Jump to ratings and reviews
Rate this book

And Still the Earth

Rate this book
Welcome to Sao Paulo, Brazil, in the not too distant future. Water is scarce, garbage clogs the city, movement is restricted, and the System--sinister, omnipotent, secret--rules its subjects' every moment and thought. Here, middle-aged Souza lives a meaningless life in a world where the future is doomed and all memory of the past is forbidden. A classic novel of "dystopia," looking back to Orwell's 1984 and forward to Terry Gilliam's Brazil, And Still the Earth stands with Loyola Brandao's Zero as one of the author's greatest, and darkest, achievements.

374 pages, Paperback

First published January 1, 1981

45 people are currently reading
1303 people want to read

About the author

Ignácio de Loyola Brandão

110 books81 followers
Ignacio de Loyola Brandao (born 1936 in Araraquara in São Paulo) began his career writing film reviews and went on to work for one of the principal newspapers in São Paulo. Initially banned in Brazil, his novel Zero went on to win the prestigious Brasilia Prize and become a controversial bestseller. Brandão is the author of more than a half-dozen works of fiction, including Zero, Teeth Under the Sun, and Angel of Death, all of which are available or forthcoming from Dalkey Archive. In his career he has won the Prêmio Jabuti, the most important literary prize in Brazil.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
241 (39%)
4 stars
237 (38%)
3 stars
98 (16%)
2 stars
27 (4%)
1 star
7 (1%)
Displaying 1 - 30 of 78 reviews
Profile Image for Vit Babenco.
1,784 reviews5,785 followers
October 4, 2020
A little bit of reality is hidden in every dystopia…
It’s a complex structure we live in: there are also Inspectors for the Inspectors. Occasionally this leads to wars between groups of them, and we, the populace, utterly powerless, suffer the consequences. Don’t ask me to explain how it all works, the mechanics of the system. That would be impossible; the only way to see the structure is from the inside.

And Still the Earth is a highly intellectual and dystopian outlook upon the modern globalized and urbanized hypocritical society drowning in the total consumerism. It is one of those books that may be easily called prophetic.
A game of hide-and-seek. As if we had entered a labyrinth, a hall of mirrors, and lost track of the true image. Or perhaps all the images we saw around us were true. Should we accept them all, then, admitting multiplicity? Or keep searching for a single truth?

It’s enough to shift reality just a notch and one finds oneself in the hopeless dystopia…
The mechanism of repetition. Get up, have coffee, go to work, come home, eat, watch TV, go to bed.
Like a wheel spinning in place. Producing what? Nothing, zero, zip. A perpetual-motion machine. It went on working nonstop your whole life long. Unless someone interfered with it. Without interference, things go on and on, they become eternal. Intervention is what we need, someone interrupting things, making themselves an obstacle to repetition.

Everything in the world is extremely bad yet nothing prevents things to get even worse…
The System’s clever web of lies and tricks: do something, undo it, and then deny it…

“O my people, they which lead thee cause thee to err, and destroy the way of thy paths,” Isaiah 3:12
It looks like we’ve been living in the dystopia ever since the ancient times.
Profile Image for Alysson Oliveira.
385 reviews47 followers
August 28, 2020
Comprei esse exemplar de Não Verás País Nenhum num sebo no começo de novembro de 2018, e, desde então, cogitava ler, mas acabava desistindo, até que agora vi tanta gente lendo que tomei coragem. É um livro interessante, uma distopia bem aos moldes clássicos de 1984, que cria um mundo de ordem rígida e opressão a partir do nosso.

Originalmente publicado em 1981, é bem claro como Ignácio de Loyola Brandão está dialogando com a Ditadura Militar brasileira daquele momento, e o que e como ele via no seu fim próximo. Acredito que o romance tenha tido um momento – entre os anos de 1990 e os primeiros do século XXI – no qual se tornou um tanto anacrônico, diria até que se lido nessa época acharia que “envelheceu mal”, até que se tornou novamente um tanto atual. É incrível como certas figurações da narrativa sobre o Brasil daquela época ganharam um novo fôlego. Até os fatos imaginados pelo autor se tornaram estranhamente plausíveis.

O protagonista é Souza, um professor de história que foi forçado a se aposentar e agora trabalha como um burocrata num repartição de vigilância. O cenário é São Paulo, uma espécie de país novo, tomada por poluição, e cujos recursos naturais foram completamente destruídos. Os habitantes dependem de fichas para sobreviver, para conseguir comida (praticamente toda produzida em laboratório), ir de um lugar para outro etc. Surgiram também novos cargos nesse mundo governado por algo chamado de o Esquema, como os Militécnos e os Civiltares, responsáveis por controlar a população.

