Jump to ratings and reviews
Rate this book

Babcia 19 i sowiecki sekret

Rate this book
Wybuchowa mieszanka poezji, humoru i grozy. W powieści Ondjakiego (czyt. Ondżakiego, właśc. Ndalu de Almeida, ur. 1977) świat jest piękny i prosty. Na pozór. Niebo nad luandyjską plażą mieni się niesamowitymi kolorami, a mały narrator snuje opowieść o dziecięcych igraszkach. Wszystko zaczyna się komplikować, gdy okazuje się, że chodzi o wysadzenie w powietrze mauzoleum zmarłego prezydenta i że dzieci weszły w posiadanie całkiem prawdziwego dynamitu. Idylliczny obraz burzy też pytanie o to, gdzie podziali się ich rodzice.

Tytułowy sekret jest kluczem do całej powieści, w której roi się od niedomówień i tajemnic – wszak świat widziany z perspektywy dziecka wygląda całkiem inaczej... Tym bardziej, że akcja rozgrywa się w Angoli lat 80., gdzie toczy się wojna domowa, a w politykę i życie codzienne kraju mieszają się sowieci i Kubańczycy.

Książka angolskiego pisarza to stylistyczny fajerwerk, intrygująca proza, która bawi, porusza i daje do myślenia.

216 pages, Paperback

First published January 1, 2008

19 people are currently reading
630 people want to read

About the author

Ondjaki

58 books328 followers
Ndalu de Almeida (born 1977) is a writer from Angola, writing under the pen name Ondjaki. He lives in Luanda, the capital of the country, and has written poetry, children's books, short stories, novels, drama and film scripts.

Ondjaki studied sociology at the University of Lisbon, and wrote his graduation paper about Angolan writer Luandino Vieira. His literary debut came in 2002 with the novella O Assobiador (The Whistler), which was followed up with the childhood memoir Bom dia camaradas (Good Morning, Comrades) in 2003. To date (2010) he has published four novels, three collections of short stories, two collections of poetry and three children's books. His books have been translated to French, Spanish, Italian, German, English, Chinese and Swedish

Source: http://en.wikipedia.org/wiki/Ondjaki

Ondjaki was born in Luanda in 1977. He completed his degree in Sociology in Lisbon in 2002 with a study on the great Angolan writer Luandino Vieira. A versatile young talent and a most promising writer of the Portuguese language in Africa, he has already had paintings exhibited, given public performances as an actor, as well as published his own poems and novels. Ondjaki has been awarded the Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2008 by the Portuguese Writers' Association for his novel Os da Minha Rua. In 2008 he was distinguished with the Grinzane for Africa award, in the category of young writer, and recently, Ondjaki has won the prestigious Jabuti Prize 2010 with his juvenile book AvóDezanove e o Segredo do Soviético.

Source: http://www.mertin-litag.de/authors_ht...

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
213 (29%)
4 stars
321 (44%)
3 stars
146 (20%)
2 stars
34 (4%)
1 star
9 (1%)
Displaying 1 - 30 of 100 reviews
Profile Image for João Carlos.
670 reviews316 followers
August 22, 2019

Memorial/Mausoléu Dr. António Agostinho Neto - Luanda - Angola


”A explosão até acordou os pássaros adormecidos nas árvores e os peixes devagarosos no mar (…)
Era afinal uma explosão bonita de ser demorada nos ruídos das cores lindas que os nossos olhos olharam para nunca mais esquecer.
(…)
Foi na PraiaDoBispo, no largo onde havia a bomba de gasolina, perto da entrada da famosa obra do Mausoléu.
(…)
De tanto olharem as cores com barulhos voadores no céu iluminado, poucos notaram que a enorme obra, que os mais-velhos diziam ser vertical, alta e com figura de um foguetão, essa obra de tantas tarefas como poeira e mil trabalhadores cansados, tinha começado a não existir mais, sobrando apenas uma poeira cinzenta que demorou muito tempo a baixar.
Tudo aconteceu muito perto de casa da minha AvóAgnette, mais conhecida na PraiaDoBispo por AvóDezanove.
Foi um tempo que os mais-velhos chamam de antigamente.”

