"Um dos mais belos escritos em Português acerca da infância. Uma metáfora inconformada e triste sobre a ditadura. A história de um amor visto pelos olhos imaculados de uma criança. A Língua usada com cuidado, como o carinho com que se trata um ente muito amado. um romance que é um exorcismo de libertação contra a mediocridade fácil da literatura que nada tem para dizer." (Daniel de Sá - membro do júri do Prémio Gaspar Fructuoso)
Que livro tão bonito! Que história tão ternurenta. Nela acompanhamos Nicolau, um pré-adolescente, nos dias que antecedem o 25 de Abril de 1974, numa narrativa que alterna entre a voz do narrador e as entradas do diário de Nicolau. Vamos seguindo os seus sonhos, o seu primeiro amor, o fascínio profundo pelos pássaros, o desabrochar para a adolescência e os pequenos grandes acontecimentos do quotidiano e da vida familiar. Pelo caminho, cruzamo-nos e vamos conhecendo as personagens interessantes da aldeia de Algures, figuras que nos remetem para o Portugal rural e para as histórias de infância que ouvimos aos nossos pais e que, no meu caso, ecoam também a minha própria infância. Este livro deixou-me um quentinho no coração e planeio voltar a lê-lo no futuro...