Pequenos detalhes fazem de Não Verás País Nenhum um romance de terror, tamanha a proximidade assustadora com o nosso presente. Tudo isso me fez lembrar quando as pessoas fizeram placas Make Margaret Atwood Fiction Again, comparando a realidade a O Conto da Aia. Faça Não Verás País Nenhum ficção novamente.
Profile Image for Allison Hurd.
Author 4 books944 followers
December 19, 2022
What a wild read. A dystopic post scarcity climate fiction full of absurdist moments a la Candide. I think it was a bit repetitive at times and a bit overly filthy for effect, but there were also moments of sheer poetry. Also, some upsettingly prescient looks both at the effects of capitalism and at the precarious Latin American landscape.

CONTENT WARNING:

A weird book, but I'm very glad to have read it. I bet it's way funnier and scathing in Portuguese, but even translated I laughed out loud several times and whispered "damn!" at others.
Profile Image for Rogerio Lopes.
820 reviews17 followers
July 25, 2020
"O processo de falação obedece a uma sequência invariável. Um primeiro momento, o da chamada denúncia. Alguém levanta o problema. Em seguida, uma fase delicada. A das vozes indignadas, governamentais ou não, que se erguem exigindo providências. O terceiro momento requer habilidade.

É a fase das promessas. Garante-se a formação de comissões de inquérito, promovem-se passeatas controladas, editoriais consentidos na imprensa, entrevistas categóricas. Esse período é essencial, exige uma avalanche de falação contínua, exacerbada, exasperante. Falar até o total sufoco.

Não deixar ninguém raciocinar. Repisar indefinidamente o assunto até o ponto de completa saturação. Falar, falar até o esgotamento. E então, de repente, ninguém mais pode sequer ouvir comentar as tais denúncias. Elas se esvaziam. Os que tentam são classificados como Intolerantemente Aborrecidos.

Os sistemas de governo se sucederam, as noções políticas se modificaram, menos a falação. Essa prosseguiu, como tara hereditária. Constantemente aperfeiçoada.(...)"

Familiar??? A atualidade disso é desesperadora..
Profile Image for Lucas Mota.
Author 8 books138 followers
January 5, 2021
NOTA: 4

Souza, um professor de história, vive frustrado por não poder exercer sua profissão de forma apropriada. A razão é simples: há um governo autoritário e desinteressado em fatos que controla absolutamente tudo, muito embora o melhor termo seja "descontrola".
Somos apresentados a uma distopia brasileira, onde o país se tornou um cenário apocalíptico. A floresta amazônica virou deserto, os cientistas são perseguidos como se fossem judeus em plena Alemanha nazista, o clima está em desequilíbrio máximo, com um sol que ameaça a todos. Experimentos nucleares geraram uma população crescente de doentes deformados. Há escassez de comida e água.
Não verás país nenhum é um retrato muito preciso de algo que pode ocorrer a nosso país. A roupagem de ficção científica é clara, mas jamais alucinada. Há um toque de realidade no texto. Em todo o momento é possível acreditar: estamos caminhando para isto.
Ler este livro em pleno desgoverno bolsonarístico é como ler A peste, de Albert Camus em plena pandemia. É impossível não reconhecer a semelhança com a realidade, sobretudo na mentalidade daqueles que defendem o grande Esquema, como é chamado o governo no livro.
Em 2020 tivemos nazistas literalmente queimando a amazônia e o pantanal. Ao me deparar o deserto amazônico citado no livro foi automática a associação.
Um governo desisnteressado em ciência e em história, uma população que apoia em peso esta mentalidade, faculdades inteiras sendo fechadas como resposta a manifestações estudantis reivindicando melhor qualidade de ensino. É assim que concluo minha resenha. Te confundo com afirmações que podem se referir tanto ao livro quanto ao Brasil de nossos dias.
Leitura necessária. Raiva inevitável.
Profile Image for Carlos Ghiraldelli.
140 reviews1 follower
January 23, 2018
Premissa sensacional, de um futuro distópico no Brasil, escrito por um cara que eu admiro. Mas, pra mim, a história é extremamente arrastada... Souza, o personagem principal, tem muito pouco carisma - embora as histórias dele com a esposa, o sobrinho e outros personagens sejam boas.

O que me incomodou foi a forma extremamente explicativa, quase didática, de se explicar a razão de cada "modernidade" desse futuro distópico. Quebra o ritmo da história, que praticamente não acaba, e torna cansativo. Ponto positivo pro exercício de futurologia de um livro escrito no início dos anos 80 e que acertou em cheio em diversos pontos do futuro.
Profile Image for alienticia.
277 reviews9 followers
Read
May 21, 2023
é um texto tão pouco sutil sobre a ditadura militar que se eu tivesse lido durante o governo bolsonaro ia ficar maluca. gosto que é impossível saber o que é verdade e o que não é. deu vontade de ir atrás de mais distopia brasileira
Profile Image for Ana.
64 reviews8 followers
October 9, 2019
Como eu não sabia que existiam distopia btasileiras tão bem escritas e premonitórias!
Profile Image for Paul Dembina.
694 reviews163 followers
June 5, 2021
Not quite sure what to make of this one. I think many of the references may have meant more to people with knowledge of recent Brazilian political events. Some plot elements were never resolved or explained and to me felt overly episodic
Profile Image for Carlos.
Author 13 books43 followers
October 12, 2021
Se tivesse sido escrito nos dias de hoje, Não Verás País Nenhum seria considerado uma sátira bem pouco sutil. É fascinante que tenha sido, na verdade, publicado há exatas quatro décadas.

