O livro é uma coletânea de crônicas sobre a vida pessoal, em todos os cômicos detalhes, do jornalista americano no Brasil e suas impressões sobre o país que adotou há mais de vinte anos. Dividido entre Confissões e Desabafos, as bem-humoradas crônicas de Michael não poupam elogios nem críticas ao país. “Ser polêmico é como ser vulnerável, faz parte da minha natureza e me ajudou a escrever essas crônicas. Para mim, escrever é como fazer um strip-tease. Preciso me revelar, não porque sou exibicionista, mas porque expressar quem eu sou e como penso é um exercício libertador e uma maneira de me ver e ver o mundo à minha volta com mais clareza”, confessa Michael.
Com orelha de Luis Fernando Verissimo e prefácio assinado por Fritz Utzeri, o autor apresenta a perspectiva de um estrangeiro sobre o “jeitinho” brasileiro de ser. Um estrangeiro que, como tantos outros, ama o Brasil e confessa que depois de duas décadas se sente mais brasileiro que americano. Michael já até sonha em português, ainda que nos sonhos sempre fale com sotaque. “O livro foi escrito tanto para um brasileiro, quanto para um estrangeiro que vive aqui e que gostaria de ler sobre a vida pessoal e as opiniões de um gringo brasileiro. Tudo dito de um ponto de vista singular”, explica.
Na primeira parte de Sonhando com sotaque: Confissões e desabafos de um gringo brasileiro, as Confissões, Michael concentra as crônicas mais íntimas do livro. “A meu ver, poucos cronistas brasileiros contemporâneos usam esse tom confessional”, conta. Em Gringo solteiro procura, o autor descreve sua busca por namoradas nos classificados do jornal Balcão. Em outras tantas, ele fala de seus sonhos eróticos e de suas experiências desafortunadas com terapeutas. Já em Doidona, Michael conta o relacionamento nada amistoso entre a mulher e a “papagaia” Doidona, com mais de 18 anos. “Ambas possuem fortes laços monogâmicos e terríveis ciúmes em relação a mim”, brinca.
Na segunda e última parte, Desabafos, o autor escreve sobre os lugares-comuns dos brasileiros. Aspectos curiosos das relações, a dificuldade de se dizer não — e a subsequente mania de usar pode ser e vamos ver — e a impossibilidade de mostrar aos adolescentes brasileiros a importância de lavar seus pratos. Algo comum no dia-a-dia dos teenagers americanos.
As a gringo in love with Brazil myself, I expected to deeply identify with this book. On the whole, however, I was pretty darn underwhelmed. The short essay format of all the relatórios didn't leave Kepp much time to expound upon any one subject, and what was left was typically too quippy or trite for my liking; non-profound thoughts repeated essay after essay. I wanted to know so much more about his time and relations in Rio - I wanted a story arc with Brazil revelations in between! This was the wrong book for that. Not to mention, there's so much material to delve into when it comes to brasileiro-gringo relations that I found his meaningless exposés on subjects such as his chest hair completely out-of-place (and repulsive).
I rarely write reviews on here and I rarely give books less then five or four stars. This one, however, struck me wrong. Writing about his experiences as an American in Brazil, I saw plenty of confessions of his poor character and willingness to take advantage of situations for his own benefit. I did not see a lot of commitment to his adopted country beyond "what's in it for me."
I've spent 17 of the last 30 years in Brazil and can tell you that people like this author are among the reasons we are not well loved around the world.