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Terre noire

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À travers le monde, les terres noires, exceptionnellement fertiles, sont la preuve d’une activité humaine qui les a fertilisées depuis des millénaires. Les terres noires amazoniennes montrent que la jungle actuelle n’est pas une forêt primaire mais qu’elle est le résultat du travail des occupants indiens qui l’ont cultivée bien avant la période historique connue. Le père de l’héroïne est un archéologue qui fouille ces territoires pour prouver cette occupation humaine. À la mort soudaine de sa mère, Ana suit son père dans une tribu amazonienne et entre en contact avec la nature et la cosmogonie indienne. Adolescente timide, elle observe la vie de la tribu qui l’accueille. Ses relations avec le groupe des jeunes de la tribu sont plus faciles que celles qu’elle avait au collège. Dans la forêt, elle est exotique mais acceptée telle qu’elle est. Ana établit des relations d’amitié clandestines avec une jeune fille de son âge soumise à l’isolement traditionnel de l’initiation. Kassuri est là pour apprendre à être une femme, à la fin de la réclusion elle se mariera. Ana, elle, est livrée à elle-même, personne ne lui apprendra ce qu’elle doit être. Mais la vie qu’elle mène modifie peu à peu ses préjugés et sa vision du monde. Des années plus tard Ana, étudiante à Paris, décide de retourner dans la forêt à l’occasion de la mort du chef qui l’avait accueillie dans sa famille. Tout a changé, la forêt brûle et il n’y a plus de poissons dans le fleuve. Ce roman a le curieux pouvoir de nous parler des Indiens sans exotisme, de changer l’image que nous pourrions en avoir, ils apparaissent pleins de force et de vitalité, ils affrontent leur monde et le défendent. Un premier roman d’apprentissage exotique, fascinant de vitalité, de découverte de soi, d’apprivoisement des désirs et des peurs .

240 pages, Paperback

First published August 1, 2021

8 people are currently reading
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About the author

Rita Carelli

14 books9 followers

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Displaying 1 - 26 of 26 reviews
Profile Image for Alfredo.
470 reviews600 followers
July 1, 2023
Ah... As pequenas revoluções que a literatura faz na gente.

Esse livro já começou me deixando em crise. Ele abre com uma frase de Clarice Lispector que ficou na minha cabeça o mês inteiro: "Perder-se também é caminho". Essa citação dá o tom da história: a protagonista perde a mãe subitamente aos 15 anos, e vai viver por um tempo com pai que não vê há anos. O pai dela pesquisa a terra preta no Alto Xingu, um tipo de solo escuro e fértil encontrado na região Amazônica, alterada pela ação humana e que comprova a ocupação milenar do território por povos indígenas e a relação harmônica destes com o lugar onde vivem — logo, instrumento importante para processos de demarcação de terras, por exemplo.

É na aldeia que Ana vai descobrir que a natureza não é nada silenciosa: o barulho dos rios, das árvores, dos ventos e dos animais torna-se o som ambiente. É lá também que ela vai descobrir um jeito de ver o mundo que considera a sabedoria ancestral, as histórias contadas e os astros. Participa dos rituais, como o kuarup, para a despedida dos mortos e o encerramento do período de luto. Encara, principalmente, a própria ignorância: há tanto que ela não sabe sobre o mundo, sobre a vida, sobre o que significa ser mulher, sobre a sobrevivência, sobre o uso de ervas... Não sabe de nada das coisas práticas da vida, como ela narra.

"O tempo na aldeia é outro; existe um antes e um depois, mas eles rodam, como o dia e a noite, as chuvas e as secas, a hora de plantar e a de colher. O passado e o futuro não estão separados pelo presente, ambos moram nele: para lançar uma flecha, a corda do arco recua."

