de saber mais e mais desta história, adorava conhecer mais detalhes deste mundo, tal foi a forma que ele me tocou. Uma mensagem poderosa acerca da mente humana, de como pudemos manipular e mentir e acreditarmos que essa seja a verdade, de como, no fim, queremos tudo menos a verdade. Simples, sem grandes rodeios, é um conto maravilhoso.


O Caminho de Cruz e Dragão
Este conto leva-nos a um futuro onde a Inquisição está de volta mas anda de nave espacial. Sendo a religião um tema que nunca esgota, neste discute-se o que é heresia e o que é verdade. Um conto interessante onde o tema é abordado de forma diferente e original, e onde temáticas e géneros se misturam para criar algo insólito e brilhante.


Reis-de-Areia
Eu sou daqueles pessoas que nunca ligam muito aos insectos mas que não percebe o fascínio que certas pessoas têm por eles e depois disto, possivelmente, nunca mais vou olhar para uma formiga da mesma maneira. Um conto espantoso e horripilante, onde se mostra que quando há talento e génio por trás até a coisa mais nojenta ganha qualidade e, até pode fazer uma mente pensar. Longe de gostar do género, tenho de aplaudir de pé estes rei-de-areia mas dispenso tê-los por perto.


O Homem em Forma de Pera
Assustador, horrendo, péssimo para se ler às 4 da manhã e não vou puder ver Cheetos por uns tempos. Se valeu a pena? Podem crer que sim! O típico conto de terror, simples, sem grandes engenhos e que prima exactamente por isso. Por vezes, não é preciso sangue para algo ser assustador, basta mexer com o psicológico para algo nos afectar e é exactamente isso que este conto faz.


Sob Cerco
O que dizer deste conto? Adorei-o, sem espaço para dúvidas. A própria ideia do conto já é genial mas a forma como Martin lhe dá vida ultrapassa quaisquer expectativas. Sendo-me um tema muito querido, foi lido com muito entusiasmo e cada detalhe fez a minha mente proliferar com ideias, engenhos e dúvidas. Brilhante.


Negócios de Peles
O conto maior, é talvez o que levará os leitores ao êxtase e a forma perfeita de terminar este livro. Se os vampiros de Martin são geniais, os seus lobisomens não ficam nada atrás e só tenho pena que ele não tenha podido dedicar-se mais a este tema.
Magia, crime e licantropos à mistura, cá este um conto que enche as medidas a quem acha que os lobisomens de hoje em dia mais parecem uns “gatinhos”. Para ser lido de seguida com a respiração suspensa e que já não se fazem coisas como antigamente.

http://girlinchaiselongue.blogspot.pt...

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Profile Image for Molly.
448 reviews
August 18, 2021
Como fã das Crónicas de Gelo e Fogo fiquei muito curiosa sobre este livro, especialmente por causa do conto "O Cavaleiro de Westeros".
Li-o com grande curiosidade e gostei, mas não posso dizer que tenha ficado a gostar muito do livro.

De todos os contos presentes na coletânea gostei de quatro: "As Solitárias Canções de Laren-Dorr", "O Cavaleiro de Westeros", "A Cidade de Pedra" e "Negócios de Peles".
"Uma Canção para Lya", "Flormordentes", "O Caminho de Cruz e Dragão", "Reis-de-areia", "O Homem em Forma de Pêra" e "Sob Cerco" não foram tão do meu agrado.
Sei que estão muito bem escritos, tudo muito bem desenvolvido, com emoção e tudo, mas não gostei lá muito. O de Lya, porque talvez não me ambientei bem na história e a única parte que gostei mesmo foi o final; gostei dos das flores, gostei, mas não foi dos que mais gostei (gostei da Morgan e do mistério que a envolve); o do Caminho porque não achei muita graça ao tema; o dos reis-de-areia porque estava à espera de algo mais assustador (destes que mencionei não gostar tanto foi o que gostei mais); o do homem porque foi demasiado bem escrito e cheio de pormenores e a história é um bocado "sórdida"; o do cerco, também achei interessante, como o dos reis-de-areia, mas não tanto.

Gostei muito do de Laren-Dorr, que se assemelha à Fantasia e tem um teor interessante e imaginativo, romântico. O de Westeros foi o que mais gostei, como é óbvio sendo eu fã das Crónicas. A Cidade de Pedra foi muito misteriosa e tem um final muito idílico, gostei muito da forma como Martin escreve os últimos parágrafos e a cena quase final, dento da Cidade de Pedra. O das peles foi muito bom, quase tão bom como o de Westeros! Não sei se até não foi melhor por causa de todo o enredo e de ser uma história "separada" que não faz parte de outra. Fez-me lembrar aqueles filmes bons do género de L.A Confidential, mas com lobisomens à mistura.

Recomendo o a todos os fãs de George Martin e a quem quiser ler histórias fantásticas e imaginativas!

No blog:
http://oimaginariodoslivros.blogspot....
Profile Image for Tony Almeida.
165 reviews6 followers
January 18, 2014
A apresentação do livro pode iludir o leitor menos atento: apesar de ter o título "O Cavaleiro de Westeros & Outras Histórias", sendo ainda acrescentado bem visível na capa a inscrição "Inclui aventura no mundo de A Guerra dos Tronos", qualquer ligação com o mundo de alta fantasia de George R. R. Martin fica por aqui. O marketing e a fama alcançada por esta série televisiva ditaram que este livro, que na sua edição original tem o título "GRRM: A RRestrospective", fosse apresentado como um produto com fortes ligações ao continente localizado no ocidente do mundo conhecido.

Este livro é na realidade uma colectânea de contos de George R. R. Martin que nos mostra que este autor é muito mais do que apenas "A Guerra dos Tronos". Para além da alta fantasia, GRRM escreveu também ficção científica, horror/terror, e mesmo alguns "híbridos", nas palavras do próprio autor. Não se deixou prender aos estereótipos de um género, explorando o cruzamento de elementos que até "tropeçar numa combinação que explode!»

As várias facetas de GRRM são apresentadas ao longo de um conjunto de 10 contos, cada um antecedido por uma introdução onde o autor nos apresenta o enquadramento e o espírito que está por detrás de cada história.

De entre o elenco de histórias, "O Cavaleiro de Westeros", "Uma Canção para Lya", O Caminho de Cruz e Dragão" (não, não é alta fantasia), "Reis-de-Areia" e "Negócio de Peles" foram as minhas favoritas.

Um bom livro, em particular se se gosta de contos ou "novelettes", e onde podemos ver que GRRM é, de facto, um bom contador de histórias. Uma porta de entrada para o universo de GRRM que pode ser bastante interessante.

Seguem-se agora as Crónicas do Gelo e do Fogo.

Profile Image for Ana.
195 reviews32 followers
November 6, 2014
O Cavaleiro de Westeros & Outras Histórias é um livro de contos escrito por George R. R. Martin.

