Parce qu’elle est fascinée par le destin de la miraculeuse petite gymnaste roumaine de quatorze ans apparue aux jo de Montréal en 1976 pour mettre à mal guerres froides, ordinateurs et records au point d’accéder au statut de mythe planétaire, la narratrice de ce roman entreprend de raconter ce qu’elle imagine de l’expérience que vécut cette prodigieuse fillette, symbole d’une Europe révolue, venue, par la seule pureté de ses gestes, incarner aux yeux désabusés du monde le rêve d’une enfance éternelle. Mais quelle version retenir du parcours de cette petite communiste qui ne souriait jamais et qui voltigea, d’Est en Ouest, devant ses juges, sportifs, politiques ou médiatiques, entre adoration des foules et manipulations étatiques ? Mimétique de l’audace féerique des figures jadis tracées au ciel de la compétition par une simple enfant, le romanacrobate de Lola Lafon, plus proche de la légende d’Icare que de la mythologie des “dieux du stade”, rend l’hommage d’une fiction inspirée à celle-là, qui, d’un coup de pied à la lune, a ravagé le chemin rétréci qu’on réserve aux petites filles, ces petites filles de l’été 1976 qui, grâce à elle, ont rêvé de s’élancer dans le vide, les abdos serrés et la peau nue.
Lola Lafon, née en 1973, est une chanteuse, femme de lettres et compositrice française.
D’origine franco-russo-polonaise, élevée à Sofia, Bucarest et Paris, Lola Lafon s’est d’abord consacrée à la danse avant de se tourner vers l’écriture. Après des publications dans des fanzines et des revues alternatives , elle a été répérée par des revues littéraires ( la N.R.V, entre autres, qui a publié ses premières nouvelles en 1998 et jusqu’en 2000.)
Chaque sortie de roman a été accompagnée d’un « concert lecture ». Après une commande du Festival « les Correspondances de Manosque » à la sortie de « De ça je me console », elle a, avec ses deux musiciens, effectué une tournée de plus de trente dates qui s’est terminée aux Bouffes du Nord. Pour la sortie de Nous sommes les oiseaux de la tempête qui s’annonce , Lola Lafon a, à la demande du théâtre de l’Odéon, créé un concert-lecture inédit intitulé « La petite fille au bout du chemin », qui mêlait différents textes d’auteurs divers, tous autour de la figure de son héroïne et de ses comparses imaginaires et littéraires. Pour La Petite communiste qui ne souriait jamais , elle prévoit également une création (si ces concerts-lectures sont surtout donnés dans des théâtres et des festivals du livre, elle aime également à les délocaliser et à les proposer en version courte ou simplement à deux — elle-même plus un musicien— dans des librairies qui pourraient souhaiter les accueillir.)
Acertei na história, mas fiquei baralhada com o formato e com as fontes. A vida de Nádia já deu vários livros. Os ingredientes são infalíveis: uma miúda franzina proveniente de uma ditadura comunista persegue a perfeição na ginástica artística e supera todas as expectativas, alcançando um resultado inédito e imprevisto: 10. A máquina avaria, a URSS revolta-se contra a intrusa que ameaça o seu monopólio de medalhas. A criança cresce e o seu corpo muda. Béla, o seu treinador, tiraniza o corpo de Nádia e das suas colegas. Neste livro, não fica assim tão claro que este homem era uma besta. O trajeto de Nádia cola-se ao destino do seu país, a Roménia. Ceasescu e a mulher Elena não deixam qualquer escapatória. Nádia, como tantos outros, são vigiados de perto pela Securitate. Ainda assim, Nádia envolve-se com o filho do ditador. Mais uma besta. Nádia decide fugir com outra besta para os Estados Unidos, em 1989, um mês antes de se dar a revolução que levará ao julgamento sumário e à morte de Ceasescu e da mulher. A Pequena Comunista que nunca sorria parece carregar uma certa crítica a Nádia, até nos diálogos com a escritora, que são completamente inventados. Há uma má vontade, como se uma fronteira geográfica, política e cultural fosse intransponível. Tenho essencialmente três críticas: - As fontes usadas por Lola Lafon só ficam claras no final e são essencialmente documentários. - Quem não lê o preâmbulo pode pensar que os diálogos entre escritora e ginasta foram reais, o que não é verdade. Teria sido fácil usar expressões como "Imagino Nádia a dizer que" ou "Se Nádia me tivesse ligado, coisa que não aconteceu, ter-me-ia dito que...". Será que a escritora quis enganar-nos, levar na conversa os mais incautos? - Todo o livro poderia resumir-se a metade das páginas.
- Γιατί η μικρή κομμουνίστρια δεν χαμογελούσε ποτέ ; - Γιατί ήταν κομμουνίστρια.
