Jump to ratings and reviews
Rate this book

Historias marginales

Rate this book
Les trente-cinq "histoires marginales" que Luis Sepulveda a rassemblées dans ce recueil répondent toutes au devoir de mémoire. L'auteur raconte que, visitant un jour le camp de concentration de Bergen-Belsen en Allemagne, il remarqua une pierre sur laquelle une main anonyme avait gravé cette inscription : "J'étais ici et personne ne racontera mon histoire." Son but est de combler cette lacune en évoquant l'histoire de "tous ceux dont on ne parle pas dans les journaux, qui n'ont pour toute biographie qu'un passage oublié dans les rues de la vie". Les victimes de la barbarie nazie comme le poète yiddish Avrom Sützkever, mais aussi celles de toutes les guerres et les dictatures à travers le monde. Parfois, il s'agit simplement de personnages singuliers dont le destin pour être obscur n'en est pas moins exemplaire comme cet acrobate uruguayen croisé dans un aéroport, ou ce Bengali qui, sur l'île de Timor, transforme un cimetière de bateaux en petit paradis. L'un des plus touchants est Fredy Taberna, jeune militant socialiste assassiné par les militaires chiliens et qui avait l'habitude de consigner dans un carnet ce qu'il considérait comme les merveilles du monde, les platanes de Santiago ou l'éclosion miraculeuse des roses du désert d'Atacama. Et c'est bien ce que fait Sepulveda lui-même, mû à la fois par la compassion et l'émerveillement : donner des raisons d'espérer en dressant l'inventaire poignant de ces vies à la fois humbles et extraordinaires. --Yves Bellec

180 pages, Paperback

First published January 1, 2000

90 people are currently reading
1153 people want to read

About the author

Luis Sepúlveda

160 books1,273 followers
(Ovalle, Chile, 1949 – Oviedo, España, 2020) Luis Sepúlveda was a Chilean writer, film director, journalist and political activist. Exiled during the Pinochet regime, most of his work was written in Germany and Spain, where he lived until his death.

Author of more than thirty books, translated into more than fifty languages, highlighting An Old Man Who Read Love Stories (Tusquets Ed., 2019) and The Story of a Seagull and the Cat Who Taught Him to Fly (Tusquets Ed., 1996). Among his numerous awards are the Gabriela Mistral Poetry Award (Chile), the Primavera Novel Award (Spain) and the Chiara Award for Literary Career (Italy). Knight of the Order of Arts and Letters of France, and doctor honoris causa by the universities of Toulon (France) and Urbino (Italy).

In a direct, quick-to-read language, full of anecdotes, his books denounce the ecological disaster affecting the world and criticize selfish human behavior, but they also show and exalt the most wonderful manifestations of nature.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
718 (32%)
4 stars
844 (37%)
3 stars
519 (23%)
2 stars
118 (5%)
1 star
42 (1%)
Displaying 1 - 30 of 155 reviews
Profile Image for Eliasdgian.
432 reviews132 followers
September 26, 2018
Τα Χρονικά του περιθωρίου, σαν τις βαθιές χαρακιές στο δέντρο της μνήμης και των απωλειών, σαν τα τραγούδια του θερισμού που αργοσβήνουν στον απόηχο του ανέμου, και σαν τις επιτάφιες στήλες που ορθώνουν ανάστημα στο γλυκοφίλημα της αέναης βλάστησης, είναι μικρές καταγεγραμμένες ιστορίες από τον καθημερινό αγώνα και τις αγωνίες των ανθρώπων απανταχού της Γης. Από την Παταγονία ως τη χώρα των ταράνδων κι από την Πιετρασάντα της Τοσκάνης μέχρι την αγορά του Καγιάμπε στο Εκουαδόρ, είναι τα βήματά τους που γυροφέρνουν τον κόσμο κι οι ανάσες τους που θυμίζουν ότι, όχι μόνο υπήρξαν κάποτε κι αυτοί, αλλά κι ότι έχουν τις δικές τους ιστορίες να κοινολογήσουν.

Το να αφηγείσαι σημαίνει να αντιστέκεσαι, είχε κάποτε γράψει ο σπουδαίος Βραζιλιάνος μυθιστοριογράφος Γκιμαράες Ρόσα. Κι ο Luis Sepúlveda, γνωστό τοις πάσι πια αυτό, αφηγείται καλά.
Profile Image for Paula Mota.
1,665 reviews563 followers
January 16, 2025
4,5*
Releitura

# spinoff As Peças que Faltam

As Rosas de Atacama, de Luís Sepúlveda, que apresenta o seu ‘inventário das perdas’.”

