Existe um limite para o horror? Até onde nossos olhos, corações e mentes estão dispostos a ir? Em um mundo onde a civilização desmoronou e a humanidade retornou às profundezas da selvageria, Colapso, o romance de estreia de Roberto Denser, publicado pela DarkSide® Books, nos transporta para um cenário pós-apocalíptico onde a sobrevivência é a única tarefa a ser cumprida, um mundo em tons de vermelho no qual a lei do mais forte é a única lei a ser seguida. No rescaldo de um desastre global, pequenos grupos de sobreviventes enfrentam uma luta desesperada pela vida nesse ambiente estéril e hostil que se tornou nosso planeta.
As cidades vívidas e imponentes são agora ruínas vazias, fantasmas de concreto onde a busca por comida — por carne humana — se transformou em uma batalha de sobrevivência diária. Neste romance, a visão do filósofo Thomas Hobbes de que “o homem é o lobo do homem” torna-se uma dolorosa realidade. Tudo e todos estão em colapso, vísceras aparentes de uma moralidade perdida, a confiança se torna uma moeda rara, e a empatia um sentimento distante de quando o céu ainda era azul.
Os personagens criados por Roberto Denser em seu romance de estreia são carnais, reais, donos de dilemas, dores e esperanças, seres humanos forçados a confrontar os limites de suas próprias naturezas enquanto enfrentam o pior e o melhor do que restou da sociedade. Na medida em que o caos se torna o único sussurro dos ventos, o mundo se torna um campo de batalha desolado. Colapso é uma exploração implacável da fragilidade da civilização e da selvageria latente que reside em todos nós.
Prepare-se para uma narrativa incomparável, com exuberância cinematográfica e que encontrará nas trevas da civilização uma última esperança para a alma humana. Um mergulho profundo e sem ar em nós mesmos, uma falência múltipla da moralidade, lama sobre lama. Para ler Colapso, o leitor precisa respirar fundo e estar disposto a ir além de tudo que nos tornamos até aqui.
Roberto Denser é escritor, roteirista e tradutor nascido na Paraíba em 1985. Dono de um espírito inquieto, se formou em Direito, mas já trabalhou como açougueiro, vendedor ambulante de sandálias magnéticas, professor substituto e livreiro. Desde a infância, Denser se dedica à prática incessante de leitura e aprimoramento de sua escrita. Na vida adulta, com um estilo narrativo extremamente pungente e impiedoso, costuma digitar seus textos em máquinas de datilografia, assim como seus maiores mestres. Denser é autor de contos, livros e roteiros, e ministra aulas de escrita criativa. Atualmente, reside no Rio de Janeiro com seus dois filhos. Colapso é seu primeiro romance.
“Colapso é o prova definitiva que o horror mais selvagem nasce em solo brasileiro.” — Cesar Bravo, autor de Ultra Carnem, VHS, DVD, 1618 e Amplificador
“Genial. Lembra-me Cortázar. Denser está conseguindo captar nossa época com a nitidez impressionante que ele costumava ter.” — Waldemar José Solha
“Roberto Denser é dono de uma literatura onde os excessos se justificam.” — André Timm
Roberto Denser is a writer, screenwriter, and translator born in Paraíba in 1985. Possessing a restless spirit, he graduated in Law but has worked as a butcher, a street vendor selling magnetic sandals, a substitute teacher, and a bookseller. Since childhood, Denser has been dedicated to the incessant practice of reading and refining his writing. In adulthood, with an extremely poignant and ruthless narrative style, he often types his texts on typewriters, just like his greatest masters. Denser is the author of short stories, books, and screenplays, and he teaches creative writing classes. Currently, he resides in Rio de Janeiro with his two children. "Collapse" is his first novel.
Capítulos extremamente curtos, o que deixa a leitura muito fluída. Porém, é o livro mais pesado que já li (não é um elogio, afinal esse livro é completamente desnecessário). Além disso, o plot não se sustenta e acaba ficando enfadonho demais.
Gatilho! Canibalismo, violência física e sexual. Primeiro, vale falar do alerta para a forma como estamos destruindo nosso planeta. Por se tratar de uma 'distopia', lidamos aqui com um futuro apocalíptico possivelmente real, a meu ver. Referem-se ao que vivemos hoje como Antes, o povo de Antes... O céu é sempre vermelho, as chuvas são escassas, territórios foram devastados, e o clima é imprevisível, tudo como consequência do fim do mundo! Roberto Denser já havia me ganhado em seus outros contos, mas certamente Colapso superou todas as expectativas! Gosto da capacidade que ele tem de escrever o que há de pior na humanidade, e como ele mesmo declara em seu posfácio, não há nada inventado ali, é tudo embasado em coisas que acontecem desde sempre e permanecem no mundo até hoje. A crueldade humana é real, seja por trauma, por causa das condições de vida, ou simplesmente por ser algo que encaro como natural em muita gente, infelizmente.
