Jump to ratings and reviews
Rate this book

Antologia Poética

Rate this book
Nacido en Lisboa en 1888 y muerto en la misma ciudad en 1935, Fernando Pessoa es el mayor exponente de la poesía portuguesa contemporánea. La presente antología ha sido traducida y presentada por el poeta y profesor Ángel Crespo, cuyas versiones del italiano y del portugués han alcanzado gran reconocimiento. Su introducción ahonda en la increíble personalidad intelectual de Pessoa, y su selección de poemas ofrece lo mejor de este gran poeta.

64 pages, Paperback

First published January 1, 1981

60 people are currently reading
500 people want to read

About the author

Fernando Pessoa

1,245 books6,334 followers
Fernando António Nogueira Pessoa was a poet and writer.

It is sometimes said that the four greatest Portuguese poets of modern times are Fernando Pessoa. The statement is possible since Pessoa, whose name means ‘person’ in Portuguese, had three alter egos who wrote in styles completely different from his own. In fact Pessoa wrote under dozens of names, but Alberto Caeiro, Ricardo Reis and Álvaro de Campos were – their creator claimed – full-fledged individuals who wrote things that he himself would never or could never write. He dubbed them ‘heteronyms’ rather than pseudonyms, since they were not false names but “other names”, belonging to distinct literary personalities. Not only were their styles different; they thought differently, they had different religious and political views, different aesthetic sensibilities, different social temperaments. And each produced a large body of poetry. Álvaro de Campos and Ricardo Reis also signed dozens of pages of prose.

The critic Harold Bloom referred to him in the book The Western Canon as the most representative poet of the twentieth century, along with Pablo Neruda.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
395 (55%)
4 stars
220 (30%)
3 stars
81 (11%)
2 stars
12 (1%)
1 star
2 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 71 reviews
Profile Image for Luís.
2,370 reviews1,358 followers
November 10, 2020
I like to better understand the life and work of the poet in the works themselves, not quite in its entirety. That's why I consider this book to be good. But not an excellent book.
Profile Image for Jordi Via.
162 reviews45 followers
November 22, 2013
Como sucede con los buenos elepés -permítanme la comparación- hay aquí tan buen material, que uno necesita volver a él una y otra vez.
Profile Image for Beto.
105 reviews25 followers
March 10, 2014
Fernando Pessoa… é tudo que diz ser e nada disso ao mesmo tempo. É tão volátil, tão flexível e por vezes tão estático que, propriamente, se diz contraditório.

Esta forma de ser e de estar fá-lo apetecível e adequado a qualquer pessoa que o leia; quanto mais não seja num ínfimo minuto de uma vida, em que se vive porque simplesmente se está vivo, ou que se vive porque simplesmente se espera pela morte. São duas formas diferentes de se ser pessoa, mas que não se constituem absolutamente incompatíveis: tudo muda de um momento para o outro, as pessoas mudam, os estados d’alma mudam, os espaços mudam, a vida vivida muda…

Por tudo isto é que Fernando Pessoa, na sua complexidade poética, consegue (querer) ser tanto não sendo nada, e, ainda, contraria e simultaneamente, consegue (querer) ser o nada sendo tudo o que (não) sente e (não) diz. Ora aqui está a dor do poeta, sentida ou fingida, é uma dor poética que, por ser tão natural, é confusa e dissolve-se em si mesma.

Concordando ou não, dependendo das pessoas e das ocasiões e situações de vida, penso que ninguém será capaz de ler Fernando Pessoa e dizer que nunca se sentiu assim. E é nesse ínfimo momento ou minuto de que falei que cada pessoa se encontra com o próprio Fernando Pessoa ou com um dos seus heterónimos porque, sendo todos tão diferentes, todos eles passam por um sentido de vida que se pode chamar de «não sentido com sentido» ou «sentido sem sentido». Fernando Pessoa é só lê-lo e senti-lo, ou lê-lo e pensá-lo; cada qual tem opção de escolha. Assim será belo ou feio, interessante ou desinteressante, coerente na sua incoerência ou incoerente na sua coerência…

Bem, acho que estou mais confuso ainda que a poesia heterónima de Pessoa. Assim sendo, calo-me e deixo que cada leitor retire desta leitura as suas próprias (in)conclusões. A mim só me compete recomendar esta antologia, embora falte muito material poético que não permita conhecer os heterónimos na sua plenitude, deixando captar uma boa dose das suas qualidades de poeta. Este não de certo o melhor livro para conhecer Fernando Pessoa com mais profundidade; faz-se bom porque é uma constituição agradável (mas ainda bastante incompleta) de Fernando Pessoa.

Sem querer ser chato, mas sendo-o, porque tenho essa liberdade, deixo aqui alguns poemas e algumas partes de poemas que mais me atraíram nesta leitura:

(pp. 92)
“Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre —
Esse rio sem fim.”

