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"Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil"

Nas últimas semanas de 1889, a tripulação de um navio de guerra brasileiro ancorado no porto de Colombo, capital do Ceilão (atual Sri Lanka), foi pega de surpresa pelas notícias alarmantes que chegavam do outro lado do mundo. O Brasil havia se tornado uma república.

O império brasileiro, até então tido como a mais sólida, estável e duradoura experiência de governo na América Latina, com 67 anos de história, desabara na manhã de Quinze de Novembro. O austero e admirado imperador Pedro II, um dos homens mais cultos da época, que ocupara o trono por quase meio século, fora obrigado a sair do país junto com toda a família imperial. Vivia agora exilado na Europa, banido para sempre do solo em que nascera.

Enquanto isso, os destinos do novo regime estavam nas mãos de um marechal já idoso e bastante doente, o alagoano Manoel Deodoro da Fonseca, considerado até então um monarquista convicto e amigo do imperador deposto.

416 pages, Paperback

First published January 1, 2013

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About the author

Laurentino Gomes

22 books347 followers
É um jornalista e escritor brasileiro. É mais conhecido pela autoria do best-seller 1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, onde narra a chegada da corte portuguesa ao Brasil. Em 2008, o livro recebeu o prêmio de melhor livro de ensaio da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de livro do ano de não-ficção.

Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo, e fez cursos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e na Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos da América.

Trabalhou como repórter e editor para vários órgãos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja.

Em 2008, a Revista Época elegeu Laurentino Gomes uma das 100 pessoas mais influentes do ano, pelo mérito de conseguir vender mais de meio milhão de exemplares de livro de história do Brasil.

É casado com a jornalista e psicóloga Mara Ziravello e vive desde 1988 em São Paulo.[5]

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40 (2%)
1 star
8 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 112 reviews
Profile Image for José Luis.
386 reviews12 followers
February 11, 2016
A trilogia 1808, 1822 e 1889, do Laurentino Gomes, deveria ser lida por todos nós. Informação de qualidade, fontes bem escolhidas e fidedignas, possibilita entender o Brasil de hoje, e obter muitas respostas. A triste verdade é que nunca mudamos nada, o país sempre foi tocado pelos acontecimentos, e nós o povo totalmente acomodados e sem reação. Recomendo muito a leitura, retorno imenso em conhecimento adquirido e consolidado.
Profile Image for JEAN-PHILIPPE PEROL.
672 reviews16 followers
August 30, 2013