Henri Lefebre foi muito perspicaz ao repescar a expressão “inventário de perdas”, com que Sepúlveda conclui o texto “Rosella, a Mais Bela”, pois é esse o espírito por detrás desta colectânea, relembrar o que se perdeu: pessoas, locais, modos de vida, combates políticos e sociais, animais e património natural, inspirado na inscrição que leu no campo de concentração de Bergen Belsen: “Eu estive aqui e ninguém contará a minha história.”
E são inspiradoras e tocantes a maioria das “histórias marginais” que conta, muitas sobre resistência e liberdade, duas das directrizes que associo à vida e obra de Sepúlveda que, talvez por se ter exilado durante o regime Pinochet, se tornou um homem do mundo e, por isso, escreveu em coordenadas tão inesperadas como Timor, Lapónia, Madagáscar, Rússia e ex-Jugoslávia. Apesar de ter sido publicado no início do século, há situações que critica que não só são actuais, como se tornaram ainda mais prementes 25 anos depois.

As sociedades que crescem no medo aceitam como legítimo tudo aquilo que provém da força, seja das armas, seja do capital.
****
Doeu-me ter de responder que sim quando quis saber se era verdade que na Europa tratavam mal os emigrantes.
****
Repete-me que os povos que não conhecem a fundo a sua História caem facilmente nas mãos de vigaristas, de falsos profetas, e voltam a cometer os mesmos erros.


A referência mais irónica, porque a História não é imune a ela, a uma semana da tomada de posse de Trump e duas semanas após a morte do ex-presidente Jimmy Carter, é sem dúvida a do Canal do Panamá.

Quando em 1979 foi assinado o tratado Torrijos-Carter, que devolveu ao Panamá a soberania sobre a zona do Canal, o presidente norte-americano apresentou-se na cerimónia acompanhado por dúzias de assessores e generais. Omar Torrijos era acompanhado por Gabriel García Marquez e Graham Greene e por um sargento da guarda nacional panamiano, José de Jesus Martínez, Chuchú.

Tanta gente prestes a dar voltas na tumba se a megalomania seguir o seu curso…
Profile Image for Carmo.
727 reviews566 followers
April 28, 2019
28-04-2019
Ainda melhor que da primeira vez.

24-05-2014
“Eu estive aqui e ninguém contará a minha história.”

Numa visita ao campo de concentração Bergen Belsen na Alemanha, Luís Sepúlveda encontrou esta frase gravada numa pedra. Era de um anónimo, um dos milhares que por lá passaram, e impressionou-o de tal forma que decidiu dar vós aos muitos desconhecidos que encontrou nas suas inúmeras viagens e nas estadias em múltiplos países.
Porque não só a vida dos heróis de grandes feitos deve ser contada, mas também a daqueles que foram obrigados a agir na clandestinidade, os marginais da terra, os injustiçados, os que partilharam os caminhos mais humildes, os sonhadores. Homens e mulheres que sempre se bateram pela defesa dos mais desprotegidos, que persistiram nas suas convicções sem se renderem ao conformismo, e tantas vezes pagaram essa coragem pelo preço mais alto.
Histórias reais e comoventes que ultrapassam a imaginação mais fértil, contadas com grande sensibilidade e lucidez, encadeadas em belíssimas descrições da selva Amazónica, Patagónia ou Lapónia.
Profile Image for Ana.
230 reviews91 followers
August 4, 2019
Numa visita ao campo de concentração de Bergen Belsen, e enquanto perguntava a si próprio em que vala comum residiriam os restos mortais de Anne Frank, o autor deparou-se com uma pedra na qual estava gravada a seguinte uma frase de um anónimo: "Eu estive aqui e ninguém contará a minha história". Esta frase fê-lo recordar diversas personagens e histórias de vida destinadas ao olvido, mas suficientemente inspiradores para dele serem resgatadas. Assim surgiram estas "Histórias Marginais" que seria a tradução literal do título original (Historias Marginales).

As Rosas de Atacama, título da tradução portuguesa, é o título de uma das histórias, mas é também um bom título ilustrativo desta colecção. Aquela história fala de Fredy Taberna, um homem que tinha um caderno com capas de cartolina onde anotava conscienciosamente as maravilhas do mundo, e elas eram mais de sete: eram infinitas e multiplicavam-se. Foi Fredy Taberna que levou o autor a conhecer o deserto de Atacama, na época do Desierto Florido. O deserto de Atacama, o mais seco do planeta, em anos com precipitação suficiente (que segundo li, acontece a espaços de 5 a 8 anos) cobre-se de flores entre Setembro e Novembro. A vida de cada flor é efémera, durando apenas algumas horas até serem calcinadas pelo calor tórrido do meio-dia. Da mesma forma que Fredy Taberna anotava estas belezas efémeras, assim Luís Sepúlveda escreveu estas histórias breves de pessoas cujo merecimento nunca foi (re)conhecido, pois nunca tiveram voz ou esta foi-lhes silenciada. Escreveu-as porque a palavra escrita é o maior e o mais invulnerável dos refúgios, porque as suas pedras são ligadas pela argamassa da memória. E também porque como notou Guimarães Rosa, narrar é resistir.

