A emparedada da Rua Nova é uma obra do escritor brasileiro Carneiro Vilela (1846-1913) e também uma lenda Urbana recifense. Um romance histórico, um livro mítico da literatura naturalista Pernambucana, que relata o caso de uma jovem burguesa, engravidada pelo namorado e que foi emparedada viva em seu próprio quarto, a mando de seu pai, o abastado comerciante Jaime Favais, para encobrir a vergonha familiar e preservar-lhe a honra. O crime teria sido cometido num sobrado na Rua Nova, onde hoje está localizado um prédio que, segundo o neto do escritor, tem o número 200. A obra foi editada em folhetim no Jornal Pequeno, entre 1909 e 1912, depois transformada em volume. A história acabou se tornando polêmica e envolta em mistério. Os recifenses mais antigos acreditam que o romance foi realmente um crime que poderia ter acontecido. Não se sabe realmente se o caso é verídico ou se tudo não passou de imaginação do infatigável escritor pernambucano. Vilela teve forte envolvimento na questão religiosa que sacudiu o final do Império e seus escritos têm um forte tom anticlerical, que se ressalta n'A Emparedada, quando critica de forma acerba os colégios de freiras e diversas associações católicas. O romance retrata com vivacidade a sociedade recifense da segunda metade do século XIX, apresentando uma série de cenas onde aparecem os costumes, as festividades, o casamento, a condição feminina, o lazer, a escravidão, a marginalidade e outros aspectos importantes da cultura local.
Um dos livros mais empolgantes que já li! Mesmo sendo uma história longa, não foi uma leitura cansativa. A história é muito dinâmica, intensa, acontece de tudo o tempo todo, bem novelesca. Gostei muito da forma como o autor apresenta os personagens e como interage com quem está lendo. Indico demais!
Certo, estava você lá na livraria e como quem não quer nada acha esse livro com um título promissor: A Emparedada da Rua Nova. Ainda meio reticente se surpreende que o livro não apenas faz parte da bancada nacional como tem mais de cem anos... pois é, você poderia ter desistido, mas a curiosidade foi forte demais!
Primeiro de tudo, A Emparedada surpreende pois apesar de fazer parte do gênero folhetinesco, não é e é um livro sobre hexágonos (?) amorosos.
Bem, toda trama tupiniquim é baseada em crimes passionais, e embora o livro tenha isso como justificativa, não é o estilo. Na verdade, a obra de Carneiro Vilela é mais uma crítica social misturada a e não que aqueles dramalhões do início do século.
Violência, luxúria, ingenuidade, torpeza, tudo isso faz parte, mas lembre-se que essa é uma obra de 1900-e-guaraná-de-rolha, assim algumas coisas que hoje são comum, no livro são apenas insinuadas... e outras não.
Outra coisas interessante é notar que Vilela faz um discurso violento quanto a certas instituições como a Igreja Católica, o Estado (enquanto centro de corrupção), a Polícia e mesmo o Jeitinho Brasileiro (que na época não era chamado assim), mas não apresenta realmente personagens vilanescos.
Livro bastante interessante, não só em relação à trama em si - que é excelente, diga-se de passagem-, mas também por dois outros pontos. A primeira é pela escrita, pois o autor tem uma habilidade incrível em narrar os fatos em diferentes tempos (passado e presente) e os conecta com uma maestria invejável. A segunda é como essa obra nos serve como um retrato do passado da sociedade brasileira, inclusive a hipocrisia e os interesses que a formavam e, em minha opinião, isso é interessante, pois nos mostra como a nossa sociedade foi fundada e faz ter sentido coisas que nos perguntamos o por quê.
Particularmente, eu achei a leitura foi bem enfadonha no começo, mas, depois de um tempo, a história ganha ritmo e tensão, e é bem difícil parar de ler! Afinal, como mencionei anteriormente, a narrativa do autor te envolve nos mistérios e segredos de cada personagem.
Uma pérola escondida da literatura brasileira que vale super a pena a leitura.
A premissa e o final são muito contagiantes,entretanto, como produto de sua época, o livro é cheio de detalhes e pormenores desnecessários que poderiam ser facilmente excluídos. Me fez lembrar bastante de O Gato Preto o Edgar Allan Poe. Recomendo!
O livro é bom, a história é interessante, mas achei a escrita muito arrastada - tanto que demorei mais tempo para lê-lo do que é o normal para mim.
Não vi a minissérie que foi baseada no livro, mas foi uma boa escolha dos produtores. O autor enrola bastante e isso rende muitos capítulos na televisão. Hahaha São muitos personagens e cenas que não agregam à história. Mas de qualquer maneira, eu leria o livro mesmo sabendo dessa "enrolação" toda. A história é muito boa. Talvez quem viu a minissérie não se incomodará tanto com o ritmo da história.
Para ter uma ideia da enrolação,
Como é um livro antigo, alguns talvez se preocupem com o vocabulário. Dá para ler tranquilamente sem ir ao dicionário a cada página, claro que se puder ler em um ebook reader a leitura será mais fluída.
O livro que mais me prendeu na minha vida. Acontece uma coisa em cima da outra. Traição, assassinato, suspense... Além de ser uma história que se passa no estado de Pernambuco.