Giana nunca considerou o vampirismo uma maldição — até precisar cuidar de uma humana sob o efeito de sua mordida. Para a jovem vampira, demonstrações românticas são uma tortura. Estar longe de qualquer romance é o que torna sua vida mais tranquila, porém, quando Giana acorda de uma noite regada à bebida com uma garota loira em sua cama e um familiar gosto metálico na boca, toda a paz de seu corpo some em um piscar de olhos.
De acordo com as regras de seu clã, ela é proibida de morder humanos, e a punição para a transgressão é cuidar da menina até quaisquer efeitos colaterais passarem — o que seria tolerável, caso a consequência de sua mordida não fosse uma paixão avassaladora. Agora, Giana precisa suportar grandes atos de amor enquanto procura um fim para o feitiço.
Entretanto, à medida que se aproxima da nova companhia, seus sentimentos ganham novas formas e, tarde demais, a vampira percebe que uma simples tarefa pode levá-la ao que jamais sentir a dor da perda de alguém que um dia quis distância.
Aos poucos comecei a ficar muito incomodada com os personagens lgbtqiapn+ dessa história, primeiro, como arromântica não-estrita, sei que minha vivência é diferente de um arromântico estrito, a parte de dúvidas é semelhante claro, mas tinha algumas coisas meio ????? sei lá, parece que foi uma pesquisa que só colocou os estereótipos de ser aro em suas extremidades (a parte de repulsão por romance e o oposto, por exemplo), inclusive a Gia aceita tão fácil esse rolê todo, ela muda a personalidade (que é bem básica) de um capítulo para o outro ali pela metade do texto.
O que dizer sobre a personagem DEMISSEXUAL E DEMIRROMÂNTICA que foi direto dar um pegas numa mina que conheceu numa noite em cinco minutos? sei lá, não digo que não é algo que uma pessoa fosse fazer cada um faz o que quer, mas coisas assim dão palco pra invalidarem que faz parte do espectro cinza/aroace. A escrita muda na parte em que a Gia encontra com os amigos da Dália, tudo é tão corrido e parece extremamente forçado que me deixou nauseada, é um pelo exemplo como representatividade jogada não significa boa representatividade. Um parágrafo escrito com cuidado faz toda a diferença.
O que provavelmente mais me irritou, foi a falácia de que "histórias sobre amizade importam tanto quanto histórias de romance" e não ser bem isso que ela faz no final, foi um desenvolvimento bem fraco que levou pra um final clichê e bem básico.
Representatividade não é botar todas as nomenclaturas que você acha pelo twitter em cada capítulo que avança, como palavras bem organizadas não criam uma história coerente. E principalmente, tratar amatonormatividade, não é dar um final com a opção mais próxima de como a maioria das pessoas pensa que o conceito funciona.
Um romance levinho pra tirar o estresse do dia Contudo, a narrativa não me prendeu tanto quanto gostaria, por isso a leitura para mim foi bastante prolongada, com cenas que não me geravam nenhuma impressão realmente forte. A representatividade aroace me chamou bastante atenção, não é todo dia que vemos uma fantasia com vampiros com protagonismo ace ou até mesmo aro, mas, para ser sincera, fora isso, não gostei da protagonista e nem do suposto par romântico dela. O tal romance poderia ser bem mais trabalhado OU poderia ir além do romance em si (na real, se fosse eu, não existiria romance), mas como é um livro curto, dou um desconto nessa parte. O desenvolvimento deixou a desejar, o WB é inexistente, as personagens não me cativaram e acho que algumas abordagens podem parecer um tico confusas vistas de fora da comunidade aroace. Fora isso, é divertido de ler e recomendo dar uma chance.
Do ponto de vista técnico, a prosa não fluiu muito bem, toda vez que eu lia um pouco eu cansava, até nos pedaços que eu queria saber o que acontecia depois... o que não era sempre, porque eu gosto de personagens competentes e motivados, e a narradora-protagonista não é nenhuma das duas coisas. Acho que parte do problema é que a Giana existe num vácuo: essa história de "desde a transformação não tenho memórias da minha vida passada" me parece uma escolha narrativa preguiçosa. Tudo nessa história é uma grande conveniência narrativa: eles são vampiros, mas convenientemente não bebem sangue e andam de dia; ela não tem memória e convenientemente não tem interesse em saber, MAS tem nome e sobrenome e um conhecimento quase enciclopédico de termos LGBTQIA; ela é aro e 1) convenientemente é 100% consciente da própria sexualidade e sexualidades alheias e 2) convenientemente se apaixona ("eu não sei se é romântico, mas quero ter qualquer coisa desde que seja com você" É uma frase de pessoa apaixonada) em um período de menos de duas semanas. Isso deixa a história fraca, porque se você não vê os vampiros sendo imortais, você não tem um senso de "abandonei a imortalidade pra ficar com quem eu amo". Se você não vê ela sendo arromântica e vivendo uma vida plena em sua arromanticidade, não parece que a Dália foi uma mudança especial na vida dela, parece que ela estava só sendo chata e besta e que "você não é arromântica, só não encontrou a pessoa certa ainda". Enfim, a ideia é fofinha, mas o resultado geral foi um livro muito esquecível.