As Solitárias Canções de Laren Dorr
Este é o primeiro conto do Martin que leio e, para primeiro, gostei bastante.
É uma história de fantasia em que Sharra, uma mulher que possui a capacidade de viajar entre mundos, aterra num lugar novo. Mas este lugar está deserto, o único ser vivo que encontra é um homem, Laren Dorr, que habita aquele mundo a milhares de anos, e cujas memórias já foram alteradas. Laren Dorr, já não se lembra do seu passado, apenas sabe que foi castigado pelos Sete Guardiões. Para Laren algo que lhe dá prazer é cantar e ao fazê-lo, quem o ouve consegue visualizar a cantiga. É um dos seus poderes.
Apesar de ser um conto pequeno gostei muito dele. Laren Dorr é uma personagem interessante e misteriosa, existem muitas coisas que não sabemos sobre dele.
Um outro aspecto que gostei foi a introdução que Martin fez antes do conto, onde ele nos explica o seu percurso enquanto escritor de fantasia/ficção cientifica, o que permite contextualizar este conto. Fiquei com pena é que o autor não tenha seguido com a sua ideia inicial, que era continuar a escrever mais sobre Laren Dorr.
Classificação individual: 8/10*


O Cavaleiro de Westeros
O segundo conto do livro é passado em Westeros, e tal como a saga principal, deste autor, está fantástico. Esta história conta-nos o episódio da vida de Dunk, o escudeiro de Sor Arlan, em que este encontra um rapaz, Egg, que quer ser seu escudeiro. Ao inicio Dunk não quer nada com o rapaz, mas aos poucos e poucos vai criando uma ligação com o mesmo, e que mais tarde o vai meter em sarilhos. Durante o torneio em Vaufreixo são-nos apresentados diversos membros da família Targaryen, herdeiros ao trono, príncipes e seus filhos, que de algum modo irão influenciar o rumo da história das Crónicas de Gelo e Fogo.
Gostei bastante de algumas personagens, como o Dunk, o Egg, o Raymun Fossoway e o príncipe herdeiro Baelor Targaryen. Confesso que durante a leitura deste conto tive que consultar a arvore genealógica da família Targaryen, o que me deu muito gosto, pois pude conhecer mais alguns membros da mesma. Na saga principal Daenerys é a personagem desta família que vamos conhecendo uma vez que ela é a ultima da sua linha.
É um excelente conto de fantasia, e que também gostava de ver a sua continuação. O facto de acabarem tão rapidamente é uma das razões que fazem com que não seja uma grande adepta de contos. No entanto até agora estou a gostar bastante dos contos do Martin.
Classificação individual: 8,5/10*


Uma Canção para Lya
Uma Canção para Lya é um conto um pouco estranho, mas que gostei. Foi difícil ao inicio entrar no mundo que o Martin cria neste conto, mas à medida que vamos avançando, vamos compreendendo a sua intensidade.
O tema principal do conto é uma religião “alien”, que é baseada no amor e no verdadeiro conhecimento das pessoas e entre as pessoas. Contudo o povo dessa cidade (nome da cidade) tem uma taxa de 100% de suicídio. No entanto, todos partem alegremente ao encontro do seu Deus.
Existem duas personagens principais neste conto, Lya e Robb. Gostei muito deste ultimo. São ambos Talentos, vampiros com poderes, Lya consegue ler pensamentos, e Robb lê sentimentos e emoções. Eles completam-se muito um ao outro, mas Lya é uma pessoa muito mais intensa, e devido ao seu poder submete-se a esta religião, deixando Robb baralhado e confuso.
Apesar de ser um conto estranho, pois nunca li nada deste género, gostei muito e deixou-me a pensar no final do mesmo. Será que nos conhecemos realmente, toda a nossa profundidade? Será que conseguimos realmente amar os outros à nossa volta?
Classificação individual: 7,5/10*


A Cidade de Pedra
A Cidade de Pedra é um pequeno conto de ficção cientifica, e conta a história de Holt, um viajante galáctico e apaixonado por estrelas. Contudo há um ano ficou “encalhado” no mundo-encruzilhada, e não consegue sair de lá. A única maneira de sair é através de um contrato feito pelo povo nativo desse mundo.
Confesso que não gostei muito do conto. Está muito bem escrito, mas não me cativou. Não criei empatia com nenhum dos personagens. A parte mais interessante é a história do companheiro de Holt, o velho Cain.
Classificação individual: 4,5/10*


Flormordentes
Flormordente é um conto pequeno que nos conta a vida de Shawn, uma rapariga que vive num mundo onde a estações do ano são prolongadas, e o Inverno é muito rigoroso. Grande parte do conto relata-nos o episódio da vida dela em que encontra Morgan. Esta é uma mulher com grande poderes, mas que não gosta de estar sozinha, e como tal faz de Shawn sua filha, amante e irmã. Mas como contam as histórias, A Casa Morgan é baseada na mentira, e como tal grande parte do que Shawn vive faz parte dessas mentiras. No entanto parte dela sente-se feliz, até descobrir a verdade.
Este conto também não me cativou muito. Está muito bem escrito, a história é original, mas nada de especial. Um facto que achei bastante engraçado, é que muitos dos mundos que Shawn supostamente vê através da grande janela, são os mesmos mundos que nos são falados no conto A Cidade de Pedra.
Classificação individual: 5/10*


O Caminho de Cruz e Dragão
O Caminho de Cruz e Dragão é um conto predominantemente religioso, mistura um pouco de naves e planetas distantes, mas o seu tema principal é Judas. Nesta história vemos o poder da religião e das suas verdades absolutas, em que tudo o que não segue essa doutrina é considerado heresia. O personagem principal, o Padre Damien, é o Inquisidor da Ordem Militante dos Cavaleiros de Jesus Cristo, e que anda de planeta em planeta a combater as heresias. Numa dessas viagens depara-se com uma doutrina que proclama Judas um Santo, defendendo que ele não traiu Jesus, entregando-o aos romanos, fez grande feitos, mas ao mesmo tempo pecou e como tal foi castigado. No entanto, Damien descobre que esta doutrina é proclamada pelos Mentirosos. Um grupo de pessoas que espalham várias mentiras, pois a verdade não faz as pessoas felizes, não lhes dá algo de bom em que acreditar.
Gostei bastante deste conto. Não estava a espera de que um conto religioso escrito por Martin, fosse tão bom, o que só mostra que é um bom escritor independentemente do género que escreva. A história que criou a cerca de Judas é bastante interessante. Mas o que mais me marcou, foi o do poder da fé. Por vezes, o facto de uma religião nos mostrar algo como verdadeiro, não quer dizer que o seja na realidade. Pode ser uma pequena ou grande mentira de forma a que possamos acreditar e ser felizes acreditando nessa informação transmitida. A nossa fé é que nos faz querer ou não acreditar no que nos é dito pelas diversas religiões.
Classificação individual: 7,5*


Reis-de-Areia
Reis-de-Areia é um conto que mistura dois géneros literários, ficção-cientifica e horror.
É um conto engraçado, mas está longe de ser dos meus favoritos. Um ponto muito positivo é que o autor consegue criar muito suspense, à medida que vamos lendo, é difícil parar. Mas o tema do conto não foi bem do meu agrado, estava à espera que ele explorasse outro tipo de monstros, tendo em conta que na introdução ele refere que esta é uma história de monstros, o que não deixa de ser verdade. Os Reis-de-areia são seres extremamente inteligentes e que criam uma ligação de adoração com o seu dono. Gostei do facto de os mais fracos virarem os melhores. Este é o conto pelo qual o Martin ficou conhecido, ganhou a dobradinha (Nebula e Hugo), dizem que é o seu melhor conto, mas a mim não me convenceu muito. É sem dúvida um bom conto, e percebo o porquê de muita gente adora-lo, está muito bem escrito, mas “espécie” de insectos dificilmente fariam o meu gosto.
Classificação: 5,5*


