Benedito Nunes parte dos conceitos fundamentais formulados na Antiguidade por Platão e Aristóteles, primeiros filósofos a se preocuparem em conhecer a constituição da obra de arte. Em seguida, ligando questões teóricas ao pensamento filosófico, analisa, com enfoque objetivo e moderno, a obra dos principais filósofos que criaram as bases da filosofia da arte contemporânea. Nesse percurso, destaca temas marcantes como "imitação", "jogo estético", "arte e conhecimento" etc., enfatizando em especial as relações entre "arte e existência".
Benedito José Viana da Costa Nunes foi um filósofo, professor, crítico de arte e escritor brasileiro. Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada à Universidade Federal do Pará - UFPA. Ensinou literatura e filosofia em outras universidades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Escreveu artigos e ensaios para jornais e publicações locais, nacionais e internacionais. Aposentou-se como professor titular de Filosofia pela UFPA, tendo recebido o título de Professor Emérito em 1998. No mesmo ano, foi um dos ganhadores do Prêmio Multicultural Estadão. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Filosofia (1989). É autor de O drama da Linguagem, uma leitura de Clarice Lispector; O tempo na narrativa; Introdução à Filosofia da Arte; O dorso do tigre (ensaios literários e filosóficos); João Cabral de Melo Neto (Coleção Poetas Modernos do Brasil); Oswald Canibal (Coleção Elos); Passagem para o poético; A filsofia contemporânea; No tempo do niilismo e outros ensaios e Crivo de Papel (ensaios literários e filosóficos). Benedito Nunes recebeu dois Prêmio Jabuti de Literatura: em 1987, pelo estudo da obra de Martin Heidegger que culminou em Passagem para o Poético; e em 2010 pela crítica literária A Clave do Poético.3 Em 2010, foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra.