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A Maçã Envenenada

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Em 1993, o grupo norte-americano Nirvana fez uma única e célebre apresentação no estádio do Morumbi, em São Paulo. Um estudante de dezoito anos, guitarrista de uma banda de rock e cumprindo o serviço militar em Porto Alegre, precisa decidir se foge do quartel — o que o levaria à prisão — para assistir ao show ao lado da primeira namorada.
A escolha ganha ressonâncias inesperadas à luz de fatos das décadas seguintes. Um deles é o suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que chocou o mundo em 1994. Outro é o genocídio de Ruanda, iniciado quase ao mesmo tempo e aqui visto sob o ponto de vista de uma garota, Immaculée Ilibagiza, que escapou da morte ao passar 90 dias escondida num banheiro com outras seis mulheres.
Focado nos anos 1990, A maçã envenenada é o segundo volume da trilogia sobre os efeitos individuais de catástrofes históricas iniciada com Diário da queda, cuja ação central se dá nos anos 1980. Como no volume anterior, Michel Laub aborda o tema da sobrevivência usando os recursos da ficção, do ensaio e da narrativa memorialística, numa linguagem que alterna secura e lirismo, ironia e emoção no limite do confessional.
No sutil entrelaçamento de seus temas, que evocam as particularidades de universos tão opostos quanto o mundo da música e um quartel, este é um livro sobre paixão: por uma pessoa, por um ídolo, por uma ideia, por uma época. E também pela vida, embora esta sempre cobre um preço de quem escolhe — quando se trata de uma escolha — experimentá-la com intensidade.

120 pages, Paperback

First published August 19, 2013

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About the author

Michel Laub

18 books120 followers
Michel Laub was born in Porto Alegre, in 1973, and lives in São Paulo. He is a writer and journalist, he was editor-in-chief of Bravo magazine and coordinator of publications and internet at Instituto Moreira Salles. Today he is a columnist for Folha de S.Paulo, in addition to collaborating with several publishers and vehicles. He published six novels, all published by Companhia das Letras: Música Anterior (2001), Longe da água (2004), O segundo tempo (2006), O gato diz adeus (2009), Diário da queda (2011, with rights sold to the cinema)) and A maçã envenenada (2013). His books have been released in 12 countries and 9 languages. He is one of the members of the edition The best young Brazilian writers, of the English magazine Granta. He received the JQ - Winagte (England, 2015), Transfuge (France, 2014), Jabuti (second place, 2014), Copa de Literatura Brasileira (2013), Bravo Prime (2011), Bienal de Brasília (2012) and Erico Verissimo awards (2001), in addition to being a finalist in the Correntes de Escrita (Portugal, 2014), São Paulo de Literatura (2012 e 2014), Portugal Telecom (2005, 2007 e 2012) e Zaffari&Bourbon (2005 and 2011) awards.

