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O Segredo de Compostela
O dia 28 de janeiro de 1879 tinha tudo para ficar marcado na história da cristandade. Depois de dias suados de escavações na catedral de Compostela, foi encontrado o túmulo onde se acreditava que repousavam os ossos do santo apóstolo.
Mas... e se no destino final a que nos conduzem os místicos caminhos de Santiago se esconder um dos segredos mais bem guardados do Ocidente?
Prisciliano, líder carismático do século IV e pioneiro defensor da igualdade das mulheres e dos valores do Cristianismo primitivo, é a figura preponderante neste enigma secular. Comprometido com a força da sua espiritualidade, viveu no coração os sobressaltos de um amor proibido, envolto em ciúmes e intrigas.
Ainda que aclamado bispo pelo povo, Prisciliano tornou-se no primeiro mártir da sua Igreja, a quem a História ainda não prestou o devido reconhecimento.
Depois de extraordinárias revelações, descubra neste fascinante romance respostas às inquietações que atravessam os tempos:
Afinal, quem está sepultado no túmulo?
Qual o sentido atual das peregrinações a Santiago de Compostela?
Mas... e se no destino final a que nos conduzem os místicos caminhos de Santiago se esconder um dos segredos mais bem guardados do Ocidente?
Prisciliano, líder carismático do século IV e pioneiro defensor da igualdade das mulheres e dos valores do Cristianismo primitivo, é a figura preponderante neste enigma secular. Comprometido com a força da sua espiritualidade, viveu no coração os sobressaltos de um amor proibido, envolto em ciúmes e intrigas.
Ainda que aclamado bispo pelo povo, Prisciliano tornou-se no primeiro mártir da sua Igreja, a quem a História ainda não prestou o devido reconhecimento.
Depois de extraordinárias revelações, descubra neste fascinante romance respostas às inquietações que atravessam os tempos:
Afinal, quem está sepultado no túmulo?
Qual o sentido atual das peregrinações a Santiago de Compostela?
480 pages, Paperback
First published March 1, 2013
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About the author
Alberto S. Santos
7 books36 followersALBERTO S. SANTOS é licenciado em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa. Foi Presidente da Câmara Municipal de Penafiel (2002-2013), Presidente da Comissão Científica da Rota do Românico/Centro de Estudos do Românico e do Território (2009-2025) e Comissário Cultural do Festival Literário "Escritaria" (2014-2025). Foi Secretário de Estado da Cultura dos XXIV e XXV Governos Constitucionais (2025-).
Como escritor, afirmou-se essencialmente na ficção histórica, criada a partir de marcantes acontecimentos reais, mas pouco conhecidos do grande público. Publicou os romances A Escrava de Córdova (2008), A Profecia de Istambul (2010), O Segredo de Compostela (2013), Para lá de Bagdad (2016), Amantes de Buenos Aires (2019) e A Senhora das Índias (2024). É também autor da coletânea de contos A Arte de Caçar Destinos (2017) e participou na série de contos de autores lusófonos Roça Língua (2014). Tem obra publicada na Polónia, Argentina, Espanha e, em breve, na Sérvia).
Como escritor, afirmou-se essencialmente na ficção histórica, criada a partir de marcantes acontecimentos reais, mas pouco conhecidos do grande público. Publicou os romances A Escrava de Córdova (2008), A Profecia de Istambul (2010), O Segredo de Compostela (2013), Para lá de Bagdad (2016), Amantes de Buenos Aires (2019) e A Senhora das Índias (2024). É também autor da coletânea de contos A Arte de Caçar Destinos (2017) e participou na série de contos de autores lusófonos Roça Língua (2014). Tem obra publicada na Polónia, Argentina, Espanha e, em breve, na Sérvia).
