Uma narrativa sutil e múltipla, revelando aos poucos o que se esconde sob a superfície da normalidade, seja na intimidade da casa de uma adolescente, na vida de uma roteirista no início da carreira ou na legitimação profissional de uma atriz veterana.
Paula e Blake não se conhecem, mas dividem traumas e frustrações em comum. Uma foi atriz de novela no passado; a outra é uma roteirista buscando o seu espaço na indústria cinematográfica no presente. São duas mulheres de gerações distintas, estão em momentos diferentes de suas carreiras, e, no entanto, algo terrível as une: ambas se relacionaram com Wagner, ator e diretor de sucesso, cuja carreira caminha em paralelo a uma série de casos de assédio sexual.
Ao se encontrarem no Café Majestic, suas histórias serão finalmente contadas. Entrelaçando narrativas, Stéfanie Sande cria um romance perturbador e tocante, no qual as aparências do cinema mascaram terríveis verdades sobre ambição, desejo e poder.
STÉFANIE SANDE is a brazilian writer. She graduated in journalism (UFMT), has a master’s degree in Creative Writing (PUCRS) and is currently a doctoral student in Creative Writing (PUCRS). In 2014, she published the book of poems “Borboletas infinitas de coração imperfeito” by Carlini & Caniato Editorial. In 2015, she spent three months in France, where she wrote the novel “O último verso” (Carlini & Caniato Editorial, 2016), winner of the Mato Grosso Prize for Literature. “Virginia” is her second novel, published in 2021.
Esse livro é o livro que, mesmo curtinho, ele te traz muita coisa para pensar e entender. Eu diria que, ao iniciar a leitura, se inicia um pouco confusa, mas que quando o quebra-cabeça se encaixa, você entende tudo e, talvez - só talvez -, não gostaria de ter entendido tão bem.
Em Café Majestic, temos capítulos da história, capítulos de Polaroides e capítulos de um passado em Porto Alegre e Torres que fica confuso, porque as personagens Paula e Blake, tem suas histórias contadas paralelamente em duas visões de narrativa e você não entende onde vão se encaixar: narrativa em primeira pessoa e em terceira pessoa e de alguma forma, a história das duas vai se conectar. Talvez não de uma forma tão agradável quanto poderia ser.
É nesse ponto que descobrimos que Wagner está no passado das duas. Esse homem é um diretor de teatro, mas na mesma época que ele tem esse emprego, estão surgindo vários casos de assédio no mundo teatral. E quando elas se encontram no café, que vão conversar e ver que algumas coisas do passado deixaram marcas mais profundas. E como não somos também marcados pelas coisas do passado em nós? Fiquei pensando sobre.
A premissa é interessante porque é diferente, porque você fica esperando que a história se encaixe e a escrita da autora é sem dúvidas muito fluida, mas confesso que a leitura me incomodou um tanto, principalmente no final. É de revirar o estômago, ficar com irritação e questionar sobre várias coisas, ou seja, te faz sentir pela escrita da autora.
Netgalley - ARC review O que em geral eu mais gosto ao ler romances contemporâneos brasileiros é os pequenos detalhes do nosso dia a dia, aquelas coisas, comidas, falas que só poderiam acontecer aqui. Apesar de Café Majestic ter alguns desses elementos, é um livro universal, com uma história que, infelizmente, poderia acontecer em qualquer lugar do mundo. Em alguns momentos fiquei confusa com as linhas temporais e nas mudanças entre realidade e ficção e gostaria de um pouco mais de definição no final. Apesar disso, é uma leitura fluída e que cria alguns momentos de tensão interessantes.
Confesso que "Café Majestic" foi, inicialmente, uma leitura mais densa do que esperava. A narrativa tem três pontos de vista diferentes, sendo que uma delas ainda cria uma versão ficcional dos fatos.
Apesar de entender o enredo pela sinopse, o início me deixou um pouco confuso. Tudo começa a ficar mais ágil a partir do capítulo 9. A partir disso, foi simplesmente incrível como as narrativas de Paula, Blake, Ana, Julia e Mariel se desenvolvem e apresentam as conexões necessárias para unir as vítimas de Wagner.
Gostei muito de como o livro foi finalizado. De certa forma enigmático, mas também com muita clareza sobre tudo o que essas mulheres passaram.
Escrita perfeita, porém com os personagens um pouco rasos, por conta da fluidez da história em poucas páginas, o que deixa confuso em alguns momentos pela linha do tempo apresentar muitos personagens que são conectados mas não dá tempo de entender muito e só entender mesmo quando o livro quando acaba, o que é uma pena, só gostaria que fosse mais desenvolvido.
Café Majestic é um desses livros com uma experiência bem única, até agora, dias depois de ter finalizado, eu não sei muito bem como me sentir com a leitura. Uma leitura muito pesada em várias momentos, mas com uma narrativa tão sutil que foi uma leitura bem rápida. Algumas vezes eu fiquei confusa com as linhas dos tempos e quando exatamente estava acontecendo e não sei se gostei muito do final, mas definitivamente foi uma leitura bem interessante. Obrigada ao NetGalley e a editora pelo envio da arc em troca de uma resenha honesta.
Não é que o livro seja ruim, só é confuso. Tão confuso que na hora do plot do livro eu pensei “ah esse é o plot?” Kkkkkk talvez seria interessante ler novamente, mas eu não tenho paciência pra isso.