E é com uma prosa sensível "que transforma a dor em palavras com sabor a poesia" (uma frase que, de tão apropriada, não resisti a roubá-la de alguém), que Luís Sepúlveda planta na nossa memória personagens "que permanecem na sombra da História, que não aparecem nos noticiários, que não têm biógrafos mas apenas uma esquecida passagem pelas ruas da vida"... mas que encarnam os valores do humanismo, da justiça, da resiliência e da consciência ecológica.

Não posso deixar de referir a tradução de Pedro Tamen que me pareceu excelente.

Deixo uma passagem que achei muito bonita, sobre um homem nativo da floresta que conversa com a sua canoa:
Enquanto a subtil resistência da luz diurna se deixa vencer amorosamente pelo abraço da penumbra, escuto-o a murmurar as palavras exactas que a sua embarcação merece: encontrei-te quando não passavas de um ramo, limpei o terreno que te rodeava, protegi-te do caruncho e da térmita, orientei-te a verticalidade do tronco e, ao deitar-te abaixo para fazer de ti o meu prolongamento na água, a cada machadada marquei também uma cicatriz nos meus braços. Depois, já na água, prometi que havíamos de continuar juntos a viagem começada no teu tempo de semente. E cumpri. Estamos em paz.
Profile Image for Eddy64.
589 reviews17 followers
October 13, 2025
Il titolo originale - Historias marginales - è più esplicativo. Sepulveda stesso racconta di una iscrizione su una pietra nel campo di Bergen Belsen: "io sono qui e nessuno racconterà la mia storia" tragico graffito di una delle tante vittime senza nome destinate all'oblio perché "un morto é uno scandalo, mille sono statistica". Di qui l'esigenza di raccontare storie marginali di persone sfiorate dalla storia, mai citate nei notiziari, mai o poco riconosciute nei loro meriti. Una raccolta di racconti brevi ma anche un taccuino di viaggio nel mondo di Sepulveda, dove la scrittura riflette le sue personali esperienze di una vita a dir poco avventurosa nel segno della militanza politica e dell'attivismo ambientale. Una galleria di piccoli e grandi eroi, di vittime dimenticate, ma anche di personaggi leggendari, di amici con la A maiuscola..
Nel segno dell'ambientalismo e di Green Peace si va da quel Lucas che salvò le foreste della Patagonia dallo sfruttamento capitalistico al viaggio nella selva grande come la Svizzera sulle orme di Fitzacarraldo, avventuriero di pochi scrupoli (e qui il pensiero al grande Klaus Kinski nell'omonimo film) passando per lo spettacolo delle balene al largo della Sardegna. Sepulveda faceva parte della guardia personale di Salvador Allende e nel 1973 dopo il golpe di Pinochet, imprigionato, torturato e costretto all'esilio; il tema della lotta contro ogni dittatura è ricorrente e predominante da quella nazista con la figura del poeta leader della resistenza a quelle sudamericane: Cile, Argentina, Equador, la lotta contro i boia sempre la stessa e troppi i compagni caduti ma lo spirito è indomito, che el pueblo unido jamas sera vencido... Inizia con un Indio amazzonico in completa armonia con la foresta e termina con due donne, sopravvissute alle torture e al carcere in Cile, a spasso per Venezia molti anni dopo, radiose nella loro bellezza (e una è la moglie dello scrittore), due immagini di serenità tra tante storie di dolore e di sofferenza ma anche di riscatto. Come sempre non tutti i racconti sono riusciti allo stesso modo, alcuni suonano un po' datati e retorici, mai falsi o artefatti, ne cito ancora due tra quelli che mi hanno colpito di più: la storia di Mister Simpah il distruttore di navi (sembra uscito da un romanzo di Alvaro Mutis) e quella di Tano migrante in Cile per errore, ma la vita è una sequenza di casualità... Tre stelle e mezza.
Profile Image for Luís.
2,371 reviews1,365 followers
April 7, 2025
This collection of short stories is a pure delight for the heart and mind.
Luis Sepulveda, a Chilean writer I discovered late in life, a true archetype of a generation of progressive Latin American activists, has experienced it all: utopia, dictatorship, exile, and disillusionment.
But, unlike some, he never renounced his deepest convictions, much less his unshakeable faith in humanity.
Please don't count on him to play the misanthropic dandy or the cynic who's seen it all.
Profile Image for Roberto.
365 reviews41 followers
March 2, 2025
La bellezza di una vita giusta, nonostante tutto