O Homem em Forma de Pêra
O Homem em Forma de Pêra é um conto bizarro, do qual não gostei. Conta um episódio da vida de uma rapariga que se muda do campo para a cidade, e que tem um vizinho um pouco estranho. Este homem tem a forma de uma pêra, é bastante húmido, tem hábitos alimentares fora do normal, não socializa com ninguém, mas o mais incomodativo para Jessie é que ninguém sabe o nome do homem e que este anda a persegui-la.
Neste conto, não houve nada que gostasse, nem o mundo, nem as personagens, nem o fim. Pode ser meu, não gostar deste tipo de contos, mas achei que se não tivesse no livro, só melhoraria o mesmo.
Apesar de estar bem escrito, e de ter poucas páginas, senti a história comprida e não me conseguiu cativar ao longo dela. Não tendo havido nenhuma inovação no mundo da história, não o posso considerar um bom conto. Foi, na minha opinião, sem dúvida o pior conto.
Classificação individual: 3*


Sob Cerco
Sob Cerco é o conto no qual mais me custou a entrar, e mesmo depois de finalizado fiquei meia duvidosa em relação a ele. É um conto que nos narra uma guerra, num tempo passado, entre a Russia, Finlândia e Suécia, pelo ponto de vista do Coronel Anttonem. Mas ao mesmo tempo, estamos num futuro onde temos vampiros que implementam ideias e sentimentos em pessoas do passado, de forma a que haja uma mudança de acontecimentos no passado, alterando o futuro.
Ao inicio era muito confuso, pois não estava a ver o seguimento da história, mas para o meio/fim comecei a compreende-lo. À medida que lia, ia-me lembrando do filme Inception, pois o principio de implementar uma ideia em alguém é comum nas duas histórias.
Não foi dos melhores contos do Martin, nem acho que seja o melhor escrito por ele, mas não deixa de ser algo agradável de ler passando a fase inicial.
Classificação individual: 5*


Negócio de Peles
Negócio de Peles é um conto passado no nosso mundo, mas onde existem seres sobrenaturais. O maior destaque destas criaturas, nesta história, vai para os lincantropos - lobisomens. Para além das criaturas sobrenaturais temos um mistério à volta de uma série de mortes bastante fora do normal e um pouco horripilantes.
Os personagens principais são Randi - uma detective, cujo o pai morreu misteriosamente, e Willie - um licantropo, cobrador de seguros. Ambos são bastante amigos há muito tempo, mas nenhum sabe os segredos que o outro esconde profundamente.
Existe muito suspense ao longo deste conto. Martin consegui criar uma atmosfera muito intensa e interessante.
Gostei bastante do conto, os personagens são interessantes, temos imensas surpresas e todos os narrados são extraordinários. É sem dúvida um dos melhores contos deste livro.
Classificação individual: 8*


Apreciações finais
Até à data apenas tinha lido histórias longas de Martin, As Crónicas de Fogo e Gelo (que ainda não terminei) e o Sonho Febril, dos quais gostei imenso. Este ano decidi variar um pouco e experimentar os contos que Martin foi escrevendo ao longo da sua vida, e alguns dos quais lhe deram grande prestigio, ganhando vários prémios e tornando-o famoso no mundo literário.
De uma maneira geral gostei muito do livro, obviamente que existiram contos dos quais gostei mais, mas uma coisa comum em todos eles, independentemente se gostei ou não, é que estão todos muito bem escritos. O senhor escreve muito bem e tem uma excelente imaginação. Para além do aspecto positivo, também gostei bastante do facto de todos os contos terem uma introdução, pequena ou grande, mas todas conseguiram integrar-nos no momento em que o autor escreveu os contos.
Fazendo um top, os que mais gostei foram: O Cavaleiro de Westeros, As Solitárias Canções de Laren Dorr, Negócio de Peles, Uma Canção para Lya e O Caminho de Cruz e Dragão. Reis-de-Areia é um conto que se encontra no meio, e os que menos gostei são: Sob Cerco, Flormordentes, A Cidade de Pedra e O Homem em Forma de Pêra, sendo este último o único que não consegui mesmo gostar.
Fiquei curiosa em ler mais contos do Martin, mas não será tão cedo.
Recomendo a sua leitura, pois são outro lado do Martin que alguns dos seus leitores não conhecem, mas que acho que vão apreciar.
Classificação total do livro é de 6,5* em 10.
Profile Image for Paula Savioli.
185 reviews44 followers
April 7, 2013
Eu me surpreendi por esse livro. Comprei só por causa do conto O Cavaleiro de Westeros, mas também tem outros muito bons. Destaque para Uma Canção para Lya (que é tão bom que já vale um livro inteiro), Laren Dorr, e Negócio de Peles. São todas histórias que me deixaram com gostinho de quero mais. E o conto de Dunk e Egg também, eu por algum motivo não achei que fosse gostar tanto, mas adorei.
O único que não aturei mesmo foi Cidade de Pedra.
Profile Image for Frozenwaffle.
281 reviews70 followers
September 5, 2014
Reis-de-areia, Flormordente e Sob Cerco foram as que mais gostei!
Profile Image for Célia | Estante de Livros.
1,188 reviews275 followers
February 27, 2015
A primeira coletânea de contos de George R.R. Martin que li foi O Dragão do Inverno & Outras Histórias , curiosamente a segunda a ser publicada por cá. Na altura gostei de alguns contos, de outros nem tanto assim, por isso apesar de ter gostado, de um modo geral, fiquei na expectativa para saber qual a opinião final em relação a O Cavaleiro de Westeros & Outras Histórias. Segue-se a opinião individual sobre cada conto:

As Solitárias Canções de Laren Dorr - (4/5)
A introdução a este conto, a primeira história de fantasia que GRRM viu publicada, em 1976, é uma recapitulação da história do autor com este género e da explicação dos motivos pelos quais, no início da carreira, escrevia maioritariamente ficção científica. Bastante interessante. Quanto ao conto propriamente dito, é o mais curto do livro, a par de Flormordentes, e fala sobre a ocasião em que Sharra, uma mulher que viaja entre mundos através de portais, vai parar ao mundo onde reside o solitário Laren Dorr. Mais tarde, durante as conversas entre os dois, ficamos a saber que Sharra vagueia de mundo em mundo à procura do seu amor perdido e que Laren Dorr está há milhares de anos “preso” no mundo onde se encontra, um castigo por ter desafiado os Sete, uma espécie de deuses com o poder de definirem o destino destes “humanos”.

É uma bela história, extremamente evocativa e bem escrita, que consegue construir um mundo credível num espaço de palavras relativamente curto. A melancolia está sempre presente, tanto a nível de desenvolvimento do enredo como a nível de escrita, e a sensação de destino traçado é algo que acompanha sempre o desenrolar da história. Sem dúvida, um bom conto, que inicia esta coletânea da melhor forma. Para o caso de terem interesse, o conto pode ser lido online, em inglês, aqui.


O Cavaleiro de Westeros - (4/5)
A história com mais destaque no título desta coletânea, naturalmente, é a que decorre no mesmo mundo de “As Crónicas de Gelo e Fogo”, mais precisamente 90 anos antes do início desta conhecida série de livros. Já conhecia o conteúdo desta história, porque li a BD, mas ainda assim a curiosidade era bastante.

Dunk é um cavaleiro andante de origens humildes, que se vê privado da companhia do seu velho protetor, pois este morre inesperadamente quando ambos se encontravam a caminho de um torneio. Dunk não desiste de participar, e numa estalagem onde para conhece Egg, um rapaz que se torna seu escudeiro. Dunk luta para conseguir entrar no torneio, quando se vê envolvido num conflito que envolve os Targaryen, na altura a família mais poderosa de Westeros.