O melhor da trilogia do Laurentino. No seu estilo jornalístico, fácil de ler e muito informativo, juntando documentadas analisas históricas e anedotas cheias de humor, ele da vida e cores a cada um dos atores desse 15 de Novembro 1889, e ajuda a entender os mal-entendidos duma proclamação da Republica feito por um Marechal golpista e monarquista, apoiado por uma coligação heteróclita onde republicanos radicais se juntavam com senhores de engenho revanchistas. Enquanto o velho, respeitado, mas cansado Imperador era vergonhosamente expulso para Europa, a Republica começava sem apoio popular, balançando entre militares autoritarios e oligarquias corruptas. Nesse inicio gaguejando, Laurentino lembra com razão que nasceram muitas das raízes dos grandes eventos da Historia do Brasil, de Canudos até o fracasso da Republica Velha, do caudilhismo de Vargas até a Revolução de 1964.
Profile Image for Mauro.
33 reviews16 followers
December 20, 2013
O mais fraco da trilogia. Fico pensando se é pelo menor carisma que os personagens da Proclamação da República (infelizmente?) possuem pra mim - os fatos mais interessantes, cômicos, pitorescos, são sempre os protagonizados por D. Pedro II e a família real - ou se é um livro escrito de maneira mais fraca em matéria de narrativa. A questão escravagista e o abolicionismo, assuntos de meu grande interesse, parecem abordados burocraticamente pelo autor. O que vale mesmo é reconhecer, ainda que superficialmente, nos primórdios dessa república inventada, meio forçada, traços de como o Brasil até hoje (não) funciona. E um passatempo extra é reconhecer quantos personagens viraram nomes de ruas familiares das cidades brasileiras.
Profile Image for Diego Martins.
14 reviews1 follower
November 19, 2013
Seguindo o sucesso da série, o livro é fantástico. Possivelmente, somos mais alheios a essa fase da nossa história do que àquelas cobertas pelos livros antecessores (1808 - A chegada da família real ao Brasil - e 1822 - Proclamação da Independência), e 1889 faz um excelente trabalho em elucidá-la, valendo-se de centenas de referências bibliográficas.
Profile Image for Rodrigo Cardoso Ribeiro.
30 reviews
October 4, 2024
Muito feliz de ter lido, não conseguia largar! Preciso ler os outros, e preciso que o Laurentino continue escrevendo toda a história do Brasil.
Ele tem muito a manha de deixar interessante, e passando muita credibilidade porque cita fontes e às vezes explica “um relato nunca confirmado disse tal coisa”, ou no caso de um frase forte diz como ela tava registrada em cada fonte. Ele garimpou afu.
Começa com um fato bem curioso que ilustra o impacto do golpe da república, depois no 2º capítulo te dá logo toda a cena do golpe sem enrolar, e só aí quando já te prendeu ele vai pro panorama do país na época etc, que é por onde um livro de história começaria e não prenderia ng. xD
Adorei conhecer a história, e ficava pensando “Pq eles não ensinam isso no colégio?” hahahah
Escolhi esse livro pq curto o D Pedro II, [atenção para Spoiler] e tinha a impressão que ele era republicano, e de fato o livro meio que confirma isso, D Pedro II republicano e caiu pelo Deodoro, um monarquista!
Profile Image for Rodrigo.
121 reviews2 followers
March 4, 2017
Achei ok, divertido. Em alguns momentos a superficialidade do texto pode ser quase embaraçosa como por exemplo quando, em uma página e meia, ele tenta descrever os movimentos políticos e ideologias do século 19. Mas tudo bem, vale pelo conjunto. Um livrinho divertido, bom entretenimento, para não se levar muito a sério. Imaginar que a republica foi proclamada porque o marechal Deodoro morria de ciúmes do conselheiro Gaspar Silveira Martins por causa de um amorico de juventude ninguém merece, certo? Vamos em frente.
5 reviews1 follower
December 13, 2013
Com sua linguagem jornalística, torna a leitura dos fatos históricos fácil. Apresenta fatos relevantes e curiosidades da época, que transportam o leitor ao ambiente retratado. Como ponto negativo, achei que o livro acabou de maneira abrupta, como se tivesse sido determinada a finalização imediata. Isso tornou o relato dos períodos da presidência de Prudente de Morais e Campos Sales bem resumida. Esperava que ele cobrisse pelo menos até o final da república velha.
Profile Image for Ricardo Viana.
Author 5 books2 followers
February 11, 2016

Laurentino Gomes repete sua história de sucesso. O livro é uma narrativa muito bem construída. Uma aula sobre política e dos "problemas que se repetem" até hoje.
Gostei do livro. Gostei mais ainda do dois primeiros dessa muito bem montada trilogia.
É recomendadíssimo para os que, como eu, gostam de história e tem interesse em melhor conhecer nosso país.
Profile Image for Clara.
180 reviews25 followers
March 12, 2016
Levei muito mais tempo que eu gostaria para terminar - o achei menos fluido que os primeiros, mas possivelmente porque gosto mais da parte imperial da História. Me garantiu a ideia de que o Brasil meio que sempre esteve em crise, e que só teve uma democracia mesmo a partir de 1984, o que é impressionante. Como todos os livros do Laurentino, desconstruindo e aprendendo :)
56 reviews
October 11, 2014
Bem informativo. Examina vários aspectos da história. Achei que o autor força um pouco a barra para transformar algumas pessoas, como Floriano, em personagens compreensíveis. E pula mais do que o necessário no tempo.
No geral, um jeito legal de aprender História.
Profile Image for Fuu.
136 reviews
Read
October 22, 2023
Na última parte da trilogia imperial, Laurentino Gomes aborda o mais longo, e último, reinado brasileiro, que termina com o fim da monarquia e o início conturbado da primeira república. Com um texto acessível e esclarecedor, o livro elucida essa parte intrincada da história do Brasil. Os capítulos são divididos de forma semi-cronológica, dando ao leitor adquire uma visão geral bem completa do cenário político abrangido pela obra, principalmente se for lido depois dos dois primeiros volumes.