(pp. 172)
"O que falhei deveras não tem esperança nenhuma,
Em sistema metafísico nenhum,
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?”

(pp. 205)
“Tanto destino diverso que se pode dar à vida,
Á vida, afinal, no fundo sempre, sempre a mesma!
Tantas caras curiosas! Todas as caras são curiosas
E nada traz tanta religiosidade como olhar muito para gente.
A fraternidade afinal não é uma ideia revolucionária.
É uma coisa que a gente aprende pela vida fora,
onde tem que tolerar tudo,
E passa a achar graça ao que tem que tolerar,
E acaba quase a chorar de ternura sobre o que tolerou!”

(pp. 96)
“Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.”

(pp. 189)
“Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.

Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim!”

(pp. 221)
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Profile Image for Jean.
107 reviews74 followers
February 11, 2023
No soy nada.
Nunca seré nada.
No puedo querer ser nada.
Aparte de esto, tengo en mí todos los sueños del mundo.

Autopsicografía.
El poeta es un fingidor.
Finge tan completamente
Que hasta finge que es dolor
El dolor que de veras siente.

Y quienes leen lo que escribe,
Sienten, en el dolor leído,
No los dos que el poeta vive
Sino aquél que no han tenido.

Y así va por su camino,
Distrayendo a la razón,
Ese tren sin real destino
Que se llama corazón.



Pessoa es muchos poetas y muchos mundos en un poeta, seria muy complicado definirlo lo mejor es sumergirse en sus versos.
Profile Image for Ihes.
141 reviews55 followers
March 7, 2021
Maravillosa antología de los poetas que fue Pessoa, plural como el universo. Las casi cien páginas introductorias firmadas por Ángel Crespo son maravillosas, ilustrativas e interesantes; la alfombra roja ideal para el poeta y una valiosa ayuda para los lectores que se adentran en el universo pessoano, tan múltiple y fértil.

La edición ofrece una amplia selección de su poesía. Arranca con los poemas firmados por êle mesmo para después ofrecernos gran parte de la poesía de sus tres principales heterónimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis y Álvaro de Campos.

Caeiro, el maestro de maestros y padre de la poesía moderna portuguesa, más estoico que epicúreo y cuyo fin a veces parece ser la simplicidad (la metafísica de no pensar en nada); es un pensador-poeta que defiende en sus versos que el solo existir nos basta para sentirnos completos.

Las odas de Reis sean quizás sean las páginas que más he disfrutado de las casi 600 de componen la antología. Su elevado tono espiritual, el epicureísmo que destila su poesía y su marcado helenismo mucho tienen que ver en ello, pues hacen que sus versos sean una fuente inagotable de placer, por mucho que en algunos de ellos se nos invite a evitar el gozo para después no tener que añorarlo.

Y la despedida del libro queda en manos de De Campos, cuya fuerza poética a veces parece empujada por su visión irónica de la vida, quien canta a la maravillosa belleza de las corrupciones políticas. A pesar de que lo más patente de su poesía sea el sentimiento de culpa y el afán por destruirse a si mismo y su musa sea la maquinaria; también muestra una sensibilidad única cuando justifica nuestras lágrimas al ser nuestras almas grandes y nuestras vidas pequeñas, y por lo inabarcable que resulta nuestro mundo de sensaciones, donde sentirnos yo ya es prisión y condena.

Y en esa infinitud parece habitar también mi amor por Pessoa, al que uno parece maldito a nunca descubrir del todo. Bendito castigo.
Profile Image for AFG.
66 reviews1 follower
October 10, 2012


Pessoa é, sem dúvida, o meu poeta favorito. Nunca houve uma só pessoa com tanta criatividade e talento, capaz de criar múltiplos eus, tão diversos como apaixonantes. A antologia poética é um óptimo ponto de partida para descobrir a obra pessoana, com os seus principais heterónimos. Depois é continuar a encontrá-lo nas páginas de outras compilações de poemas e narrativas, como as cartas ou o livro do desassossego.
Profile Image for Ana Lúcia.
223 reviews
June 16, 2014
O que dizer depois de ler esta antologia poética?
Não posso usar senão as palavras do próprio Fernando Pessoa, que como sempre me arrebatam a alma :

“Não: não digas nada!
Supor o que dirá
A tua boca velada
É ouvi-lo já.

É ouvi-lo melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias.