O monumento é real – como se verifica pela fotografia. O imponente “obelisco/foguetão” – com cerca de cento e vinte metros de altura -, foi erguido no início dos anos 80 como homenagem ao primeiro presidente de Angola, o comunista Agostinho Neto. Apesar dos factos e dos acontecimentos descritos terem uma génese factual e concreta, o escritor Ondjaki (n. 1977) ficciona-os com uma escrita única e original.
O jovem narrador, sem nome, vive na zona da PraiaDoBispo, uma área da cidade de Luanda. Estamos em meados dos anos 80, com a guerra civil angolana, os acontecimentos políticos, sociais e económicos, o colapso da União Soviética, conjugado com o declínio das relações económicas entre Angola e Moscovo e as relações com Cuba.
Ondjaki constrói um romance com personagens deliciosamente originais, peculiares no comportamento, na linguagem e nos diálogos. Crianças que evidenciam uma sinceridade genuína, quase sempre ingénua, numa multiplicidade de acontecimentos, enquadrados em Luanda, uma cidade multirracial e multicultural. A vertente ficcional satírica e as referências líricas, associam-se a diálogos brilhantes e espirituosos, nomeadamente, na utilização do “portunhol”.
”AvóDezanove e o Segredo do Soviético” é um óptimo “dexplodir” literário.
Profile Image for Rita.
163 reviews
April 6, 2017
Já várias vezes falei das obras de Ondjaki, das personagens que lá vivem, da forma como o autor retrata a infância, do modo inexplicável e inconfundível de descrever sensações (gosto particularmente das referências ao olfacto). O autor consegue descrever a saudade e as despedidas com uma sensibilidade extrema, mas de uma forma doce que faz parecer que alguém nos está a cantar a história ao ouvido.

Este foi o sexto livro de Ondjaki que me passou pelas mãos e, tal como os restantes, deixou saudades assim que virei a última página. Saudades do Espuma-DoMar o matemático maluco que tinha um jacaré no quintal, do Pinduca, o Pi ou 3,14 como era conhecido no bairro, do narrador sem nome e da sua paixão por filmes de cowboys, da AvóAgnette e da sua característica peculiar, do Camarada VendedorDeGasolina que podia dormir muito porque a bomba nunca tinha gasolina, da Avó Catarina que só aparecia quando queria e que não deixava nada por dizer, do soviético camarada Botardov que tinha esse nome "por causa do modo como ele dizia, quase a falar soviético, "bótard", mesmo que fosse de manhã cedo ou à noite já bem noitinha”.

Esta é a história da construção do Mausoléu na PraiaDoBispo, o monumento destinado a albergar o corpo do falecido presidente Agostinho Neto, mas é principalmente, a história daquele lugar, das pessoas que lá habitam, adultos e crianças que partilham o desejo de continuar a correr pela PraiaDoBispo.

"A Avó me mandou um beijo voado, beijado na mão dela a sorrir, acho que a dança lhe fez bem, a cara dela parecia mais calma e até caminhava melhor. Era o milagre da música, como dizia o Espuma-DoMar: - Os meus pés conhecem a verdade que o meu coração sente quando os meus ouvidos sorriem. A música é o milagre que os comunistas já autorizaram de acontecer, ahahah. A bailar, compañeros.

Tenho-me deliciado a ler os livros de Ondjaki, não há dúvida de que é um dos mais brilhantes escritores lusófonos da actualidade.

Opinião no blog:
http://clarocomoaagua.blogs.sapo.pt/o...
Profile Image for Ana.
754 reviews175 followers
October 13, 2019
Ondjaki voltou a enternecer-me e a fazer-me suspirar de encantamento com a sua linguagem carregada de luzes, cores, magia e beleza!