Spoilers a partir daqui: • Me senti bem e mal pelo tanto que gostei do grupo Atenas. Adorei a irmandade, e a ideia original do grupo, mas como sempre, o poder pode ser perigoso e corromper a quem o detém. Diana acabou se cegando pelo que acreditava e isso foi o seu fim. Mas no geral, adorei a irmandade e o sentimento de proteção que existia entre as membras do grupo; • Bia foi guerreira demais. Sempre que ela aparecia meus olhos se enchiam de água e eu precisava respirar fundo pra continuar lendo. Mas eu gosto dessas leituras que causam desconforto, especialmente quando são coisas reais, que acontecem todos os dias; • Queria dizer que achei desnecessária a morte da Rainha. Brincadeiras à parte, cenas com crueldade a animais me destroem demais, e eu achei até o assassino dela bem piedoso, já que a matou de forma rápida, sem que ela ficasse agonizando. E infelizmente, é outra coisa que acontece diariamente, e eu como estudante de veterinária vejo isso na prática; • Samanta foi outra guerreira... Que tristeza a história dela! Mas ela foi vingada. Infelizmente nada daquilo trará de volta sua família e o sonho que ela nutria dentro de si; • E Garoto, nem preciso dizer, um dos meus preferidos desde o início! Ele e Espanhol, reizinhos demais!
Colapso é o livro de estreia do talentoso autor Roberto Denser pela Dark Side Books.
O controle narrativo, os diálogos, a atenção a detalhes futurísticos (a história se passa 40 anos depois do fim), a evolução dos personagens e dos conflitos, tudo é operado por Denser com notável competência. Surpreende a forma como tudo caminha para aquele final inevitável.
O futuro, entretanto, é nada promissor. Cenas tristes, dolorosas, repugnantes são apresentadas ao longo da obra, cenas que nos fazem requerer um tempo para tomar um ar antes de retornar. "Colapso" é um mundo que eu não quero estar viva para conhecer.
simplesmente pior livro que ja li na minha vida. personagens insuportaveis, enredo ruim, pessima escrita. to muito decepcionado pq amo historias de apocalipse e tava animado pra ler uma que se passasse no brasil. mas esse livro foi ruim demais, terminei na força do ódio
Apesar do clímax ser, na minha opinião, meio xoxo, o livro tem um quê de Bacurau que eu gostei muito. As cenas de violência se*ual me deixaram muito mal e acho que foram detalhadamente descritas de maneira desnecessária e muito depreciativa. Por fim, só um homem mesmo para escrever um livro no qual eu fico COM RAIVA de uma mulher (que ele coloca como vilã) e TORÇO para um homem (um moçinho com escolhas duvidosas)
O fim do antropoceno já aconteceu ou acontecerá apenas quando morrer o último ser humano? O cenário pós apocalíptico de Colapso nos coloca a questão de diferentes maneiras. Não hesitar, comer baratas enormes e a carne de ratos e de morcegos, churrasco de outros seres humanos e iguarias como “pasta” e “creme” são estratégias de sobrevivência dos mais fortes, os que chegaram até ali. Alguns nasceram depois da “mudança”, que Roberto Denser chama de Marco Zero, são crianças e adultos que não conhecem as cores que vemos hoje no céu, não fazem ideia do que seja dinheiro ou leis, num mundo em ruínas, de misteriosas netflixies… A pena crua de Denser nos mostra (não conta!) uma história sangrenta, feita de várias vidas amalgamadas por chuvas fétidas e pantanosas; cria e empilha tensões entre os que conheceram o Antes e os que vivem o Agora, como se isso fizesse alguma diferença num tempo em que o medo da morrer foi extinto. A criatividade do autor é desconcertante e visionária. As alegorias perduram na mente de quem tem coragem e estômago de ler Colapso. Recomendo aos que curtem distopias ;) a trama é bem construída; com ritmo de aventura!
