É a realidade de ser mãe, mulher e criança numa prisão. Este livro destaca-se não só pelos relatos e pelas histórias de todas aquelas que decidiram continuar a ser mães entre os muros mas também pelos depoimentos daqueles que inocentemente são obrigados a crescer sem liberdade. Retrato cru e emotivo de uma realidade ainda marcada pelo preconceito, além de ser um extraordinário testemunho de vida na prisão, é um apelo ao direito de recuperar a dignidade humana.
Uma reportagem feita essencialmente em duas prisões portuguesas, Tires e Santa Cruz do Bispo sobre as mães prisioneiras. Os relatos são comovedores e impressionantes, uma história interessante e relevante que devia ser mais lida.
Entender a cabeça do ser humano é para mim uma paixão arrebatadora. Neste livro temos a oportunidade de perceber como pensaram estas mulheres, que a dada altura das suas vidas, seguiram por caminhos que as levaram atrás das grades, onde a maternidade se funde com privação de liberdade. Como ficam estas crianças? Como vivem estas mulheres? Será possível manter a distância entre guardas e reclusas? Foi uma leitura que senti necessidade de me afastar algumas vezes, para não confundir a minha própria maternidade e as experiências que aqui li. É preciso despedirmo-nos de preconceitos para poder ler este trabalho.