Os contos reunidos neste livro tratam do cotidiano de uma mesma personagem: a mulher que não prestava. Geralmente essa mulher é domesticada e não mostra a cara. Mas a da Tati é ousada, sincera, neurótica e indecente. Neste livro você vai encontrar contos românticos, ácidos, mal-humorados e divertidos, e poderá se identificar com essa mulher que não mede as palavras para dizer o que sente. Essas são as múltiplas faces da mulher moderna, que busca equilibrar a vontade de engolir o mundo com a espera do príncipe encantado.
Tati Bernardi é uma publicitária, roteirista e escritora brasileira. Paulistana e de família italiana, formou-se em propaganda e publicidade pela Universidade Mackenzie.
Que refrescante que é o estilo de Tati Bernardi, com uma dose fortíssima de ironia e a plena noção de que o ser humano é um conjunto de falhas misturadas com coisas boas.
O humor datado parece até uma tentativa de autosabotagem da autora. A tentativa falha de uma narrativa engraçada, fazendo piada com os dramas da escritora deste livro de crônicas, é compensada por reflexões bem construídas de crises existenciais de uma mulher entediada com a própria mediocridade. Há crônicas que parecem um compilado de frases de efeito, há crônicas que tentam desesperadamente se agarrar na sinestesia da Clarice, e há aquelas que conseguem se sobressair nesse amontoado de textos ruins.
Embora eu tenha lido neste livro ótimas crônicas, com o brilhantismo comum de Tati, outras tinham um conteúdo massante, cansativas de ler. Além disso, ao longo das páginas percebemos claramente várias falas que não envelheceram muito bem, que mostram o tanto que a sociedade mudou após 17 anos. Não é o melhor livro da autora, quem a acompanha atualmente sabe do quanto sua escrita evoluiu para melhor.
Alguns textos geniais, outros que se esquecem facilmente. Todos me fizeram rir. Vale por ser o primeiro livro que compila contos e crónicas da autora, que eu adoro.
Eu amo a Tati. Alguns textos dela ressoam com a minha alma! Essa é uma boa coletânea, com alguns de meus favoritos e outros menos memoráveis. Anyway, sempre um prazer se enxergar nela e ver que, no fundo todos somos um pouco espelho de alguém