Apesar de toda a jornada, que se estende por décadas, corresponder a um amadurecimento dela própria, o livro não se limita a falar da pobre menina branca órfã de mãe, muito menos tenta pintar a vida na aldeia como ideal e perfeita. Há personagens indígenas com suas próprias narrativas, como uma garota que passa por um período de reclusão antes de virar mulher e poder se casar. A cultura e o modo de viver da aldeia tornam-se protagonistas do romance também, pois, apesar da protagonista observar tudo, ela ainda é a peça estranha ao quebra-cabeça. Ainda assim, observa tudo com respeito, encarando o sentido da vida e de estar viva. Além disso, especialmente na terceira parte do livro, as queimadas devastadoras, o genocídio dos povos originários, a ignorância da imprensa e as consequências do turismo em regiões que deveriam ser mais protegidas ganham as páginas.

"Terrapreta" ainda conta com uma orelha escrita por Ailton Krenak, que o recomenda: "um romance de formação para leitores que vislumbram outras cartografias do país, um livro para quem ainda não sabe o que é Brasil."
Profile Image for João Vitor.
44 reviews21 followers
January 5, 2023
Narrativas de deslocamento sempre me interessaram e fascinaram, principalmente quando esbarram no viés antropológico.
Ana, uma adolescente de 15 anos, acaba de perder a mãe e se vê em uma viagem para o Alto Xingu, com o pai, arqueólogo, que vai estudar o fenômeno da Terra Preta. A narrativa é intercalada entre três descolamentos e tempos diferentes: São Paulo, Alto Xingu e Paris.
Acompanhamos Ana nessa jornada de descobertas e transformações externas & internas, desvendando e aprendendo sobre os xinguanos, suas crenças, suas histórias e seus costumes, tudo isso com grande sensibilidade. É como um passeio de mãos dadas com Ana, por uma estrada criada por esses povos, cercada de pequizeiros, com jacarés à espreita e sob o olhar da Lua e do Sol.
O texto da autora é lindo e fluído, sendo um deleite acompanhar esse romance dividido em capítulos curtos, mas intensos.
É um livro afetuoso, no sentindo mais amplo da palavra — ele é afetuoso para a terra, para a cultura, para as crenças, para os povos originários, para as pessoas e seus relacionamentos, para os ancestrais.
Eu aprendi tanto com Terrapreta, quero andar descalço esfregando meus pés no chão procurando por uma terra escura. Quantas histórias essa terra deve guardar e que eu nunca vou descobrir? Uma terra que hoje chamamos de nossa, mas que não é.
— Uemã entsagüe?
— Nhalã.

Escrevo sobre livros no meu insta: @jojoaaao
Profile Image for Gabrielle Cunha.
430 reviews114 followers
April 16, 2023
Que coisa mais preciosa esse livro!!! Uma aula sobre costumes e mitos indígenas, uma protagonista cativante, que se desloca de São Paulo para o Alto Xingu e nos apresenta todo um mundo “novo”. Estou encantada com a escrita da Rita Carelli, da militância dela com os povos indígenas, quero ler absolutamente tudo que ela escrever!
646 reviews8 followers
February 16, 2024
A la mort de sa mère, Ana, 15 ans, part vivre avec son père, qu’elle connaît peu. Il est archéologue et étudie l’occupation humaine sur les territoires de la forêt amazonienne, remettant en cause l’idée de forêt primaire. Il prouve que cette humanité existe depuis des milliers d’années, vit au rythme de la forêt, la fertilise et l’entretient, produisant cette terre noire, si parlante pour un archéologue !

Le dépaysement et le sentiment de solitude sont poussés à l’extrême pour la jeune fille, d’autant plus que les indiens ne savent pas tous parler le brésilien ! Rapidement elle va trouver ses marques et nous allons partager son quotidien d’adolescente pas si déracinée que l’on aurait pu le croire.

Pas de folklore, pas de manichéisme mais une juste relation de la vie des indiens du Xingu, leurs coutumes et leur quotidien, les rites liés au passage à la vie adulte.