És melhor do que tu.
Não digas nada: sê!
Graça do corpo nú
Que invisível se vê.”
Profile Image for André Prado.
87 reviews8 followers
March 16, 2022
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"

Nesta obra pude conhecer melhor alguns dos heterônimos do Pessoa através de suas poesias. Suas peculiaridades e incongruências parecem refletir a beleza da contradição humana por prismas distintos de profunda contemplação. Li a versão da editora Nova Fronteira (Coleção Clássicos para Todos) e os poemas que mais me marcaram foram "Hora Absurda", "Autopsicografia", "Passagem das Horas", "Tabacaria", "Aniversário" e "Poema em linha reta".
Profile Image for Paula.
24 reviews
June 10, 2011
Alberto Caeiro e Ávaro de Campos. Os extremos, a pessoa em Pessoa.
Desafia, provoca, inquieta.
O meu pai está no Caeeiro e no Álvaro de Campos. Eu sou o meu pai que é a PESSOA que revivo em Fernando Pessoa.
Pessoa é para quem aceita desafios, precisa de sentir as palavras com a força de um estalo ou a delicadeza de um suave pousar de lábios...
Profile Image for Jesús.
Author 6 books25 followers
July 3, 2012
Inspirador. Pessoa se antoja inagotable. Para releer una y otra vez, siempre.
Profile Image for nats.
669 reviews11 followers
July 13, 2022
Una selección de poemas muy amplia y variada. Algunos me gustaron mucho, pero otros me resultaron un poco más indiferentes.
Profile Image for angie.
189 reviews6 followers
December 9, 2025
Apesar de não ser uma antologia muito extensa, é uma ótima introdução para quem quer mergulhar no mundo de Pessoa. Era exatamente isso que queria e, de certa forma, foi arrebatador. Claro que não me liguei a todos os poemas, mas é fascinante como o poder da literatura consegue ligar gerações que jamais pensam que têm algo em comum. A forma como conduz os poemas e a escrita faz jus à sua grandiosidade. Muito entusiasmada para próximas antologias, coletâneas, prosa e entre outros do Sr. Fernando Pessoa.
Profile Image for Ele.
114 reviews2 followers
February 9, 2022
en sus versos se notan ese "suicidio lento" del que habla Ángel Crespo, esa gana y desgana continua por vivir y morir ("Mientras me lo conceda el destino, seguiré fumando" más klaro awa bixes), por buscarse un hueco en una sociedad que sólo está vacía etcetc algunos heterónimos se me han hexo bola y otros me han gustado en su enfoque hacia la muerte y el alma

esk los poetas corrompidos siempre me caen bien
Profile Image for Jean.
107 reviews74 followers
February 11, 2023
Un poeta multifacético, o varios poetas inagotables, un poeta del desasosiego, un poeta de lo universal que canta y se hiere, un poeta de la inocencia, un poeta clásico, un genio poético indudablemente.

"No tengo ambiciones ni deseos.
Ser poeta no es una ambición mía.
Es mi manera de estar solo."

"Amar es la eterna inocencia,
y la única inocencia es no pensar…"

"Sigue tu destino,
riega tus plantas,
ama tus rosas.
El resto es la sombra
de árboles ajenos."
Profile Image for Anastasia.
49 reviews4 followers
Read
April 27, 2023
Se recordo quem fui, outrem me vejo,
E o passado é um presente na lembrança.
Quem fui é alguém que amo
Porém somente em sonho.
E a saudade que me aflige a mente
Não é de mim nem do passado visto,
Senão de quem habito
Por trás dos olhos cegos.
Nada, senão o instante, me conhece.
Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes.


pessoa te amo
Profile Image for karla JR.
483 reviews10 followers
April 5, 2022
I recently started to discover the work of this author and I totally understand why he is one of the best authors and poets of his generation. This definitely will be a book, I need to return eventually, when I am in a desperate need of read good poetry.
Profile Image for Licia.
267 reviews3 followers
Read
May 5, 2023
Je me rends compte que, malgré mes grosses difficultés à choisir, ou définir une préférence, jamais aucune lecture épique (et j'en ai eu plusieurs) n'aura réussi à changer quoi que ce soit au fait que Pessoa était mon inébranlable.

J'en suis heureuse x)
Profile Image for Aloce.
58 reviews19 followers
March 29, 2017
hâte de me perdre à nouveau dans ce labyrinthe..
Profile Image for Roberta Gomes.
79 reviews
January 30, 2020
Primeira leitura em 30.01.2020


"Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir! Sinta quem lê!"
Profile Image for iratxe.
126 reviews
February 15, 2017
«Eres importante para ti, porque es a ti a quien sientes.
Eres todo para ti, porque eres para ti el Universo,
y el mismo Universo y los demás
satélites de tu subjetividad objetiva.
Eres importante para ti porque sólo tú eres importante para ti.
Y si eres así, oh mito, ¿no serán los demás así?»
Profile Image for Sara.
607 reviews
November 1, 2015
No tengo palabras para describir la experiencia que ha sido leer esta antología, muy probablemente porque llevaba años sin devorar una de esta forma —desde que leí la de Machado por primera vez, hará ya un tiempo— y porque, en gran parte motivada por la figura tan extravagante que me parecía Pessoa, me adentré en ella esperando algo diferente. Y sin embargo, me he encontrado con una de las voces poéticas que más me ha entusiasmado desde que empecé a leer poesía. Leer a Pessoa es leer a Lisboa, a su época, a cada callejuela y a cada fibra de su ser en un «yo» que se fragmenta y supera los límites de la realidad. Dividida entre distintos libros que fue publicando bajo sus ya conocidos heterónimos, el volumen contiene todo el grueso de la obra poética de Pessoa, dentro de la cual se encuentran, en mi humilde opinión, algunos de los más maravillosos poemas de las Letras universales.