Dom Pedro II herdou características do pai e do avô. Tinha casos extraconjugais feito o pai, mas era bem mais discreto e regrado quanto a estes, e era ativo no envolvimento direto com as circunstancias das províncias. Conciliatório e intelectual, apreciava acompanhar provas nas escolas e era defensor ferrenho da liberdade de expressão, sempre defendendo o direito dos jornais de publicar críticas ao seu governo (liberdade que se reverteu na primeira república, onde a censura cresceu desmedida, reprimindo-se qualquer tipo de manifestação contrária ao regime). A maior fraqueza de Dom Pedro II talvez tenha sido o fato de que ele não necessariamente queria ser rei. Suas preferencias eram voltadas a lecionar, e por vezes disse que se daria melhor como professor. Ao final da vida também demonstrou-se adepto ao regime republicano, com seu desgosto maior sendo com a forma que esse foi instaurado.

Observa-se no período que a mudança de regime ocorreu mais por desânimo com a monarquia que pela crença real em uma nova ideologia de governo. Além disso, a população em geral não teve papel relevante nas mudanças, com a cadeia de acontecimentos sendo quase exclusivamente relacionada a jogos de interesses no meio militar. A vontade do povo foi deixada em segundo plano e pouco foi focado na classe que era a maioria do país. A própria abolição da escravatura era uma discussão que o movimento republicano evitava, sabendo que precisaria do apoio rural dos donos de terras para concretizar o golpe. Ironicamente, a abolição foi um dos pregos finais no poder político da monarquia do Brasil, pois frustrou os grandes empresários escravocratas que passaram a aderir de vez à causa republicana.

Os principais jogadores do movimento republicano foram militares cheios de contradições. Se por um lado haviam personagens feito o professor Benjamin Constant, que foi capaz de unir a mocidade militar com a velha guarda em prol de um regime no qual de fato acreditava, de outro temos Floriano Peixoto, figura enigmática e traiçoeira que posteriormente governou o país com mão de ferro, e Deodoro da Fonseca, que até a última hora só queria o fim do ministério por motivos pessoais, e não a completa mudança de regime. Entre radicais e moderadores, temos também figuras como o abolicionista José do Patrocínio, que apoiava a Princesa Isabel, mas que, por força das circunstâncias, auxiliou o golpe. O próprio Deodoro um ano antes da proclamação achava que a república seria uma desgraça para a população, pois o povo não estaria preparado por conta da falta de educação que assolava o país. Promessas não cumpridas e incompetência administrativa fizeram muito para piorar as circunstancias econômicas do país, o que incluiu uma especulação desenfreada desencadeada por medidas criadas por Ruy Barbosa, o que inflacionou o país em um período de dois anos. Orgulho e interesses pessoais de Deodoro levaram a uma perda de estabilidade do círculo republicano nos primeiros anos do governo provisório, e a posse de Floriano Peixoto só fez por piorar a situação, com um governo que ignorava a constituição e que mandava prender qualquer dissidente.