Depois desenvolvo melhor!

Obrigada, Carlinha Tomé, pelo empréstimo!
Profile Image for Izunia.
201 reviews5 followers
May 10, 2015
It is a wonderful story about a child living with his Grandma 19, his friends, neighbours and the danger of being forced to leave the place. The president decided to engage Russians in building a mausoleum for the national hero Neto in the outskirts of Luanda where the main character lives. There is a rumour that the entire district would be destroyed to make space for the building and the parks.

The language of the story is beautifully imaginative, but not pompous, not very poetic. The world through the eyes of the little boy is almost magical (even though there is no real magic in the book). However there is a deeper meaning in the story (even though the child-narrator does not realise). It depicts some "cruelties" of the world, for example the longing.

It is a very engaging read, which made me want to read more of Ondjaki's books.
Profile Image for Laura Frey (Reading in Bed).
390 reviews142 followers
November 23, 2015
Loved this. Read the end in public, would have cried if I'd been at home. A unique voice for this 10 (or so) year old narrator, at time so childlike and at times so grown up... but believable. Also, when you don't know anything about a story's setting (Angola) it's hard to tell if the story is realistic or not... the balance between the real and the fantastic is so good.
Profile Image for Tiago M..
30 reviews3 followers
July 13, 2020
Há livros que surpreendem. Eu não conhecia sequer este, nem o título, nem a capa, nem o autor (embora tenha a sensação que já tivesse ouvido o nome dele aqui e ali). De resto, nunca tinha visto sequer de relance esta obra. Recebi-a no Natal, e achei graça, porque era o segundo livro de um africano de língua portuguesa que recebia no mesmo dia. Gostei tanto de Jesusalém, que decidi que este seria o seguinte. E há livros que surpreendem.

Não foi o enredo que me fascinou, penso eu, visto ser muito simples, e claramente centrado numa criança, cujos objectivos são brincar, descobrir o mundo; e, quase consequentemente, a história não é muito orientada por um objectivo. Vamos avançando lentamente... está a ser construído um Mausuléu pelos russos, que «invadiram» a PraiaDoBispo, em Luanda. O narrador e o amigo Pi querem evitar a conclusão da construção.

O que realmente me fez agarrar este livro com tanta ternura à medida que o ia desfolhando foi (para além da capa, que na minha opinião está espetacular) a forma de escrever de Ondjaki. A linguagem usada pelas personagens torna-se familiar para o leitura à medida que se lê... o mundo visto de uma prespectiva mais baixa é sempre interessante de ser lido... mas... mas o ponto fulcral foram as descrições: acho que nunca tinha lido descrições tão sentidas, cheias de cores, sons, sensações diversas, tuodas estas coisas misturadas com a emoção do momento. Isso foi, de tudo, o que mais me saltou à vista!

Uma obra que pode ser lida por todas as idades, dos 8 aos 80. Deixa muito no ar, para pensarmos e tentarmos adivinhar o que aconteceu a partir da última linha com todo o leque de personagens que nos foram aos poucos sendo apresentadas. Devo confessar que apenas o título não é do meu agrado. De resto, uma leitura cheia de ternura. Aconselho.

Personagem Preferida: A AvóAgnette (ou Dona Nhéte, ou AvóDezanove) é claramente uma típica avó, e, como todas as avós do mundo, confortam mesmo só a ler.

Nota (0/10): 8 - Muito Bom

Mais em: www.lydoeopinado.blospot.com
Profile Image for Maria Carmo.
2,052 reviews51 followers
January 7, 2012
Este é mais um livro em que Ondjaki nos brinda com personagens já nossas "amigas": a criança que conta a história na primeira pessoa, a Avó Agnete, que neste livro ganha a nova alcunha de Avó Dezanove, a Charlita e o Sr. Tuarles, e outros personagens "castiços" como o camarada socviético Botardov - pois dizia sempre "Bótard" ao cmprimentar as pessoas!
Excelente...
Mais uma vez, é bem mais agradável ler estas história contadas numa fresca voz infantil mas mesmerizante de encanto e cheiro da terra, que os livros quiçás mais "intelectualizados" em que Ondjaki prova saber fazer acrobacias com as palavras, mas onde perde esta fresca voz.
Este adorei, vale mesmo a penas ler!