Trentacinque ricordi, trentacinque storie, trentacinque mondi e persone. E ideali e dolori e comunità e amicizie e amori. Sì, l'amore per la vita e la bellezza, l'amore per la giustizia e la verità. E la dignità, la resistenza e il sacrificio necessario. Trentacinque schegge in un caleidoscopio umano resistente, trentacinque pietre scolpite per non dimenticare.

Per non dimenticare gli eroi invisibili che Sepúlveda ha incontrato nella sua vita intensa e anche gli altri di tutto il mondo, in prima linea contro le sue nefandezze. Perchè oggi come ieri viviamo tempi difficili ed è sempre necessario saper scegliere da che parte stare, cosa difendere e per cosa lottare, cosa amare e in cosa sperare per il nostro futuro.

E in più, scavando nei suoi ricordi, rendendo i suoi eroi marginali eterni e luminosi, narrando di tristezze dolci e bellezze perdute, Luis ci dona l'anima nuda dell'uomo che già avevamo immaginato leggendo i suoi romanzi, che segretamente avevamo sperato che fosse, che avevamo amato. I suoi ideali, i dolori e le sue verità. E anche di più.

Per questa appassionata confessione, per queste memorie da non dimenticare, per questo suo viaggio bellissimo di resistenza e impegno e coerenza e speranza, per tutto questo amore triste ma senza dubbi contro il male che ci circonda, per tutto ciò forse ancor più che per l'opera di romanziere che abbiamo amato, a lui va il ringraziamento più sincero.
Profile Image for crίѕтίŋα•●Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ●•.
894 reviews230 followers
May 21, 2019
- O País das Renas -
“Quando as renas têm pouco pêlo no ventre, é de esperar um Inverno muito duro; em contrapartida, se no Inverno se lambem umas às outras, é sinal de que se avizinha um longo e bom Verão. Se as perdizes conservam uma plumagem escura no fim do Outono, isso quer dizer que o Inverno vai chegar tarde. Se no Inverno as renas se atacam umas às outras, quer dizer que virá uma onda de tempo quente seguida de outra de frio intenso. Se no Outono as renas comem raminhos de bétula, quer dizer que na Primavera, sobretudo em Maio, nevará abundantemente. Se o cuco canta escondido entre a folhagem na parte mais alta de uma árvore, é sinal de péssimo Verão. Se o cuco canta em cima de um tronco caído, é sinal de desgraça.”

* * *
- Baleias do Mediterrâneo -
“Recordo-me de um entardecer ao pé do mar, no Norte da Sardenha. O sol punha-se diante dos olhos do nosso grupo de amigos que contemplava o crepúsculo, deixava-nos para iluminar outras terras a oeste, quando se repente, nos chegou do mar o inconfundível canto das baleias, aquele som agudo que tem qualquer coisa de música futurista e que surpreende todos os que o ouvem.”

* * *
- O Amor e a Morte -
“ ... personagem central, o gato Zorbas, um gato grande, preto e gordo que foi nosso companheiro de sonhos, histórias e aventuras durante muitos anos.
Justamente quando o carteiro estava a entregar-me aquele primeiro exemplar do romance e eu a sentir a felicidade de ver as minhas palavras na ordem meticulosa das suas páginas, estava Zorbas a ser examinado por um veterinário, queixoso de uma doença que começou por lhe tirar o apetite e o fez andar triste e murcho e que acabou por lhe dificultar dramaticamente a respiração. Fui buscá-lo à tarde e ouvi a terrível sentença: lamento, mas o gato tem um cranco pulmonar muito avançado.
Os parágrafos finais do romance falam de um gato nobre, de um gato bom, de um gato do porto, porque Zorbas é tudo isso e muito mais. Chegou às nossas vidas justamente na altura em que Sebastián nasceu e, com o tempo, passou de nosso gato a ser mais um companheiro, um querido companheiro de quatro patas e melódico ronronar.
Amámos aquele gato, e em nome deste amor tive de reunir os meus filhos para lhes falar da morte.
Falar-lhes da morte, a eles que são a minha razão de viver. A eles, tão pequenos, tão puros, tão ingénuos, tão confiantes, tão nobres, tão generosos. Lutei com as palavras à procura das mais adequadas para lhes explicar duas terríveis verdades.
A primeira era que Zorbas, por uma lei que não inventámos e à qual no entanto temos de nos submeter, mesmo à custa do nosso orgulho, ia morrer, como tudo e como todos. A segunda era que dependia de nós evitar-lhe uma morte atroz e dolorosa, porque o amor não consiste apenas em conseguir a felicidade do ser que amamos, mas também em evitar-lhe sofrimentos e preservar a sua dignidade.
Sei que as lágrimas dos meus filhos me hão-de acompanhar toda a vida. Como me senti pobre e miserável perante a sua indefesa… ”
Profile Image for giuneitesti ❆.
269 reviews53 followers
September 4, 2021
Questo libro è splendido.

