Jump to ratings and reviews
Rate this book

Antología Poética

Rate this book
Spanish

84 pages, Paperback

First published January 1, 1997

19 people are currently reading
217 people want to read

About the author

Alejandra Pizarnik

108 books2,033 followers
Born in Buenos Aires to Russian parents who had fled Europe and the Nazi Holocaust, Alejandra Pizarnik was destined for literary greatness as well as an early death. She died from an ostensibly self-administered overdose of barbiturates on 25 September 1972. A few words scribbled on a slate that same month, reiterating her desire to go nowhere "but to the bottom," sum up her lifelong aspiration as a human being and as a writer. The compulsion to head for the "bottom" or "abyss" points to her desire to surrender to nothingness in an ultimate experience of ecstasy and poetic fulfillment in which life and art would be fused, albeit at her own risk. "Ojalá pudiera vivir solamente en éxtasis, haciendo el cuerpo del poema con mi cuerpo" (If I could only live in nothing but ecstasy, making the body of the poem with my body).

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
75 (39%)
4 stars
72 (38%)
3 stars
32 (16%)
2 stars
7 (3%)
1 star
3 (1%)
Displaying 1 - 26 of 26 reviews
Profile Image for Paula Mota.
1,665 reviews563 followers
November 22, 2021
3,5*
#outubrohispanoamericano

O poema que não digo,
o que não mereço.
Medo de ser duas
a caminho do espelho:
Alguém dentro de mim adormecido
que me come e me bebe.


A poesia de Alejandra Pizarnik, tal como a sua vida, está impregnada pela morte. A forma como a satura, sobretudo nos textos em prosa próximos da data do seu suicídio, é perturbadora.

SOMBRA DOS DIAS POR VIR

Amanhã
hão-de vestir-me com cinzas na aurora,
e encher-me a boca de flores.
Aprenderei a dormir
na memória de um muro,
na respiração
de um animal que sonha.


Dos seus poemas opto conscientemente por guardar as imagens de abandono do vento e dos muros, a que recorre variadíssimas vezes de forma marcante.

menina que em ventos cinzentos
ventos verdes aguardou


*****************************

MENDIGA VOZ

E ainda me atrevo a amar
o som da luz a uma hora morta,
a cor do tempo num muro abandonado.

No meu olhar já perdi tudo.
É tão longe pedir. Tão perto saber que não há.
Profile Image for Teresa.
1,492 reviews
March 19, 2016
____________________________________
"não,
as palavras
não fazem amor
fazem ausência
se digo água, beberei?
se digo pão, comerei?"

description
(Jacob Lawrence)
____________________________________
"apenas a sede
o silêncio
nenhum encontro

cuidado comigo, meu amor
cuidado com a silenciosa no deserto
com a que viaja de copo vazio
e com a sombra da sua sombra"

description
(Henri Martin)
____________________________________
"no outro lado da noite
o amor é possível

- leva-me -

leva-me entre as doces substâncias
que morrem cada dia na tua memória"

description
(Lynd Ward)
____________________________________

description
____________________________________
Profile Image for Paula  Abreu Silva.
387 reviews115 followers
March 8, 2023
3,5 *

"A CARÊNCIA

Eu não sei de pássaros,
não conheço a história do fogo.
Mas creio que a minha solidão deveria ter asas."

✤✤✤✤✤✤✤✤✤✤✤✤

"COMO ÁGUA SOBRE UMA PEDRA

a quem regressa em busca da sua antiga busca
a noite fecha-se como água sobre uma pedra
como ar sobre um pássaro
como se fecham dois corpos ao amar-se"
Profile Image for la poesie a fleur de peau.
508 reviews63 followers
September 26, 2020
"Toda a noite escuto os passos de qualquer coisa que vem ter comigo. Toda a noite desenho nos meus olhos a forma dos teus olhos. Toda a noite nado nas tuas águas, afogo-me nos meus olhos que são agora os teus. Toda a noite falo com a tua voz e digo-me o que tu me silencias. Toda a noite choves sobre mim, chuva de mãos de água que me afogam. Toda a noite e ao longo do dia vejo manchas brancas numa parede, a toda a hora espero que a palavra obscena sirva para formar o teu rosto. Não abandono este lugar de reconhecimento, só me vou embora quando tu chegas."