Maria Carmo

Lisboa 6 de Janeiro de 2012 - Dia de Reis.
Profile Image for Mariana.
708 reviews28 followers
March 28, 2016
4.5 Estrelas

A minha estreia com Ondjaki foi fabulosa! A leitura foi simplesmente hilariante e as últimas páginas foram extremamente comoventes numa verdadeira ode à infância. Quero ler mais do autor sem qualquer dúvida!
Profile Image for Lauren .
1,835 reviews2,551 followers
Read
February 6, 2021
▫️GRANMA NINETEEN AND THE SOVIET'S SECRET by Ondjaki, translated from the Portuguese by Stephen Henighan, 2008/2014.

1980s Luanda, Angola // a fictional child's view of war and displacement, of adventure and humour amidst tragedy. Angola's Civil War is the back drop here, but the focus of this story is not at the front, rather its hyper-local, what is happening in their neighborhood - with a blend of characters (from Angolans, plus USSR, Cuba, Portugal ) that show the culture and blend of Angola at this time.

The unnamed narrator is a young boy who lives with his grandmother in a seaside neighborhood. Their area is the chosen location for a gargantuan mausoleum, built by the Soviet military, to house the remains of Angola's first president, Agostinho Neto.

The looming futurist / phallic mausoleum PLUS the planned displacement of their homes hatches a saboteur plot (no spoilers - this is the very first page of the book!) The narrative turns into an 80s/90s childhood adventure story, e.g. The Goonies, Red Dawn, and Honey, I Shrunk the Kids.

Funny nicknames, silly plots and situations... yet this understanding of what is happening to both the neighborhood and the country at this time as multinational powers slice and dice, and try to take their piece of a country and people that have been depleted for centuries through colonialism and war.

Just like the young narrator of GRANMA, writer Ndalu de Almeida (pen name Ondjaki) was raised in the Angolan capital during the country's protracted Civil War. He has several books in Portuguese and three books and multiple stories available in English translation. His most noted title is Os Transparentes / Transparent City - eager to read that one at some point.
Profile Image for Maísa.
79 reviews
May 22, 2023
O meu novo livro preferido de Ondjaki.

A narrativa é simples mas viciante, hábil em evocar todas as sensações que retrata nas personagens. A história moderadamente real, intensamente nostálgica, terminou comigo a suar dos olhos.

Já não sei se há livros que nos deixam realmente com o sentimento de vazio no fim porque se sentimos tanto no acompanhar da história acho só podemos estar mais repletos. Portanto este livro é desses que dá a sensação de vazio que é antes o contrário de vazia.


(Bónus: muitos camaradas)
Profile Image for Larissa.
6 reviews1 follower
March 2, 2024
eu estou absolutamente sem palavras... te amo, Ondjaki :")

"Eu fiquei quieto. [...] Quieto a não pensar [...] A inventar minutos meus dentros dos minutos do tempo? A crescer com um coração e um corpo a fugirem da infância? Eu sentia o mundo todo ali no pequeno largo da PraiaDoBispo?"

"estrelas a rodopiar no deserto negro... preciso de estrelas, compañeros, eu preciso de estrelas... Porque o céu não sabe dançar sozinho!"



Profile Image for Peeter Talvistu.
205 reviews13 followers
September 29, 2024
Actually 4.5 stars (I thought about actually marking it with 5 and then saying it is 4.5, but this seemed fairer in the end).

It is a magnificent book full of childlike wonder looking book at a time when everything in life was mixed up with the fairy tale and fantasy. This is one of those books that manages to create its setting and cast of characters so effortlessly that it almost seems like the events are taking place in your back yard. Therefore I thank Ondjaki for giving me another childhood in Luanda (just like The Paul Street Boys are the reason that I also grew up in Budapest besides my native Estonia).