O resto da resenha está em vídeo no Admirável Mundo Livro:

https://www.youtube.com/watch?v=g6ccN...
Profile Image for Rust.
15 reviews3 followers
November 7, 2022
Intrigado que sempre fui com a literatura brasileira dos anos 70 e 80 (por quê a desconhecemos? quando foi que perdeu a relevância? como esse país tinha tantos escritores engajados no cenário cultural e o que nos distanciou dessa realidade intelectual?), caí num livro de Márcia Denser (uma das primeiras vozes assumidamente feministas da nossa literatura, e veja você, quem ouviu falar?), onde ela dá pareceres sobre a cultura nacional por meio de um gênero genuinamente brasileiro (a crônica), eis que um dos textos é dedicado a essa geração de escritores, onde a autora parte na defesa deste panteão de Fonsecas, Bragas, Brandões, Gullars e toda uma sorte de artistas iluminados pelo dom da escrita, e reduzidos a apêndice da história por nossas impressionáveis professoras de português, que com frequência sequestravam o tempo da aula de literatura para enfim encerrar seus esboços sobre subordinadas assindéticas.

Pois bem, resoluto que sou, fui a caça de Brandão, pois que seus livros ou já me seduziam pelas desventuras formais ("Zero"), ou por títulos lancinantes ("O Beijo Não Vem Da Boca", "Não Verás País Nenhum").

Ao dar início a Não Verás País Nenhum, às vésperas da eleição presidencial de 2022, o que encontrei aqui foi não apenas um relato distópico de um professor de história que testemunhou a derrocada político-ideológica das institui��ões estruturantes de uma nação (a ciência, as artes, a educação, a saúde, etc) vivendo num futuro sem data, fruto da imaginação de um autor que vivia o ensaio de reabertura de um país sitiado pelo governo militar. Porque, além disso, na véspera dessa eleição, era possível traçar paralelos, página a página, com o plano de governabilidade francamente oportunista e repleta de desinformação que vivemos entre 2017 e 2022. Os paralelos são tantos que me alegraria muito ressaltá-los aqui, mas como isso seria um spoiler, eu simplesmente recomendo o resgate desse premiado - e esquecido - volume.