A maneira como a república se instaurou frustrou muitos dos envolvidos, que viram suas boas intenções irem por água abaixo. Foi um golpe para implementar em um sistema válido, mas que foi impulsionado por atritos pessoais e políticos do exército – que funcionava com uma classe social à parte – ao invés de um movimento que tenha nascido e crescido das necessidades do povo de forma orgânica. As lutas do país continuam para remediar esses fatores.
50 reviews
January 11, 2023
Laurentino Gomes, como nos outros livros seus, mistura fatos jocosos com narrativa - às vezes, junta com citações que reforçam a ideia proposta. As qualidades da escrita, presente também em outras obras, perpetua-se nessa, contudo, a principal crítica, que falta para ser uma obra de respeito, permanece: falta de análise histórica a posteriori.
No momento que se apresenta uma elite econômica alheia ao próprio povo que tenta plagiar os europeus não se realiza a comparação atual que nossa elite e, hoje também, a classe média ainda tentam se considerar mais brasileiros (ou menos brasileiros?) do que resto da população - os pobres. Por causa disso, salários definem valores. Sulistas se acham superiores a compatriotas de regiões com maiores desigualdades sociais. E tudo isso se culmina numa direita liberal que acredita fielmente que o desenvolvimento econômico só virá se entregarmos a economia para o capital estrangeiro, puro sumo de vira-latismo. Ocorre até mesmo de estatais estrangeiras comprarem ex-estatais brasileiras...
Outro ponto importante o aberrante comportamento da direita conservadora: o culto ao militarismo. Infelizmente, não colocamos os milicos no seu devido lugar (os quartéis) desde a proclamação da República. Assim, desde 1889, há generais, coronéis, tenentes e, ultimamente, um capitão se intrometendo na nossa ainda (re)construção democrática. Era Vargas, 64 e governo bolsonarista recheado de militares no governo e com inanição perante os atos antidemocráticos que ocorreram durante 2019-2022. Isso tudo resultou no desastre de 8 de Janeiro de 2023.
Tudo isso nosso tão quisto país são problemas mal resolvidos. São antigos. A exclusão social, militarismo, elitismo, a nunca realizada reforma agrária. Por disso tudo, isso não são tópicos para construção de uma nação desenvolvida, mas são "coisas de esquerdista". Qual será nosso destino?
Profile Image for João Pedro Mota.
23 reviews
March 23, 2022
Esse livro, assim como os dois anteriores que completam a trilogia, são de grande riqueza informacional. O autor usa de uma linguagem clara (muitas vezes até usando de metáforas) além de uma boa quantidade de imagens/representações para complementar detalhes de pessoas e fatos abordados.
É importante ressaltar que ele serve mais para um interessado na história do país do que para um cientista social ou historiador (no que se refere ao material bibliográfico). Para algo mais acurado eu imagino que deve-se recorrer a bibliografia que o mesmo usa, que conta com ótimos autores da área, como Emília Viotti, Boris Fausto, Caio Prado Jr., Lília Schwartz etc.
É importante mencionar que o Laurentino Gomes é um jornalista e não um historiador, portanto sua abordagem, no que se refere ao método, é diferente da usada em pesquisas historiográficas. Para ter sua compreensão facilitada, o autor usa muito de comparações, faz generalizações e as vezes chega a ser anacrônico. Mas isso não é uma crítica, visto que o autor se mostra ciente disso, já que sua proposta é outra, essa que é discutir todo um histórico da nação, da chegada da família real portuguesa em nosso território até a proclamação da república pelo Marechal Deodoro da Fonseca.
O conteúdo abordado no livro podem explicar muitas questões no Brasil contemporâneo, sobretudo a cultura católica, patriarcal, clientelista e racista.
Profile Image for Leila Mota.
640 reviews6 followers
August 3, 2021
Os livros de Gomes me ajudam a suprir minha imensa ignorância em história do Brasil (a culpa ñ é totalmente minha, a escola ñ ensinou, e na época pré-universitária, que é quando se ensinariam as noções básicas de tudo, vivíamos a maldita ditadura, que tinha a sua própria versão mentirosa/omissa dos fatos), e só por isso já merecem todo crédito. Recomendo. Um problema é que pra mim só reforça meu desprezo pela idolatria a "figuras históricas", consubstanciada em monumentos, nomes de ruas, etc. Por mim, ñ deveria haver estátuas de imperadores, bandeirantes e quetais. Idem para nomes de lugares públicos com nomes dessas pessoas. Gosto da estrutura de uma cidade como Nova York, por ex., com suas ruas com números. O outro problema é que se descortinam para mim exatamente as péssimas qualidades das tais figuras históricas, e a forma como se ocupou, colonizou e governou este país, me fazendo desprezar igualmente esse carma e a ideia de "patriotismo". Privilégios de minorias, destruição de pessoas via escravidão, roubo e corrupção... o que há para nos orgulhar? E vivemos repetindo a história, não aprendemos nada.
Profile Image for Alexandre Rivaben.
219 reviews2 followers
August 5, 2020
O terceiro e último livro da trilogia me deixou com vontade de quero mais. É uma pena que não haja uma continuação descrevendo os primeiros anos da república. Seria muito interessante tentar buscar neste passado alguns indicativos de “heranças” que temos hoje, partindo da mesma linguagem simples e jornalística dos demais livros do Laurentino. Mesmo neste 1889, que relata o final do império e a Proclamação da República, sem muito apoio popular, já conseguimos observar vários resquícios que carregamos conosco até hoje.