É a segunda maior história deste livro (75 páginas) e por isso é fácil perceber que o nível de desenvolvimento é considerável. Para quem já conhece "As Crónicas de Gelo e Fogo", é um regresso ao mundo e ao estilo a que George R.R. Martin já nos habituou: personagens bem desenvolvidas, cativantes, e uma história bem contada. Dei por mim a consultar árvores genealógicas para perceber a relação dos Targaryen nesta história com os outros que já conhecemos, e isso só pode ser bom sinal, porque me embrenhei verdadeiramente na história.

A única coisa que me aborreceu ligeiramente foi a descrição das várias lutas no torneio, mas isso foi porque este tipo de combates não me entusiasma. O enredo também não terá tido tanto impacto em mim por já lhe conhecer uma revelação-chave, mas é ainda assim uma excelente história lateral ao mundo que George R.R. Martin tornou famoso e que quase de certeza agradará aos seus fãs.


Uma Canção para Lya - (4/5)
À semelhança do que fez para As Solitárias Canções de Loren Darr, George R.R. Martin conta, na introdução desta novela, um pouco da sua história com a ficção científica. Uma Canção para Lya foi escrito em 1973, publicada na revista Analog em 1974 e ganhou o prémio Hugo para Melhor Novela em 1975.

Esta é a história de dois telepatas, Lyanna e Robb (nomes familiares para fãs das Crónicas de Gelo e Fogo), que viajam para um planeta onde existe a civilização mais antiga conhecida no universo. Os shkinos são gente aparentemente simples, que vive numa espécie de Idade do Bronze, que os humanos ainda tentam conseguir compreender. Robb, que nos conta esta história na primeira pessoa, dá-nos conta da tarefa destinada a si e Lya, que é tentar perceber por que motivo alguns humanos se juntaram à “religião” de Shkea. Esta religião implicava, em última análise, uma espécie de suicídio, chamado a “União Final”, em que os crentes se dirigiam a uma gruta e esperavam ser devorados por uma massa informe, o greeshka, que se tornava para eles uma forma de alcançar a felicidade eterna.

Gostei da caracterização do planeta inventado e das suas gentes. Apesar de a religião não ser, de todo, o tema que mais interesse me desperta, achei que aqui funciona bem como forma de questionar os anseios do ser humano de acreditar em algo maior e nas ações que toma para alcançar a felicidade, ainda que de forma questionável para muitos. É um conto que consegue juntar uma boa caracterização do espaço e das personagens, dentro do género da ficção científica, a temas que estimulam a reflexão e, por isso, é uma leitura que vale a pena.


A Cidade de Pedra - (3/5)
Michael Holt encontra-se num mundo-encruzilhada, Greyrest, um local distante, onde vivem estranhos seres, e que serve de passagem aos viajantes que param para retemperar forças. Michael aguarda a chegada de uma nave humana para poder sair de Greyrest, enquanto passa os dias a lutar pela sua sobrevivência; estes relatos diários vão sendo intercalados com referências à sua vida passada, ao amor pelas estrelas, às suas inúmeras viagens e às pessoas que foi encontrando pelo caminho. A Cidade de Pedra, que dá título a esta história, é um local antigo, complexo, enorme e misterioso.

Como Martin refere na introdução desta história, esta pretendia sugerir que “quando nos afastávamos o suficiente de casa, a racionalidade, a casualidade e as leis físicas do próprio universo começam a desmoronar-se”, por isso aqui o tema da saudade de casa, por contraposição ao apelo inevitável do viajar e conhecer, é central. Em todas as histórias que leio deste autor, sejam elas mais ou menos longas, a caracterização do espaço e a contextualização são bastante detalhadas e verosímeis, e A Cidade de Pedra não é exceção. É uma história um pouco introspetiva, por vezes algo estranha, e o facto de achar que o espaço dedicado ao desenvolvimento da personagem principal poderia ter sido maior não ajudou a que esta tivesse sido uma das minhas histórias preferidas do autor nesta coletânea. Ainda assim, vale a pena pela escrita e pela capacidade que o autor tem em nos fazer acreditar nos seus mundos inventados.


Flormordentes - (2/5)
No segundo conto mais curto da coletânea encontramos Shawn, uma mulher que vive num mundo inóspito, assolado por um inverno prolongado, que foge dos vampiros ao abrigo da noite. Durante o caminho, encontra as flormordentes, um tipo de flor que vinga mesmo no frio mais mordaz, e perto delas uma espécie de nave onde vive a feiticeira Morgan, que acolhe Shawn, primeiro contra vontade desta e mais tarde com o seu consentimento. Durante o período que permanece com Morgan, Shawn viaja e conhece outros mundo (alguns dos referidos já encontrámos em outros contos desta coletânea), mas ao mesmo tempo algo parece não bater certo e Shawn não demora a descobrir o poder das ilusões.

À semelhança de outros contos do autor, também este é muito bem escrito, mas para mim teve um grande problema: achei demasiado confuso. Sei que o período em que Shawn permanece com Morgan é algo esotérico, perdendo o tempo muito do seu significado, e que o estilo narrativo o acompanha, mas ainda assim tive dificuldades em concentrar-me na linha narrativa e perceber qual o objetivo desta história. Não é que seja mau, mas este conto não foi, de todo, aquele que mais gostei de ler.


O Caminho da Cruz e Dragão - (3/5)
Este é o conto mais pequeno do livro, e a história é narrada por Damien Har Veris, um Cavaleiro Inquisidor ao serviço da Igreja Católica, que tenta combater a heresia que grassa nos vários planetas do mundo fictício onde esta história decorre. O mote desta história é o aparecimento de uma nova heresia, que surgiu através do livro O Caminho da Cruz e Dragão, em que o protagonismo é dado a Judas Iscariote, numa nova versão da Bíblia. Damien dirige-se ao planeta Arion, onde esta nova “religião” desponta, a fim de a conhecer e combater.

Martin refere na introdução que esta é a sua história mais católica, e percebe-se porquê: o conto tem como tema forte a religião e a fé. O questionar das verdades absolutas e da religião de um modo geral são assuntos que assumem o seu protagonismo na história, sem esquecer a questão de que a ignorância corresponde, muitas das vezes, a felicidade. Foi um conto que, apesar de curto, tem bastante material para reflexão, o que aliada à escrita competente o torna numa história muito interessante.


Reis-de-Areia - (5/5)
Simon Kress é um homem com gosto por animais de estimação exóticos; nos mundos criados por Martin, isso equivale a seres vivos alienígenas e diferentes de tudo o que conhecemos. No início da história, um dos animais de Simon morre e ele decide visitar uma loja em busca do próximo animal, que satisfizesse a sua sede pela originalidade. É então que entra na loja Wo & Shade, onde lhe mostram os reis-de-areia, uma espécie de insetos com inteligência coletiva, que lutam com outras variedades da sua espécie e que parecem a Simon uma boa aquisição.

Desde o início desta história que o leitor pressente que algo vai correr mal, apenas não sabe quando. Essa ideia é reforçada por vários indícios, entre os quais a forma como Simon trata os animais e os rostos distorcidos que estes desenham do seu “Deus”. Simon é uma personagem por vezes desprezível, pelo seu egoísmo e insensibilidade, mas ao mesmo tempo damos por nós a ter alguma pena dele e a desejar que ele consiga safar-se.

