O «Mistério da Boca do Inferno» assombrou gerações durante décadas. O inexplicável desaparecimento do célebre mestre do oculto e da magia negra Aleister Crowley, com a conivência do escritor Fernando Pessoa, colocou Portugal e a Europa em sobressalto nos anos 30. Mas, factos só agora revelados demonstram que a conspiração se prolongou muito para lá do seu tempo, chegando aos dias de hoje e envolvendo uma perversa teia de sexo e manipulação orquestrada por uma criatura demoníaca, da qual foi vítima o Anjo que Queria Pecar.
Francisco Salgueiro nasceu em Lisboa a 29 de Junho de 1972. Depois de ter tirado o Curso de Comunicação Empresarial, participou na criação da Direcção de Comunicação da TV Cabo, dedicou-se à autoria e escrita de programas de televisão, na SIC, e à escrita de artigos de opinião para as revistas Notícias Magazine, Máxima, Telecabo e o jornal O Independente. É um dos fundadores da primeira empresa em Portugal a dedicar-se à produção de conteúdos escritos para TV, Internet e Televisão Interactiva. Já publicou mais de 10 livros, incluindo os best-sellers Homens Há Muitos e O Fim da Inocência.
Fernando Pessoa - Aleister Crowley – Boca do Inferno - Mistério – Romance – Ocultismo
A história mistura mistério, ficção e factos reais. A escrita é bem actual e simples. Lê-se bastante rápido. Gostei que cada capítulo tenha como título frases escritas por Fernando Pessoa ou por um dos seus heterónimos. Esperava mais, muito mais.
O que me levou a ganhar curiosidade por este livro? Talvez esta frase. "chegando aos dias de hoje e envolvendo uma perversa teia de sexo e manipulação orquestrada por uma criatura demoníaca, da qual foi vítima o Anjo que Queria Pecar.", aliado à história duma figura de outrora. Sinceramente, tenho dúvidas que a história aqui contada seja real. Acho sim que o autor pegou nos alicerces da história de Pessoa e Crowley e construiu a casa à sua maneira. Factos reais, sim, mas o resto deve ser pura ficção. De facto não consegui parar de ler. É um texto actual, indicando que foi narrado muito recentemente, e que nos remete para ambientes e acontecimentos do passado.São essas mudanças de narração e espaço temporais que podem baralhar se não se tiver atenção. O autor tanto escreve na primeira pessoa, como escreve por outras personagens como sendo eles próprios a falar.Tanto está no presente como está imediatamente a seguir no passado. Há que ter atenção. A história em si faz-me pensar. Porque foi denegrida a imagem de Fernando Pessoa a este ponto? Será que Pessoa era assim tão desequilibrado? Seria ele como o descrevem e ainda assim ter escrito tanta obra? Dá que pensar. Gostei do desenlace da história, de facto gostei. Uma boa ficção, um rol de acontecimentos que cativam e nos fazem desejar ler mais. Só não li este livro mais rápido pois nem sempre podia ler, senão tinha sido praticamente uma leitura seguida. Recomendo...
O Anjo Que Queria Pecar é uma narrativa de ritmo veloz, repleta de mistérios e que parte de um princípio verídico revelando-nos pormenores interessantíssimos sobre um dos maiores poetas nacionais de todos os tempos, Fernando Pessoa.
Principiamos a história na actualidade com duas mortes suspeitas, sendo que um dos corpos é encontrado em Cascais, Na Boca do Inferno, onde nos anos trinta desapareceu A Besta, um mestre do oculto, um homem que ainda nos dias de hoje será capaz de povoar pesadelos… Quando o nosso protagonista regressa a Portugal para fazer luto, nada o poderia ter preparado para desenterrar um segredo repleto de significados além-fronteiras, um segredo que tomou conta da sua família e que, logo a partir das primeiras páginas, tomará conta da vida do leitor. Estamos em 1930, após um primeiro contacto por escrito com o carismático e assustador Aleister Crowley, Fernando Pessoa recebe-o e a sua acompanhante, Hanni Jaeger, para uma visita a Lisboa. Crowley é um homem temido, conhecido pela sua perversidade e dedicação às artes negras, mas, no entanto, vem apenas estabelecer contacto com Pessoa, agradecer uma pequena correcção à sua recente obra feita por este poeta por reconhecer, um poeta melancólico, um poeta que após os primeiros contactos com este casal misterioso nunca mais será o mesmo.
Mensagens sublimares, factos históricos e momentos intensos de acção complementam esta trama arrojada que se desenvolve a partir do «Mistério da Boca do Inferno», um acontecimento que abalou os anos trinta e que influenciou fortemente um dos maiores nomes da literatura nacional.
