A segunda mãe

by Karin Hueck

Esta narrativa distópica, habilmente construída por Karin Hueck, se descortina em vários níveis. O romance trata das várias opressões que se infiltram até entre quem aparenta ser igual, em um mundo que já conseguiu eliminar uma das mais perversas formas de dominação.

176 pages, Paperback

Published October 9, 2023

About the author

Karin Hueck é jornalista e escritora, autora de livros de ficção e não ficção. Foi colunista do UOL, editora da revista Superinteressante e finalista do prêmio Esso. Em 2016, publicou O lado sombrio dos contos de fadas, que foi vencedor do Prêmio Abril de Jornalismo 2017 e agora é relançado pela HarperCollins. Para escrever o livro, passou um ano na Alemanha estudando os contos. Entre 2018 e 2019, foi pesquisadora de política e gênero na Universidade Livre de Berlim. Também foi coautora de Felicidade tem cor (2016) e Glück: o que um ano sabático nos ensinou sobre a felicidade (2018).

Reviews

[Letícia Meirelles · Rating 5 out of 5]

Devorei o livro em 3 dias!
A história te prende e se apresenta de forma disruptiva, excelente.

[Ramon Luz · Rating 5 out of 5]

Uma história curta contada de maneira fantasticamente provocativa em capítulos igualmente curtos. Um thriller de condomínio rs As viradas da narrativa são muito bem construídas, é difícil prever para onde ela vai - e como vai! Um daqueles títulos capazes de provocar amor e ódio, penso eu, por jogar sem medo com questões fundamentais de gênero, invertendo papéis. No entanto, o que mais me alimentou como leitor foram as descrições bem humoradas das mais banais situações. A ideia de calçadas “tão lisas e niveladas que uma bola de futebol empurrada por um bebê rolaria por quarteirões” me fez rir bastante.

[tau fr · Rating 3 out of 5]

final cheio de possibilidades. queria mais sobre esse mundo.

"Quando Madalena viu que estava pra de romper, preferiu ela mesmo romper outra coisa qualquer. Jogou um prato na parede e ficou aliviada de ver os cacos de louça no chão em vez dos de amor."

"O amor embala, precipita, soterra convicções."

"Um propósito é também um arrimo."

[Ana Carolina Pereira · Rating 5 out of 5]

As primeiras 17 páginas são um primor.
Tão boas que o restante do livro nem precisava ser tão genial, já tinha me ganhado ali. Mas é.
Vale a leitura!

[Mariana · Rating 1 out of 5]

Spoiler: essa talvez seja a minha pior leitura do ano. Acho que só não ganha de My year of rest and relaxation, mesmo que eu tenha achado a protagonista de Moshfegh mais interessante (!!!) que a personagem principal desse livro de Hueck. Na verdade, fico em dúvida, porque essa narrativa é fraquíssima.

A Segunda Mãe, de Karin Hueck, propõe, em tese, uma narrativa muito interessante: num futuro utópico (ou distópico?), as mulheres governam e são autoridades de um país (não sei qual; o Brasil?). Os homens, que formam 15% da população, são confinados em alojamentos para serem apenas utilizados como reprodutores das próximas gerações de mulheres.

Em meio a essa interessante proposta, temos que conviver com a insuportável Madalena, a unidimensional Andrea e a chatinha Rosa. É apenas na metade do livro que a narradora cita o que de fato importa no livro: a estrutura matriarcal. Até lá, acompanhamos as dúvidas e desejos de Madalena, as dificuldades de seu casamento com Andrea e as ambivalências da maternidade com sua filha Rosa. Tudo, claro, com a profundidade de um pires.

Não sei o porquê de Hueck ter dado tanta ênfase para essas personagens. Com uma proposta tão interessante quanto a ideia do sistema matriarcal do livro, por quê???

Confesso que fiquei com raiva e li a última parte do livro com uma rapidez de pular linhas, que passou para pular parágrafos, até chegar ao final (essa obra tem um plotwist tão mal feio, mas tããããão mal feito, que não sei, realmente, como foi aprovada pela Todavia).

Por fim, uma ideia com muito potencial desperdiçada com personagens chatas. A impressão que tenho é que Hueck, ao longo da escrita, percebeu que não teria capacidade para explicar e desenvolver o conceito da utopia de um mundo livre dos homens. Assim, focou em Madalena para a sustentação da história.

Honestamente, teria sido melhor desistir, engavetar ou reformular completamente essa proposta narrativa.

[Sara Helena · Rating 4 out of 5]

ainda não entendi muito bem o final, nem se gostei ou não do livro.

a narrativa é muito boa, e o fato das camadas da distopia serem relevadas aos poucos no enredo também foi muito interessante, e talvez o ponto mais alto do livro!

acho que ele tinha muuuuito potencial, mas parece que o final foi muito corrido, não sei, acho que esse livro merecia mais, ou talvez eu só não goste de finais que ficam abertos a interpretações! talvez se fosse narrado por personagens um pouco mais legais rs

ainda sim foi uma leitura que me despertou alguns questionamentos e risadas (a calvície de efeito colateral >>>>). eu curti!

[Carolina Licarião · Rating 4 out of 5]

Durante boa parte do livro, fiquei achando uma narrativa pouco original, que pinçou elementos de Herland e O Conto da Aia, misturou e criou uma narrativa distópica.
Mas depois o enredo ganhou força e apresentou elementos capazes de provocar algumas reflexões bem interessantes, principalmente sobre como não há soluções simples para problemas complexos.
Vale a leitura.