***

As palavras que optei por transcrever foram escritas por Alejandra Pizarnik em 1962, dez anos do seu suicídio. Nelas encontro temas que me são caros e nos quais mergulho como quem conhece a profundidade das águas: estes pensamentos que segredamos à escuridão; este desejo do "eu" se transformar num outro (ou num "eu" que reflecte o outro: o amor como uma espécie de fusão - fundição?); o "eu" que se transforma num outro "eu", que esbate e anula o "nós" (uma tentativa impensável e impossível de derrotar a solidão) - encontro aqui uma espécie de fervilhar doloroso de onde eclodem outros "eus": e sim, a poesia de Pizarnik parece ser o centro de uma estrela, queimando e auto-alimentando-se na pressa de se extinguir.

Todo este livro sabe a feridas que se abrem mas que não sabemos como fechar (a imagem poética não é minha, está contida no livro)... e foi importante começar a conhecer esta poeta, sinto que a sua poesia ainda se vai tornar muito especial para mim (admito, por fim, que são os seus poemas que primam pela simplicidade e pela síntese que realmente captam a minha atenção).
Profile Image for Diogo.
9 reviews21 followers
July 3, 2023
"O sopro da luz nos meus ossos quando escrevo a palavra terra. "
Profile Image for Daniel Silva.
7 reviews4 followers
September 8, 2023
Como me disse uma amiga: poemas não são para ser percebidos, não devemos encontrar o significado do texto, mas sim torná-lo nosso, interpretá-los com os nossos olhos. Assim fez tudo mais sentido.

Transcrevi aqui alguns poemas que ganharam esse sentido.

de
ÁRBOL DE DIANA
(1962)

13

explicar com palavras deste mundo
que partiu de mim um barco levando-me

de
LOS TRABAJOS Y LAS NOCHES
(1965)

NO TEU ANIVERSÁRIO

Recebe este rosto meu, mudo, mendigo.
Recebe este amor que te peço.
Recebe o que há em mim que és tu.

de
EXTRACCIÓN EDE LA PIEDRA DE LOCURA
(1968)

O SONO DA MORTE OU O LUGAR DOS CORPOS POÉTICOS

(...) E eu caminharia por todos os desertos deste mundo e mesmo morta continuaria a procurar-te, a ti, que foste lugar do amor.

POEMAS NÃO RECOLHIDOS EM LIVRO & POEMAS PÓSTUMOS

(Circa 1962 | PARIS)

Ao longo de todo o dia oiço o barulho da água que chora. Minha memória, meu lugar sangrento, meu antigo anjo mordido pelo vento. Todo o dia durmo a chorar enquanto as palavras caem como a água rasgada, caio a chorar, lembro-me do barulho da água que cai no meu sonho de ti. Toda a noite escuto os passos de qualquer coisa que vem ter comigo. Toda a noite desenho nos meus olhos a forma dos teus olhos. Toda a noite nado nas tuas águas, afogo-me nos meus olhos que são agora os teus. Toda a noite falo com a tua voz e digo-me o que tu me silencias. Toda a noite choves sobre mim, chuva de mãos de água que me afogam. Toda a noite e ao longo do dia vejo manchas brancas numa parede, a toda a hora espero que a palavra obscena sirva para formar o teu rosto. Não abandono este lugar de reconhecimento, só me vou embora quando tu chegas.

(1962-1972)

PROCURAR

Não é um verbo mas sim uma vertigem. Não indica acção. Não quer dizer ir ao encontro de alguém mas sim jazer porque alguém não vem.
Profile Image for João Pedro.
4 reviews
February 18, 2025
e o que é que vais dizer
vou só dizer alguma coisa
e o que é que vais fazer
vou esconder-me na linguagem
e porquê
tenho medo
Profile Image for R.
42 reviews
June 4, 2024
"explicar com palavras deste mundo
que partiu de mim um barco levando-me"
Profile Image for Blanqui.
56 reviews1 follower
August 16, 2024
“recuerdo con todas mis vidas por qué olvido”

//

“alguna vez
alguna vez tal vez
me iré sin quedarme
me iré como quien se va”

//

“La sangre quiere sentarse
Le han robado su razón de amor.
Ausencia desnuda.
Me deliro, me desplumo.
¿Qué diría el mundo si Dios lo hubiera abandonado así?”