Sepúlveda ti prende per mano e ti porta in America, in Africa, in Europa; ti accompagna tra mari, foreste, deserti, metropoli nascenti e racconta storie così forti, così umane, che è impossibile non sentirle vicino al cuore.

Sepúlveda parla di coloro che non trovano posto nei libri di scuola, di coloro che la storia l’hanno subita sulla pelle, che non hanno mai chiesto meriti e di cui probabilmente, oltre a queste pagine, mai sentiremo parlare.

Ma loro sono stati qui, e qualcuno ha raccontato la loro storia. Grazie.

Profile Image for Sub Sakoul.
31 reviews24 followers
July 17, 2019
Αν είχα τη δυνατότητα και την ικανότητα να γίνω συγγραφέας, θα ήθελα χωρίς δεύτερη σκέψη να ήμουν ένα κράμα από Σεπούλβεδα, Γκαλεάνο και Τάιμπο ΙΙ. Η λογοτεχνία του αμερικάνικου νότου με γοητεύει αφάνταστα και αυτοί οι τρεις εκφραστές της είναι οι κύριοι υπαίτιοι. Τα κοινά τους σημεία είναι πολλά και ξεκάθαρα ωστόσο ο καθένας έχει το δικό του μαγευτικό τρόπο να εκφράζει τα πιστεύω του και να αφηγείται μικρές ιστορίες έντονα εμπνευσμένες από την πολυτάραχη ζωή του.

Ειδικά ο Σεπούλβεδα, που έχει βιώσει από πρώτο χέρι τον πόνο, την θλίψη, την εξορία, την αποξένωση, την καταστροφή της φύσης και τα ανεκπλήρωτα όνειρα για έναν κόσμο πιο δίκαιο, πιο τρυφερό, έχει αυτό το μοναδικό τρόπο να μεταφέρει μέσα από απλές λέξεις τις ζωές όλων των περιθωριακών που γνώρισε στο μεγάλο ταξίδι της ζωής του. Γιατί η ζωή του είναι ένα ατελείωτο ταξίδι ανάμεσα σε γενναίους ανθρώπους που αντιστάθηκαν, που εκδιώχθηκαν, που έχασαν οικογένειες, που δεν έχουν πατρίδα ωστόσο παρέμειναν συνεπείς στον αγώνα για δικαιοσύνη και ελευθερία.

Ο Χέμινγκουεϊ είχε πει πως υπάρχουν μυθιστορήματα που μπορούν να γραφτούν με λέξεις των 20 δολαρίων, αλλά αυτό που αξίζει, είναι να μπορείς να τα γράψεις με λέξεις των 25 σεντς. Μια ράβδωση λιγότερη δεν καταστρέφει το δέρμα της τίγρης, αλλά μια λέξη παραπάνω σκοτώνει οποιαδήποτε ιστορία…Ο μαθητής Σεπούλβεδα ευτυχώς για εμάς (εμένα τουλάχιστον) αποδείχτηκε ξεφτέρι κάνοντας πράξη τα λόγια του μεγάλου δασκάλου.

Γλυκόπικρες ιστορίες, λοιπόν, για όσους αισθάνονται περιθωριακοί και ψάχνουν μέσα στις λέξεις έναν εναλλακτικό τρόπο ζωής, μία διαφορετική πρόταση ζωής, εκεί όπου βρίσκεται ένας άλλος κόσμος, όπου οι άνθρωποι ζουν κι αφήνουν τους άλλους να ζήσουν, όπου τα θύματα δεν ενοχοποιούνται, σ’ ένα μέλλον όπου πρωταγωνιστούν όλοι τραγουδώντας, πίνοντας, διαβάζοντας, δουλεύοντας ενωμένοι χωρίς να ασκούν ή να υφίστανται περιορισμούς…για όσους δεν καλύπτονται από τη ζωή των μικρο-θριάμβων και των μεγα-καταστροφών που μας περιβάλλει …

Entonces, biban los compañeros!
Profile Image for Maria Carmo.
2,052 reviews51 followers
July 2, 2014
Once more I surrender to the almost EXTREME beauty of this Author's writing! His melancholy poetry of the universe, the sheer roughness of his tender characters, the fluid rhythm of his stories, the greatness and integrity of so many of these characters, it is all very moving and humane. I love the way Luis Sepúlveda writes and I consider him not only a GREAT WRITER, but a GREAT MAN.