[Maria Helena Pedroso · Rating 4 out of 5]

Impossível falar muito do livro sem spoiler, basta dizer que ele se revela aos pouquinhos e depois surpreende de novo.

[Dani Hasse]

Não entendi o final - kkkk

[Brunna · Rating 4 out of 5]

A autora habilmente descreve os cenários e estrutura os capítulos de forma envolvente. Cada capítulo poderia gerar contos ou romances próprios. A topografia regular dos parágrafos conduz eficazmente à revelação do mundo interno das personagens, explorando detalhes como ambientes, maquiagens, roupas e comida. Apesar disso, nos momentos mais dramáticos, a prosa torna-se apressada, o que me decepcionou um pouco.

Li, em outro momento, que com o ritmo adequado é possível fazer um bom livro sobre praticamente qualquer assunto. No entanto, neste caso, a escolha de manter o tema principal do livro em "sigilo" me intrigou. Escolha da editora ou da autora? E questiono um pouco a necessidade de ocultar o tema central do livro, que não se limita à maternidade ou vida conjugal. Talvez, aliás, o livro não tenha um "tema central" tradicional, mas pertença a um gênero literário próprio, uma distopia de gênero.
Não pude evitar de comparar esse livro com "Herland", um romance do início do século XX, também sobre uma sociedade composta apenas por mulheres. Admiro a coragem da autora em querer trabalhar com esse gênero. Não pela polêmica atrelada a ele, mas pela vastidão de possibilidades que o gênero oferece. Diante da vastidão, como escolher?

A autora aborda temas difíceis como maternidade compulsória, violência doméstica, violência de gênero, autismo, violência policial, heteronormatividade, entre outros, para construir e desconstruir o personagem principal. A Segunda Mãe, então, pode ser caracterizado como um ensaio sobre a construção de um personagem. Fascinante pelo gênero literário em que se insere - diferente de Herland, muito mais um manifesto do que um romance. Apesar da aceleração gradual da prosa, apreciei muito a obra e espero ler mais livros da autora no futuro.

[Will Oliveira · Rating 3 out of 5]

Tudo bem, A Segunda Mãe se apresenta desde a sinopse como uma distopia, mas o plot twist na metade do livro (justamente quando a distopia de revela) é tão brusco que causa um estranhamento que segue até o fim. Talvez eu tenha seguido por muito tempo na leitura alimentando esperanças de que o livro falasse sobre os dilemas da maternidade, mas essa reviravolta mancha - pra mim - boa parte do que o romance podia ter elaborado. A vida de Madalena como mãe tem tantas nuances muito mais ricas do que os desarranjos da distopia. É um ótimo romance de estreia para a Karin Hueck, em que ela demonstra um poder muito grande das palavras e do mecanismo da narrativa literária, só acho que derrapa nas minhas expectativas.

[Barbara Silva · Rating 4 out of 5]

Gostei. A história me envolveu e achei o plot twist interessante, quando cheguei nele fiquei tipo “eita, como eu não cheguei nessa conclusão??” Um livro que pode servir pra refletir sobre alguns estereótipos de gênero. Achei a Rosa uma criança chata e as vezes tive vontade de sacudir a Madalena, mas faz parte.
Bom livro de estreia da Karin.

[Aman. · Rating 2 out of 5]

decepcionante. tinha tudo pra ser bom pois a ideia do matriarcado é excelente, mas a autora demora pra desenvolver este lugar e depois se perde a ponto do final ser mega confuso e difícil de entender. uma pena.

[Paula · Rating 3 out of 5]

Achei a ideia boa: a reflexão de que quando não se alteram as estruturas de poder, só alteramos a identidade dos opressores. Mas no final o livro dá uma caída forte, confusa, e que tira bastante o brilho do livro.

[Beatriz Giorgi]

Comecei essa leitura sem saber nada sobre o enredo. Estava curtindo, até que na metade dele surgiu o grande plot sobre o fato de ser um mundo “sem homens”. Tive que reler duas vezes os últimos capítulos para ter certeza de que eu estava entendendo o que estava acontecendo. Ainda não sei se gostei.

[Gisela · Rating 5 out of 5]

Acho que esse foi o melhor livro que li recentemente, uma distopia escrita por uma brasileira, a história do casal é bem construída mas o contexto social é a parte mais interessante, só achei que as reviravoltas foram um pouco rápidas na história, mas mesmo assim adorei.

[Heloísa · Rating 3 out of 5]

a ideia do livro é interessante, mas do meio pro final eu achei meio confuso e cansativo

[Sofia Leão · Rating 4 out of 5]

4,5/5

[carol · Rating 3 out of 5]

três estrelas porque conseguiu me chocar e é bem escrito, mas wtf???? tô até agora sem entender. uma pena porque podia ser tipo muito bom e é só decepcionante.

[Renata Visani · Rating 2 out of 5]

pelo direito de ser heterossexual ? i guess

[Yuly Oliveira · Rating 4 out of 5]

Entre inúmeras camadas, a segunda mãe nos faz mergulhar em um mundo distópico e com surpresas, até que um pouco previsíveis. Acho que o livro tinha mais potencial do que apresenta, entretanto a linguagem fluida permite uma boa avaliação.

[Paty Gazza · Rating 2 out of 5]

2,5