Meu corpo quer extensão: Uma antologia

by Patrícia Galvão, Pagu, Gênese Andrade (Editor)

Da prosa à poesia, um convite para conhecer a fascinante e multifacetada Pagu.

Mara Lobo, Bebé, King Shelter, Solange Sohl. Esses são apenas alguns dos pseudônimos que Patrícia Galvão — a Pagu — adotou ao longo da vida e com os quais ousou escrever nos mais diversos gêneros. Nesta antologia, o leitor encontra um desenho do Álbum de Pagu, uma carta para Oswald de Andrade, um trecho de seu romance Parque industrial, outro extraído de Antologia precoce, o conto policial "A esmeralda azul do gato do Tibet", publicado na década de 1940, e, por fim, o poema "Natureza morta" — todos inacreditavelmente escritos pela mesma mulher, uma das escritoras mais arrojadas e originais do século XX.

112 pages, Kindle Edition

First published November 21, 2023

About the author

Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, (São João da Boa Vista, 9 de junho de 1910 — Santos, 12 de dezembro de 1962) foi uma escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista, cartunista, jornalista e militante política brasileira. Teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922, embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna, tendo na época apenas doze anos de idade. Militante comunista, foi presa por motivações políticas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pagu

Reviews

[Victor Mondane]

Best treated as an introduction to Pagú (the best-known of Patrícia Galvão's many names), if not all that much more. Aside from an excellent introductory essay, it also features a selection of photographs of Pagú, a love letter to Oswald de Andrade, excerpts from her proletarian novel Parque industrial and the autobiographical Autobiografia precoce, a murder mystery and a poem. The essay explains the reasons for the various pseudonyms Galvão had published these texts under - often, she had to avoid using her name for political reasons - and Meu corpo quer extensão does a solid job in showcasing the variety of Pagú's writing. Genres change as quickly as her name throughout this slim volume.

Since both Parque industrial and Antologia precoce have also been reissued by Companhia das Letras and are both very much worth reading in full, perhaps the most interesting inclusion is the murder mystery, "A esmeralda azul do gato do Tibet". Published in 1944 under the (male) pseudonym King Shelter, it is a rather conventional whodunit that is somehow made more interesting by its authorship, and how unlike Pagú it feels, testifying to her versatility and adaptability as a writer. The excerpts from Parque industrial and Antologia precoce, however, are so short that they can only hint at the quality of the full texts. I would therefore recommend starting here with Pagú, but definitely not stopping here, and moving on to her more substantial texts.

[Júlia Assis · Rating 3 out of 5]

É um livrinho bem pequenino, de páginas grossas e letras grandes. No entanto é surpreendente o quanto as palavras - mesmo que poucas - quando dispostas de certa maneira podem ser carregadas de vida e significados de uma pessoa. Nesse caso essa pessoa era Pagu, mulher e artista quase nada aproveitada pelos estudos e literatura no Brasil. Fique até bastante espantada por não ter conhecido mais sobre ela antes.

Conhecê-la pelos olhos dos outros, no prólogo, é encantador e interessante, é sensual. Conhecê-la por suas próprias palavras, sentimentos e descrições é bastante doloroso. Muitas vezes se quer abraçá-la e consolá-la por já ter passado por algo semelhante; às vezes se quer chorar com ela, pois passam pela mesma situação; ou até mesmo se quer lamentar por ela, desejando nunca sentir em sua pele o que ela sofreu.

Apesar do sofrimento, é com muita clareza e honestidade que Pagu nos dá seus relatos e nos conta suas ficções. Gostei muito da parte referente à "Parque industrial", tem um bom desenvolvimento, ambientação crível, e bons diálogos. O conto "A esmeralda azul do gato do Tibet" me interessou menos... é um suspense à Agatha Christie, a ambientação e os personagens são bem esboçados, e a narrativa me parecer quase que cinematográfica, de algum jeito. É meio nostálgico. Mas com um fim corrido e pouco esperto.

O poema final é devastador e muito belo. Interessante é Pagu.

[Soraya Viana · Rating 3 out of 5]

Foi interessante conhecer um pouco da obra de Pagu. Se a intenção dos organizadores era despertar a vontade no leitor de ler mais da autora, conseguiram.

[Rafael · Rating 4 out of 5]

3,5