O texto de "Os Piratas", juntamente com outros, resultou da colaboração do autor num projeto mais vasto ligado a um filme de Raúl Ruiz. Foi originalmente publicado em livro em 1986, tendo o autor mantido o nome da personagem por ser esse também o seu nome e o conto ser narrado na primeira pessoa, muito embora - segundo advertência do próprio - nada tenha de autobiográfico. Esta edição vem integrar-se na Biblioteca Juvenil do autor, lançada pela ASA, e inclui ilustrações com assinatura de José Emídio. Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para 6.º ano - Leitura orientada
Manuel António Pina foi um jornalista e escritor português, galardoado em 2011 com o Prémio Camões.
O autor licenciou-se em Direito em Coimbra e foi jornalista do Jornal de Notícias durante três décadas. É actualmente cronista do Jornal de Notícias e da revista Notícias Magazine.
A sua obra é principalmente constituída por poesia e literatura infanto-juvenil. É ainda autor de peças de teatro e de obras de ficção e crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e TV e editadas em disco.
A sua obra está traduzida em França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego e catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.
Comprado hoje, na feira de velharias de Barcelos, por ser de Manuel António Pina. Manuel, um menino que vive numa ilha com a mãe, pois o pai emigra e parece-me que nunca mais voltará, sonha com um navio de piratas. Ou será que não sonhou?
Não é uma história transcendente, até porque, pelo que o autor diz, faria parte de um projeto maior que não se realizou.
Ana gostava de sair da vila e de ir ao cemitério. Caminhávamos entre as campas, vendo as fotografias dos mortos e lendo os seus nomes e as inscrições.
Um texto dramático com realismo mágico, com um desfecho inconclusivo, cheio de teorias hipotéticas. Um misto temporal entre sonho e realidade, entre esperança e luto. Um texto talvez demasiado «exigente», em termos de compreensão, para alunos do 6.° ano.
Texto dramático, uma narrativa aberta, um conceito algo complexo para alunos do 6° ano. Gostei da parte do mistério, mas não vai ser fácil envolver os meus alunos nesta história.
"Tenho que acordar, tem que ser um sonho, tem que ser um sonho!" (p.45)
Uma história de piratas e naufrágios, de emigrantes e de amizades invencíveis. E um fundo onírico que dá uma dimensão simbólica e fantástico ao texto. Simpático.
No começo o livro não é muito interessante , mais depois fica bastante interessante, e não se sabe se ele está a sonhar ou aquilo é mesmo real, por isso dou 3 estrelas a este livro
Escrevi esta review quanto tinha tipo 13 anos, não me arrependo.
Atenção, eu li a versão de teatro do livro publicado pela Porto Editora.
O livro é um completo caos. Os personagens não possuem uma boa caracterização, carisma ou quaisquer vestígios de desenvolvimento, além disso o Pescador que é mencionado perto do final é conveniente e não tem explicação. A história também é desprovida de progressão, ficando numa introdução recheada de flashbacks que não têm esclarecimento, os diálogos são pobres em escrita e repetitivos, as ilustrações são feias e podem ter "duplas interpretações". O "final" é ofensivo e inconclusivo, além de transparecer uma mensagem de moral errada, assim Os Piratas tornou-se na obra que menos gosto, aliás, que mais odeio, o sistema de notas apresentado pelo Goodreads é de estrelas, sendo o mínimo 1, porém se eu pudesse daria 0.5/10.
«Livro aconselhado pelo PNL, destinado a leitura orientada na sala de aula para o 6º ano – Grau de Dificuldade III (lista de julho 2011), posteriormente indicado como leitura “obrigatória” nas novas metas curriculares, também para o 6º ano. [...] Trata-se da adaptação para teatro (em nove cenas) da novela homónima de Manuel António Pina, adaptação que, de acordo com a sinopse da editora, "foi feita pelo próprio autor, que acompanhou a montagem da peça no Teatro Pé de Vento, e por isso está recheada de preciosas indicações de cena." (fonte ). Originalmente publicada pela Areal Editores, em 1986, com ilustrações de Manuela Bacelar a novela é reeditada em 2003, pelas Edições Asa, desta vez ilustrada pelo pintor José Emídio, estando ambas as edições esgotadas.
Trata-se de uma das mais complexas (e sombrias) obras de Manuel António Pina, com personagens ambíguas e uma trama narrativa indefinida (ler artigo e recensão de Sara Reis da Silva no fim do post). —- Mais uma escolha que deixará alguns professores e pais perplexos. Por que razão esta obra na sua adaptação teatral? Uma obra previamente considerada difícil pelo PNL, instituída agora em leitura obrigatória (nas Metas curriculares)? Não sendo sequer incluída no número daquelas para as quais é dada uma alternativa, como no caso, por exemplo, de Ulisses de Maria Alberta Menéres que alterna com Contos Gregos de António Sérgio.
Não faltam no entanto, verdade seja dita, guiões e itinerários de leitura. Aqui ficam apontadores para alguns, os très primeiros sobre a adaptação teatral, os outros dois sobre a novela original.» Continuar a ler > https://bibliobeiriz.wordpress.com/20...