"O Octoponi stenoidea é encontrado nas profundezas de Marea Infinitus, levado pelos esforços de colonização. Essa espécie tem uma habilidade única de mudar de cor de acordo com seu estado emocional, exibindo cores vibrantes e deslumbrantes. Possui uma cabeça grande e arredondada com oito braços ágeis e células especializadas chamadas cromatóforos, que permitem a mudança instantânea de cor. Essa habilidade é usada para comunicação, camuflagem e proteção. "Esses polvos são animais solitários e noturnos, como eu, passando grande parte do tempo escondidos em fendas rochosas ou outras estruturas no fundo do oceano. São altamente inteligentes, mas não foi por isso que a escolhi. Não foi apenas para derrotar a IMD ou pelo sucesso do experimento. Foi porque pareceu certo." _______________________________ Publicado originalmente na Hexagon Magazine, Marea Infinitus é um conto de ficção científica sobre criaturas peculiares de oceanos profundos e a natureza estranha do ser humano - uma combinação que apenas Lis Vilas Boas, uma escritora oceanógrafa, poderia combinar com maestria.
acho que tem muita coisa pra comentar sobre esse livro.
eu entendo zero de oceanografia e isso me atraiu muito pra ler. gostei sobre como a autora traz as características dos animais marinhos e das cenas subaquáticas, e de como a biotecnologia é usada na história.
sobre a história em si, senti uma vibe meio avatar: uma exploradora humana que se apaixona pela cultura e vivência num planeta desconhecido e que se une a ele pra impedir a exploração e ganância humana. gosto das simbologias que a identidade marinha desconhecida traz, dessa (quase que uma) rede neural entre os seres vivos do planeta pra proteger o próprio habitat; da forma de sobrevivência dos humanos ser aceitar esse novo lugar e se mostrar aberto pra entender o outro.
a edição do texto me atrapalhou um pouco. alguns parágrafos tinham muitas repetições e o ponto de vista mudava muito. senti dificuldade em entender quando era ava, anna, júlia ou outro personagem. algumas situações poderiam ter sido trabalhadas melhor, quando, por exemplo, .
ainda assim, curti a leitura. não tinha lido nada da autora antes e foi um bom primeiro contato.
A escrita da Lis é linda e a tradução do Ariel foi maravilhosa. Adoro a ideia do planeta 100% aquático e os humanos tentando sobreviver nele, as descrições das percepções do polvo, as implicações do que está acontecendo no background. Maaaaaaas eu tenho um problema com contaminação por esporos que mexem com a sua cabeça, então esse conto absolutamente não foi pra mim 😅 Se a Ava e o professor SÓ decidissem viver em paz com o mar e a guerra que se exploda, tudo bem, não sei se faria o mesmo mas respeito a decisão. Mas o fato de existir aquela medusa vermelha soltando esporos coloca a coisa toda num nível que me deixa extremamente desconfortável não de um jeito "desconfortável expandir horizontes" mas num jeito "quantas bombas nucleares a gente precisa tacar lá para essa coisa DEIXAR DE EXISTIR?"
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Depois do êxtase cintilante que "as sete mortes de uma sereia" proporcionaram, quis devorar mais uma obra da autora, porém me contive, deixei para outro dia, outra hora, outro momento.
Embora ainda siga com o anterior como favorito, ainda caminho encantada pela escrita de Lis Vilas Boas, da facilidade de conectar o realismo mágico e a ficção científica em um conjunto de palavras, frases e parágrafos humanos. Faz sentido? Não sei, mas é o que sinto.
A vontade é de devorar mais um, então, vamos deixar para outro dia.
A escrita da Lis sempre me fascinou. Não só a construção de mundo dessa história é absurdamente incrível, como a prosa e as personagens. O que tem de melhor na ficção curta (no mundo todo, não só no Brasil), vc vai encontrar nessa história da Lis.
(Recomendo muito mais ler essa história que pegar um submarino pro Titanic)
foi depois de ler esse livro que percebi que a maioria das minhas tatuagens são de animais. eu nunca tinha percebido isso antes, pra falar a verdade. a nossa conexão com a natureza é tão profunda e natural que passa despercebida na maioria das vezes, mas não aqui. concluí que essa história é um tributo a todos que já se sentiram também parte do grande desconhecido, algo um pouco além de humano.
Talvez esse conto não seja exatamente de ficção científica, mas se passa no futuro então está valendo. A estória não é tanto sobre tecnologia e a evolução da humanidade no universo. É mais uma reflexão sobre a luta pela sobrevivência e as variáveis que influenciam as escolhas individuais
uma das melhores leituras do ano, esse aqui foi perfeito demais. toda a construção do mundo é feita de maneira ágil e sólida. é daquelas que deixa a gente com vontade de conhecer mais ainda o universo estabelecido
Humanos colonizadores tentam domar um planeta hostil à base da força bruta e se surpreendem ao descobrir que o planeta é vivo. Eu amei o que ela fez aqui e não vou dizer mais nada pra não dar spoiler, mas que história delicinha de ler.
[Tradução: Ariel Ayres] Achei essa história fascinante, intrigante e superimersiva! Comecei lendo com a guarda baixa, não vi a onda se erguendo e quando percebi já tinha sido arrastado pro fundo do mar.
eu já tinha lido o outro conto da autora e gostado muito, porém ele não havia me preparado pra este. realmente muito bom, com uma escrita que eu particularmente amei e uma história diferente que me cativou
Uma surpresa que se desenvolve em poucas paginas, mas consegue de muitas formas nos conectar com o mundo distópico e seus conceitos de ficção cientifica.
Os detalhes sobre oceanografia foram bem interessantes e a história é mt original e curiosa, amei e me assustei com esse novo mundo (peguei ele no evento #ExplodaSeuKindle)
Eu gostei dessa história, tanto que fiquei com ela na cabeça um bom tempo depois tentando entender melhor tudo o que tinha acontecido. Gostei da forma como ela foi narrada, da relação da protagonista com o polvo e a reviravolta final.
A capa é maravilhosa, e quando fui ler a descrição do livro fui muito atraída porque adoro coisas sobre o oceano. A história é simples e curta, e mesmo assim, muito imersiva. Fiquei um pouco confusa em algumas partes, mas sinto que seja proposital. Não tem muito espaço pra expandir os conceitos científicos que o livro cria, então nunca temos uma explicação pra nada, fazendo o foco ser só na protagonista e nos acontecimentos do presente.