Colapso é o primeiro romance de Roberto Denser, um jovem escritor paraibano radicado na cidade do Rio de Janeiro. Colapso é um romance extenso, uma distopia que se passa aqui mesmo no Brasil, num futuro destruído, onde poucos vivem. Os capítulos nos apresentam personagens e focalizadores que pertencem a tribos sobreviventes. À medida que vamos devorando as páginas, esses últimos habitantes vão se encontrando e os conflitos ocorrendo. Cenas fortes, violência, farão tremer os estômagos mais fracos. A inventividade das ações que se entrelaçam leva o enredo para um único caminho. Quando terminei o livro, como o coração acelerado pensei: que filme daria esse livro. Só penso em quem será o cineasta sortudo que vai levar esse livro às telonas!
Recheado de violência, sexo e destruição, com temas encontrados em Mad Max, Walking Dead, Fallout, A Estrada, para citar algumas fontes, o grande êxito desse livro é que o enredo apocalíptico se passa no Brasil. O escritor transmite bem a ideia de um futuro sem lei, onde sobrevive o mais forte, mas em que ainda é possível prevalecerem os valores mais positivos dos humanos em meio ao flagelo e à barbárie.
Colapso é um livro que não faz concessões. Desde as primeiras páginas, Roberto Denser constrói um mundo pós-apocalíptico de brutalidade extrema, onde a degradação humana atinge níveis inimagináveis. A narrativa é visceral, explícita e não poupa o leitor de descrições gráficas que chocam tanto pela violência quanto pela criatividade macabra do autor. Se a intenção era horrorizar, Denser cumpre esse papel com maestria.
A escrita mantém um ritmo acelerado, com capítulos curtos e focados em diferentes personagens espalhados por um Brasil devastado. Esse estilo fragmentado dá ao leitor uma visão ampla da distopia apresentada, permitindo acompanhar a luta pela sobrevivência em diversos cenários. Desde a repugnante alimentação baseada em baratas gigantes até mutilações ritualísticas, cada passagem reforça a ideia de que a civilização colapsou de forma brutal e irreversível.
O livro se destaca por apresentar personagens fortes e marcantes, sendo Camargo e Diana os grandes polos de liderança e conflito. Camargo, um líder estratégico e impetuoso, ganha a simpatia do leitor logo no início, especialmente pelo detalhe inusitado de ser um ávido leitor. Essa característica não apenas humaniza o personagem, mas também sugere que o conhecimento pode ser uma ferramenta de poder, mesmo em um mundo destruído. Já Diana, líder das mulheres de Atenas, se revela uma antagonista aterrorizante, cuja história de sofrimento justifica sua ideologia radical. Sua doutrinação implacável e os métodos extremos de controle social tornam seu grupo um dos elementos mais impactantes do livro.
Um dos pontos mais intrigantes do livro é a interseção entre os diferentes personagens. Enquanto acompanhamos suas jornadas individuais, a expectativa cresce sobre o momento em que seus caminhos irão se cruzar. E quando isso acontece, Denser entrega cenas de ação brutais e inesperadas. O embate entre Camargo e Diana, por exemplo, é caótico, violento e cheio de reviravoltas, culminando em um desfecho que pega tanto o protagonista quanto o leitor de surpresa.
Outro aspecto interessante é a forma como o autor usa referências históricas para moldar a narrativa. Essa conexão entre passado e presente (futuro distópico) traz uma camada extra à história, reforçando a ideia de que, mesmo após o colapso, a humanidade segue repetindo seus padrões de guerra e dominação.
Por fim, Colapso é uma leitura intensa, que exige estômago forte e pode ser desgastante pela carga extrema de violência e degradação. O livro mergulha fundo no horror da sobrevivência e dificilmente deixa espaço para reflexões mais amplas sobre a condição humana—o choque e a brutalidade acabam dominando toda a experiência. Ainda assim, para quem busca uma distopia implacável, onde cada página é um teste de resistência, Colapso certamente entrega o que promete.
Recomendado para leitores que apreciam histórias pós-apocalípticas brutais, distopias extremas e não se incomodam com descrições gráficas de violência e degradação humana.
Se tivesse jeito de torcer esse livro, escorreria sangue e fezes.
O livro e dividido em 3 partes.
Na primeira parte o autor vai apresentando os núcleos de personagens, a ambientação do mundo de então, um mundo que colapsou climaticamente; o céu agora é vermelho, sem água potável, habitado por ratazanas e baratas que são os alimentos disponíveis.