Martin é exímio na construção do suspense, deixando o leitor sempre na expectativa e com vontade de saber o que vai acontecer, com elementos de terror que poderão impressionar os mais sensíveis. O desfecho desta história está ao nível de todo o seu desenvolvimento e, no final de contas, acabou mesmo por ser a minha preferida da coletânea.


O Homem em Forma de Pera - (4/5)
Jessie é uma jovem que vive com uma amiga quando ambas se mudam para um novo apartamento. No rés-do-chão do prédio vive um homem cujo corpo, tal como a cabeça, tem forma de pera: um homem de quem pouco se sabe, descrito como tendo um cheiro característico e um aspeto repugnante. Este homem interessa-se de imediato por Jessie que, apesar de não poder exatamente acusá-lo de fazer alguma coisa contra ela, sente-se bastante desconfortável com esta atenção indesejada e com a forma como o homem insistentemente começa a estar presente no seu dia-a-dia.

Toda o conto progride de modo a deixar o leitor desconfortável e isso é conseguido com grande mestria. Sabemos, tal como Jessie, que aquele homem tem qualquer coisa de errada, e ansiamos por descobrir o quê. É uma história arrepiante, perturbadora e inquietante, que suspeito não ir esquecer tão cedo.


Sob Cerco - (2/5)
Num mundo pós-apocalíptico, onde houve desastres nucleares, um grupo de americanos consegue arranjar forma de reencarnar em alguns participantes em momentos históricos determinantes e, assim, tentar evitar os acontecimentos que levaram ao mundo em decadência onde vivem e onde a União Soviética era o grande inimigo. Um deles “reencarna” no Coronel Bengt Antonnen, personagem que viveu o Cerco de Sveaborg; este evento teve realmente lugar, em 1808, quando a Rússia cercou a fortaleza finlandesa. O Coronel, sob a influência do espírito do futuro, tenta convencer os seus pares a não ceder aos russos e a pedir ajuda aos vizinhos suecos, algo que poderia mudar o rumo dos acontecimentos e evitar a formação da União Soviética e tudo o que sucedeu depois.

Confesso que tive algumas dificuldades em perceber a relevância histórica do Cerco de Sveaborg, talvez pela dimensão mais curta desta história, e isso influenciou a minha opinião final. Penso que é um conto com ideias interessantes, apesar de não propriamente muito inovadoras, e personagens bem desenvolvidas, mas julgo que o contexto poderia ter sido melhor explorado. Outro aspeto, sobre o qual o autor não podia fazer grande coisa, é o facto de a história parecer algo datada: o desmembrar da União Soviética e o que sucedeu posteriormente não ajudam à verosimilhança da história. Não foi das minhas preferidas da coletânea.


Negócios de Peles - (4/5)
Com mais de 80 páginas, Negócios de Peles é a história mais comprida desta coletânea, e certamente uma das melhores. Willie Flambeaux é um lobisomem asmático e com outros problemas de saúde, com uma amizade de anos com a detetive privada Randi Wade. Quando uma amiga de Willie é encontrada morta, em condições muito estranhas, Willie procura Randi para a ajudar a perceber o que aconteceu, num caso que vai trazer à detetive recordações da enigmática morte do seu pai, enquanto investigava um caso na polícia.

Negócios de Peles é uma história com elementos de paranormal, horror e policial, servidos com a habitual mestria de George R.R. Martin. Começando pelas personagens, as principais são daquelas que se apresentam com várias dimensões, com dilemas do passado que as ajudam a tornar-se mais reais. Depois, o autor revela mais uma vez a capacidade que tem de escrever uma história bem escrita, bem construída e interessante, em que o leitor sente sempre vontade de avançar e perceber o que vai acontecer. Eu gostei bastante, e fiquei com imensa vontade de ler mais sobre esta dupla (o que sinceramente me parece pouco provável, mas não custa sonhar).

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Como podem ver pelas classificações individuaus acima, não gostei de todas as histórias na mesma medida: o meu favorito foi, sem dúvida, Reis-de-Areia, seguido de perto por O Homem em Forma de Pera e Negócios de Peles; os que gostei menos foram Flormordentes e Sob Cerco. Apesar de algumas das histórias me terem agradado menos, considero que está mais equilibrado em termos de qualidade do que a outra coletânea do autor publicada em Portugal.

À semelhança do que já tinha referido em relação a O Dragão do Inverno & Outras Histórias, também aqui acho que o título e capa do livro induzem o leitor em erro, porque na verdade O Cavaleiro de Westeros é mesmo a única história com ligação à conhecida saga do autor, sendo a maioria das histórias dentro do género da ficção científica e do horror. Entendo a opção da editora, no sentido de chamar a atenção para o livro e agarrar fãs do autor, mas ainda assim acho que dá uma ideia do livro que não é a verdadeira. As introduções aos contos são uma grande mais-valia, em que o autor explica a origem das histórias e ajuda o leitor a perceber um pouco do seu objetivo ao escrevê-las. Em algumas delas inclui mesmo um pouco da história da sua vida pessoal, que naturalmente se entrelaça com a sua vida de escritor.

Enquanto estava a ler as várias histórias deste livro, dei por mim a refletir sobre a versatilidade de George R.R. Martin: acho que ele consegue escrever bem nos diversos géneros da ficção especulativa, seja em histórias curtas ou longas. Aliás, dei por mim a pensar que as suas características como escritor se adaptam melhor a narrativas mais curtas, e que perante empreendimentos como As Crónicas de Gelo e Fogo por vezes acaba por se perder no meio da vastidão da história. A conclusão é que aconselho vivamente a leitura desta coletânea para conhecerem esta sua faceta: vale bem a pena.
Profile Image for Jaqueline Miguel.
446 reviews46 followers
September 2, 2022
Tenho de começar por dizer que isto é um livro de contos de géneros diversos. Temos fantasia, ficção científica, terror, etc. Talvez para muita gente isto seja um ponto negativo. Para mim foi positivo porque nunca me senti farta. Entre cada conto também temos introduções do autor que nos dão algumas luzes sobre a história da sua vida e a história da criação daquele conto em específico. Estas partes foram bastante reveladoras sobre a personalidade do autor e gostei muito de algumas lições que transmitiu.
Este livro foi para cumprir um desafio da maratona mágica Orilium e tive de comentar à medida que lia pelo que posso passar-vos aqui o que escrevi quando acabei cada conto. Isto vai ser engraçado.
"As Solitárias Canções de Laren Dorr" - Queria saber mais. Foi uma história curiosa. É minha impressão ou o homem adora o número 7? Para mim esta foi 4 estrelas. Gostei bastante, mas não amei. Sinto que li algo incompleto...
"O Cavaleiro de Westeros" - Triste, cruel, com esperança de algo melhor, mas tristeza o suficiente que promete um futuro negro. Sinto o coração partido. Gostei muito, mas foi doloroso. 4 estrelas, bem altas. Aliás, 4,5 estrelas é mais certo.
"Uma Canção Para Lya" - WTF? 4 estrelas. Não gostei do final. (Sim, fui sucinta neste comentário porque estava danada... Ahah!)
"A Cidade de Pedra" - Confesso que estou frustrada. Tanta coisa para este fim? Tantas descrições de locais para irmos dar a este? Não gostei muito, mas foi interessante. 3 estrelas
"Flormordentes" - Mais uma vez o jogo da realidade. O que é ou não real. A magia, a sabedoria. Fantasia e Ficção Científica de mãos dadas na palavra do autor. Acho que foi interessante. 4 estrelas
"O Caminho de Cruz e Dragão" - Ok. Este conto foi qualquer coisa. Brilhante! Terrivelmente brilhante! Merece bem o destaque e os prémios. 5 grandes estrelas
"Reis-de-areia" - Este conto envelheceu muito bem para o meu gosto. Assustador e genial! 5 estrelas AMEI!!!!
"O Homem em Forma de Pera" - Não estava à espera disto. Foi um conto no mínimo estranho. Arrepiante e perturbador de forma estranha. Mas gostei. 4 estrelas (maybe)
"Sob Cerco" - Final um pouco confuso, mas sempre interessante. Percebi bem? Gostei. 4 estrelas
"Negócios de Peles" - Uau! Brutal!!! Há muito que não lia uma história de lobisomens tão envolvente. 5 estrelas gigantes
Num geral a média deu 4,2 estrelas. Recomendo, mas vão preparados para o mix.
Profile Image for João Pedro Fernandes.
61 reviews5 followers
August 22, 2024
**Note:** This review focuses solely on "The Hedge Knight" story; other tales in the book are not covered.