Se nossa literatura contemporânea nos foi omitida, por ter se construído sob a névoa do estado de ansiedade dos 21 anos de ditadura brasileira e não mais dialogar com o momento de abertura política que experienciamos em nossa vida escolar, ficam os votos para que ela seja redescoberta por nós, geração de 88 e subsequentes, visto que nossa história ainda está longe de ter expirados os massivos anseios antidemocráticos desse lindo país. LEIAM.
Profile Image for Arthur Dal Ponte Santana.
116 reviews14 followers
January 8, 2021
Depois que eu terminei o livro "Zero", do mesmo autor desse, eu fiquei abismado, pensando nas possibilidades de uma literatura que quebrava toda a forma tradicional e formava uma imagem, dissonante porém viva, do Brasil da ditadura. Comecei a ler "Não Verás País Nenhum" esperando que Loyola repetisse a dose. Infelizmente, o que encontrei foi um texto ruim de se ler, que busca se apresentar como mais profundo do que realmente é e marcado pelo senso estético daquilo que parece ser um tiozão do zap. Nenhum momento do texto é impactante porque não há nenhuma tentativa aparente de ilustrar uma cena qualquer que seja. Tudo aqui é explicação de um mundo intrincado que exala um ar de pedância. Essa obra é a prova de que não basta conteúdo (o que esse livro esbanja, já que nunca para de acrescentar elementos à sua narrativa da maneira mais porca possível), precisa-se forma (coisa que o "Zero" tinha de sobra).
Profile Image for José Luis.
386 reviews12 followers
September 10, 2014
O livro é simplesmente fantástico, romance de ficção. Projeção bem imaginada e bem trabalhada para um futuro possível, e sobre a vida seria em tal cenário. Sem água, sem direitos, tutelado completamente pelo estado. Se o mundo não reagir a tempo, nem demora tanto tempo assim a chegarmos até lá. Passagem que me chamou atenção, página 359: "As coisas são mais simples, não é preciso procurar significados ocultos. Os fatos são os fatos, verdadeiros, nus, aparentes. A vida inteira buscamos a compreensão através de informações enigmáticas. Imaginando complexas representações, procurando meios de penetrar no profundo. E o real está na superfície, bóia à nossa vista. ......"
9 reviews
January 22, 2020
Gostei muito de ter lido este livro.
Uma ficção que incomoda pela acertividade de fatos que acabaram acontecendo.
Profile Image for Eliza.
126 reviews11 followers
July 26, 2025
Set in Sao Paolo, Brazil, this novel captures the final chapter in the life of Souza – an ex-professor caught in the collapse of the modern world.
Many aspects of this book are eerily timeless. Published in 1981, it forecasts the following few decades under the events of a fully realized climate crises and an elusive authoritarian government. Slogans, fake news, fake jobs, and ration cards distract residents from disappearances, widespread poverty, a hierarchical society, pandemics, sterilization, global extinctions, and poisonous food. The Amazon rainforest farmed into nonexistence becoming an endless desert. The head of state is a nameless entity, and officers of the state will kill anyone to stockpile supplies.
PERPETUAL WAITING & PASSIVITY
Residents (the ones lucky enough to have a job) are kept in a paradoxical state of rigid daily schedules and daily suspense for the unrealized promise of improved working conditions. A tactic employed by the government to prevent collective action.
SCIENCE AS FICTION
The entire academic system is dismantled as the government discredits and defunds research. The general population, worn down by lack of action and promised results, become fatigued to the warnings science offers, creating a guilty silence.
“The trick was to convince people to be proud of what they had. To convince them to stop reading newspapers which printed bad news, shame marking the beginning of a new era. Finally, reports no longer meant anything. And we seemed to lack the decisive gestures at important moments in history.”
THE SYSTEM THAT OBSCURES
“It’s a complex structure we live in: there are also Inspectors for the Inspectors. Occasionally this leads to wars between groups of them, and we, the populace, utterly powerless, suffer the consequences. Don’t ask me to explain how it all works, the mechanics of the system. That would be impossible, the only way to see the structure is from the inside.”
“We lived in a world of paradoxical points of reference, rigid systems, democratic airs. Repression justified and justifications accepted. Amorphous regimes we couldn’t get a handle on. It never occurred to us that this was the form of the System. Designed to have no identifiable shape. Our mistake was to look at our own history for models – forgetting man himself has changed substantially.”
“By the times things changed, we had been prepared, people were conditioned. Things changed the way fashions, fads do, they just appear quietly out of nowhere and became part of the presents.”
“We must possess some sort of perversity which allows us to accept terror as normal, or even to go so far as to desire it, as long as it doesn’t touch us directly. Blindly believing we were perfectly fine, since it was the only was to function in society. It was an optical illusion that depreciated and disappeared faster than money.”
HOPE ELUSIVE
“Of course, the Enlightened Workers tried to form a movement, to organize, to raise the consciousness of the rank and file, but the Chronic Liars emasculated the leadership, suppressed all rebellion, appeased the skeptical, bought off the weak, and just about fooled everyone.”
“Simple customs, ceremonies, rituals, habits. Things that lasted centuries, passing from grandfather to father to son to grandson and on. Spontaneous gestures, popular sayings, food. They endured. They gave a feeling of solidarity.”
Profile Image for Jaqueline.
551 reviews47 followers
May 28, 2022
"Me abandono, sustentado pelas pessoas que estão em volta. Muito cansado, os pés doloridos. Pernas amortecidas. Continuo a temer pela minha circulação. Fecho os olhos. A tarde está caindo, a quentura permanece. Bem tarde da noite é que vai bater o frio. Quente-frio; frio-quente. Pela manhã, muitos estarão mortos. As mudanças de temperatura são rápidas. Assim que o dia esquentar, vamos jogar os cadáveres ao sol, para que sejam incinerados pela luz. Tais coisas fazem parte de nosso dia a dia. O horror deixa de ser quando se transforma em cotidiano."

Nesta distopia acompanhamos Souza em uma São Paulo de um futuro não muito distante, em que os militares estão no poder, partes do Brasil foram vendidas para estrangeiros, a Amazônia virou um deserto, a população sofre com o calor excessivo e as péssimas condições de vida e a propaganda rola solta, de modo que ninguém sabe direito o que está acontecendo. É uma crítica não muito sutil do período da ditadura, mas nem por isso menos brilhante. É contada por meio de divagações do Souza e isso fica um pouco cansativo às vezes, porém eu gostei de como ele não é um narrador confiável e sabe disso. É uma história pessimista, deprimente, mas completamente plausível e atual, um futuro horroroso que pode se concretizar se certas pessoas se mantiverem no poder.
Profile Image for Sara Helena.
123 reviews2 followers
February 1, 2025
incrível e assustador ler um gênero que eu gosto tanto de um autor brasileiro, cujo cenário é extremamente familiar.

o personagem principal tem o carisma de uma porta mas é o contexto que faz o livro, principalmente os aspectos ambientais!

triste saber que são anos de uma sociedade que se mantém praticamente a mesma
"Duas coisas eram pior que o câncer para a Alta Hierarquia do Novo Exército: os espíritos negativistas e os comunistas."

e mais triste ainda é saber que estamos mais perto do cenário de vida do Souza do que a gente gostaria
"... de tudo que você disse, Elisa, existe um ponto em que está errada, a gente carrega culpa porque tem, você recebeu o mundo assim, e adaptou-se, deixou a responsabilidade para os outros, é mais fácil, não tentou mudar nada..."
Profile Image for Elis Bastani.
40 reviews
April 3, 2025
Que livro perturbador.