Maria Carmo,

Lisbon, 2 July 2014.
Profile Image for The Frahorus.
993 reviews100 followers
September 1, 2018
Sepulveda è un grande poeta e scrittore di emozioni, e questa raccolta di storie è davvero come l'essere davanti a un negozio di fiori e aspirare le loro diverse fragranze...

Lo consiglio ai romantici e ai nostalgici. Bellissimo!
Profile Image for Helena Prata.
71 reviews10 followers
January 9, 2023
Um conjunto muito interessante de pequenas histórias, sobre amigos, ideias, sonhos e lugares distantes. Talvez o livro do Sepúlveda que denota maiores preocupações ecológicas e sociais, com personagens carismáticas que lutaram contra as injustiças do mundo.
Profile Image for Filipa Marcelo.
118 reviews
March 8, 2025
"Com a gente do Sul do mundo aprendi que a ternura tem que ser protegida com dureza e que a dor não nos pode paralisar."
Profile Image for Moushine Zahr.
Author 2 books83 followers
October 5, 2017
I read the French edition of this novel, which is a collection of 35 short stories. Some of the stories are taken from parts of the life of the author. They're set in South America and/or Europe mostly during the 1970's and forward. Some of these stories are quite interesting and well written while others are less interesting. Although all these stories are differents, there is one common theme: remembering those who were oppressed and forgotten with time regardless of who, where, and when. Sometimes, it is about one individual, or one place, or one event.

It is an easy and fast read book with unique stories you'll probably never read anywhere else.
Profile Image for Hải Lưu.
551 reviews85 followers
April 27, 2020
Có lẽ lơ lửng giữa 3* và 4*. Mình không thích lắm giọng văn màu mè của bác này. Nhưng có lẽ cái không khí hừng hực khí thế cách mạng kiểu Mỹ La Tinh - thì giọng này mới hợp!
Profile Image for Rute Durão.
202 reviews12 followers
December 7, 2025
Esta foi uma releitura, mais de vinte anos depois da primeira. São memórias esquecidas do Mundo, conhecidas, vividas e contadas magistralmente por Luis Sepúlveda.

Admiro os resistentes, os que fizeram do verbo "resistir" carne, suor, sangue, e demonstraram sem espaventos que é possível viver, mas viver de pé, mesmo nos piores momentos.

Luis Sepúlveda é um dos meus autores preferidos. Creio que, mais do que a forma como escrevia, a biografia de Luis Sepúlveda emociona-me. As lutas a que se dedicou, a forma que tinha de ver o Mundo, o ativismo social e ambiental, revelam-se na sua escrita e isso perturba-me sempre.

Neste livro, em particular, a prosa é simples, porém decidida, contundente, com propósito. O conteúdo é a voz do autor em defesa da dignidade humana.