La fille du chef a le même âge qu’Ana mais alors qu’elle-même n’est encore qu’une enfant, alors que Kassuri va vivre recluse une année entière avant d’être femme. Il n’y a pas de jugement dans le comportement d’Ana, c’est plutôt intéressant et agréable de découvrir qui sont réellement ces peuples d’un point de vue personnel et nous la suivons dans cette immersion.

J’ai moins apprécié la partie où elle est étudiante à Paris, ce qui me semblait une incongruité, mais satisfaite qu’elle décide de repartir dans la tribu où elle se sentait chez elle, à sa place, et découvrir les ravages du modernisme !

Un premier roman sensible et de qualité !

#Terrenoire #NetGalleyFrance
Profile Image for Luciana Betenson.
271 reviews2 followers
October 8, 2024
Após um acontecimento inesperado na família, uma adolescente de 15 anos tem sua rotina alterada da noite para o dia e deixa a vida de estudante num colégio de classe média em São Paulo para morar numa aldeia no Parque do Alto Xingu, uma das maiores reservas indígenas do mundo, que fica no Mato Grosso. Lá vivem cerca de 6.000 índios de 16 etnias diferentes, espalhados pelos 2.642 hectares do parque. A história transita por vários temas, desde as mudanças trazidas pela puberdade da protagonista, suas descobertas e inquietações a respeito do próprio corpo, até os rituais, crenças, costumes e modos diferentes de ver a vida, com a aproximação com os elementos da cultura indígena. Chega nas questões climáticas e ambientais, inclusive falando sobre o efeito das queimadas (tendo sido escrito em 2021, infelizmente bem atual). É um livro interessante por ser muito verdadeiro, por ter uma pegada autobiográfica, já que a autora, filha de mãe antropóloga e pai indigenista e cineasta, passou a infância circulando por aldeias indígenas. Ouvi uma entrevista com a autora Rita Carelli no Portal Amazônia Latitude, na qual ela fala que o contato com o povo indígena faz parte de quem ela é, de como vê o mundo e de como se relaciona com as pessoas. É um livro bonito, poético e fácil de ler, que aborda temas atuais e que acho seria excelente para entrar no currículo dos últimos anos do Ensino Fundamental nas escolas.
110 reviews
March 6, 2024
Encantada com esse livro. Uma estreia que nem parece estreia. Narrativa muito bem construída, uma escrita sensível e bela, além da ambientação incrível feita pela autora.

Nessa história, conhecemos Ana, uma adolescente que mora em São Paulo e tem a vida mudada do dia pra noite. Ela vai morar numa aldeia indígena do Alto Xingu junto com seu pai, um antropólogo que pesquisa a ocupação humana milenar na região.

Acompanhamos a adaptação de Ana a esse novo ambiente, ficamos maravilhados, como ela, com a visão de mundo e crenças dos xinguanos e observamos sua transformação de menina-mulher. Os capítulos são curtos e nos deslocam entre São Paulo, Xingu e Paris, passado, presente e futuro. Foram vários os trechos que marquei, então escolhi este que criou raízes por aqui:

"E gente, no Xingu, é muita coisa: tem homem que é jacaré, beija-flor que já foi humano, mulher que namorou peixe. Gente que já morreu também participa, e às vezes, até volta à vida um pouquinho, e todos dividem os caminhos, os amores, se guiam pelas mesmas estrelas, se banham nos mesmos rios. O passado é presente e o presente, atualização permanente do que já foi e do que ainda será".

É uma imersão riquíssima e precisei me segurar para não devorar o livro de uma vez só, pois li com o clube de leitura da Oasys Cultural. Teremos um encontro com a autora daqui a uma semana e mal posso esperar.