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Community Reviews
Displaying 1 - 20 of 20 reviews
May 30, 2013
Antes de começar a opinião propriamente dita, e ainda assim já começando, não poderia deixar passar em claro o orgulho que sinto quando termino uma obra deste calibre escrita por um autor português. Não é que haja espanto em haver qualidade entre os nossos autores, mas existem sempre aquelas obras de que não tenho dúvida nenhuma que serão um autêntico êxito internacional, assim se dêem ao luxo de lê-las. O Segredo de Compostela é sem dúvida uma delas.
Esta foi a minha primeira leitura de algo escrito por Alberto S. Santos. Não sabendo bem o que me esperava, a não ser que iria mergulhar num romance histórico com bastante teologia, rapidamente fiquei surpreendida com profundidade e riqueza da sua escrita. A narrativa começa de forma inteligente suscitando a curiosidade do leitor com a intriga que o autor nos apresenta. Um peregrino misterioso, uma escavação surpreendente e uns responsáveis da igreja decididos a abafar a descoberta...
Recuamos séculos para acompanharmos a vida de Prisciliano desde o seu primeiro dia. De pagão vimo-lo a tornar-se um sedento de conhecimento e de outras culturas para acabarmos a vê-lo ser decapitado como herege e devedor. Pelo meio converteu-se à cristandade e tornou-se asceta. A forma como tudo isto nos é contado está de tal forma interessante que me vi várias vezes vidrada à leitura.
Se já sou uma curiosa por natureza no que toca à teologia e às grandes figuras religiosas da nossa história, com O Segredo de Compostela vi-me obrigada a interromper a leitura várias vezes para me ir inteirar de todos os novos conceitos que ia encontrando. Confesso que sabia pouco sobre o priscilianismo e o ascetismo, tal como sobre algumas personagens históricas apresentadas. Sou da opinião de que quando um livro nos leva a pousá-lo para querer saber mais, só pode ser bom sinal.
Com uma escrita cuidada, apaixonada e rica, personagens que mexem com o leitor e um percurso histórico rigoroso, Alberto S. Santos ganhou mais uma leitora que inclusive já se precaveu de uma possível ressaca literária tendo adquirido outra obra sua A Escrava de Córdoba. Para quem se interessa por estes temas ou até mesmo para quem quer ler boa literatura tem aqui uma excelente aposta.
Esta foi a minha primeira leitura de algo escrito por Alberto S. Santos. Não sabendo bem o que me esperava, a não ser que iria mergulhar num romance histórico com bastante teologia, rapidamente fiquei surpreendida com profundidade e riqueza da sua escrita. A narrativa começa de forma inteligente suscitando a curiosidade do leitor com a intriga que o autor nos apresenta. Um peregrino misterioso, uma escavação surpreendente e uns responsáveis da igreja decididos a abafar a descoberta...
Recuamos séculos para acompanharmos a vida de Prisciliano desde o seu primeiro dia. De pagão vimo-lo a tornar-se um sedento de conhecimento e de outras culturas para acabarmos a vê-lo ser decapitado como herege e devedor. Pelo meio converteu-se à cristandade e tornou-se asceta. A forma como tudo isto nos é contado está de tal forma interessante que me vi várias vezes vidrada à leitura.
Se já sou uma curiosa por natureza no que toca à teologia e às grandes figuras religiosas da nossa história, com O Segredo de Compostela vi-me obrigada a interromper a leitura várias vezes para me ir inteirar de todos os novos conceitos que ia encontrando. Confesso que sabia pouco sobre o priscilianismo e o ascetismo, tal como sobre algumas personagens históricas apresentadas. Sou da opinião de que quando um livro nos leva a pousá-lo para querer saber mais, só pode ser bom sinal.
Com uma escrita cuidada, apaixonada e rica, personagens que mexem com o leitor e um percurso histórico rigoroso, Alberto S. Santos ganhou mais uma leitora que inclusive já se precaveu de uma possível ressaca literária tendo adquirido outra obra sua A Escrava de Córdoba. Para quem se interessa por estes temas ou até mesmo para quem quer ler boa literatura tem aqui uma excelente aposta.