"The Hedge Knight" is a captivating addition to George R. R. Martin's expansive world of Westeros. Set nearly a century before the events of *A Song of Ice and Fire,* this story introduces us to Ser Duncan the Tall, a humble and honorable knight, and his squire, Egg. The tale provides a fascinating glimpse into the history and culture of Westeros, exploring themes of chivalry, loyalty, and the harsh realities of life as a hedge knight.

Martin's writing shines as he delves into the complexities of Westerosi society, blending action, intrigue, and character development in a way that fans of his work will find familiar and satisfying. The story is rich with detail and emotion, offering both longtime fans and newcomers a deeper understanding of the world he has crafted.

While "The Hedge Knight" is just one part of the larger collection, it stands out as a compelling and well-rounded tale on its own, making it a must-read for anyone invested in the lore of Westeros.
11 reviews
December 31, 2022
Podemos sempre retirar uma moral de todas as histórias.
Há momentos incríveis em que nos sentimos completamente absorvidos pelas personagens.
As histórias contam sempre com um bom plot twist, ainda que, com 10 contos contidos no livro, já estamos a contar que algo aconteça nos contos finais.
De realçar que é um livro com vários contos e apenas um se passa no mundo de westeros (game of Thrones) que é o "Cavaleiro de Westeros"
Ainda assim conta com alguns contos que me cativaram imenso, ao passo que outros nem tanto, sendo que na generalidade são bastante interessantes.
Conta com muito suspense, terror , mistério , ficção científica e fantasia , entre outros ... Uma história é uma história não importa o gênero.


“Só o coração humano em conflito consigo mesmo pode gerar boa leitura, pois só sobre ele vale a pena escrever”
Profile Image for Ines Norton.
541 reviews12 followers
November 11, 2020
Este foi o meu O de O U T O N O. Só o li agora apesar de ter comprado quando George RR Martin cá esteve mas gostei embora não tanto quanto gosto dos livros da Guerra dos tronos ou do Fevre Dream. Talvez o conto que mais gostei fosse mesmo o do Negócio de Peles e talvez A canção para Lya, as restantes histórias não me encheram as medidas
Profile Image for Ary.
94 reviews
July 24, 2019
Há histórias excelentes, as minhas favoritas foram o "Cavaleiro de Westeros" e " O Homem em Forma de Pêra"
Profile Image for Igor Veloso.
207 reviews12 followers
April 8, 2014
Estava curioso em saber o historial de obras do George R.R Martin e sendo igualmente um fã de “As Crónicas de Gelo e Fogo” e do mundo fantástico que ele criou, o título “O Cavaleiro de Westeros” atraiu-me.

Gosto do abstrato, desconhecido logo não tenho problema que me apresentem historias sem um plano de fundo, mas ainda assim sou seletivo no que gosto e isso sou me vai ser relevante quando acabo de ler a historia e faço um resumo dos sentimentos que tive durante a viagem de leitura.
As minhas favoritas foram: Cavaleiro de Westeros, Uma Canção para Lya, Reis da Aeria e Negócio de Peles.

Cavaleiro de Westeros – como disse, por razões óbvias. Mantém a mesma qualidade dos originais mas desta vez cem anos antes e o jogo de tronos praticamente não existe. O que interessa é a vida deste Cavaleiro. Além disso, mais informação sobre Targaryens é sempre bem-vinda. Adorei conhecer mais desta família.

Uma Canção para Lya – esta história quase que posso dizer que amei da mesma forma que a odiei. Amei-a porque fala daquele ideal do interno, incondicional, partilha, emoção, ou seja, a utopia que o ser humano procura no dia-a-dia. Não interessa se envolve tudo isto, ou só uma parte, mas ultimamente fala também de amor, conhecimento e autoconhecimento. Discute também o ideal do omnipresente, de Deus, liberdade social, de uma forma muito ficcional (mas não irreal), discreta e científica. É difícil dizer mais sem spoilers, mas a forma com que mexeu na minha cabeça e no “coração”, apesar de céptico a nível "espiritual", foi ótima. Fez pensar e trouxe lembranças. E estas últimas partes que mexeram comigo foram exatamente o motivo pelo qual odiei a história. Nenhuma jamais teve este impacto e George Martin conseguiu. Talvez porque foi escrito numa altura bastante sentida, tal como referiu.

Reis da Areia - Mais uma vez George traz um ideal de divindade mas de uma forma mais macabra, terra-a-terra. Pessoalmente não sou fã do terror e do macabro a não ser numa batalha medieval/moderna, espionagem, etc., porém os momentos foram bem calculados, agarrou o leitor e teve uma lição a ensinar no final. Mexeu com o psicológico de uma forma, ironicamente, macabra e gostei. Ok, foi estranho. Mas esperem até ao Homem em Forma de Pêra.

Negócio de Peles – Apesar do impacto de Uma Canção para Lya e tirando o Cavaleiro de Westeros, esta foi, na minha opinião, a melhor do livro. Envolve crime, sobrenatural, modernices e uma boa dose de lobisomens. Drama e mistério fazem igualmente parte. As intrigas do poder também não foram abandonadas. Quase que podia ser um novo livro, não digo melhor que ASOIAF, mas ali a bom par.

Agora uma rápida ida aos que não gostei tanto:

Canções de Laren Dorr – Foi um bom romance, e conseguiu tocar ali no mesmo ponto que Lya tocou, mas o enredo de viajam entre mundos e poderes Deus Ex Machina não fazem tanto o meu estilo. Parece hipócrita devido ao que disse sobre as que gostei, mas sou mais adepto da descoberta contínua do que ter e de facto usar todo aquele poder. Penso que havia muito a conhecer a nível intimo mesmo assim. Gostei. Não tanto.

Cidade da Pedra – Pareceu-me algo como uma distopia. Ta tudo virado do avesso mas mesmo assim a persistência da personagem esta la. Além disso o final junta o elemento tempo com o elemento persistência. Entendi e não desgostei, mas não foi nada de especial.

Flormordentes – Gostei de toda aquela aura de volta de Morgan e a personagem. Do infinito e do misterioso (também infinito). Foi rápida. Bem escrita mas…nada de especial.

Caminho de Cruz e Dragão – Outra vez, ficção científica mas desta vez sobre um modelo futurístico de Inquisição. Mais uma vez, George brinca com o ideal de Deus, do superpoderoso, da utopia (se a à la carte) e traz mais comida para o cérebro. De novo, algo diferente, mas entregue de uma forma, como sempre, única. Conseguiu dar um bom abanão.