The story is full of wonderful details and ideas moving with ease and freshness towards their natural conclusion (it basically lasts less than a week). I do have to say, however, that the last ten pages or so of the book (after the main event starts) are superfluous, add almost nothing and indeed lessen the efforts of the protagonists. Without them it would have been a solid (and very strong) 5, but even now I would say that the book comes very highly recommended from me!

LR: Ülihea tõlge!
Profile Image for Katka Mrvová.
38 reviews3 followers
October 31, 2020
Tato knizka mi urobila fakt dobre. Celkovo mam slabost pre pribehy rozpravane z detskej perspektivy a tato mala knizka je velmi prijemnou formou escapismu z nasej sedej dospelackej reality.

Na par dni som sa ponorila do sveta detskej fantazie, naivity a snov, v ktorych je mozne vsetko, dokonca aj vyhodit do vzduchu obrovske sovietske mauzoleum.

Ondjakiho styl mi strasne zapasoval, ciste detske rozhovory, miesane s humorom a krasnym myslienkami prichadzajucimi od neskutocne zaujimavych postav ako blazon Morska Pena, sudruh Dobrovečer, babka Catarina ci laskava babka Devatnastka. A este sa to vsetko deje v postkolonialnej Angole co je moja srdcovka samo o sebe.

Tesim sa na dasie veci od Ondjakiho :)
Profile Image for Maria Clara Jorge.
91 reviews4 followers
December 13, 2022
- estórias de antigamente é assim que já foram há muito tempo?
- sim, filho
- então antigamente é um tempo, avó?
- antigamente é um lugar
- um lugar assim longe?
- um lugar assim dentro
Profile Image for Elhana.
87 reviews2 followers
January 23, 2023
3.7 ⭐️⭐️⭐️
Parece mais um conto de fadas baseado da infância do autor. Lindo, fantástico, cheio da saudades. O livro tem no pano do fundo a visão dos habitantes de Luanda aos soviéticos e cubanos que estavam vivendo lá é construindo o mausoléu do Presidente Agostinho Neto; a visão que se mostra pela variedade linguística (do que eu gosto).
Profile Image for Luiza.
105 reviews15 followers
February 7, 2023
eu juro, esse livro me arrancou gostosas risadas. mais uma vez a instituição narradores infantis de livros não-infantis prova ser a maioral.
Profile Image for Anna.
1,114 reviews
February 12, 2024
Lata 80. XX wieku były dla Angoli trudne – wojna domowa, obecność sowieckich żołnierzy i kubańskich emigrantów mają znaczny wpływ na życie obywateli. Nawet tych najmłodszych jak główny bohater i jego przyjaciele. Urodzony w 1977 roku Ondjaki niewątpliwe zasadził tę powieść na własnych wspomnieniach z dzielnicy Luandy – Praia do Bispo. To właśnie tam dorasta chłopak, którego oczami widzimy tę historię.

Ciąg dalszy: https://przeczytalamksiazke.blogspot....
Profile Image for Helga Picarra.
50 reviews2 followers
February 24, 2022
Ler Ondjaki é sempre muito prazeroso, pois através das suas estórias - essa mistura de realidade, sonho e ficção - consegue me transportar para “aquele lugar assim de dentro, o antigamente” da minha infância.

