Ao longo de mais de uma década, Carlos Vaz Marques entrevistou dezenas de autores. Profundamente conhecedor do seu trabalho e do seu percurso, nestas doze entrevistas a escritores portugueses o jornalista traz a público ideias, idiossincracias, preocupações e traços de personalidas.
- Agustina Bessa-Luís - António Lobo Antunes - José Saramago - Eduardo Lourenço - Antonio Tabucchi - Mia Couto - Valter Hugo Mãe - Mário de Carvalho - Gonçalo M. Tavares - Dulce Maria Cardoso - Manuel António Pina - Hélia Correia
"Carlos Vaz Marques nasceu em Lisboa a 28 de Janeiro de 1964. Jornalista profissional desde 1987, integra a redacção da TSF desde 1990. Iniciou-se no jornalismo na redacção do JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, tendo passado também pela redacção do (já desaparecido) semanário O Jornal. Frequentou o curso de Línguas e Literaturas Modernas - variante Português/Francês, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Antes de se tornar jornalista profissional foi professor do ensino secundário, durante dois anos lectivos. Na TSF, já desempenhou as mais diversas funções. É, desde 2001, autor do programa Pessoal e… Transmissível, um espaço diário de entrevista ao fim da tarde onde já entrevistou cerca de quatrocentas personalidades nacionais e estrangeiras das mais diversas áreas, do Dalai Lama a Agustina Bessa-Luís, de Mário Vargas Llosa a Xanana Gusmão. Tem colaborado em diversos jornais e revistas: DNa, Ler, JL, Visão, Pública, Focus, Grande Reportagem, Elle. Desde Setembro de 2004, conduz uma entrevista semanal no programa Encontro Marcado da SIC Mulher." Fonte: http://www.wook.pt/authors/detail/id/...
"Carlos Vaz Marques é o director da edição portuguesa da revista literária Granta. Coordena a coleção de Literatura de Viagens, das edições Tinta-da-china. Publicou quatro livros com recolhas de entrevistas: Pessoal e... transmissível (Relógio d'Água), XX-XXI (ASA), MPB.pt (Tinta-da-china)e Os Escritores (Também) Têm Coisas a Dizer (Tinta-da-china). Traduziu as seguintes obras: Paisagens Depois da Batalha, de Juan Goytisolo; Mortal e Rosa, de Francisco Umbral; E Como Eram as Ligas de Madame Bovary?, de Francisco Umbral; Paris, de Julien Green; O Japão É Um Lugar Estranho, de Peter Carey; Entrevistas da Paris Review; Viagem de Autocarro, de Josep Pla; Histórias de Londres, de Enric González; Dicionário dos Lugares Imaginários (com Ana Falcão Bastos), de Alberto Manguel e Gianni Guadalupi." Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_V...
As primeiras 3 entrevistas são as mais interessantes (Agustina Bessa-Luís, António Lobo Antunes e José Saramago), mas na sua globalidade é um livro que vale a pena.
A grande desilusão literária do meu verão - ou eu sou muito burra, e há algo que me escapa, ou esta gente leva-se toda demasiado a sério e torna-se desagradável ler as suas entrevistas. Entrevistas estas que mais ou menos conforme a idade e capital cultural do entrevistado, soam como uma conversa entre dois ex-colegas de escola: “E lembras-te da x? Quando ela te fez y? E como é ser amigo do z?”. Os próprios entrevistados juntam-se à festa de name dropping (“Maria Gabriela Llansol, conheses?”). Chega-se ao ponto de tentar criar um beef literário entre dois colossos da literatura portuguesa. Salvam-se a Dulce Maria Cardoso e o Mia Couto, capítulos que deram gosto ler.
Gosto imenso de ler, ver e ouvir entrevistas, sobretudo quando gosto do entrevistado e quando o entrevistador é bom. O Carlos Vaz Marques é genial, informado, atento, as entrevistas são excelentes. O que faz com que, mesmo com os autores que não conhecia tão bem ou que não adoro, as entrevistas sejam interessantíssimas. Recomendo muito.
Pela comparação das personalidades, Lobo Antunes sai pouco airoso e Manuel António Pina soa a melhor pessoa destas todas. É muito giro como, de um modo geral, os entrevistados se dizem outsiders do mundo literário/editorial.
[a edição é muito bonita; a Tinta da China sabe como editar livros belos]