Home e Forma de Pera– Ao inicio uma leitura normal, depois algo ridículo começa a passar-se, de ridículo passa a neurótico e de neurótico passa psicótico e acaba arrepiante pronto para a próxima historia. Spolier? Não. Lê.

Sob Cerco – Realidade alternativa apocalíptica mas desta vez uma verdadeira distopia. O mundo jamais verá sequer um bom por do sol. Nada. Algo que já imaginei acontecer e George e eu partilhamos o mesmo: Beber ate cair, jogar cartas numa mesa, orgias na outra mesa ao lado, espiar naquela ou naquele e volta e meia la vamos nos ter de morrer. O resto é obviamente (a) história. Bem escrita…mas deprimente.

Dou um 4/5 ainda assim (se o rating me deixar). Foi igualmente bom entrar na cabeça do autor e de alguma forma na vida dele através das pequenas introduções aos contos.

Não interessa se és fã ou não do George.

Sem dúvida recomendado.
Profile Image for Alice - Sombra dos Livros.
174 reviews12 followers
December 14, 2012
Neil Gaiman escreveu um dia que o que tem de bom um livro de contos é que mesmo que te depares com um do qual não gostas, certamente, umas páginas depois irás encontrar um que adoras. Ora, mesmo tendo sido escrito por um mestre como Martin, este livro encaixa na perfeição nesta frase de Gaiman. Houve apenas um conto que não consegui acabar de ler por não ter mesmo conseguido entrar no espírito, outros (poucos) revelaram-se um pouco mais confusos mas, no geral, adorei este livro. Não gostei desta leitura apenas pelos contos em si mas também pelo modo como os mesmos nos são presentados. Antes de cada um dos contos propriamente ditos, Martin faz-nos uma introdução (às vezes não muito pequena) sobre cada um deles e aquilo que lhes deu origem, revelando, assim, ao leitor alguns pormenores de determinados momentos da sua própria vida. Estas introduções ajudam-nos não só a compreender melhor as histórias mas também a conhecer melhor o autor.

Penso que seria penoso para quem visita esta página que me pusesse aqui a dissertar sobre cada um dos contos, além de que, tal possibilidade, poderia retirar-vos algum do prazer que é a descoberta de todos os pequenos pormenores nas diversas histórias (porque ia inevitavelmente cair em spoillers por muito que o tentasse evitar). Por isso, penso que a melhor maneira de realizar esta tarefa hoje será deixar-vos uma lista dos contos incluídos nesta edição, dando-vos uma pequena opinião apenas sobre aqueles de que mais gostei, e ficar à espera dos vossos comentários - gostava que me dissessem de vossa justiça, qual a leitura que mais vos agradou, a que menos gostaram...

Assim sendo:

As Canções solitárias de Larren Dorr - Gostei bastante deste conto. Fala-nos da solidão e da necessidade de amor, carinho e companhia que é inerente ao ser humano. A título de curiosidade posso dizer-vos que aqui começamos a notar a queda especial do autor para o uso do termo Canção e vemos o que talvez seja o nascer dos Sete (os deuses de Westeros).

O Cavaleiro de Westeros - Qualquer fã de Martin vai adorar ficar a saber mais sobre o passado das famílias que tão bem conhecemos de Canções de Gelo e de Fogo. Adorei. (Esta é a história da BD publicada pela SdE de que vos falei aqui ).

Uma Canção para Lya

A Cidade de Pedra

Flormordentes - Um conto maravilhosamente simples sobre a mente humana e a sua capacidade de acreditar naquilo que quer. A mentir assumindo a forma de verdade e a desilusão que de nós se apossa quando a verdade é tudo o que resta. O mundo em que se passa esta narrativa é simplesmente mágico e deixou-me cheia de curiosidade e vontade de saber mais.
O Caminho de Cruz e Dragão - Talvez por ter passado muitos anos num colégio de freiras e por pôr em causa tudo aquilo que lá me diziam gostei desta pequena sátira religiosa e os seus Inquisidores interestrelares, de um novo messias e do poder que a mentira pode ter quando nos é apresentada como uma verdade superior, como uma doutrina ou fé.

Reis-de-Areia - Medoooooo...!! Apesar de logo no início da história sermos capazes de adivinhar que a coisa não vai acabar bem, Martin dá voltas e reviravoltas e quando chega o final consegue deixar-nos com aquele friozinho no estômago. Uma pitadinha daquele medo estúpido (porque sabemos que não há nada a temer) mas é isso mesmo que se espera de um conto de terror.

O Homem em forma de Pêra

Sob Cerco

Negócios de Peles - Suspense, mistério, polícias corruptos, crimes sangrentos, magia e lobisomens. Se tinha ficado super-fã dos vampiros deste senhor quando li o Fevre Dream com este conto fiquei a adorar os seus lobisomens. Tenho pena que não se tenha ainda dedicado a algo mais longo dentro do género (pelo menos não, que eu saiba) porque foi um final mesmo em grande para este livro.

Concluindo, quem está à espera de mais Gelo e Fogo que se desengane. Esta é uma apresentação das espectaculares capacidades deste autor nas diversas áreas sobre as quais já se debruçou. Uma selecção magnífica de contos para ler com calma (optei por nunca ler dois de seguida para não correr o risco de me confundir depois!!) e aproveitar.
Profile Image for Joana.
117 reviews
December 2, 2012
Sinceramente nunca fui muito apreciadora de contos ou short stories. Na maior parte das vezes leio-as mais porque se enquadram em colecções e eu sei que vou perceber o que se passa e sentir-me integrada naquele mundo. No entanto, quando são short stories ou novelas que não se inserem em mundo nenhuma previamente criado pelo autor sou um pouco maricas pois tenho medo de não conseguir perceber, interpretar e saborear todas as nuances da história.

Assim sendo quando adquiri O Cavaleiro de Westeros foi mais na onde de não vou ser cortes, tenho todos os livros do Sr, e apesar de ainda não ter conseguido arranjar coragem para ler os últimos dois gosto bastante da escrita do Sr., portanto porque não arriscar? E posso dizer que adorei cada momento deste risco calculado.

As minhas histórias preferidas foram:
As Solitárias Canções de Laren Dorr
Reis-de-Areia
O Homem em Forma de Pera

A primeira pela sua beleza e poesia escrita de uma forma soberba, adorei todo o amor, amizade, ternura, magia que estes dois personagens foram capazes de mostrar um ao outro, mas adorei também a maneira como toda a tristeza, nostalgia e pesar foram apresentados ao leitor. Para mim um poema em forma de prosa!

Reis-de-Areia é daquelas histórias em que assim que começamos a ler percebemos que algo "vai dar raia". A maneira como todo a história vai avançando leva o leitor à psicose e à curiosidade e medo doentios em relação ao famoso: será que é agora que algo vai correr mal? Quando finalmente chegamos ao fim da história ficamos completamente chocados e somos completamente apanhados de surpresa pelo desfecho. Se bem que eu poderia ter previsto uma parte do acontecimento, o acontecimento em si deixou-me completamente perplexa.

Mas para mim, a história que mais mexeu comigo foi sem dúvida O Homem em Forma de Pêra. Posso dizer que desde que li a primeira página passei o resto da história em suspensão inanimada. Quase não me atrevia a respirar com o medo que toda a situação me transmitia, cheguei tal como a personagem a raiar os momentos de loucura em que eu própria me sentia indisposta só de pensar em semelhante personagem. Acho que nunca tinha tido tanto medo ao ler o que quer que seja.