Eu fiquei obcecada, não parava de falar dele.

E agora já passaram uns dias, e eu continuo pensando nele sem parar.

Alugou um triplex na minha cabeça.
Profile Image for Elisa.
78 reviews
December 26, 2019
Para quem deseja uma distopia brasileira à la 1984 ou Admirável Mundo Novo, ei-lo! Gostei muito, sofri muito! Vale a pena.
Profile Image for Harvey Hênio.
626 reviews2 followers
November 23, 2025
Inácio de Loyola Brandão, nascido na bucólica cidade de Araraquara no ano de 1936 é romancista, contista e jornalista além de membro da Academia Brasileira de Letras desde 2019. Venceu por cinco vezes o prestigiado prêmio Jabuti além do prêmio Machado de Assis em 2016 pelo conjunto da obra. Produziu com muito talento e versatilidade vasta obra literária em que destacam os romances “Zero” (1975) e “Não verás país nenhum” (1981) que já teve 28 edições e continua mais atual do que nunca.
O jornalista Washington Novaes (1934/2020), um dos idealizadores do “Globo Repórter”, colunista e ativista da causa do meio ambiente, escreveu o seguinte prefácio intitulado “Sufocados pela realidade” para a 27ª reedição de “Não verás país nenhum”:

“Há quem diga que artistas são uma espécie de antena da raça.
E são mesmo – por sua capacidade de antever, enxergar muito antes que os simples mortais, graças a sua sensibilidade aguda.
E a um dom que os faz ser ouvidos.
Kofi Anan, secretário-geral da ONU, passou anos repetindo que, hoje, os problemas centrais da humanidade são mudanças climáticas e padrões insustentáveis de produção e consumo, além da capacidade de reposição da biosfera terrestre.
Ficou rouco de tanto falar, poucos o ouviram.
A primeira edição deste livro é de 1981.
Ele vai agora para a 27ª edição.
As pessoas leem.
Sabem que o autor está falando, há um quarto de século, das mesmas coisas que o secretário-geral da ONU viria a tratar anos depois.
Mas em 1981 só meia dúzia de cientistas tratavam das ameaças que se desenhavam.
E neste livro, daquele ano, volta e meia o leitor tem que dizer a si mesmo “É ficção”, para não ser engolido e sufocado pelas realidades de hoje e pelas alegorias que povoam as páginas.
É um livro captado por antenas de alta sensibilidade.
Por isso é tão atual, tão lido – fora o estilo, que são outros quinhentos”.

A leitura atenta de “Não verás país nenhum” reforça sobremaneira as palavras de Washington Novaes pois a dura realidade distópica construída pelo autor espelha de forma alarmante os piores cenários montados por ambientalistas e cientistas como alerta contra as consequências do aquecimento global, do desmatamento descontrolado e do consumo descontrolado.
O enredo de “Não verás país nenhum” é enganosamente simples: num Brasil futurista, onde a floresta amazônica não existe mais, substituída por um deserto gigantesco (a “nona maravilha do mundo”, maior do que o Saara, como alardeia de forma bizarra o misterioso, ditatorial e manipulador “Esquema” que governa o país), superpovoado, sem animais, sem crianças, sem agricultura, assolado por imensas tempestades de areia que inviabilizam regiões inteiras e onde a população, se alimentando basicamente de alimentos artificiais hiperprocessados, com água reciclada e racionada, teve sua expectativa de vida reduzida a pouco mais de quarenta anos, vive o desiludido e infeliz Souza, ex professor que sobrevive trabalhando em um emprego burocrático e repetitivo. Ele é casado com Adelaide, mulher igualmente desiludida e infeliz, e sua relação com ela está por um fio. Completando esta disfuncional família está o misterioso sobrinho de Adelaide que ocupa no tal “Esquema” uma função que lhe dá certo poder.
Souza, diante de uma vida sem atrativos e, ou estímulos e numa realidade brutal elucubra sobre o passado e sobre as questões que, se devidamente enfrentadas e resolvidas, poderiam ter levado o país a uma realidade longe da catástrofe ambiental e social em que ele vivia.
Em um determinado momento da narrativa (pág. 34 desta edição) Sousa reflete sobre como a ciência e os cientistas foram tratados quando os primeiros sinais da catástrofe começaram a aparecer:

“Cientistas. Categoria mínima, marginalizada. Numa fase quase pré-histórica, o povo era alheio aos seus avisos. Mais tarde o Esquema percebeu a situação, manipulou jornais e televisão e fomentou a ironia. Foi quando se difundiu amplamente a expressão galhofeira “paranoia científica”.
Qualquer ato era “paranoia científica”. Um cientista consciente, naquela época equivalia a ser judeu nos dias de nazismo. Pessoa perseguida, maldita, que se camuflava. No entanto a gente continuava a falar, denunciar, a provocar a opinião pública.
A maioria dos cientistas foi cassada. Outros se retiraram aceitando convites estrangeiros. Houve quem se aposentou, mudou de atividade. Muitos institutos foram fechados, enquanto uma nova ordem crescia e dominava”.

Esse trecho soa, infelizmente, muito familiar para quem acompanhou certas discussões realizadas recentemente na época da pandemia da Covid-19 e também depois dela. Inclusive a expressão “paranoia científica” já foi usada por muitos negacionistas nos dias de hoje diante das denúncias sobre o desastre climático e ambiental que está em curso.
De certa forma dá para afirmar que Inácio de Loyola Brandão antecipa várias questões muito bem abordadas e desenvolvidas por David Wallace-Wells, jornalista estadunidense especialista em assuntos climáticos, em seu livro publicado em 2019 “A Terra Inabitável”.
O autor, em entrevista publicada na revista “451” de junho de 2025, parte integrante da matéria intitulada “Cronista da perplexidade” afirmou o seguinte acerca de seu estilo despojado e brutal de narrar:

“Sofri com a censura, com a ditadura e, emputecido, busquei uma forma de me liberar, protestar, ser livre, fazer o que eu queria, da maneira que queria. Como editor na Última Hora, guardei durante anos tudo que os censores proibiram. Levei para minha casa uma montanha de material: fotos, notícias, entrevistas, reportagens, cartas que torturados enviavam às redações. Levei dez anos fazendo e refazendo. Zero foi publicado primeiro na Itália, depois no Brasil. A ditadura proibiu. Usei ruídos, gritos, choros, risos, peidos, bombas explodindo, assassinatos — tudo que me viesse à cabeça, que eu visse, vivesse, que amigos vivessem, tudo que transmitisse o clima de terror, violência, medo, perseguição, dor, censura”.

Faço apenas uma ressalva a “Não verás país nenhum” e para isso reproduzo aqui uma frase de uma canção chamada “Índios”, composta por Renato Russo em 1986. Em um trecho desta canção ele disse “O futuro não é mais como era antigamente”. E é esse sentimento de estar diante de um “futuro anacrônico” que eu tive ao ler certas passagens do clássico de Inácio de Loyola Brandão. Num certo trecho do livro ao abordar um imenso cemitério de veículos abandonados o autor cita “Passats”, “Chevetes” e “Corcéis”, ou seja marcas de veículos que o autor via pelas ruas em 1981. Nesse futuro desenhado pelo autor em 1981 também não existem computadores, celulares e, ou Internet. Portanto leitores mais atentos podem achar esse futuro um tanto quanto “defasado”.
Mas essa ressalva não desmerece em absoluto o valor de “Não verás país nenhum”, um clássico que incomoda, assombra, nos faz pensar sobre que tipo de país teremos no futuro e cuja leitura é fundamental para todos aqueles e aquelas que ainda se preocupam com a democracia, com o meio ambiente e com a qualidade de vida.
Profile Image for Bryan--The Bee’s Knees.
407 reviews69 followers
July 25, 2019
A dystopian novel set in the near future when the world has suffered severe climactic change due to pollution and mismanagement of resources. It short-changes the book, though, to think of it only in regards to this theme--Souza, the main character, suffers through a hallucinogenic nightmare of self-doubt and forgotten memory as he plods through the hellish cityscape of this future Brazil: so, not only a satire on the politics of the time (1981), but the portrait of a man forced to finally wake up to the reality he's tried to fence out.

I liked some aspects of the book, some were a bit puzzling, and some of the stylistic tics came off flat to me. First off, I really enjoyed this glimpse of Brazil through the author's eyes, even if the picture was an imaginary look at the future. I also got a chuckle every now and then from the different periods of future history that were mentioned, as if they were official titles (The Grand Era of Enrichment, The Wide Open Eighties, Great Battle Against Liberalism in the Church), and some of the System's programs (Society of Inebriated Ministers, Intense Official Propaganda), all referred to by the characters in the book without any sarcasm. But as Souza starts slipping lower and lower on the economic scale--losing his wife, his job, his apartment, his friends--and is rudely thrust into the worst aspects of the new world, it felt somewhat disconnected, as if Brandão threw in whatever came to him, regardless if it fit very well with the previous narrative. I suppose one could say I had trouble accepting his world-building, though as a satire, that may not be as important as the overall message. A realistic portrayal of this future may never have been Brandão's intention in the first place.