September 14, 2013
Mais um romance histórico passado na época romana. Começa bem, mas perde-se muito pelas descrições e argumentações teológicas e a extensão bastante grande não ajuda. Devo dizer que também achei o título enganador. É verdade que fala sobre o túmulo que se encontra enterrado em Compostela, mas pelo título faz pensar que seria passado numa época medieval quando na realidade é apenas uma biografia de Prisciliano. Se tivesse em conta isso no título acho que seria mais claro.
July 21, 2013
Santiago, personagem do livro O Alquimista, de Paulo Coelho, caminhou na imensidão do deserto egípcio, procurando sempre escutar o que o seu coração dizia, dando motricidade ao seu sonho. Um outro peregrino bem conhecido da literatura, criado por Hermann Hesse, é Siddartha, que abdicou...
texto completo: http://silenciosquefalam.blogspot.pt/...
texto completo: http://silenciosquefalam.blogspot.pt/...
September 18, 2013
Tenho a certeza que Alberto S. Santos é uma escritor maravilhoso e que os seus livros são muito aclamados e bem escritos, mas a mim não me conseguiu cativar. Ou então era eu que não estava "aberta" à leitura.
Penso que o que dificultou a minha leitura foram as descrições excessivas do escritor. Passou metade do livro a explicar as divindades, os templos, etc.
Não consegui terminar a leitura do livro e, por isso, tenho de pedir desculpa a todos os leitores. Mas tentei três ou quatro vezes retomar a leitura, mas sem sucesso.
Penso que o que dificultou a minha leitura foram as descrições excessivas do escritor. Passou metade do livro a explicar as divindades, os templos, etc.
Não consegui terminar a leitura do livro e, por isso, tenho de pedir desculpa a todos os leitores. Mas tentei três ou quatro vezes retomar a leitura, mas sem sucesso.
April 28, 2024
Num livro, o tamanho certo conta muito. No caso de “O Segredo de Compostela”, foram demasiadas páginas, a moer no mesmo, o que me fez perder o interesse. A premissa é interessante – sabendo que não é o apóstolo Tiago enterrado na catedral de Santiago de Compostela, então quem é?
Neste livro, a teoria inclina para Prisciliano, um Romano oriundo de uma família abastada pagã, que encontra o caminho nos valores do Cristianismo primitivo e que será perseguido pelo confronto direto com a prática da Igreja oficial. Fui atraída por esta abordagem e comecei o livro bastante entusiasmada. Porém, a meio do caminho, a história não avançava, começou a ficar demasiado mística para o meu gosto e com um toque de fanatismo religioso, talvez envolvente para os leitores católicos praticantes, mas que não considerei apelativo. A escrita é fluida, a pesquisa da época bem feita… simplesmente a narrativa entrou por um caminho demasiado longo para manter a minha atenção.
Neste livro, a teoria inclina para Prisciliano, um Romano oriundo de uma família abastada pagã, que encontra o caminho nos valores do Cristianismo primitivo e que será perseguido pelo confronto direto com a prática da Igreja oficial. Fui atraída por esta abordagem e comecei o livro bastante entusiasmada. Porém, a meio do caminho, a história não avançava, começou a ficar demasiado mística para o meu gosto e com um toque de fanatismo religioso, talvez envolvente para os leitores católicos praticantes, mas que não considerei apelativo. A escrita é fluida, a pesquisa da época bem feita… simplesmente a narrativa entrou por um caminho demasiado longo para manter a minha atenção.
December 2, 2015
Acabei o livro por teimosia. O estilo não me seduziu: os diálogos não eram realistas (sem diferença de tratamento em relação a classes sociais, por exemplo), e em muitos eventos senti-me a ouvir um contador de histórias em vez de a ler um livro que (supostamente) devia capturar a vivência das personagens. Mas aquilo que me fez não gostar foram as rosas azuis (era mesmo necessário?) e as personagens misteriosas como, muito especialmente, o 'Cristo'. Compreendo perfeitamente o que o autor pretendia, mas, sinceramente, não gosto de juntar fantasia a eventos históricos. Uma coisa é a personagem acreditar que está perante magia / seres míticos / etc., outra coisa é dizer ao leitor que essas 'irrealidades' ocorreram num evento histórico.
