Nascido na reforma introduzida no jornal Folha de S.Paulo em 1984, o 'Manual da Redacao' e uma fonte de referencia indispensavel no jornalismo brasileiro e se tornou uma ferramenta fundamental para todos que trabalham com noticias e com edicao de textos. Alem de dados sobre a estrutura e o projeto editorial da Folha, o 'Manual' traz procedimentos utilizados na cobertura diaria do jornal e padronizacoes e estilos aplicados na redacao das noticias. O 'Manual' inclui tambem anexos com as principais informacoes sobre economia, geografia, direito, sociedade e tudo o mais necessario para o trabalho jornalistico.
É direito do leitor cobrar da Folha um jornalismo de qualidade, que seja objetivo e preciso, que se mantenha independente e crítico e que garanta espaço ao contraditório e a pontos de vista divergentes.
Muito interessante o manual da redação da Folha, que traz um panorama do que é relevante para quem atua no jornal é dá um gostinho do que é ser jornalista. Os tópicos abordados vão da gramática a debates contemporâneos, passando pela estrutura do jornal, as regras de conduta, um glossário de termos jornalísticos, anexos de referência sobre temas diversos e dicas de estilo e escrita.
Imagino que todo estudante de jornalismo seja obrigado a ler essa bíblia (ou pelo menos deveria ser), o que faz bastante sentido e certamente agrega muito para quem busca essa profissão. Mas ele tem algo para todos, tanto para curiosos e diletantes do jornalismo quanto para pessoas que querem escrever melhor. É muito completo e, em muitos momentos, fascinante!
Também achei curioso ver os altos standards que a Folha impõe a si mesma e aos seus funcionários. Embora eles sempre atendam aos próprios padrões, ao menos nos olhos deste leitor aqui, é interessante e louvável ver quais são os princípios norteadores do jornal, valores inegociáveis que, na prática, são muito difíceis de serem mantidos — até pela natureza ambígua e aberta ao debate que eles, inerentemente, carregam.
É um bom livro de referência, com pedaços intrigantes, mas não diria que vale a leitura completa. Mas fico feliz em tê-lo e o consultei algumas vezes no último ano como editor-chefe da queridíssima Gazeta Vargas.