O ser humano é apresentado nessa narrativa abaixo da categoria de animal, mata por prazer, canibaliza os semelhantes sem nenhum pudor, as mulheres são as vítimas mais vulneráveis e portanto em extinção.
Nessa primeira parte senti que o autor despejou toda a imundície e flagelo do ser humano numa canetada só! E isso é muito perturbador, a crítica que faço são duas: essa decisão de escrita é tão chocante, tão explicita, tão abjeta que o leitor é obrigado a se distanciar do objeto narrado, e objeto é a palavra correta, pois seria, pelo menos pra mim, impossível continuar se insistisse que aqueles objetos são pessoas sendo multiladas, canibalizadas e mantidas vivas para que se tenha carne fresca por mais tempo.
A segunda critica é sobre a narração e alguns diálogos. A voz narrativa de alguns personagens são idênticas, com palavões repetidos a exaustão, sempre os mesmos, de modo que se não tivessem os capítulos separados por núcleo de personagens seria bem difícil de identificá-los.
O narrador é completamente instável, ele conta a história sem um pingo de sofisticação, é vulgar, mas em determinados pontos ele se transforma, usa os termos tradicionais no lugar dos termos chulos e baixos de costume.
Se a narração fosse um pouco menos vulgar, menos pobre e um pouco mais subjetiva, que fizesse o leitor interpretar alguns acontecimentos, esse livro seria, na minha opinião, o melhor que li neste ano.
Camargo é o protagonista dessa história, na terceira parte tudo se modifica, os ânimos se acalmam e o foco agora é na trajetória e não nas barbáries indigestas. Aqui a historia me ganhou, não consegui mais desgrudar, passava o dia refletindo sobre o que tinha lido. Até a voz narrativa ficou mais estável, mais sóbria, menos pobre.
Tenho pra mim que o narrador, que hora mostra-se intelectualizado narrando um mundo de pessoas analfabetas e hora dispara a falar de modo chulo, com raiva, seria o próprio Camargo que seria também considerado um intelectual até mesmo no mundo de Antes, e sinto que Camargo, em boa medida seria uma representação do que o próprio autor gostaria de ser num mundo assim.
Mesmo com as críticas, foi uma boa leitura, uma sacada de gênio do autor que desponta como um dos livros mais falados nas redes.
O desfecho da história foi muito bom. Vale sim a experiência.
Confesso que minha experiência com livros de horror se limita aos clássicos como Lovecraft e Poe, principalmente contos. No entanto, "Colapso", de Roberto Denser, me atraiu pela sua proposta distópica, um gênero que me fascina e que, acredito, moldou minhas percepções sobre a obra.
A função primordial de um livro de horror é nos transportar para um estado de angústia, e "Colapso" cumpre essa missão com maestria. Como uma distopia, o livro nos apresenta um ambiente devastado, um futuro sombrio, opressor e indesejável, elementos essenciais para nos imergir nesse universo perturbador. O autor demonstra um domínio do gênero, construindo uma atmosfera sufocante e inquietante.
Acredito que muitos leitores desavisados podem se sentir incomodados com a violência explícita e as cenas chocantes presentes no livro. No entanto, essa é justamente a intenção do autor: chocar para despertar. "Colapso" não é apenas uma narrativa de horror gratuita; é um espelho distorcido da nossa realidade, nem tão distorcido assim, é até bem pior em algumas situações, é um alerta sobre o caminho perigoso que a sociedade está trilhando.
Atos de brutalidade, estupro, canibalismo e terror que lemos tão bem detalhados nessa história, tem como objetivo nos chocar mesmo. Essas cenas servem como um grito de alerta, uma tentativa de nos fazer refletir sobre a trivialização da crueldade em nosso cotidiano. Em pleno 2024, basta ligar a TV em qualquer horário para nos depararmos com cenas de crueldade que se tornaram corriqueiras, até mesmo em programas assistidos por crianças, tudo isso sem qualquer aviso.
Criticar o livro por sua violência é ignorar a mensagem central do autor. "Colapso" escancara e nos confronta com a hipocrisia de fechar os olhos para a violência que nos cerca. Se você se sente incomodado com a realidade retratada no livro, talvez seja hora de questionar sua própria complacência com a violência que nos assola diariamente. Talvez você conclua que vive em uma bolha, protegido e livre de todos os males que a humanidade deturpada, lá fora, está vivendo.