June 24, 2014
Comecei este livro com a ideia de que valeria umas 4 estrelas com potencial para 5, com uma única ressalva para a pontuação de adequação duvidosa e uso e abuso das exclamações. Infelizmente foi perdendo muito ao longo da narrativa. Demasiado "sexo sem mácula" e "estados de êxtase" e restante conversa pseudo-religiosa. A história em si é interessante, relata a vida e a morte de São Priscilliano, um dos primeiros mártires do Cristianismo. Só que está demasiado envolto em descrições metafísicas e considerações filosofico-religiosas de pouco interesse para mim. Provavelmente teria tocado uma pessoa mais religiosa do que eu, não sei. A mim não me fascinou.
February 24, 2019
Comecei este livro porque o Caminho de Compustela me encanta e eu não sei bem porquè, acreditei que este livro seria um 4 ou 5 estrelas...
Só posso dizer que foi dificil de ler, muitas descriçãos perfeitamente dispensáveis, muita explicação supostamente filosófica...
A história em si até era muito promissora, por relatar a vida e a morte de São Priscilliano, um dos primeiros mártires do Cristianismo, mas eu perdi-me e não consegui voltar a interessar-me.
Talvez tenha outro significado para alguem mais religiosa do que eu, talvez.
A mim desiludiu-me
Só posso dizer que foi dificil de ler, muitas descriçãos perfeitamente dispensáveis, muita explicação supostamente filosófica...
A história em si até era muito promissora, por relatar a vida e a morte de São Priscilliano, um dos primeiros mártires do Cristianismo, mas eu perdi-me e não consegui voltar a interessar-me.
Talvez tenha outro significado para alguem mais religiosa do que eu, talvez.
A mim desiludiu-me
September 6, 2024
Este livro leva-nos ao séc. IV CE, aos primórdios do cristianismo na ibéria e não só.
Trata da vida de Prisciliano, das suas origens pagãs, da sua conversão e das suas convicções contrárias à comunhão estado-igreja. Crença esta que levou a ser considerado como herético e como tal combatido e mais tarde condenado à morte.
Interessantíssimo, por uma divulgação histórica bastante fiel, além da parte bem romanceada que permite uma leitura fácil de todos os factos e intrigas.
Gostei bastante e é um livro que recomendo vivamente.
Trata da vida de Prisciliano, das suas origens pagãs, da sua conversão e das suas convicções contrárias à comunhão estado-igreja. Crença esta que levou a ser considerado como herético e como tal combatido e mais tarde condenado à morte.
Interessantíssimo, por uma divulgação histórica bastante fiel, além da parte bem romanceada que permite uma leitura fácil de todos os factos e intrigas.
Gostei bastante e é um livro que recomendo vivamente.
December 4, 2025
Partilho as palavras da Sofia Teixeira. Nao tenho grandes conhecimentos a nível de Teologia, mas este livro fez-me parar, refletir e pesquisar. Termos e conceitos para mim desconhecidos, e que fez procurar e saber mais. Um livro excepcional, muito espiritual. Permite-nos fazer uma auto reflexão e autoconhecimento de nós mesmos neste mundo tão acelerado e apático que se vive. Excelente e de um escritor português. Tenho a agradecer pelas excelentes horas que dediquei à sua leitura. Foram horas , não de ócio mas de aprendizagem interior e de cultura. Obrigada 😊.
July 26, 2018
Apesar de ser fã do chamado "Romance Histórico", confesso que este acabou por me saturar. Invés de um bom mistério (segredo) sou brindada pela Biografia de Prisciliano, acompanhada por um discurso Teológico, num estilo de escrita bastante pomposo, que me leva a acreditar que o objectivo do autor seria converter-me a mim, leitor, e não Prisciliano.