Uma bela estreia, Rita Carelli.
Profile Image for Maria.
42 reviews
July 17, 2025
4,5*
eu gostei demais mas ah. eu tenho problema com finais
37 reviews
May 14, 2025
Très intéressant et poétique malgré une traduction parfois un peu maladroite.
23 reviews1 follower
October 12, 2023
Livro muito lindo, realmente ajuda a formar uma outra cartografia de país. Há uma beleza na alternância entre primeira e terceira pessoa, como se Ana, protagonista, passasse a se apoderar da própria história. O livro ensina, pelas histórias que nos são estrangeiras em nosso próprio país, um desapego e valorização do esquecimento, do mínimo, do suficiente, muito diferentes da dureza estóica; o esquecimento é abrir espaço para o que deve ser lembrado.
Profile Image for Julia Newman.
111 reviews1 follower
December 25, 2022
Eu adorei esse livro.
O jeito que a autora transita entre a cidade a aldeia, os contos do Xingu, tem passagens lindissimas, e você fica encantado com os pequenos rituais e choque culturais. É uma viagem muito gostosa e leve, que te conecta com a natureza, espiritualidade e humanidade. Recomendo demais.
Profile Image for Ingrid Coelho.
18 reviews
April 19, 2023
Uma das melhores sensações ao ler um bom livro, com certeza, é ser "transportada" ao cenário da história. E a Rita me fez conhecer o Alto Xingu como se estivesse "in loco" rs.

Que enredo lindo, profundo e necessário, fiquei encantada. A população indígena merece a visibilidade e a sensibilidade apresentadas por Rita nessa narrativa. E nós precisamos entender o que estamos causando no planeta e aos povos originários.

A quantidade de informações e conhecimentos que são apresentados de forma tão competente, natural e coesa através das descrições tão detalhistas e sensíveis, são surreais. A gente não dá a atenção, destaque, e cuidados merecidos à sociedade indígena, portanto é de suma importância, que haja cada vez mais conteúdos como esse, para exaltar a riqueza da cultura, mitos, e sabedorias das nossas origens.

Como se tudo isso não fosse o bastante, Rita ainda aborda de forma extremamente profunda e emotiva o luto, luto pela morte, pelas relações acabadas, pelas experiências vividas, por tudo que foi, e já não é mais.

Que maravilha é poder encontrar obras como essa, e ser transportada, provocada, sensibilizada!

Quero mais!!!

📖 "As aldeias circulares, com praça central e estradas radiais orientadas nas direções cardeais e para alguns pontos importantes da paisagem, indicam não apenas o conhecimento de geografia, geometria e astronomia de seus construtores, mas também estão estruturadas a partir de princípios sociais e políticos estritos. Numa aldeia, os caminhos são uma ciência: tem caminhos pra ir pra roça, caminhos pra ir pro rio, caminhos proibidos, caminhos pra namorar. Tem caminho pra se esconder e caminho para ser visto, caminho para chegar e caminho para sair. Pode-se pensar neles como uma gramática do espaço: aprender a andar é aprender a falar. Ou calar."

📖 "Será que essa Terra Preta, com seu pH quase neutro a contrastar com a ácida terra amazônica que a cerca e que tudo dissolve, conservará algum traço nosso quando partirmos? Nós, com certeza, vamos impregnados dela"

📖 "Por aqui dizem o contrário da cidade, o que nós temos em comum com os animais é a humanidade; a ferocidade foi a onça que herdou dos humanos."
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Gustavo Laredo.
57 reviews
September 7, 2025
"- Sabe como a gente fala 'eu te amo' aqui?
Faço que não com a cabeça. Isso não aprendi.
- 'Eu carrego você dentro da minha barriga.'"

"Será que isso é parte das nossas enfermidades da alma, mal de branco? Não saber esquecer o que se deve acaba nos tornando incapazes de lembrar o que importa. Somos uma raça de acumuladores compulsivos, não só de coisas, mas também de sentimentos, lembranças, até à intoxicação. Não jogamos nada no fogo, não queimamos as imagens e os pertences dos que se foram, não respeitamos nenhum preceito que nos tire algo: queremos os dedos e os anéis."
Profile Image for Juan Manuel.
20 reviews
March 10, 2024
Belíssimo. Ainda processando tudo que esse livro mexeu e remexeu no meu entendimento do Brasil.

