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1973: Uma Cronologia do Ano Zero. Os Factos, as Figuras e os Figurantes do Último Ano do Estado Novo
No ano em que se cumprem cinquenta anos sobre o último ano do Estado Novo, Tiago Beato, jornalista e escritor, viaja até esse período e faz uma compilação dos momentos mais paradigmáticos de um país em ebulição. Da política à cultura, passando pela sociedade e pelo desporto, 1973 desenha um retrato social e cultural do país, com um olhar que se alarga ao mundo, nos últimos meses de uma ditadura com os dias contados.
Em 1973, os portugueses vivam sob o jugo do Estado Novo há quarenta anos. Se era já inevitável, para alguns, o fim do regime, para muitos outros, era apenas mais um ano do século XX, em que notícias, livros, guiões de cinema e peças de teatro continuavam a ser censurados, em que milhares de jovens perdiam a vida na absurda e injusta guerra colonial, em que, para uma percentagem grande da população, a emigração era a única alternativa à miséria. Ainda não o sabiam, mas 1973 seria o último ano civil sob a égide do Estado Novo. A edição inaugural do Expresso, a declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau, as eleições legislativas - as últimas em ditadura -, a participação no Festival da Eurovisão, com a famosa canção Tourada, com letra do poeta Ary dos Santos e interpretada por Fernando Tordo, as manifestações estudantis violentamente reprimidas, as ondas de choque da crise internacional do petróleo, tudo concorre para o dia de abril que ficaria para sempre assinalado nos calendários dos portugueses.
Passados cinquenta anos, Tiago Beato, jornalista e escritor, viaja até esse período e faz, neste 1973 - Uma Cronologia do Ano Zero, uma compilação dos momentos mais paradigmáticos de um país em ebulição, pautados pelos acontecimentos internacionais que marcavam a atualidade na altura. Da política à cultura, passando pela sociedade e pelo desporto, 1973 faz um retrato social e cultural do país, com um olhar que se alarga ao mundo, nos últimos meses de uma ditadura com os dias contados.
Em 1973, os portugueses vivam sob o jugo do Estado Novo há quarenta anos. Se era já inevitável, para alguns, o fim do regime, para muitos outros, era apenas mais um ano do século XX, em que notícias, livros, guiões de cinema e peças de teatro continuavam a ser censurados, em que milhares de jovens perdiam a vida na absurda e injusta guerra colonial, em que, para uma percentagem grande da população, a emigração era a única alternativa à miséria. Ainda não o sabiam, mas 1973 seria o último ano civil sob a égide do Estado Novo. A edição inaugural do Expresso, a declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau, as eleições legislativas - as últimas em ditadura -, a participação no Festival da Eurovisão, com a famosa canção Tourada, com letra do poeta Ary dos Santos e interpretada por Fernando Tordo, as manifestações estudantis violentamente reprimidas, as ondas de choque da crise internacional do petróleo, tudo concorre para o dia de abril que ficaria para sempre assinalado nos calendários dos portugueses.
Passados cinquenta anos, Tiago Beato, jornalista e escritor, viaja até esse período e faz, neste 1973 - Uma Cronologia do Ano Zero, uma compilação dos momentos mais paradigmáticos de um país em ebulição, pautados pelos acontecimentos internacionais que marcavam a atualidade na altura. Da política à cultura, passando pela sociedade e pelo desporto, 1973 faz um retrato social e cultural do país, com um olhar que se alarga ao mundo, nos últimos meses de uma ditadura com os dias contados.
324 pages, Kindle Edition
Published November 6, 2023
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About the author
Tiago Beato
3 books2 followersTiago Beato nasceu em Lisboa, a 19 de Junho de 1979. Licenciado em Ciências da Comunicação, pela Universidade Independente, iniciou a carreira jornalística em 2003, no jornal Diário de Notícias, passou pela agência Lusa e pelas revistas Maxmen e Playboy. Foi editor da revista QuatroQuatroDois e colaborou com títulos como FHM, GQ e Visão. É editor da revista oficial do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) e colabora com a revista Evasões e o jornal DerTagesspiegel (Alemanha).
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Community Reviews
Displaying 1 - 2 of 2 reviews
December 4, 2023
Livro muito relevante, mas mal concretizado.
A capa, o título e o subtítulo preparam-nos para um livro mais focado no ano anterior à revolução no contexto português. No entanto, não é só isso.
O livro está ordenado por mês e resume as notícias (supostamente) relevantes de cada mês. As notícias são quase sempre sobre acontecimentos nacionais, mas algumas vezes desviam-se para o internacional com zero relevância para o contexto da revolução de Abril. Estes desvios temporais e de detalhes podiam ser removidos e o livro ficava mais focado e conforme o que promete (na capa e titulo). Pelo contrário, temos um "fact dropping" aqui e ali que podia ter interesse, mas não neste livro.
Apanhei um erro factual, não sei se já vinha assim nas fontes ou se foi introduzido pelo autor.
Como esperava um livro de História, achei as "piadolas"/comentários de fim de parágrafo desnecessárias e que tornam o rigor Histórico numa crónica do autor.
Existem muitos desvios para a actualidade, e por isso, um livro que já é datado por natureza 1974, fica agarrado também ao ano de 2023.
A capa, o título e o subtítulo preparam-nos para um livro mais focado no ano anterior à revolução no contexto português. No entanto, não é só isso.
O livro está ordenado por mês e resume as notícias (supostamente) relevantes de cada mês. As notícias são quase sempre sobre acontecimentos nacionais, mas algumas vezes desviam-se para o internacional com zero relevância para o contexto da revolução de Abril. Estes desvios temporais e de detalhes podiam ser removidos e o livro ficava mais focado e conforme o que promete (na capa e titulo). Pelo contrário, temos um "fact dropping" aqui e ali que podia ter interesse, mas não neste livro.
Apanhei um erro factual, não sei se já vinha assim nas fontes ou se foi introduzido pelo autor.
Como esperava um livro de História, achei as "piadolas"/comentários de fim de parágrafo desnecessárias e que tornam o rigor Histórico numa crónica do autor.
Existem muitos desvios para a actualidade, e por isso, um livro que já é datado por natureza 1974, fica agarrado também ao ano de 2023.
February 2, 2024
Muito interessante e abrangente este livro. Organizado pelos meses do ano de 1973, dá-nos um panorama geral do que se passou em Portugal e no mundo em diversas vertentes: política, cultural, musical, social. Nenhum aspeto é muito desenvolvido, mas julgo que também não é esse o objetivo, mas antes ficarmos com uma ideia clara do que e como se viveu nesse ano. E é interessante perceber que tudo prenunciava o fim próximo da ditadura.
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