PNL 3.º ciclo - Leitura autónoma. "N não é uma menina, é karateca. N tem 14 anos, quase 15, e o seu maior sonho é ser cinturão negro e beijar o Raul. N gosta de escrever, mas prefere lutar com o Raul. (Escrever é uma seca.)
Isto não é um diário. Não tem chave, não tem segredos. (Sim, tem segredos.) "
«ANA PESSOA Nasceu em Lisboa em 1982 e começou a escrever histórias aos 10 anos. Estudou Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Alemães) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Saiu de Portugal com 22 anos para fazer um estágio de 6 meses na Alemanha e nunca mais voltou. Vive em Bruxelas desde 2007, onde trabalha como tradutora.
Tem contos publicados em várias coletâneas e textos premiados em Portugal (incluindo Jovens Criadores '10, Aveiro Jovem Criador 2010 e Jovens Criadores '12) e também noutras paragens (Concurso internacional de contos «Um mar de palavras» 2010, Espanha, Concurso Internacional de Teatro Castello di Duino 2011, Itália). O seu primeiro livro, 'O caderno vermelho da rapariga karateca', venceu o Prémio Branquinho da Fonseca 2011, na modalidade Juvenil. 'Supergigante' é a sua segunda obra.
No início não estava a achar muita piada a este livro. Agora, no final, já gostei mais um bocadinho. É um caderno vermelho, de 240 páginas, uma espécie de diário de uma miúda que escreve histórias e coisas da vida diária, mas que não gostava de ser diarista, que está apaixonada pelo Raul, mas não é romântica e que deseja ser cinturão preto no karaté. Para já só quer ser cinturão verde (karateca), casar com o Raul e que o irmão tenha muitas evacuações intestinais. Uma adolescente à procura do seu lugar.
LITERATURA! Boníssim, m’ha encantat he rigut (!!!!!) i he admirat l’enginy de l’autora. Boníssim de veritat !!!!!!!!!!!! ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Una protagonista molt intel·ligent i creativa i divertida i espavilada i poètica i apassionada (bromes internes que només entendrem ella, jo i les que us el llegiu ;))
Que livrinho supreendente e que belíssima leitura me proporcionou!
Achei a edição maravilhosa, as ilustrações excelentes e o texto magnífico.
N, a jovem protagonista e narradora desta história oferece-nos um vislumbre parcial do seu mundo e do seu pensamento, através de pequenas narrativas com origem no seu dia-a-dia.
Um pensamento fresco, original e robusto de individualidade. Impregnado em doses equivalentes, de fantasia infantil, de rebeldia e incerteza adolescente, e de pensamento reflexivo e maduro, no limbo perfeito "entre mundos", dos seus quatorze (quase quinze 😊) anos.
Muito bom!
nota: não faço ideia como este livro veio parar à minha estante (mas ainda bem que aqui estava!); seguirá agora para casa de uma prima "destas idades" que penso que poderá também gostar muito de o ler.
Grande livro; me enche de alegria e de esperança. Perde 5* porque N. tem uma voz muito mais infantil que juvenil (como outra pessoa comentou aqui mesmo). Difícil acreditar que ela tem 15 anos. Isso não é propriamente uma falha, é só um detalhe. O problema é que alguns recursos estilísticos (maravilhosos, ora vertiginosos e exuberantes, ora reticentes e singelos) da autora Ana Pessoa são mais da Autora Ana Pessoa que da Personagem N. Então ficamos assim: uma voz mais infantil embalada numa prosa sofisticada e muito bem pensada. Na terceira pessoa, seria uma obra-prima. Na primeira pessoa, não é.
Este livro (caderno?) é muito divertido. Conta a história de uma rapariga de 14 anos (faz 15 perto do final da história). Não divulga a nome dela mas há pistas, e não é difícil adivinhar! Ela é karateca (palavra desconhecida para a minha esposa, e isto deu boa oportunidade para mim ser professor de português a uma madeirense), e gosta de um rapaz da mesma classe de karaté. O caderno é cheio de desenhos bonitos contos pequenos, listas, e pensamentos, mas não é um caderno típico, não, tem uma vida e uma vontade própria como a rapariga descobre...
Ana Pessoa torna a demostrar que sap parlar als adolescents sense condescendències ni artificis, construint un relat fresc i ple de sentit de l’humor que retrata amb encert els dubtes, les pors i els desitjos d’aquesta edat. I ho fa amb la complicitat de Bernardo P. Carvalho, les il·lustracions del qual donen encara més força a aquesta història, que es llegeix amb un somriure als llavis i una mica de nostàlgia als que ja hem deixat enrere els quinze.