Leitura muito leve, engraçada e que, como já é característico, nos enche de esperança e nos relembra do poder das cores, da magia e da inocência do que é ser criança.
Profile Image for jeremy.
1,204 reviews311 followers
November 1, 2014
the third book from the young angolan writer to be translated into english, granma nineteen and the soviet's secret (avódezanove e o segredo do soviético) is a charming, spirited tale of youth, loyalty, and purposeful mischief. ondjaki's story, set in the capital city of luanda during the 1980s, features a motley cast of memorable characters intent on disrupting soviet plans to build a mausoleum and displace the neighborhood residents. told with vivid, evocative imagery and lively, poetical prose (and humorous vernacular), granma nineteen and the soviet's secret is a rich, colorful, and remarkably entertaining novel from a promising talent honored earlier this year as one of the hay festival's africa39 writers.
the explosions woke up even the birds asleep in the trees and the dozy fish in the sea. colours came out that had never been seen before: yellow mixed with red pretending to be orange in a bluish green, flares that mimicked the strength of the stars reclining in the sky and a warlike rumbling of the kind made my mig planes. in the end it was a beautiful explosion that lingered in the noises of the pretty colours that our eyes looked upon and never again forgot.

we, the children, stood looking at the illuminated marvels that filled the sky as though all the rainbows in the world had come running to drink a toast on the ceiling of our dark city of luanda.

*translated from the portuguese by stephen henighan (ondjaki's good morning comrades)
Profile Image for Lara A.
631 reviews6 followers
December 31, 2024
A gorgeous, poetic coming of age story, set in 90s Angola. Despite living in a society where food is not always easy to come by, the petrol station rarely has petrol and water is not regularly available, the unamed narrator and his best friend 3.14 love their neighbourhood. So much so, that when it is threatened by the construction of a mausoleum, they decide to take some direct action.

This book captures the child's eye perspective and has a glorious cast of characters combined with the light and heat of the setting so clearly conveyed, you can feel the sun on your head and smell the dust in the air.
Profile Image for Dasha.
141 reviews5 followers
November 21, 2021
Fajn kniha, prvá o Angole, ktorá sa mi dostala do rúk. Z detskej perspektívy rozpráva príbeh z luandskej štvrti Praia do Bispo, kde sa s ruskou pomocou stavia mauzóluem pre prvého angolského prezidenta, Agostinha Neto. Má to svoj humor aj dobrodružstvo, a hoci detský rozprávač nie je moja šálka kávy, čítalo sa to dobre.
Profile Image for Raquel Santos.
702 reviews
December 14, 2014
Delicioso.
E vai falar ao coração de quem tem alguma relação com Angola.
O que eu gostei da parte dos jacós :)
Profile Image for Ronize Aline.
Author 4 books4 followers
May 27, 2019
Ondjaki vai desfiando suas vozes como quem desfia um novelo há muito guardado. Há momentos de fácil desenrolar, quando a linha parece querer escapar dos dedos e as vozes tomam seu rumo por conta própria, correndo como os garotos a buscarem a alegria na espuma da praia. Há outros em que surgem emaranhados, nós apertados que interrompem o livre deslizar, no mesmo ritmo da infância que não quer crescer para não se transformar em “mais-velhos”. “As coisas antigas não têm muita graça de rir”, diz um dos personagens. E o autor vai brincando com o tempo como o tempo brincava com os moradores daquele vasto mundo dentro de Luanda: “Está muito escura a PraiaDoBispo, não sei se o tempo vai querer passar por aqui” . E então, “o tempo tinha decidido que já podia passar”.

O livro vai buscar no dia-a-dia da PraiaDoBispo cores, cheiros, sabores e sonhos tão locais e, por isso, tão universais, alterados pela presença indesejável dos soviéticos “lagostas azuis”, que vieram do “tão-longe” mudar o que era perfeito. Apesar e além dos conflitos políticos, as crianças mostram um viver com esperança e humor, achando graça até mesmo nos momentos mais difíceis. AvóAgnette, Charlita, AvóCatarina, Dona Libânia, EspumaDoMar, Pi (ou 3,14), VendedorDeGasolina, CamaradaBotardov são personagens que conhecemos pelo olhar do narrador, que acha estranhos “os mais-velhos que fazem coisas repetidas todos os dias apesar de saberem que há coisas que não mudam”.