«¿Qué sé yo del que seré, yo que no sé lo que soy?
¿Ser lo que pienso? Pero ¡pienso ser tantas cosas!
¡Y hay tantos que piensan ser lo mismo que no puede haber tantos!»
Profile Image for Eliana Rivero.
862 reviews82 followers
March 15, 2017
Pop Sugar Reading Challenge 2017
30. Un libro con ilustraciones

8-1913
Cuando me miro no me percibo.
Tento tanto la manía de sentir
Que me extravío a veces al salir
De las propias sensaciones que recibo.

El aire que respiro, este licor que bebo
Pertenecen a mi modo de existir,
Y nunca sé como he de concluir
Las sensaciones que a mi pesar concibo.

Ni nunca, propiamente, reparé
Si en verdad siento lo que siento. Yo
¿seré tal cual como me parezco? ¿seré

Tal cual como me juzgo verdaderamente?
También ante las sensaciones soy un poco ateo,
Ni sé bien si soy yo quien en mí siente (p.79) De Álvaro de Campos.


Me gusta Pessoa. Su poesía toca una fibra en mí. Lindo libro, linda recopilación, bellas ilustraciones. Lo único que me dejó un tanto mal fue la traducción: o sea, ¿por qué no traducir la palabra saudade? ¿Qué sentido tiene ponerlo en el idioma original en la versión en español? Al menos con unas notas al pie estaría mejor.
Profile Image for evi.
263 reviews8 followers
Read
April 1, 2024
"la espantosa realidad de las cosas
es mi descubrimiento de todos los días".
Profile Image for Peter Boot.
278 reviews3 followers
December 13, 2024
Ik zie dat ik drie maanden aan dit boek besteed heb. Aanvankelijk bladerend, de kortere gedichten lezend, de gedichten die ik mooi vond herlezend; later omdat ik het boek ook uit wilde lezen, 's avonds een paar pagina's, me ook door de langere gedichten heen worstelend. Niet dat in die lange gedichten niets moois te vinden valt, maar het heel frequent moeten opzoeken van woorden is eigenlijk niet echt iets voor het eind van de avond.
Het boek bevat gedichten van Pessoa zelf en zijn drie voornaamste heteroniemen, bovendien een inleiding en een lange brief waarin Pessoa het ontstaan van de heteroniemen toelicht. Volgens de inleider kunnen overigens veel details uit die brief niet kloppen.

Er staan gelukkig ook veel prachtige gedichten in het boek die qua taal heel eenvoudig zijn. Misschien zijn ze voor de echte liefhebber van poëzie wel te simpel en te rechtstreeks. Bijvoorbeeld dit gedicht van Alberto Caeiro (dat ik hier voor de vuist weg vertaal):

Jij, mysticus, ziet in alle dingen een betekenis.
Voor jou heeft alles een verborgen zin.
In alles wat je ziet zit iets verborgen.
Wat je ziet, zie je altijd om iets anders te zien.

Voor mij, omdat ik ogen heb alleen maar om te zien,
zie ik afwezigheid van betekenis in alle dingen;
ik zie het en ben blij met mezelf, want een ding zijn is niets te betekenen hebben.
Een ding zijn is niet vatbaar zijn voor interpretatie.

Er zijn ook gedichten met verbijsterende passages. Bijvoorbeeld in de 'Ode marítima' identificeert Álvaro de Campos zich met de piraten van voorheen terwijl ze hun gruweldaden begaan: verwonden, verkrachten, in zee werpen van mannen, vrouwen en kinderen, en tegelijkertijd identificeert hij zich met de slachtoffers en met het bloedbad zelf. Sadistische en masochistische passages komen in veel van Campos' gedichten voor (maar Álvaro de Campos was dan ook 'het hysterischte histerische in mij', schrijft Pessoa in genoemde brief).

Maar Campos schrijft ook dit:

Aan de vooravond van nooit vertrekken
Hoef je tenminste niet je koffers te pakken
Of plannen te maken op papier
Onwillekeurig aangevuld met schetsjes
Voor het nog open vertrek van de volgende dag.
(...)

Ik wil dit boek over enige tijd herlezen!
Displaying 1 - 30 of 71 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.