Uma das imagens mais comoventes do livro é a da mata em silêncio: enquanto o fogo, as hidroelétricas, a soja e o gado pressionam a subsistência dessas comunidades - aquelas que seguram o mundo, incluindo o dos brancos - os sons da floresta vai se apagando. Outrora ouviam-se espíritus e antepassados, mas a magia do mundo vai falecendo sob o ataque da gasolina.

Profile Image for Anne-Sophie.
360 reviews1 follower
June 16, 2024
Ana, 16 ans, perd brutalement sa mère et se retrouve à suivre son père, archéologue, qui s’apprête à faire des recherches dans le Xingu, une région de la forêt amazonienne.
Sous le regard de la jeune fille, on découvre la vie de la tribu et ses traditions ; pendant que le père fouille la terre noire, pour montrer que les tribus habitent la région depuis des millénaires.

Un très beau roman, qui parle de grandir, de deuil, de respect de la planète et bien d’autre encore.
8 reviews
June 27, 2023
Um livro impressionante, não me surpreende que tenha sido premiado! A escrita de Rita é clara, cuidadosa, e bonita, e tanto a narrativa quanto os personagens são sutís e envolventes. Recomendo a leitura. Nas palavras de Ailton Krenak: “um romance de formação para leitores que vislumbram outras cartografias do país”
399 reviews
September 7, 2024
Roman autour de la cérémonie des morts (kuarup) des indiens du Haut Xingu du Mato Grosso. Le thème de la vie en lien étroit avec la nature et son respect est très présent. C’est une très belle histoire qui souligne l’irrespect des blancs pour la nature au profit de l’argent et des possessions matérielles.
Profile Image for Giovanna Shiroma.
91 reviews4 followers
June 2, 2025
Contexto indígena muito interessante. A parte mais legal realmente foi conhecer mais dos mitos e rituais do povo do Xingu, mas as personagens em si não possuem tanto aprofundamento nem grandes plots. Ainda assim, boa experiência.
Profile Image for Natalia Gastão.
21 reviews1 follower
June 24, 2023
Daqueles que a gente encerra a leitura de uma forma bem diferente do que começou. Transformador. Que presente!
Profile Image for Claire Ged.
20 reviews
March 22, 2024
Une magnifique histoire toute en dualité. J'ai été transportée dans la jungle amazonienne et comme Ana, me suis laissée aspirer par l'histoire et les mythes du Xingu.
50 reviews
December 29, 2024
Une belle lecture, Facile à lire, on est rapidement dans l’histoire.
Intrigue : Une petite fille blanche à la mort de sa mère à Sao Paulo se retrouve à suivre son père ethnologue dans le Xingu.
J’ai bien aimé cette rencontre actuelle entre blancs / indiens (Xingu). Leur façon de vivre, leur accueil, leurs traditions mêlées de modernité (matches de foot etc).
Les séparations hommes /femmes (réclusion des femmes pendant leurs règles etc surprenant.
Un peu moins aimé la fin - ana est devenue étudiante à Paris (cliché) et reste un peu une inadaptée.
Se termine sur les énormes incendies dans le Xingu.
J’ai bien aimé le fait que le père blanc soit totalement impliqué avec les communautés qu’il étudie, dans la lutte contre les incendies (et pas seulement son objet d’étude et après s’en lave les mains)
Finaliste du prix littéraire université.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Sara.
146 reviews10 followers
October 14, 2024
La vie d'Ana est bouleversée le jour où sa mère meurt soudainement. Elle devra suivre son père dans le Haut Xingu, en Amazonie, où il conduit des fouilles archéologiques. Plongée dans cette mythologie si radicalement différente, dans cette autre géographie du Brésil loin des rues tumultueuses, elle changera pour toujours. Un roman d'apprentissage poétique, une immersion dans la forêt amazonienne d'une beauté frappante.
Displaying 1 - 26 of 26 reviews

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