Este é um livro que desvenda um dos maiores mistérios da história, o mistério que envolve Fernando Pessoa e um mago, conhecido por A Besta, misteriosamente desaparecido em Cascais, na Boca do Inferno, onde se crê que existe uma gruta com um portão místico que dá acesso ao outro mundo. A única pista do paradeiro do mago é uma carta deixava próximo desse local, encontrada por um jornalista e também amigo de Fernando Pessoa, esse era Ferreira Gomes. Neste livro podemos conhecer um pouco mais do nosso famoso poeta Fernando Pessoa que para além de solitário, apresentava também alguns distúrbios mentais, alguns dos quais sobressaia uma tendência enorme para a bipolaridade entre a personalidade real de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos. Mas nada é aquilo que parece e este livro mostra nos exactamente isso. No meio de uma complicada investigação policial vamos finalmente descobrindo o que realmente se passou naquele período de tempo em que Crowley esteve no nosso país. Temos todos os ingredientes para uma história perfeita: romance, intriga e mistério. Esta é uma história que me deixou um pouco confusa e também desconfiada, pois cheguei ao final com alguma curiosidade acerca dos dados mencionados, sobre o que seria realmente realidade e ficção. Foi a primeira vez que li um livro deste autor, mas com certeza não será a ultima.
Uma história envolvente, alguns dos ingredientes: mistério, romance, ocultismo, Fernando Pessoa, o Mago Crowley, a boca do inferno.
Lido num fim de semana, o livro traz-nos o escritor Francisco Salgueiro em mais um novo registo literário, com algo de novo (o tema por exemplo) mas naquele tom envolvente e cinematográfico que tanto nos consegue prender aos seus livros até que estes terminem e fiquemos à espera do próximo.
O que ligará Fernando Pessoa, um ritual na Boca do Inferno e o desaparecimento do Mago Allastair Crowley, um dos temidos mestres do ocultismo? e a esta história juntar-mos ainda uma bela mulher? Caberá aos novos leitores verem por si próprios o resultado.
Francisco Salgueiro foi muito bem sucedido ao articular dois planos narrativos intercalados, sendo um correspondente ao presente, e outro ao passado, e não falta mesmo um par romântico para atenuar a componente ocultista e rituais menos convencionais.
Original, misterioso, viciante e brilhante, são os adjactivos que me ocorrem para classificar o mais recente livro de Francisco Salgueiro.
Um livro surpreendente,uma história que retrata um mistério que vai perseguir gerações. Tudo começa com a vinda a Portugal do "homem mais malévolo do mundo" - Aleister Crowley - para se encontrar com Fernando Pessoa, cuja poesia era ainda pouco reconhecida. Os encontros, que teriam como tema os assuntos mediúnicos, terminam quando Crowley desaparece misteriosamente num local designado como "A Boca do Inferno" deixando uma intrigante carta. O "Mistério da Boca do Inferno" teve grande destaque na imprensa nacional e europeia. A visita do mago parecia, também, ter afectado profundamente o poeta português. Esta parte parece-me ser baseada em factos reais. Aleister Crowley existiu de facto, assim como a sua viagem a Portugal. O próprio livro atesta os seus encontros com Fernando Pessoa ao incluir fotos dos mesmos. Tendo como ingrediente base um mistério nunca resolvido, o autor juntou ingredientes como romance, intriga e suspense e criou um livro que nos arrasta e surpreende a cada página. Com um enredo bastante original, somos constantemente surpreendidos com novas informações. O passado e o presente fundem-se de forma bastante inteligente. Ao contrário do que poderia acontecer, a utilização de diferentes narradores não me confundiu. Antes pelo contrário, pois permite-nos assistir da primeira fila a todos os acontecimentos. É-nos apresentado um Fernando Pessoa profundamente inseguro, infeliz e até imaturo. A sua doença (a esquizofrenia) deu-nos a brilhante poesia, sua e dos heterónimos. Mas poucas são as vezes em que pensamos como seria viver com vários "Eus" aprisionados num mesmo corpo. As consequências na sua vida diária e amorosa parecem terríveis. Nem sempre se gosta do fim dos livros. O fim deste surpreendeu-me bastante e pela positiva. Termina como começa, em suspense. É impossível não pensar "Será mesmo real?!".
Livro leve e de simples leitura. Uma mistura de policial misterioso e místico, envolvendo algumas personagens marcantes do passado, Fernando Pessoa e Aleister Crowley. Penso ter sido tudo ficcionado, apesar do autor mostrar algumas fotos de jornais da altura fazendo referencia aos acontecimentos narrados no livro. Se de facto aconteceu não consegui acreditar, não sei porquê, mas não consegui, ou o autor não foi convincente o suficiente ou sou eu que simplesmente não acreditei. Por vezes acontece ficarmos na dúvida e ir à net ver se encontramos referência a alguns assuntos por curiosidade, para ver se é/foi verídico ou não, neste caso não aconteceu nada disso simplesmente não me marcou. Houve ali alguma confusão pelo meio, em que tanto era um narrador como no capitulo seguinte era outro. Fazendo quebrar um pouco um ritmo, dei duas estrelas porque achei os dois últimos capítulos muito bons, cheio de mistério e energia, quase que saltei linhas para ver o que vinha a seguir.