Não posso deixar de referir O Cavaleiro de Westeros, pois é ele que dá o nome ao livro. Apesar de para mim não se ter sequer conseguido aproximar das histórias anteriores gostei bastante do pouco que nos é revelado. Foi bom voltar a Westeros sem ter receio de ficar extremamente aborrecida com o desenrolar dos acontecimentos como me aconteceu com os livros anteriores.

Em suma, um livro a não perder.
Profile Image for Andreia Silva.
Author 16 books115 followers
January 5, 2014
George R.R. Martin tornou-se um rei no mundo da literatura, desde que a série Guerra dos Tronos foi adaptada para televisão. Está em todo o lado e dá a sensação de que toda a gente o lê. Pois, na realidade, sempre achei que não seria um autor para mim, porque alta fantasia não é, de todo, o meu estilo literário favorito. E confirmo: não será um autor que constará das minhas leituras.

Este "O Caveleiro de Westeros e Outras Histórias" é um livro bom para quem quer entrar no mundo de Martin e ter contacto com a sua escrita, já que se trata de um livro de contos!

"As Solitárias Canções de Laren Dorr" mostra-nos o dom de Martin para escrita, pela forma como faz descrições. É um conto bonito que nos fala de amor entre duas pessoas que se encontram entre dois portais.

"O Cavaleiro de Westeros" é uma prequela da Guerra dos Tronos e só confirma que o estilo de Martin e fantasia épica não fazem o meu estilo como leitora. Achei o conto demasiado confuso e pouco apelativo, fazendo com que vá perdendo o interesse no enredo.

"Uma Canção para Lya" foi o meu conto preferido de todo o livro. É um Martin no mundo da ficção cientifica, onde nos mostra o seu dom para criar realidade alternativas. Gostei do mundo alienígena que usa coisas da Terra Velha mas que ao mesmo tempo se distingue dela. Faz-nos pensar nos seres humanos e no modo como vivemos.

"A Cidade de Pedra", "Flormordentes" e "Sob Cerco" são três contos de que não gostei nada porque o autor usa tantos nomes inventados de povos, de seres, de conceitos e de terras que me deixou completamente baralhada, porque nunca são explicados ao leitor.

"O Caminho de Cruz e Dragão" mostra-nos uma nova forma de abordar o tema da religião e da fé, numa tentativa, penso eu, de desconstruir a ideia de um ser superior. Não desgostei mas não teve impacto.

"Reis-de-Areia" tem um toquezinho de terror, uma pequena veia, usada para assustar o leitor. Gostei da invenção das novas espécies animais tanto pelos nomes como pelas características.

"O Homem em Forma de Pera" é dos contos mais normais do livro, com nomes e lugares comuns, apesar de, obviamente, a fantasia continuar bem patente. Não sendo uma história comum, é mais facilmente perceptível para um leitor não tão familiarizado com a escrita de Martin.

"Negócios de Peles" também foi um dos contos de que mais gostei por ter um toque de policial agarrado a uma fantasia de lobisomens, que, apesar disso, até se destacam dos que vemos por aí. Apenas achei que para o final o autor se perdeu um bocadinho e o conto torna-se confuso!
Profile Image for Jose Santos.
Author 3 books167 followers
September 21, 2012
Comprei este livro quando o George R. R. Martin veio a Portugal e fiquei curioso com o que ele disse sobre o livro. É como ver o passado de alguém que se conhece hoje, pelo seu trabalho. Este livro é composto por dez histórias autónomas que foram escritas pelo autor antes do sucesso de 'A Guerra dos Tronos'. Cada história tem uma introdução em que o autor explica o contexto em que foi escrita.
Gostei de ler as histórias, muito variadas, umas de Fantasia, outras de Ficção Científica, outras mais para o terror. Uma das histórias passa-se no mundo que conhecemos de 'A Guerra dos Tronos' mas com outras personagens, nada a ver com a história. Mas é uma boa história.
Houve uma ou outra história que me interessou menos mas algumas são muito boas. As minhas favoritas são 'Reis da Areia', 'O Cavaleiro de Westeros' e 'Negócios de Peles'.
Aconselho vivamente este livro a que gosta de ler George R. R. Martin, quem gosta de histórias fantásticas e quem tem curiosidade em conhecer o autor para além de 'A Guerra dos Tronos'.
Profile Image for Andreia.
Author 8 books219 followers
Read
March 27, 2022
As solitárias canções de Laren Dorr - 2*
O cavaleiro de Westeros - 4*
Uma canção para Lya - 3*
A cidade de pedra - 1*
Flormordentes - 2*
O caminho da cruz e dragão - 2*
Reis-de-areia - 3*
O homem em forma de pera - 3*
Sob cerco - 1*
Negócios de peles - 3*

2+4+3+1+2+2+3+3+1+3 = 24/10= 2.4*

PT - http://d311nh4.wordpress.com/2014/02/...
Profile Image for Teresa.
103 reviews14 followers
October 18, 2012
I couldn't finish it... It was getting extremely boring. Disappointing, really disappointing. Maybe the other 2 tales were interesting? Well, maybe, but I wasn't able to continue reading. Also I didn't like the translation, I thought it was a bit clumsy and that didn't help. Only tale I really liked was the Hedge Knight. Those last two with the man with the cheetos and the strange animals were horrible. Seriously... I'm not going to buy the new tales book that came out now...
Profile Image for Branca.
135 reviews
August 26, 2013
3.5, não um sólido 4.
Nunca tinha lido nada de George R. R. Martin, pelo que a minha classificação pode pecar por desconhecimento.
É um bom livro para passar o tempo. Não tem algo que chame em especial a atenção. Tem uma escrita engraçada. Algumas morais implícitas nas histórias. (…) Porém não passa do médio/bom.
Contos a destacar por prenderem o leitor: As canções solitárias de Larren Dorr, Reis-de-areia, O homem em forma de pêra, Negócio de peles.
(aqui fica)
21 reviews
April 9, 2014
ótimo livro de contos. um pouco mais "juvenil" do que a Guerra dos Tronos - digo juvenil por falta de palavra melhor, pois o estilo das tramas é mais simples e menos ... tétrico que a Guerra dos Tronos, mais leve.

Vá lá, assim como o "Hobbit" estaria para o "Senhor dos Anéis". Mas ainda estamos falando de George R.R. Martin, com sua criatividade e crueza características.
21 reviews
December 9, 2013
Classificação final: 4,3

As Solitárias Canções de Laren Dorr: 4
O Cavaleiro de Westeros: 5
Uma Canção para Lya: 5
A Cidade de Pedra: 3
Flormordentes: 3
O Caminho de Cruz e Dragão: 4
Reis-de-Areia: 5
O Homem em Forma de Pera: 5
Sob Cerco: 4
Negócios de Peles: 5

Profile Image for Rita.
208 reviews44 followers
December 21, 2012
Mais uma prova da maravilhosa imaginação que George Martin tem. Contos muito bons e diversificados, destaco o último como o meu preferido. De resto os leitores de Martin sabem o que podem esperar.
Profile Image for Rui.
115 reviews9 followers
February 8, 2013

good short stories. very entertaining. great imagination
Profile Image for Clara.
6 reviews
July 27, 2014
Histórias fantásticas! Ó autor é óptimo a escrever qualquer estilo....ficção cientifica, horror, fantasia!
Displaying 1 - 29 of 29 reviews

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