Maria Teresa Maia Gonzalez oferece-nos aqui a vida de Guilherme, um adolescente de 12 anos, cuja vida sofre mudanças significativas com o divórcio dos pais e aentrada na adolescência. Porém, um dia, chega à sua beira um amigo muito especial que lhe trará muitas alegrias e que nunca o abandonará. O seu nome é Félix. Guilherme e Félix tornam-se, então, companheiros inseparáveis. Partilham a mesma casa e vivem j untos momentos emocionantes de vitórias e derrotas, conquistas e perdas… Ambos crescem em conjunto, tornando-se Félix o confidente de Guilherme, o amigo em que pode realmente confiar. Por seu turno, é com Guilherme que Félix conta nos melhores e nos piores momentos. Contudo, chega o dia em que Guilherme, já adulto, tem de sair de casa e partir para dar início a uma nova fase da sua vida. E, a partir de então, Félix, sempre fiel, faz dores toda sua vida uma longa espera, que ele acaba por transformar num hino à amizade…
Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Variante de Estudos Franceses e Ingleses – pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Vive em Lisboa e tem como passatempo a pintura. Foi professora de Português, Inglês e Francês, no ensino particular e público, entre 1982 e 1997, em Alverca do Ribatejo, Manique e Lisboa. Muito cedo sentiu despertar o gosto pelas histórias ouvidas e lidas em família. Por volta dos nove anos, começou a sentir o gosto pela escrita, escrevendo poemas e histórias com regularidade. Iniciou a sua carreira na escrita em 1989, quando ainda era professora. Recebeu o Prémio Verbo-Semanário, juntamente com Maria do Rosário Pedreira, pelo livro O Clube das Chaves Entra em Ação, em 1989. Da sua obra constam sobretudo romances juvenis, sendo também da sua autoria histórias infantis, fábulas, poesia, contos, crónicas, ficção para adultos e uma coleção juvenil de peças de teatro. São temáticas recorrentes nos seus livros os direitos das crianças e dos adolescentes, a espiritualidade e os problemas da adolescência, nomeadamente, a solidão, as perdas, a depressão, os conflitos familiares, as dependências químicas, a violência em meio escolar, a violência doméstica, a sexualidade e a afetividade. Vê o livro destinado aos mais novos como veículo promotor dos valores humanos, sobretudo o respeito pelo indivíduo e pela natureza, a paz, a saúde, a harmoniosa convivência entre gerações e culturas diversas, e a espiritualidade.
Gostei muito da escrita da autora, mas a história, embora do ponto de vista do cão, pareceu-me demasiado fantasiosa, no sentido do cão perceber o dono e ser muito compreensivo em tudo, e portar-se extremamente bem, quando nem todos os cães são assim e pode passar uma ideia errada a um jovem que está a ler o livro e vai adoptar um cão, após a leitura deste livro. Também achei que o dono deixou muito facilmente o cão quando se juntou a alguém e só porque esse alguém não gostava de animais, e a realidade é que mais depressa as pessoas deixam a outra pessoa do que os seus animais de estimação. Lamento, mas achei algumas ideias erradas e por isso deixo esta classificação.
No meu 9º ano tinha de ler um livro para o contrato de Leitura, e tinha 3 dias para o fazer. E escolhi este. Pensei ser apenas um livro normal.. Mas revelou ser um livro com uma história encantadora, e não inócuo como pensava inicialmente!
Para uma apaixonada por animais em geral e por cães em particular, apesar de conseguir prever o final do livro logo no início, não consegui conter umas lágrimas...