Brandão's books are being re-issued by The Dalkey Archive--should they decide to re-issue And Still the Earth, I'd say it's definitely worth a look, despite any quibbles I had with it.
Profile Image for Troy.
300 reviews190 followers
January 25, 2010
I hate the five-star rating system. This book is somewhere between 3 and 5 stars. I'd like to give it a 3 and a half.

Anyway, this is a fantastic dystopia set in Brazil. We follow the middle-aged Souza, stuck in his ways, barely alive (metaphorically). He lives in a hyper-Panopticon; is a minor functionary; used to be a history professor; now lives in a stifling apt. in a stifling city under stifling surveillance, rules, and bureaucracy. Of course, everything goes to shit, but our protagonist, who is the constantly plodding sort, is always stuck in his head, always ruminating over the past and considering abstractions.

The world, as usual in a dystopia, has gone to shit. What is surprising is that this book, which was written in the early '80s, imagines a total environmental collapse. Brazil has cut down it's rain forest and now has "one of the wonders of the world," The Great Amazon Desert. Heat pockets are so intense that people burn to ashes if caught in one. Pharmaceuticals and multinationals have poisoned generations, and The System (and governments that proceeded it) have created blunder upon blunder. The Rich hide in massively walled cities, while everyone literally dies of lack of water and food.

Meanwhile, our "hero" does nothing but passively meander and ruminate on all that happens, occasionally bringing up suppressed memories of dead children, dead voyages, dead dreams, dead grandparents, dead occupations, dead forests, and a dead planet. His world goes from awful to repugnant to 23rd level of Dante's Inferno. Despite the horror he experiences, he sort of, kind of, "wakes up" and becomes slightly more alive - but only slightly - and only as he nears death. This is even bleaker than The Road but it's somehow a lot more fun.
Profile Image for Kamakana.
Author 2 books415 followers
February 2, 2019
050813: i do not know details of society in brazil- but this dystopia seems all too credible in many countries. the bleakness, the environmental hell, the meaningless routine life gradually becoming more and more restricted by 'the system', the loss of anything like a civic society, the corruption, the endless propaganda, the removal of any sense of history- it is not an error the protagonist is a former history prof- and the way this oppressive and unquestioned, nameless, authoritarian 'system', comes to take over even the least freedom of what parts of the city you can visit, what days you must consume (even if you do not want to), what time what bus you take, what side of the sidewalk you walk...