Tolhido precocemente pelo verdugo vírus, torço para que esteja com o Papá Hemingway, no céu dos nobres, aquele em que dizia acreditar.
Profile Image for Cloudbuster.
301 reviews18 followers
November 25, 2015
Una raccolta di ritratti di personaggi marginali ma, a loro modo, straordinari. Immagini di una vita incredibile trascorsa in giro per il mondo, dall'Ecuador al Nicaragua, dal Mozambico alla Germania, dalla Spagna all'Argentina ma con sempre il Cile nel cuore e nell'anima e la sete di giustizia nel cervello.
Profile Image for Sara Elliot.
280 reviews59 followers
February 18, 2025
Wow.
Un piccolo libro che racchiude tutto il mondo dalla Patagonia all'Europa senza escludere Asia e Africa. Storie di chi ha lottato per un mondo più giusto, più solidale mettendosi in pericolo in prima persona.
Stupendo.
Profile Image for João Baixinha.
8 reviews1 follower
March 10, 2022
A beleza do marginal. Deixo aqui as minhas histórias favoritas:
- O país das renas
- Tano
- Cavatori
- O amor e a morte
- Coloane
- Compa
- Salve, professor Gálvez!
Profile Image for Anna [Floanne].
624 reviews301 followers
January 1, 2016
A pagina 138 Sepúlveda, citando un detto popolare insegnatogli nelle Asturie, scrive: "O se ye de los otros o se ye de los nuestros, o sei degli altri o sei dei nostri. E chi sono i nostri? Quelli che sono stati fottuti, quelli che vengono sconfitti senza che nessuno gli abbia chiesto se volevano perdere. E quelli che danno il meglio di se stessi senza aspettarsi ricompense o riconoscimenti."
È in questa frase che, a mio parere, è racchiuso tutto il significato di questa bellissima raccolta di racconti, fortemente autobiografica, in cui Sepúlveda ci fa conoscere una moltitudine di eroi marginali, persone i cui nomi non appaiono sui libri di storia ma la cui vita è stata dedicata a perseguire gli ideali più nobili. E così, in un viaggio che esce dai confini del Cile per toccare tutti i i luoghi che hanno accompagnato la vita da esule dell'autore, incontriamo la commovente figura del professor Galvez, anch'egli cileno esiliato ad Amburgo, che ha dedicato la sua vita ad insegnare lo spagnolo ai bambini, perché "la nostra lingua è la nostra patria"; o un tal Lucas che laggiù in Patagonia, sulle sponde del lago Epuyén, lotta contro la deforestazione che dalla fine degli anni '70 sta distruggendo migliaia di ettari di foresta lungo la Cordigliera delle Ande australi. Ma Sepúlveda dà voce anche a chi ha vissuto l'inferno dei campi di sterminio nazisti e ha poi trovato la forza di denunciare i propri aguzzini, come Fritz Niemand o a chi, come Juanpa, ha cercato di ribellarsi ai soprusi della dittatura di Pinochet, il Signore degli orrori o, ancora, a chi come la bella Christa, ha messo le proprie conoscenze mediche a servizio della resistenza nelle foreste di El Salvador. È un coro formato da tante voci coraggiose e forti, che non sempre hanno vinto le loro battaglie, ma che in esse hanno creduto fino in fondo con forza e determinazione. Sono queste persone, le Rose del titolo: fiori dalla brevissima vita ma la cui purpurea bellezza ripagherà chiunque osi sfidare il deserto di Atacama per vederle sbocciare all'alba, se pur di un solo giorno all'anno.
Consigliatissimo!
43 reviews
March 10, 2018
This book is about people. The places are used to explain the people and their lives, their strugles. Because every person, one per chapter - take it or leave it - has as a common nexus the fight against dictatorships - of costumes, of capital, of cultures and of humans. That, or they were it's victims. Heroes of whom History doesn't preach, because in their time they were not victorious; and when justice gave back a bit of the freedom they were fighting for, they were either dead, desappeared or simply forgotten due to being small pawns. These were people who faught for freedom and equality and were smashed by a dictatorship or a dominant culture; people who made their daily life as perfectly harmonious with and respectfull of nature - where they lived - as possible; people who saw that same life being taken away from them, that nature destroyed and converted into something profitable and consumable.
Each story is an inspiration, like a manual of heroes. A lot of these heroes were Sepúlveda's (the author) friends, proving once more that it's not the quantity of time spent together, or a shared culture, but the quality of the shared experiences and a similar system of values, a similar desire in life that unites people and ties them eternally with the most important and lasting human bond: friendship. His motivation came from a cry registered in a german concentration camp. Someone tatooed on a stone "I was here and no one will tell my story".
Albeit the more appropriate original title - "Marginal stories", as were the protagonists of the book - the portuguese one "The roses of Atacama" isn't entirely misplaced. These delicate flowers bloom after the desert's [Atacama desert] night drizzle, dying before the day ends. The same way we can easily untie the knot that prevents these heroes from sharing their stories, just before their voices are silenced forever.
However, as long as there are rockers, noble rockers, nothing will be forgotten, because noble rockers never die, they simply go away, and others will come to replace them and continue their legacy. [the "noble rocker" thing is a reference to one of the stories, "68"]
Profile Image for Ilenia.
220 reviews23 followers
March 14, 2019
“Le rose di Atacama”, il cui titolo originale è “Historias marginales”, è una raccolta di racconti molto brevi.

L’intento dell’autore è ben racchiuso nei due titoli dell’opera ed è egli stesso ad esplicitarlo già nelle primissime pagine della raccolta.

“…subentra il desiderio di aggrapparsi alla parola come unico scongiuro contro l’oblio, di dare nome e voce alle vicende gloriose o insignificanti dei nostri genitori, dei nostri amori, dei nostri figli, dei nostri vicini e dei nostri amici, di trasformare la vita in una vera e propria forma di resistenza contro l’oblio, perché… narrare è resistere.”