Foi um livro leve e como ele é pequeno não se pode esperar tanto desenvolvimento assim no romance. Eu, como uma pessoa lgbtqiap+ e que faz parte do espectro Assexual, gostei bastante da representação e de ter sido tratado como realmente funciona a sexualidade. Porque, até então, sempre associam a não fazer sexo, erroneamente. Concordo com uma resenha em baixo que em alguns personagens secundários a sexualidade pareceu um pouco forçada, assim como algumas situações que gerariam ciúmes na loirinha, mas como é um livro pequeno não tem tanto espaço pra colocar tantas coisas. Talvez seja por isso que ficou esse "forçado". Algumas coisas na escrita acho que deveriam ser amadurecidas, é normal ter uma coloquialidade nas falar dos personagens mas quando é na narração não fica legal no texto e acaba prejudicando a formalidade do livro. No geral foi fofo e acho que a autora tem futuro! E ele também me fez questionar sobre o espectro arromântico.
Extremamente água com açúcar! O livro traz uma grande representação LGBT, mas de certa forma me soou forçado, principalmente em relação aos personagens secundários. Com relação as principais, foi legal ver uma representação aroace, mas gostaria que tivesse sido mais bem desenvolvido. A ideia da história é legal, mas realmente senti falta de mais desenvolvimento, foi quase como se estivesse lendo uma fanfic no sentido mais pejorativo da coisa.
Gostei muito, não é nada revolucionário, mas é um romancezinho que dá pra ler em um dia tranquilamente. Achei interessante a representatividade ace e aro, mas muitas vezes me soou um pouco forçado ou expositivo demais. Você não precisa usar tantas nomenclaturas da comunidade pra deixar claro o que a personagem sente ou que ela está acostumada. Gostaria que isso tivesse sido mais explorado de uma forma mais natural. De resto, foi muito fofo.
é um conto interessante pra quem tá atrás de aprender um pouco mais sobre representatividade LGBT+. eu confesso que, pra mim, foi um pouco demais, pareceu muito uma tentativa de encaixar todas as letras em algum momento da história, sem muita preocupação por um contexto pra apresentar, só uma menção, com nota de rodapé e segue o baile. mas é um conto gostosinho, sem muito foco em romances tradicionais (o que foi bem legal e aqui foi massa ver a representatividade aroace).
Eu entendi quais foram as ideias por trás, mas simplesmente não funcionou. Giana é uma chata, o livro repete informações demais (como se eu não pudesse internaliza-las para interpretar os acontecimentos futuros) e o final foi meio... Decepcionante.
"Amizades são tão importantes como relações românticas e raramente você vê uma história que é sobre isso."
Primeira vez que me sinto verdadeiramente representada numa história. Não so uma parte de mim, mas tudo. Um dos diálogos das personagens era literalmente um dos diálogos que tive com a minha ex tambem aro!
Eu gostei, mas parece que falta algo. Não sei nem explicar oq pode tá faltando. Talvez eu queira mais sobre a estória, uma aprofundada maior, não sei. Mas de qualquer forma, a representatividade é bem legal, não é todo dia que se lê protagonista aroace
Bem fofinho e rápido de ler e ainda mais acaba ensinando um pouco mais sobre LGBTQIAPN+ e isso foi o que mais cativou, pois se você não conhece um pouco sobre um dos termos, há um pequeno glossário bem adorável e o final é maravilhoso demais dando um quentinho no coração e empolgou demais.
Muitos termos jogados ao ar, nem fazendo sentido com as personagens. A representação aro foi bem esquisita...
Só dei duas estrelas por causa do plot da 10 amizade tóxica, achei interessante. Algumas amizades realmente param de fazer sentido, mesmo que no passado tenham sido importantes.
Meio decepcionante Nota 3/5= meio ruim, mas ok, é o que tem Leitura= 11/2023 Peguei esse livro só pela capa sáfica e sem ler a sinopse, então fiquei surpresa e animada quando percebi que era sobre sáficas aroace (como eu!). Mas a animação foi sumindo conforme a leitura. A relação entre as protagonistas foi muito rasa, apressada e tão clichê que se não mencionasse o espectro aroace não seria diferente de qualquer romance mais básico por ai. Eu sei que nem todos aroace experimentam as coisas da mesma forma, mas me pareceu mal trabalhado, forçado e até um pouco estereotipado. Apesar da dedicatória, a autora parece pecar exatamente onde critica. Muita coisa é mencionada e não tem nenhum desenvolvimento, ou colocada como grandes problemas e depois resolvidos com duas frases. Sei que um livro curto, mas tem coisa que é melhor nem entrar no mérito do que deixar jogado no meio do texto. Foi um livro que deixou muito a desejar, quando parecia que tinha tudo para ser bom.