As brincadeiras na PraiaDoBispo são atropeladas por guardas, proibições, dinamites. Mas, conhecendo sua terra como ninguém, as crianças vão burlando limites e limitações, físicas e pessoais, para salvar o seu pedaço do paraíso. Isso sem deixar que os adultos as subestimem por sua condição: “e eu lembrei dos mais-velhos, de tantos mais-velhos que eu já tinha conhecido e que não sabem às vezes acreditar nos segredos simples das crianças”. Segredos que fazem dessa uma história para ser lida com os ouvidos. Explico: a escrita de Ondjaki tem ritmo e melodia como se as palavras dançassem uma cantiga angolana de antigamente, esse tempo mais conhecido como um “lugar assim dentro”, que nos remete a uma infância que sequer é nossa – talvez porque, no fundo, todas as infâncias se assemelham, sejam quais forem seus personagens e cenários. Faz parte dessa dança um jeito malemolente de nomear as coisas de outra forma que não a pela qual são conhecidas: “acho que as lembranças são cócegas invisíveis que ficam dentro das pessoas”. E ainda, “essa coisa linda que todos os dias me ensinava a cor azul: o mar grande, mais conhecido por oceano”.

Ao escolher falar para os jovens, Ondjaki recria uma época e um jeito de ser que emociona especialmente os adultos, “como fazíamos às vezes, debaixo de água, a rir de contentes, nessas vozes molhadas de gritos nenhuns e brincadeira inventada e descoberta à toa, até um dia alguém ter dito que esses eram 'gritos azuis'”. Se o autor busca na memória ou na imaginação os fatos relatados, não faz diferença, afinal só é memória enquanto ainda está esquecida. O que um dia pode ter sido memória, hoje é narrativa e, como diz o neto da AvóDezanove: “as estórias boas de contar são as que nós inventamos”.
Profile Image for Katell BOUALI.
170 reviews2 followers
February 6, 2021
Nous sommes en Angola, après la guerre civile, dans un quartier de la banlieue de la capitale Luanda. Non loin de là, des coopérants soviétiques participent à la construction du gigantesque Mausolée qui abritera la momie du père de la révolution angolaise, Agostinho Neto. La suite logique est la modernisation de cette banlieue jouxtant le Mausolée et surtout situé en bord de mer et qui dit modernisation dit restructuration et donc démolition des habitations et par voie de conséquence déplacement, ailleurs, des habitants. C'est que les bords de mer, c'est intéressant pour les promoteurs immobiliers !
Ondjaki, l'auteur, peint le portrait du petit peuple vivant dans ce quartier pauvre et pittoresque doté de personnalités hautes en couleurs. Au nombre desquelles se trouvent GrandMèreAgnette, l'aïeule d'un des jeunes héros du roman, GrandMèreCatarina, VendeurD'Essence, qui ne peut jamais vendre d'essence faute de ravitaillement, EcumeDeMer, le vieux fou qui se baigne chaque jour dans la mer malgré les interdictions, VieuxPêcheur et sa barque traditionnelle, Charlita et Pi dit TroisQuatorze, les meilleurs copains du narrateur. Ne pas oublier les perroquets braillards agonisant les gens de grossiertés et de slogans révolutionnaires.

Le quartier vit au rythme de la course du soleil dans le ciel, les enfants jouent librement, enfin pas trop car il y a toujours un adulte pour avoir un œil sur eux.

L'électricité est absente sauf chez GrandMèreAgnette car le CamaradeBotardov, dont le vrai patronyme est Bilhardov, l'apprécie et a établi une dérivation depuis le site du Mausolée.

Cet officier russe aime les gens du quartier malgré le fossé séparant les deux cultures. Il essaiera de les prévenir du projet de modernisation mis en place par les dirigeants.

Le récit est celui d'un jeune enfant, avec ses perceptions, son imaginaire et sa vision du monde. La chronologie n'est pas linéaire, tout s'imbrique, se démêle et se mêle au gré des souvenirs qui surgissent. Ce qui fait la force de la narration, et donc du roman, c'est que tout reste cohérent.