this is a portrait from sidewalk level of an ordinary man who has the misfortune of knowing of a better past, this is not even a meaningful plot, a chance at enlightenment, a possibility of change, as you might remember from other dystopias. there are some great, horrific images, some metaphors made real, as cynicism builds from below to the unvisited top of society. no one to blame, no way to escape, nothing but failure and desert of a future. not even a spectacle of destruction. nothing...
Profile Image for Yupa.
773 reviews128 followers
November 27, 2010
Ambizioso, ma confuso.
L'autore sembra non saper bene che direzione prendere.
Tracce di moralismo passatista qua e là.
Profile Image for Sarah.
72 reviews2 followers
August 30, 2018
Written in 1981, this book offers a chilling and accurate look at our future. Definitely a great read for fans of dystopian novels.
Profile Image for Mariana.
65 reviews6 followers
August 7, 2020
Absolute genius. This should be mandatory reading for 2020, the author anticipated so much it's unbelievable.
Profile Image for Carla Parreira .
2,037 reviews3 followers
Read
December 14, 2024
O livro "Não Verás País Nenhum" é uma obra de ficção distópica que combina humor, ironia e crítica social para refletir sobre o futuro da humanidade. Publicado em 1983 e premiado com o ILLA de melhor livro latino-americano na Itália, a narrativa utiliza uma linguagem debochada para explorar um mundo onde as condições de vida são absurdas e exageradas. A história é centrada em um futuro em que os sanitários são transformados em "clubes privados", oferecendo conforto em troca da urina. Para frequentar esses locais, é necessário passar por exames médicos rigorosos e análises detalhadas, destacando a escassez de água e a necessidade de reciclagem da urina, que é purificada e comercializada sem cheiro. Esse e outros elementos propostos pelo autor geram uma crítica ao consumismo e à degradação ambiental, enquanto trazem um tom cômico que faz o leitor refletir sobre a nossa realidade. Outro aspecto humorístico que se destaca é o invento chamado "Sônico", um aparelho que reproduz os sons do guincho dos ratos durante o acasalamento, dando às fêmeas a sinalização de que os machos estão satisfeitos, o que, por sua vez, evita a proliferação descontrolada desses animais. Essa sátira evidencia a absurda lógica de controle que o mundo futurista propõe em relação à natureza e à reprodução animal. O autor também explora uma sociedade em que a alimentação é severamente alterada por produtos fabricados em laboratórios. Os alimentos "factícios", como o feijão que fica borracha ou a mandioca transformada em um pó amarelo, provocam uma reflexão sobre o artificialismo presente na alimentação contemporânea. O humor está presente ao descrever um mundo em que é necessário um posto de saúde a cada quinhentos metros para tratar doenças súbitas, como a possibilidade de alguém na rua "descascando" como uma barata sob inseticidas, gerando absurdos que desafiam a lógica. As reflexões do personagem principal sobre a adaptação à vida proporcionam uma crítica ao consentimento passivo que a sociedade exige em relação ao que não podemos mudar. A frase “A gente nem sempre faz as coisas que gostaria, mas termina se adaptando a elas” encapsula a essência da resignação e da aceitação a que todos estamos submetidos, questionando até que ponto devemos ceder diante do que nos é imposto. A descrição dos jardins artificiais, que compõem um símbolo de status social, destaca a superficialidade da vida moderna. As árvores pintadas em painéis plásticos, que se tornaram objetos de compra e venda, refletem uma sociedade que busca ilusões em vez de experiências genuínas com a natureza. A crítica à valorização das plantas em comparação com obras de arte dá uma noção irônica da distorção de valores de uma sociedade consumista. Os perfumes que vão desde "água na terra seca" até "bosta de vaca" ilustram um surrealismo que provoca risadas, mas também desperta a reflexão sobre a artificialidade e a percepção que as pessoas têm das coisas ao seu redor. Ao oferecer uma gama tão variada de aromas, o autor evoca a banalização sensorial que caracteriza a vida cotidiana. Finalmente, o trecho sobre a dificuldade de descrever a pessoa amada revela a profundidade emocional da obra. A percepção do outro não é apenas uma imagem externa, mas a somatória de experiências e sentimentos que se entrelaçam, mostrando que cada relacionamento é uma construção conjunta. Essa reflexão sobre o amor e a forma como moldamos nossas percepções é um dos pontos culminantes do livro, que combina humor e uma crítica nítida à condição humana. Em suma, "Não Verás País Nenhum" é uma obra rica em ironia e crítica social, que utiliza o absurdo e o humor para instigar reflexões profundas sobre o futuro da humanidade, a alienação da vida moderna e a busca incessante por um significado em meio a um mundo cada vez mais artificial e controlado.
Profile Image for Wibsson.
37 reviews3 followers
Read
September 25, 2020
O narrador na primeira pessoa usa uma linguagem extremamente simples, de frases curtas, às vezes permeadas de palavras um pouco, quase nada, mais sofisticadas, o que serve para ele se lembrar de que certos termos caíram em desuso, indicando como a distopia se faz ver em uma simplificação da fala, em uma redução. Souza, o protagonista, é um ex-professor universitário de História, agora um tipo de burocrata, e Não Verás país nenhum é a narrativa de sua queda, acompanhando a decadência social de um Brasil distópico. A narrativa agudiza as mazelas de um país que atravessa os mesmos problemas há séculos.

Escrito em 1981, é engraçado reler esse livro após a Nova República e perceber estas décadas como um hiato, ou mesmo um autoengano, no qual pensamos que os militares voltaram à caserna e a fome, a seca e outros problemas poderiam ser coisa do passado. Este livro traça em seu painel sociológico um fio de continuidade e permanência muito maior do que gostaríamos de admitir. O apocalipse brasileiro é uma catástrofe climática, uma desertificação das florestas, a falta de água, a desintegração completa do nordeste, que preenche o país com uma massa de indigentes. As ruas são tomadas por mendigos, as pessoas bebem mijo, o Esquema governa o Brasil e os cidadãos sequer sabem o que acontece.

Praticamente até o final do livro novas informações são dadas sobre o que aconteceu com o Brasil. Elas aparecem da boca do narrador ou de algum outro personagem por meio de diálogos. Uma série de acontecimentos impactantes na narrativa permanecem sem explicação, Souza é um corpo errante e sem lugar para se estabilizar. A única continuidade envolve a decadência do narrador, que passa de homem de classe média baixa até indigente, um ninguém. Esse processo de degeneração das condições sociais é a história que o livro conta, uma figuração para a ansiedade do cidadão de classe média diante do medo da sua regressão econômica sempre possível, a impossibilidade de comer, de se vestir ou ter uma casa, a eterna iminência de se tornar um sem teto, a luta de todo dia para permanecer dentro de uma ordem minimamente estruturada.

Se for pra passar um pouco do ponto e ler esse livro como sintoma, diria que é uma expressão formal da ascensão do neoliberalismo, o sentimento de que toda a parca estruturação de um mundo baseado na família nuclear, no trabalho regulamentado e nos direitos sociais garantidos acabou.
Displaying 1 - 30 of 78 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.