"...Portugal, que país engraçado. Todos católicos. Cheios de virtudes. Sabe, a cristandade é como uma múmia pintada. Se for exposta ao ar fresco, desfaz-se. Eles lá vivem um ar pesado. A carga da culpa. Mas são engraçados..."
4.5 Se o autor apresentar mais provas de que o que escreveu até ao fim é verdade, eu dou nota 5 a este livro…
Um livro com uma escrita fluida, simples, soberbamente cativante e difícil de se largar…
Iniciei esta leitura com a mente aberta de que se tratava de um livro baseado em factos reais, (até porque o autor já nos habituou aos relatos na primeira pessoa). Como o próprio autor menciona logo no início da história, alguém lhe fez chegar documentos com os quais ele elaborou o livro. “O que vão ler é o conteúdo das cassetes, cartas e recortes”. Até aqui tudo bem, o problema é que o escritor nos vai levando por caminhos em que sou obrigada a pensar, “Ok, já estamos a enveredar pelo caminho da ficção”, não deixando que a leitura me desiludisse mas a olhar para a sua continuação de maneira diferente…
Como foi sempre uma leitura balançada entre o será verdade, será mentira, efetuei as minhas próprias pesquisas em relação aos personagens e respetivos conteúdos.
E é assim que o escritor nos vai levar a conhecer “O Mistério da Boca do Inferno” e compreender a relação entre o poeta Fernando Pessoa e o mago Aleister Crowley, intitulado como o homem mais maligno do mundo. Como é que duas personalidades tão diferentes se conheceram? Será que o (nosso) Fernando Pessoa era uma pessoa tão íntegra quanto fazia parecer? Ou terá sido vítima de uma conspiração? Qual o resultado desta afinidade (ou não) é o foco inicial do livro, mas o que vem no seu seguimento é que já se torna mais difícil de acreditar.
Sim, é verdade, existe factos que comprovam a veracidade da ligação entre estas duas figuras e o que aconteceu na Boca do Inferno também foi real, uma situação que assombrou gerações durante décadas e que colocou Portugal nas bocas do mundo nos anos 30.
Gostei de o escritor colocar em cada capítulo uma frase do poeta, fazendo com que o livro tenha uma mística diferente, acabando até por dar uma sensação de ligação entre a história.
No geral foi uma leitura muito agradável e surpreendente, que nos faz querer chegar ao fim e nos põem constantemente a pensar no: E SE FOR (FOSSE) VERDADE…
Depois de muitos anos a trabalhar em Londres, um homem regressa a Portugal para enterrar o seu pai. Mal aterra em Lisboa, é forçosamente convidado a ir a uma cena de um crime onde o inspector o informa que ele é uma peça chave para resolver um homicídio. Logo a partir daí o caso começa a ter contornos estranhos e os personagens são envolvidos numa teia de mistério. A história gira à volta da carta deixada por Aleister Crowly, um famoso mago de magia negra, conhecido como o homem mais malévolo do mundo, a Besta 666, que alegadamente se terá suicidado na "Boca do Inferno" nos anos 30. A cada mistério resolvido surgem outros de maior intensidade num ritmo intenso com alguma emoção. A Aleister Crowley, Fernando Pessoa e Larissa Jaeger juntam-se personagens de um tempo muito posterior, que se vêem inevitavelmente arrastadas para o mistério. Depois de ler "O Fim da Inocência" e a "Praia da Saudade" deste autor e ter gostado bastante devido à relação com os factos verídicos tanto actuais como do passado, tive alguma curiosidade em ler "O Anjo Que Queria Pecar". Este livro prende o leitor logo de início, devido ao seu enredo de personagens, com vários narradores e à forma como mistura passado e presente de uma forma tão bem feita. É um livro de mistério e suspense e a cada página vamos querendo mais chegar ao fim para perceber como a história terminou. Partindo de um princípio verídico, a certa altura não se sabe em que ponto acaba a realidade e começa a ficção, e acabamos por saber pormenores de grande importância sobre um dos maiores poetas nacionais de todos os tempos, Fernando Pessoa. Uma curiosidade: todos os títulos de cada capítulo são frases escritas por Fernando Pessoa ou um dos seus heterónimos.
Já tinha lido "a idade da inocência" do autor, e a escrita dele continua fluída. A classificação mais justa seria 2,5*, mas como não dá, ficam as 2 pois tenho de o destacar do outro que li dele. Apesar de o tema não me ter interessado muito, não tive dificuldade em lê-lo.
Confesso que nunca tinha lido nada do Francisco Salgueiro, mas este livro foi uma agradável surpresa. Uma história empolgante sobre o Mistério da Boca do Inferno, cuja escrita me prendeu desde a primeira página. O difícil é parar de ler. Recomendo
Médio... Interessante dado o assunto e os personagens. Pergunto-me que parte será verdade e que parte ficção. EScrita leve, despretensiosa. Bom livro para um dia de praia.