Acredito que um dia irei reler esta obra, e quem sabe se a minha opinião não muda entretanto.
Acredito que um dia irei reler esta obra, e quem sabe se a minha opinião não muda entretanto.
March 12, 2019
Dou duas estrelas porque realmente o livro está bem escrito e o autor fez uma pesquisa histórica de louvar.
Mas na verdade, não consegui terminar de ler o livro, o personagem principal tem uma fraca construção psicológica, pouca profundidade de análise das experiências que vai vivendo. Parece um pouco um herói estereotipado, bem como os malvados dos seus inimigos.
A nível da descrição histórica nada a apontar.
Mas na verdade, não consegui terminar de ler o livro, o personagem principal tem uma fraca construção psicológica, pouca profundidade de análise das experiências que vai vivendo. Parece um pouco um herói estereotipado, bem como os malvados dos seus inimigos.
A nível da descrição histórica nada a apontar.
January 17, 2025
Um romance interessante sobre formas de cristianismo primitivo que poderá ter existido no noroeste da península ibérica e como elas se intersectam com as peregrinações a Santiago de Compostela. Ficamos através desta obra a conhecer a vida de Prisciliano e de Egéria embora os longos relatos de índole mais teológica possam ser bastante enfadonhos.
October 21, 2025
Livro muito extenso, é necessário perseverança para o concluir, mas está muito bem escrito. Permite conhecer os primórdios da construção da religião cristã, a cultura romana e a sua instabilidade já no fim do Império Romano.
February 23, 2022
Vejam a minha opinião em vídeo, AQUI.
September 22, 2022
Interessante a relação que estabelece entre o Caminho de Santiago e o Priscilianismo.
September 10, 2024
Uma obra que me fez pesquisar, dado o meu desconhecimento dos factos abordados. Devido ao elevado número de personagens, requer uma leitura atenta. Gostei!
June 14, 2025
O mote da história é bom e tem uma contextualização interessante.
Mas depois o autor conta excessivos pormenores, que fazem com que o livro fique desnecessariamente longo.
Mas depois o autor conta excessivos pormenores, que fazem com que o livro fique desnecessariamente longo.
July 12, 2016
O livro seria um magnífico ***** se a escrita tivesse mais brilho.
A história é muito interessante, está bem documentado, retrata usos e costumes do início do Cristianismo principalmente na Península Ibérica. E a sofisticada e intrincada civilização romana. Assim, vai desde Roma a Jerusalém passando por Constantinopla.
Fica-se a conhecer que a peregrinação ao que é atualmente Santiago de Compostela é milenar feita pelos povos pré-cristãos com propósitos muito próximos (espiritualmente falando, não religiosamente) dos atuais.
Exemplos do que considero o que seja a falta de fascínio da escrita estão nestes trechos cuja pretensão parece ser algum erotismo:
“Todas as noites se entregava freneticamente a manipular o seu membro delirante com o pensamento concupiscente fixado em cada pedaço das formas voluptuosas da criada. (…) A escrava entrou e Prisciliano envolveu-a com um manto quente sobre as costas. Arranjara-se e perfumara-se para o momento. Deslaçara os cabelos, deixando cair sobre as costas uma cabeleira ondulante, o sinal da sensualidade (…) o que se seguiu foi uma daquelas conversas inócuas que se tem quando ambas as partes desejam urgentemente chegar ao lascivo diálogo dos corpos.” (p. 107)
Porém, habituamo-nos ao estilo de escrita (ainda que por vezes cansativo) e entramos nele, percorrendo toda uma história fascinante. Reconhece-se então a cultura e os conhecimentos que transmite mais em termos narrativos do que literários. Não é um livro oco; pelo contrário; é riquíssimo. Como o caso do simbolismo das rosas azuis. Também, o autor aprofunda tanto algumas figuras históricas que não sinto vontade/necessidade de ir aprofundar mais como geralmente faço. Menos claro ficam os nomes atuais das então cidades romanas. Aqui sim, tenho necessidade de alguma pesquisa e descubro com imenso interesse que afinal Conimbriga não era o que eu pensava, ainda que já lá tenha estado ou qual foi a capital da Lusitânia no século IV.