"Colapso" é um livro incômodo, perturbador e necessário. Ele nos obriga a confrontar a realidade sombria que estamos construindo e nos convida a agir para impedir que esse futuro se concretize. Se você busca uma leitura que te faça refletir sobre o mundo problemático em que vivemos, "Colapso" é uma escolha certeira.
O livro Colapso, de Roberto Denser, se passa cerca de 40 anos após um evento conhecido como Marco Zero. Nesse cenário pós-apocalíptico, acompanhamos diversos grupos dque tentam sobreviver em um mundo desolado.
As grandes cidades são retratadas como ruínas de uma civilização que não resistiu ao colapso. Ao percorrê-las, os personagens encontram um mundo congelado no tempo: carcaças de máquinas antigas, ossos de animais e humanos, cidades soterradas por areia ou devoradas pela vegetação. Esses elementos visuais são apresentados de forma vívida, transportando o leitor diretamente para o universo criado por Denser.
Uma das características que mais me chamou atenção durante a leitura foi o ritmo. Cada pedaço de história desperta a curiosidade e deixa um gancho que me predeu muito ao livro.
As cenas de ação e violência são brutais, intensas e realistas. Não há espaço para romantizações; a sobrevivência é cruel e os destinos dos personagens muitas vezes chocam.
O que também se destaca em Colapso é a forma como Roberto Denser consegue mesclar o entretenimento com reflexões mais profundas. O autor constrói uma distopia que, além da violência explícita, questiona a relação fraturada da civilização com o meio ambiente.
A construção dos personagens é outro ponto alto do livro. Eles são realistas e complexos na medida certa, não se limitando a caricaturas ou estereótipos.
Colapso é uma leitura que recomendo fortemente, especialmente para quem deseja mergulhar no gênero de distopias. O universo criado por Denser tem um quê de cinematográfico, sendo fácil imaginar sua adaptação para as telas, seja pela narrativa visual, seja pelos personagens marcantes. A obra não se limita a ser um simples entretenimento, flertando com reflexões sobre a natureza humana, o colapso ambiental e as consequências de uma civilização que perdeu o controle de tudo.
Imagine o mundo da série The Walking Dead sem os zumbis, ou do videogame The Last Of Us sem os infectados. Um mundo pós-apocalíptico onde a única e verdadeira inimiga da humanidade que tenta sobreviver ali é… ela mesma! Esse é o mundo de Colapso. Você pode até achar que o título se refere ao planeta, ou à Natureza falida que ele descreve, mas não se engane. Seus personagens violentos e cruéis deixam claro: é sobre a ruína completa da nossa civilidade.
O que está nele você consegue enxergar em um jornal as 17h da tarde, todas as atrocidades, mesmo com temática de apocalipse, tudo é feito de maneira que poderia ser muito pior do que descrito sobre os horrores dos humanos, Colapso do Roberto Denser é um livro que te faz pensar e imaginar o Brasil num fim do mundo com seca e fome, mas não precisa ir muito no futuro para pensar o quão contemporâneo é.
Li esse livro no ano passado e até hoje ainda penso na história. Se tornou um dos meus livros favoritos. Apesar de absurdamente pesado, descritivo, explícito e bizarro, o que ele demonstra em seu enredo é tudo que a humanidade já é, mas ainda não sabe por não viver profundamente nas circunstâncias descritas na história. Parabéns ao autor por uma obra tão incrível. Me despertou o amor pela literatura nacional e pela busca por distopias absurdas, mas facilmente realistas. Genial.
Tem que ter estômago e cabeça boa. O pior de tudo é saber que não existe tanto exagero nessa história e que as mulheres se tornariam o que se tornaram se isso acontecesse amanhã. O livro é bem fluído, apesar de em alguns momentos você precisar dar uma pausa de 10 segundos e absorver o que aconteceu. Não gostei do final, da forma que tudo se deu e que foi escrita, mas não tira o valor da obra.
Esse livro foi mais uma reflexão de uma sociedade sem lei, a beira da extinção. Se com lei os humanos fazem atrocidades imagina sem. Uma narrativa muito fluida, mas tem que ter estômago para ler, foi uns dos livros mais passados que já li pois tem violência gratuita de diversa formas.
A melhor distopia brasileira que já li. Roberto Denser te transporta por uma realidade palpável, imersiva e visceral. Críticas sociais implícitas que só enriquecem ainda mais a história. Você realmente se sente em solo brasileiro.
história fodastica! amei a forma da escrita que vai alternando os POVs de cada grupo de personagens. historia pesada e com gatilhos extremos triste que acabou