Llegir Ana Pessoa és reconciliar-se amb l’adolescència: les seves novel·les tenen aquella combinació perfecta d’intel·ligència, tendresa i un punt de rebel·lia que fan que, un cop comences, no puguis parar.
Una novel·la juvenil que defuig tòpics, que parla amb autenticitat i que confirma que sí, una altra literatura romàntica per a joves és possible. 💥🥋📕
A N é karateca, está na transição dos 14 para os 15 anos e tem muita graça. Eu não sou karateca e arrisco-me a dizer que, com a idade da protagonista, não encadeava os meus pensamentos com tanta destreza. Mas há algo que partilhamos: o fascínio por cadernos, pela página em branco, pela ideia «de qualquer coisa por ser».
Estou cada vez mais rendida às narrativas da Ana Pessoa, porque consegue criar cenários transversais, mesmo que a nossa faixa etária já não seja a mesma das personagens. Além disso, nestas páginas, temos o mundo inteiro para descobrir. Temos muitas histórias, imaginação e uma viagem de autodescoberta.
Também teria gostado de ter um caderno vermelho, que não é um diário, mas que pode ser tudo aquilo que eu quiser.
Quina veu narrativa tan guai que aconsegueix fer l'Ana Pesoa, una veu auténtica i molt fresca. Una veu d'una noia plena de creativitat i una d' curiositat latent🌿✨
viciada nestes dois? eu? deve ser impressão vossa 🤭
deixei para último o primeiro (este) e o mais recente livro de ana pessoa. depois de três livros dela se terem tornado favoritos neste trimestre de 2023, “o caderno vermelho da rapariga karateka” – claramente autobiográfico (ouçam o episódio do podcast “livrólicos anónimos“ com a autora) – não me preencheu na mesma medida. ainda assim, considero-o uma maravilha.
neste livro – uma edição belíssima – temos notas, histórias, ideias soltas de N (ana), que se apaixona por um caderno vermelho numa loja, compra-o e nunca mais o larga.
N diz que não é menina, é karateca, tem quase 15 anos, gosta de karaté e gosta do raul. gosta de escrever, mas gosta ainda mais do seu caderno vermelho com vontade própria.
como é possível traduzir o simples dia a dia de uma pré-adolescente, os seus pensamentos, as suas fantasias, sonhos e incertezas de forma tão brilhante é algo que me escapa. as banalidades – nem sempre tão banais – passam a ser a coisa mais bonita do mundo.
talvez seja mesmo assim na vida real. este livro, no fundo, são partes da realidade. mas tudo nos ultrapassa no momento. olhando para trás, talvez encontremos a mesma beleza que é possível encontrar nos livros da ana e do bernardo. a vida tem destas coisas simples, bonitas e unicamente nossas.
estas dores de ser jovem são mesmo bonitas de se ler ❤️
Este "cuaderno rojo" es un libro que contiene lo que escribe la narradora, una joven próxima a cumplir los 15 años. Lo que escribe es lo que ve y lo que piensa, y como lo que ve y piensa es variado y fragmentado, así es su cuaderno, que no es un diario, según se aclara en las primeras páginas, pero se parece a esas libretas de apuntes de los escritores, en las que se anotan todas las ideas que llegan a la cabeza durante el día, en un ejercicio de asociación libre que puede ser infinito. Acá están sus clases de karate, su compañero Raúl, con el que se quiere casar o al menos ir a cine, la monja que la está preparando para el bautizmo, la mamá, el hermano que le hace la vida imposible, etc, etc, etc.
Aunque se supone que la narradora tiene 15 años, me parece que su voz es un poco más infantil... de 10 u 11 años quizás. Y es un libro óptimo para lectoras de esa edad, aunque por supuesto puede ser disfrutado por gente mayor, como toda la buena literatura infantil o juvenil, que no tiene edad de caducidad. Ver más en: http://secretodelectura.blogspot.com/...
Fez-me lembrar bastante a escrita da Alice Vieira. Muito inteligente, original e bem-humorada, após ler a pequena biografia no final, pareceu-me bastante auto-biográfica. E eu gostei de conhecer a rapariga karateca que não gostava de ser tratada como uma menina mas era mariquinhas. Que delirava com evacuações intestinais de vezes líquidas e semi-líquidas, voos caóticos de moscas e cadernos vermelhos com vida própria. Adorei a conjugação das ilustrações com os textos de várias espécies a conviver alegremente num eco-sistema literário muito imaginativo, diria mesmo genial. Somos da mesma geração. Tenho o mesmo nome da escritora e suspeito que da persnonagem também. E também tive sete miúdas com o mesmo nome que eu na turma, três delas com os mesmos dois nomes, que pais de ideias originais, os nossos... enfim, sobrevivemos e cá estamos para contar.