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5 (1%)
Displaying 1 - 13 of 13 reviews
Profile Image for Tiago Germano.
Author 21 books125 followers
December 23, 2018
Cada vez que leio o Laub eu me faço a pergunta de como ele foi capaz de fazer tanto com tão pouco. Cada vez que me faço a pergunta o livro me responde tragicômico, como numa esquete dos irmãos Cohen: "Por favor, aceite o mistério".
Profile Image for Felipe.
Author 9 books64 followers
April 28, 2017
[english below]
Diário da Queda está lá, com posição assegurada na minha lista de livros prediletos desde que topei com ele em meios do ano passado. Não era de se espantar que uma outra leitura da obra de Michel Laub rendesse grande expectativa, e tê-la frustrada é uma sensação muito desagradável. Não que seja propriamente ruim, mas Maçã Envenenada não tem nem a ternura nem a brutalidade de seu predecessor ao olhar para o microcosmo de um coração e uma mente masculina. Por alguma razão, Diário me lembrava aquele clipe do Wax em que vemos um homem em chamas correr desesperado, filmado em câmera lenta até desaparecer numa curva como nunca tivesse sido. Já Maçã não me lembra nada em particular. A trama do jovem confrontado com amor, dor, morte, crime e castigo é escrita de forma competente, mas quase nada envolvente, nada marcante, nada como um homem em chamas. Espero ter melhores momentos com o Laub.
//
Since Diary of the Fall is ranked up there in my favorites, it was not surprising that another reading of Michel Laub's work would provide great expectation; and to have it frustrated is a very unpleasant sensation. Not that it's bad, but A Poisoned Apple has neither the tenderness nor the brutality of its predecessor when looking at the microcosm of a male heart and mind. For some reason, Diary reminded me of that Wax clip in which we see a burning man running desperately, filmed in slow motion until disappearing into a curve like it was nothing. Worst, Apple does not remind me of anything in particular. The plot of the young man confronted with love, pain, death, crime and punishment is written in a competent manner, but it has almost nothing involving, nothing remarkable, nothing like a man on fire. I hope to have better times with Laub.
Profile Image for Mateus Bandeira.
Author 3 books75 followers
July 26, 2017
Falar de temas como os ritos de passagem da adolescência e a relação com a mortalidade são duas coisas que me empolgam bastante, e talvez tenha sido por esses temas que quis ler "A Maçã Envenenada". Gostei muito dos paralelos entre a morte do Kurt Cobain com a de uma pessoa que escolheu sobreviver mesmo estando em uma situação muito precária, mas ao longo da narrativa - talvez pela forma superficial e repetitiva da abordagem - esse paralelo foi perdendo força, e até mesmo quando o autor tenta ressignificar isso mais pro final do livro, não é o suficiente. Foi uma leitura bem massa, e com certeza quero ler mais do Michel Laub, mas acabou ficando bem na média.
Profile Image for Marcio Silva.
38 reviews22 followers
November 23, 2013
Gostei muito de "Diário da Queda", então fui tentar o novo. É bem inferior. Bom aqui e ali, mas também meio forçado. Laub tenta encaixar triângulo de plástico em círculo, como criança pequena com aquele brinquedo. E pra quê aquelas últimas páginas? O livro ficaria bem melhor com umas vinte a menos.
Profile Image for Rocio.
88 reviews3 followers
February 18, 2018
This book has no page numbers. Weird!
307 reviews3 followers
July 5, 2020
Há escritores que surpreendem com a justaposição de eventos que escolhem para nos revelar a trama de um romance. Com isso mostram sua maneira de pensar, como retêm o que veem, a essência do que os preocupa. Formam uma colcha de retalhos que os leva à sabedoria, à lição do que observaram. Fora do Brasil, Julian Barnes é um escritor que seduz com similaridades que descobre em coisas aparentemente assimétricas. Este tipo de narrativa faz parte do charme da prata da casa, o escritor brasileiro Michel Laub. Seguir paralelos que não apresentam conexão imediata é um dos prazeres de seus livros e de "A maçã envenenada".

Narrado na primeira pessoa, o personagem, jornalista de quarenta anos, procura respostas, para entender o motivo do suicídio de sua primeira namorada, Valéria. Oscilando entre dois eventos que, justapostos, o intrigam: o suicídio do músico Kurt Cobain e a entrevista de Immaculée Ilibagiza, sobrevivente do genocídio de Ruanda ele transita entre essas duas forças cujo ponto em comum é a preservação ou não da própria vida. Há, de um lado, um cantor, compositor, músico de sucesso, admirado no mundo inteiro, ídolo de uma geração, que despreza a vida e se suicida. De outro está a jovem africana, desconhecida e pobre, feita heroína pelas circunstâncias, porque preza a vida a ponto de sobreviver nas piores condições imagináveis, por um longo tempo. É no equilíbrio entre essas duas forças que o jornalista encontra o caminho da ponderação sobre eventos e sentimentos.

