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96 pages, Paperback
First published July 6, 2023
Não precisa ser expert em ciência política para perceber que chamar de “mimimi” um problema real que atinge, em maior ou menor grau, 54% da população brasileira é uma estratégia néscia para aproximar o povo do pensamento conservador.
Para dizer a verdade, a esquerda não é tão antirracista como afirma. A atual geração que, de alguma forma está conectada com o mundo acadêmico não sabe, mas aqui vai uma informação: no início dos anos 2000, boa parte da esquerda era contra as cotas raciais nas universidades públicas. Sabe o Caetano Veloso? Ele assinou o manifesto contra cotas!
[…] o racismo é uma decorrência da própria estrutura social, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares […] cujo racismo é regra, não exceção.
Na qualidade de postulantes à função de intelectuais públicas, ficamos satisfeitas — e aliviadas — em encontrar concordância nos pensamentos de um intelectual tão bem consolidado no meio acadêmico como o professor Jessé. Assim como nós, Souza aponta que a teoria do racismo estrutural apresentada por Silvio Almeida é uma petição de princípio […]
Que ideias possuem consequências não é novidade para ninguém. A teoria do racismo estrutural não passa ilesa a essa premissa. Um dos primeiros efeitos colaterais da teoria proposta por Almeida (2021) é o fenômeno que chamamos de efeito cortina de fumaça. O adjetivo “estrutural” nos transmite o entendimento de que há um conjunto de instituições que são as verdadeiras responsáveis pelo racismo, o que tira a responsabilidade do âmbito individual. Ou seja, isenta a individualidade da responsabilidade quando um indivíduo comete um ato racista.
[…] reconheço que a maneira com que me dirigi à Sra. Isabel traduziu um ato de reprodução do racismo estrutural, o que de maneira nenhuma foi minha intenção.