O triste da leitura é constatar que parece que vivemos as consequências dessas coisas do passado e que não são motivos de celebração, pelo contrário, parece que são correntes invisíveis que nos prendem e nos impedem de avançar. A sensação que fica é que estamos em um ciclo vicioso em que a democracia não consegue amadurecer o suficiente sem a sombra de ideias positivistas e militaristas. Será que estamos fadados a estas “loops” de 30 em 30 anos mais ou menos?
Profile Image for Mangualde.
30 reviews1 follower
June 21, 2017
Obra voltada ao grande público - historiadores/pesquisadores, não me tenham mal, cobre de modo detalhado os momentos finais do Império e o início da República. Apresenta características das principais personalidades da época, e surpreende pela riqueza de detalhes de alguns momentos históricos, como o baile da Ilha Fiscal, bem como de alguns personagens de destaque, como Floriano Peixoto e, naturalmente, o Imperador Pedro II. Melancólico o final do Império pela perspectiva do Imperador, que parecia não entender claramente os sinais relacionados ao final de seu período à frente do país. Também é um pouco triste ver que a República não nasceu de forma natural, abraçada ao povo, mas sim de modo meio que acidental - como muita coisa em nosso país, infelizmente! Vale a leitura!
Profile Image for Daniela.
21 reviews
para-entender-o-brasil
August 11, 2022
Dando sequência aos livros 1808 e 1822, 1889 nos traz o contexto em que a república foi proclamada. Diria que este foi o embrião dos (vários) golpes militares ocorridos no Brasil até então. É perturbador pensar que a democracia plena foi promulgada em 1989. É extremamente recente, e estamos as voltas com novas ameaças. Também é triste perceber como a história se repete, que as paixões e o ego subvertem a ordem, e infelizmente não há boas intenções que sobrevivam. Depois de ler os três livros, cheguei a conclusão de que, no Brasil, temos uma séria dificuldade de seguir planos e de dar continuidade aos projetos. Quanto ao trabalho metodológico do Laurentino e equipe, é sempre impecável, feito com muito cuidado e respeito ao leitor.
Profile Image for Mi.
14 reviews4 followers
September 11, 2022
Extremamente oportuno o momento em que termino de ler 1889, pois em diversos momentos parecia estar lendo o que se vive, ou tem se vivido, no Brasil neste governo atual.

A trilogia: 1808, 1822 e 1889 somada a trilogia sobre a Escravidão deveriam ser leitura obrigatória para os brasileiros. Isso reduziria a quantidade de reacionários que se vê hoje em dia; pois certamente uma minúscula porção do nosso povo tem posição politica baseada em conhecimento histórico e não em manipulação sentimental de um passado glorioso que nunca existiu.
Profile Image for Ricardo Urresti.
210 reviews3 followers
November 23, 2025
Talvez o menos inspirado da trilogia, 1989 ainda assim é o livro de história que todos que necessitam conhecer sobre a proclamação da república deveriam ler. Com uma dinâmica jornalística e uma profunda pesquisa histórica, Laurentino Bruna o leitor com fatos e principalmente, narrativas em paralelo dos vários personagens envolvidos, trazendo uma visão completa das motivações que cada um tinha a época para apoiar ou não a república no Brasil. Novamente quisera ter lido este livro na minha juventude.
Profile Image for Albert Kenji.
13 reviews1 follower
December 4, 2016
A exemplo de 1808 e 1822 mais um relato da história brasileira, dessa vez na transição império-república. Como uma boa reportagem é rigoroso na coleta de informações porém é escrito com uma certa informalidade, o que aproxima a qualquer tipo de leitor não habituado aos padrões acadêmicos. A tristeza ao acabar o livro é que certas características dessa época ainda estão presentes na atualidade, por exemplo os clãs políticos e a eterna troca de favores em benefício próprio.
16 reviews2 followers
September 5, 2017
I think I preferred the first two books of this series (1808, 1822) a bit more, but that's mainly because the subject matter itself was simply more interesting, with more colorful and exciting characters. Deodoro and Constant have nothing on Dom João, Dom Pedro, Carlota Joaquina, and all that courtly intrigue and backstabbing....