Eis que, por vezes tem rasgos literários: “Atrás de uma montanha há sempre um vale.” (p. 340)
Acabo o livro pensando que talvez a mística de Santiago de Compostela não seja aquela a que eu me habituara. Mas não invalida o Caminho de Santiago. Antes pelo contrário, pois parece desde sempre, uma viagem em busca do transcendente e do que está para além de cada um de nós. Se não é o apóstolo Tiago que al está, na minha humilde opinião, conhecendo esta história, em nada desprestigia a fé e a mística; antes pelo contrário. Compostela é um local de santidade, não importa quem ali esteja. E este facto leva-me, na realidade a pontuar o livro em 4.5.
A história é muito interessante, está bem documentado, retrata usos e costumes do início do Cristianismo principalmente na Península Ibérica. E a sofisticada e intrincada civilização romana. Assim, vai desde Roma a Jerusalém passando por Constantinopla.
Fica-se a conhecer que a peregrinação ao que é atualmente Santiago de Compostela é milenar feita pelos povos pré-cristãos com propósitos muito próximos (espiritualmente falando, não religiosamente) dos atuais.
Exemplos do que considero o que seja a falta de fascínio da escrita estão nestes trechos cuja pretensão parece ser algum erotismo:
“Todas as noites se entregava freneticamente a manipular o seu membro delirante com o pensamento concupiscente fixado em cada pedaço das formas voluptuosas da criada. (…) A escrava entrou e Prisciliano envolveu-a com um manto quente sobre as costas. Arranjara-se e perfumara-se para o momento. Deslaçara os cabelos, deixando cair sobre as costas uma cabeleira ondulante, o sinal da sensualidade (…) o que se seguiu foi uma daquelas conversas inócuas que se tem quando ambas as partes desejam urgentemente chegar ao lascivo diálogo dos corpos.” (p. 107)
Porém, habituamo-nos ao estilo de escrita (ainda que por vezes cansativo) e entramos nele, percorrendo toda uma história fascinante. Reconhece-se então a cultura e os conhecimentos que transmite mais em termos narrativos do que literários. Não é um livro oco; pelo contrário; é riquíssimo. Como o caso do simbolismo das rosas azuis. Também, o autor aprofunda tanto algumas figuras históricas que não sinto vontade/necessidade de ir aprofundar mais como geralmente faço. Menos claro ficam os nomes atuais das então cidades romanas. Aqui sim, tenho necessidade de alguma pesquisa e descubro com imenso interesse que afinal Conimbriga não era o que eu pensava, ainda que já lá tenha estado ou qual foi a capital da Lusitânia no século IV.
Eis que, por vezes tem rasgos literários: “Atrás de uma montanha há sempre um vale.” (p. 340)
Acabo o livro pensando que talvez a mística de Santiago de Compostela não seja aquela a que eu me habituara. Mas não invalida o Caminho de Santiago. Antes pelo contrário, pois parece desde sempre, uma viagem em busca do transcendente e do que está para além de cada um de nós. Se não é o apóstolo Tiago que al está, na minha humilde opinião, conhecendo esta história, em nada desprestigia a fé e a mística; antes pelo contrário. Compostela é um local de santidade, não importa quem ali esteja. E este facto leva-me, na realidade a pontuar o livro em 4.5.
August 7, 2025
Gostei muito de ler este livro. O final não me entusiasmou particularmente porque achei um pouco vazio em relação ao restante do livro, mas foi agradável de ler particularmente porque estava em viagem e passei por muitos dos sítios mencionados no livro, o que foi muito interessante.
Displaying 1 - 20 of 20 reviews