//

“ya comprendo la verdad

estalla en mis deseos

y mis desdichas
en mis desencuentros
en mis desequilibrios
en mis delirios

ya comprendo la verdad

ahora
a buscar la vida”

Profile Image for Kubicz.
95 reviews1 follower
February 8, 2023
this being the first book that i've read in spanish (and annotated in english), it holds a special tenderness in my heart. alejandra pizarnik's mind is incredible and barely limited by language. i wish i understood its original language a bit better, but this was an enjoyable read nonetheless.

//

porque este libro es el primer libro que yo leí en español (y anoté en ingles), tiene un lugar sensibilidad especial en mi corazón. la mente de alejandra pizarnik es increíable y no limitado por los idiomas. yo quiero entender el idioma original más, pero este libro fue un antología buena de todos modos.
Profile Image for Rosa Ramôa.
1,570 reviews85 followers
June 5, 2015
**

explicar com palavras deste mundo
que partiu de mim um barco levando-me

**

como um poema ciente
do silêncio das coisas
falas para não me ver

**

ficas longe dos nomes
que tecem o silêncio das coisas

**

para lá de qualquer zona proibida
há um espelho para a nossa triste transparência
Profile Image for Valentina.
43 reviews
December 5, 2022
Algunas que me gustaron:

"El poema que no digo,
el que no merezco.
Miedo de ser dos
camino del espejo:
alguien en mí dormido
me come y me bebe."



"Vigilas desde este cuarto
donde la sombra temible es la tuya.

No hay silencio aquí
sino frases que evitas oír.

Signos en los muros
narran la bella lejanía.

(Haz que no muera
sin volver a verte)"



"Quiero existir más allá de mí misma: con los aparecidos. Quiero existir como la que soy: una idea fija. Quiero ladrar, no alabar el silencio del espacio al que se nace."
Profile Image for Pignoise.
12 reviews
May 19, 2025
Si antes me quería suicid*r, ahora máis ❤️

"Ya comprendo la verdad
Ahora
A buscar la vida"

"Señor
La jaula se ha vuelto pájaro"
En que se diferencia o que che atrapa do que ti eres? Si algo che atrapa, naceu dentro de ti ou é externo?

"Alguien apuñala la almohada
En busca de su imposible
Lugar de reposo"

Non penso falar deste verso sin un avogadx ou psicológx diante
Profile Image for Lectoraestilosa: Alba.
183 reviews29 followers
January 3, 2024
Alguna vez
alguna vez tal vez
me iré sin quedarme
me iré como quien se va.

A. Pizarnik

Y mira que me apetecía empezar el año con alguna buena novela... Pero estoy muy contenta de terminarlo y empezarlo con poesía 💘. Y de la buena.
Profile Image for Vasili.
98 reviews4 followers
December 31, 2020
Una linda antología para conocer a Pizarnik. Quizá sirva más para el ciclo medio. Pero la selección es buena.
Profile Image for sally.
7 reviews2 followers
August 25, 2022
la edición que tengo de su antología no está en goodreads 😞
Profile Image for emmi (taylor's version).
29 reviews
March 30, 2023
me gusto mucho, es la primera poesia q leo y me habia veces q me costaba seguirle el hilo (por mas de q no hubiera tal hilo) pero fue bonito
Profile Image for Fátima Janeth.
22 reviews
April 2, 2025
La poesía de Pizarnik no es para todos: Es exigente, demandante, audaz. Además, su propio contexto detona temas oscuros y profundos.
Versos que te hacen pensar, repensar e interpretar.
Displaying 1 - 26 of 26 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.