That said, I'd really love to see this extended into 20th Century Brazilian history someday. It would be fantastic to read something like 1930 or 1964.
Profile Image for Igor.
596 reviews20 followers
October 24, 2018
República = Banho de água fria

O terceiro volume da série não deixa a desejar em relação aos anteriores, 1808 e 1822.

Este volume apresenta sua versão (sucinta) de como se deu a sucessão de fatos que antecederam ao nascimento da República. Detalhes que não são (e talvez nem devam ser) contados para crianças. Imagina o banho de água fria que seria?

Após terminar a série, fica obviamente uma mistura de satisfação em conhecer um pouco mais da nossa história, mas ao mesmo tempo um sentimento de vazio por notar como nossa cultura e valores sempre foram oportunistas - um unânime desejo de "se dar bem" em qualquer situação.

Mais triste ainda, é vermos hoje, apesar de tantas leis e instituições, como a malandragem e falta de escrúpulos continuam soberanos.

Obs: o livro "Getúlio. Dos Anos de Formação à Conquista do Poder. 1882-1930.", de Lira Neto, é super indicado após terminar esse.
Profile Image for Pedro Goulart.
3 reviews1 follower
October 16, 2019
Na minha humilde opinião, 1889 é o livro mais interessante da trilogia de Laurentino Gomes (que é excepcional por sinal). Uma leitura muito rica, detalhando fatos e personagens da nossa proclamação, ou melhor golpe de 1889. Mostrando o lado “humano” dos personagens, o livro mostra por exemplo um Marechal Deodoro relutante e cauteloso (diferentemente como é retratado) e um D.Pedro II apático aos acontecimentos. Enfim... leiam!
Profile Image for Karen Lemos.
8 reviews1 follower
January 24, 2020
Assim como os outros livros da série (1808 e 1822), 1889 explica de forma bem acessível momentos marcantes da história do Brasil; nesse caso, a Proclamação da República. O momento histórico é contextualizado e bem explicado, além de ter passagens detalhadas sobre o período da escravidão que nunca mais consegui tirar da mente. Triste, porém, necessário tomar conhecimento para entender o mundo atual e refletir/aprender com os erros do passado.
152 reviews2 followers
January 2, 2021
Finalizei a trilogia. Sensacional. Posso dizer q eu não sabia nada sobre a história do Brasil. Incrível q lendo sobre fatos q vão de 1807 a 1900 nos três livros encontrei-me lendo coisas de HOJE. Ou seja, a raiz de nossos problemas são profundas e antigas. Em comum, a ausência do povo como protagonista. Assim como hoje, a ignorância, mãe da alienação, nos manteve em ordem mas nos privou do real progresso.
Profile Image for Joao Lorenzi.
15 reviews
December 23, 2022
O melhor dos 3 livros de anos historicos do Brasil (1808, 1822 e 1889)

Nesse livro, mais que em 1808 e 1822, a leitura parece mais dinamica, os capitalos mais bem conectados e, principalmente, há muitas pontes para o que o Brasil é hoje em relação à mentalidade militar, mentalidade como país etc. Além disso, o autor explora o começo do Brasil república e deixa o leitor querendo mais. Depois desse, fiquei querendo um "1930" vindo do Laurentino. Autor incrível.
Profile Image for Soraya Viana.
159 reviews
September 25, 2023
Tanto no segundo volume da trilogia quanto neste terceiro, há alguma repetição de relatos dos capítulos anteriores que às vezes torna a leitura um pouco cansativa. Mesmo assim, considero um ótimo panorama do período histórico descrito. Bom para quem, como eu, na escola não se interessou tanto por história do Brasil e agora quer preencher lacunas. Como em geral acontece nos livros escritos por jornalistas, a leitura como um todo flui muito bem, independente de qualquer coisa.
2 reviews
October 22, 2021
Leitura Obrigatória e Prazerosa

Difícil destacar nesta obra tão esmerada algo que não tenha me agradado. Talvez a conversão dos valores da moeda da época para dólares americanos, mas é quase um mero capricho. O autor proseia com o leitor, sem viés, levando este a entender as origens do país que temos hoje.
Displaying 1 - 30 of 112 reviews

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