Come le rose di Atacama che nascono ogni anno in un ambiente del tutto inospitale, solo per vivere qualche ora ed essere distrutte dal sole e dal vento del deserto, anche i protagonisti di queste storie sono individui tutto sommato marginali che, però, resistono anche quando sanno di essere perduti.

Alcuni resistono per l’ambiente e per la vita dell’Amazzonia, altri resistono contro le dittature insegnando letteratura o continuando a scrivere articoli di giornali onesti, altri ancora resistono e si sacrificano perché dal loro lavoro possano essere realizzate opere d’arte o anche semplicemente per difendere o almeno lasciare un buon ricordo del proprio ristorante.

Le storie di queste persone comuni che, in diversi tempi e in diverse aree geografiche, hanno fatto della resistenza uno stile di vita e un motivo di orgoglio diventano racconto ed il racconto è a sua volta resistenza contro l’oblio di quanto, invece, merita davvero di essere ricordato nel mondo.

Bellissimo.
Profile Image for Ida.
59 reviews3 followers
December 22, 2024
A mio parare, il più grande narratore dell’umanità che sia mai esistito.
Profile Image for Jaq {Gwen}.
384 reviews37 followers
May 31, 2021
Sono forse troppo "giovane" per alcuni riferimenti, ma la nostalgia e la rabbia per quello che sarebbe potuto essere, se il golpe di Pinochet non fosse avvenuto, sono ancora terribili e tristi tra le righe dei libri di Sepulveda.

Le rose di Atacama raccoglie aneddoti della sua vita, persone inghiottite dal regime cileno, altre incontrate per caso che hanno comunque toccato la sua vita. Attivisti, giornalisti, ex prigionieri, esiliati come lui, ma anche Zorba il gatto, compagno di una vita e insegnante su cosa sia la morte.

Il Club del Libro
Libro del mese di Luglio 2019

Letto per le sfide
1. Scaffali traboccanti 2021: (26/30)
2. Randomly 2021: (25/10)
Profile Image for Greta.
19 reviews1 follower
September 9, 2022
Il libro parla di piccoli pezzi di vita dell'autore, cittadino del mondo, che si incastrano con piccoli pezzi di vita altrui.

Piccole storie che ha voluto raccogliere, affinché non andassero perdute. Affinché quelle persone, che lui conobbe, avessero una voce.

I racconti sono brevissimi, percorrono strade diversissime nel tempo e nello spazio, e ci regalano una storia e un intero mondo in pochi minuti.

Uno dei temi ricorrenti è la morte.
Una morte a volte inevitabile, come parte del ciclo della vita; a volte prematura, ingiusta, piena di solitudine.

Ma parla anche di immortalità. Immortalità dell'amore, delle buone azioni, dei sogni, della lotta politica, della musica.

Questi racconti mi hanno fatto emozionare a ogni pagina, e mi hanno fatto desiderare di saper scrivere come Sepulveda.

È una raccolta che consiglio davvero a chiunque.
Profile Image for Greta.
268 reviews6 followers
March 5, 2022
Le rose di Atacama è una raccolta di 35 racconti che inneggiano al coraggio, alla resistenza e alla solidarietà. Un libro che mi ha piacevolmente sorpreso: di facile lettura, nonostante i temi di alcuni racconti siano atroci e forti, scorrevole, con un linguaggio semplice, tipico di Sepúlveda. Ci sono alcuni racconti che mi hanno provocato una dolce tristezza, altri che mi hanno fatto sperare e altri ancora che mi hanno fatto arrabbiare. Un connubio di emozioni.
5 stelle, perché di più non se ne possono dare.
Profile Image for Sofia.
37 reviews1 follower
January 25, 2021
Só recentemente descobri Sepulveda, este será o 3o livro do escritor e é lindo. Que forma tão cativante de escrever, estas breves histórias de marginais e de pessoas ou até animais tão inspiradoras não podiam ficar por contar. É um livro que poderei ler mais tarde com a minha filha e também ela ficará deliciada com a história do cão Fernando! São pequenas histórias e não um romance mas vale muito a pena!
Profile Image for Karen Rizza.
20 reviews
November 10, 2024
Un po' prevenuta perché non si trattava di un romanzo completo ma di piccole storie, devo ricredermi. Ogni cameo si è trasformato in un romanzo, amiche e amici da accogliere nella propria cerchia, la varietà del mondo che trapela col suo invito a viaggiare, l'esistenza di persone con nome e cognome che rendono il mondo un posto migliore, senza finire nei grandi titoli. Emozionante. Amato, molto.
Displaying 1 - 30 of 155 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.