Fragmentos da letra Drain me, de Kurt Cobain, são usadas, para titular duas partes da narrativa. ‘A não ser que seja sobre mim’ [I don’t care what you think unless it is about me], apropriada para descrever a narcisista Valéria, e ‘Que sorte ter encontrado você’, ironicamente, aplicável ao nosso narrador [One baby to another says: I’m lucky I’ve met you]. Enquanto o título A maçã envenenada continua a referência à letra da música de Kurt Cobain, é usado em contraposição, [You’ve taught me everything without a poison apple]; pois o suicídio de Valéria é de fato verdadeira maçã envenenada para o homem maduro que revive a juventude, em busca do significado do suicídio de Valéria.

Ainda que estas referências sejam óbvias, a mim, a procura do protagonista e sua conclusão sobre o que é o suicídio, o que significou o suicídio de Valéria e o efeito que tem sobre os que estão à volta de quem o comete, lembrou duas conhecidas frases do escritor Patrick Ness “Nós somos as escolhas que fazemos” do livro The Knife of Never Letting Go e “Dizer que você não teve escolha é omitir sua responsabilidade”, do livro Monsters of Men.

Este é o terceiro livro de Laub que leio. Ainda que seja parte de uma trilogia pode ser lido separadamente. Com ele termino o grupo. Para mim, dos três, o livro imperdível é Diário da Queda, que me encantou e comoveu. É o mais emotivo dos três, revelando, com genuína delicadeza, a fragilidade do narrador. Depois, a Maçã envenenada, que trabalha o texto de uma forma mais intelectual, com emoções menos explícitas e por fim O tribunal da quinta-feira, cuja óbvia dor psicológica do personagem principal é transmitida com ironia e distanciamento. De qualquer jeito, recomendo a leitura dos três livros em qualquer ordem que você queira colocá-los.
163 reviews
November 1, 2018
Unfussy engaging prose takes us into the reflections of the narrator. In 1994 the Rwandan genocide took place, Kurt Cobain committed suicide and the narrator lost his first girlfriend, Valéria. we the reader join him in his emotional telling twenty years later of the impact these had in moulding his life. A short novel with a lot to ponder.
Profile Image for Lina.
8 reviews
July 19, 2019
Achei horrível. Monótono, cansativo, repetitivo e chato. Tive que fazer esforço para ler 7 páginas por dia. O mais agoniante foi o fato de que a cada 20 linhas o narrador mencionava Kurt Cobain. A única coisa que gostei foi a pequena relação trágica com o genocídio de Ruanda. Sinceramente, só recomendo a quem curte Nirvana (e eu não sou este tipo de pessoa - nada contra).
Profile Image for Alice Ribeiro.
8 reviews4 followers
February 25, 2020
Gostei muito. Dou três estrelas apenas para diferenciar do Segundo tempo e do Tribunal dos quais gostei mais. Não porque o livro não seja bom, mas o tema não me tocou tanto - pessoalmente - quanto os outros dois. Mas a trama é muito bem urdida, naquele quebra-cabeças típico do Laub. Alguns trechos teria escrito diferente, mas isso não desmerece o livro. E vale dizer que a capa é ótima.
Profile Image for Bruno Vitorino.
27 reviews
August 25, 2024
Acho que adquiri uma certa consciência da técnica por trás do estilo do Laub e isso me tirou um pouco do texto, que acho que fica raso, mas acabei de ler então ainda não sei dizer por que acho isso. De toda forma, muito sofisticado, dá muita inveja de alguém que tem um controle tão grande sobre o próprio estilo.
Profile Image for Amy.
193 reviews13 followers
October 24, 2024
It was fast-paced and written in an interestingly circular style that I enjoyed. Ultimately, I don’t think it had much to say about suicide and mental health, the ostensible goal. I did learn about Kurt Cobain, though!
Displaying 1 - 13 of 13 reviews

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