Le jeune narrateur et ses amis s'insurgent contre le projet dont l'ampleur ne semble pas ouvrir les yeux des adultes. Les enfants décident de contrecarrer ce qui se trame en utilisant leur ruse, leur ingéniosité et les outils et matériaux à leur portée.

Le lecteur suit avec délice l'élaboration du plan ainsi que sa mise en œuvre pour laquelle les enfants ont puisé dans leur connaissance des télénovelas et films d'aventure. Le monde ne se voit plus pareil lorsqu'on le regarde à travers les yeux d'enfants : tout devient aventure grandiose, sombre secret, dangers incroyables et courage inaltérable sauf quand des bruits inattendus se font entendre dans l'immense entrepôt. Ils découvrent un pan du trafic mis en place par les occupants soviétiques : l'exportation illégale d'oiseaux exotiques dont les perroquets, entassés dans des cages trop petites et condamnés à l'obscurité jusqu'au voyage vers d'autres cieux.

Le style poétique est rythmé, l'écriture mêle rigueur et humour ce qui est savoureux à lire. Les événements préparant la rénovation du quartier sont aussi l'occasion d'intégrer une partie de l'histoire de l'Angola, ses heurts et malheurs au fil des guerres et des révolutions.

On pense, forcément, à « La guerre des boutons » roman donnant la part belle à l'enfance. « GrandMèreDixNeuf et le secret du Soviétique » est dans la même veine : l'auteur chante l'enfance et ses cheminements qui ne sont ceux des adultes, l'enfance et sa vision du monde qui enchante une réalité loin d'être enchanteresse, il chante cette magie qu'a l'enfance pour colorer joyeusement le gris des jours et le noir du deuil.

Ce roman est lumineux et m'a fait oublier la triste réalité anxiogène due au satané virus qui pourrit nos vies depuis mars dernier.



Merci à Masse Critique et aux Editions Métailié pour cette jolie lecture et pour la découverte d'un auteur que je n'avais encore jamais lu.
Profile Image for Tony.
1,725 reviews99 followers
February 9, 2025
I quite enjoyed Ondjaki's Good Morning Comrades and gave up on his book Transparent City, and so picked this one up wondering which end of the spectrum it would lie on. Somewhere in the middle, as it turns out. The story is narrated by a young boy somewhere around 10-12 years old who lives in a somewhat ramshackle Luanda beachside neighborhood of Bishop's Beach in perhaps the late 1980s. He lives with the titular grandmother (no mention is made of parents), and runs around the neighborhood with his buddy Pi (aka 3.14) and other kids.

The big feature of their life is the ongoing construction of a mausoleum and monument to Angola's first president (and poet), Agostinho Neto. There's a Soviet construction crew working on the rocketship-like structure, and there are rumors that the entire neighborhood is going to be demolished to make way for a memorial park. The bulk of the book are loose incidents involving various colorful types, including a Soviet soldier who'd like to court the narrator's grandmother, the household's maid/cook, a Cuban doctor who amputates the grandmother's toe, a dreadlocked and possibly mentally ill neighbor, a soldier who's come home on leave from fighting the South Africans, a fisherman, a gas station attendant, and a ghost.

Near the end, the narrator and his friend decide they need to save the neighborhood by destroying the partially-built monument, which leads to a semi-magical moment of wonder that connects to Neto's most famous poem. It's all a little loose, I'm not sure it's really successful, but the mix of characters and languages (there's a lot done around the Russian's bad Portuguese, and the Spanish used by the Cubans), makes for a colorful experience. There's a certain on-the-nose irony to the clearing out of a mixed Angolan community to make way for a monument to an Angolan freedom fighter, but that also did really happen, so... (In a real-world plot twist, the Soviets began the monument, but after a long hiatus following the collapse of the USSR, the bulk of the work was completed by North Koreans.)
Displaying 1 - 30 of 100 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.