Μυθιστορηματική βιογραφία (;) της Νάντια Κομανέτσι με αποσπασματικά γεγονότα και διανθισμένη με επινοημένες συνομιλίες και αλληλογραφία της συγγραφέως με την Κομανέτσι-σχεδόν "χυδαίο" να βάζει στην Κομανέτσι λόγια και σκέψεις που δεν είπε, και να αφήνει τον αναγνώστη με την αμφιβολία (;)- πεποίθηση (;) ότι υπήρχε πράγματι επικοινωνία με την Κομανέτσι πριν την συγγραφή του βιβλίου. Και όλα αυτά γιατί ; Για να καταλήξει σε έναν ύμνο του Κομμουνισμού και κριτική του δυτικού τρόπου ζωής ; Τότε είχαν Ρουμάνους Ασφαλίτες, τώρα έχουν το ΔΝΤ, τότε είχαν τρόφιμα με το δελτίο, αλλά και στην δύση κάνουν δίαιτα ; Fuck logic. Με πρόσχημα την ζωή της Κομανέτσι ; Άσε, καταλάβαμε συντρόφισσα. Σχεδόν μας έβγαλες άκακο γεράκο τον Τσαουσέσκου που έπρεπε να πάρει τα φάρμακα του, μια από τις πρώτες μου αναμνήσεις ήταν τα πτώματα αυτού και της γυναίκας του (όοοοχι, δεν θυμάμαι το σχολείο μου και πως τα περνούσα, τι να θυμηθώ από τέλη 80s στην ελληνική επαρχία, αλλά τα πτώματα των Τσαουσέσκου τα θυμάμαι). Εγώ πάλι γιατί επί το ελληνικότερον τους συγκρίνω με το ζεύγος Τσοχαντζόπουλου ;
EDIT : αλλάζω βαθμολογία σε 1 αστεράκι, βλ. και σχόλιο κατωτέρω
Acabo esta leitura um pouco chocado com o quão pouco aprendi sobre Nadia Comăneci, a personagem principal do livro, a ginasta que rebentou com o contador dos Jogos Olímpicos 1976, em Montréal, ao obter a primeira nota 10,0 da história para o que os quadros eletrónicos não estavam preparados. E nem sequer sou um fã da ginasta, conhecia bem o nome, as imagens dos anos 1970, mas nunca fiz grande pesquisa sobre a mesma, apesar de acalentar a curiosidade natural por alguém que conseguiu algo que todos acreditavam ser impossível.
No entanto, julgo que este meu choque se deve mais ao facto de depois de terminar o livro ter resolvido ler uma entrevista com a autora em que ela revela algo que me tirou completamente o tapete: os diálogos entre Lafon e Comăneci, que atravessam todo o livro, nunca existiram, foram inventados pela autora!
Ao chegar a meio já considerava que o livro apresentava falta de trabalho de investigação, não só a autora não apresentava qualquer informação nova trabalhada por si, era praticamente tudo retirado de livros e documentários, como só perto do final é que surge então uma entrevista com uma amiga de infância de Comăneci, mas que agora fico na dúvida se é real ou inventada.
A autora diz que teve dificuldade em encontrar a voz certa para abordar o romancear, e acaba descrevendo o trabalho que fez como um sonho sobre a vida de Comăneci. Soa a desculpa. Julgo que tinha duas opções, continuar a investigar o assunto, ou simplesmente parar, avançar para outro projeto, e quando tivesse verdadeiro material e mais certezas voltar aqui. Não me parece correto que o livro não seja claro sobre o facto de ter inventado as entrevistas, colando apenas uma nota inicial ambígua no livro. Aliás, essa ambiguidade é por demais evidente quando se leem resenhas aqui e ali de pessoas que acreditam que as palavras no livro são mesmo de Comăneci.
Daria 3 estrelas ao livro se as entrevistas fossem reais, porque na verdade também pouco acrescentam. Mas depois de saber que as entrevistas nem sequer existiram, não posso dar mais de 2.
Nem de propósito, acabo de ler a seguinte declaração de Kathryn Hughes, crítica do Guardian e professora emérita da Universidade de East Anglia falando sobre a escrita de biografias:
“Biography is an incredibly difficult thing to do well and quite easy to do badly. It requires you to have all the research rigour of a scholar and all the lightness of touch of the best literary stylist (...) “Sufficient modesty. The story you are telling must always come first (...) authors who insert themselves into the story and go “in search” of their subject. I just want to shout at the biographer: ‘Honestly, you’re not that interesting – just go back to the archives until you find the real story.’”
What "HHhH" did to historical fiction, this book does to biography. It is the life story of Nadia Comaneci, the world's greatest and most famous gymnast, but not really. Because Nadia's story exists in many parallel universes, each with its own truths and events. What you see is never what you get, and even the "real" Nadia, who is consulted in every chapter of the book and adds her own words to it, is not in one mind about what happened to her. So this is an incredible story of one incredible girl/ woman, but it is also incredible because you never get the whole picture and you never know what to believe. Is it truly possible to write "the truth" about anyone? Can there be more than one truth? And if so, how do you know you got all of them? The book explores all of these questions, and also presents the narratives as they look not only through Western eyes, but also through Eastern ones, those who saw the full picture and not the black-and-white one (or grey one) we were shown about what was going on behind the Iron Curtain. A wonderful read.
“Os vizinhos desconfiam de Stefania, e ela compreende-os. Por vezes, quando Nadia janta com eles ao sábado, parece-lhe que o rosto da filha ostenta uma nova autoridade, qualquer coisa que exclui as confidências e as dúvidas. Uma criança que abre a porta aos uniformes, às viaturas oficiais, uma convidada de marca diante da qual hesitamos em falar, uma criança que a fixa sem sorrir.”
Este livro retrata a vida da ginasta romena Nadia Comaneci, que se tornou num ícone mundial num desporto, na altura, controlado pela União Soviética.
Da sua ascensão e queda, de todas as pressões que envolvem o desporto de alta competição, vemos como esta ginasta se torna numa imagem de marca, mas também num “símbolo político”.
Uma leitura que me cativou pela curiosidade de pesquisar esta e outras atletas e por alguns factos da história da Roménia.
Nadia Comaneci, la pequeña gimnasta rumana que a los 14 años asombró al mundo en los Juegos Olímpicos de Montreal, se convirtió en un icono de los años 70 y en una muestra de las contradicciones de los regímenes autoritarios.
En esta especie de biografía novelada, Lola Lafon intenta reconstruir su trayectoria vital, a partir de algunas conversaciones con la misma Nadia. Una vida que está ligada a la decadencia del régimen comunista en Rumanía y que está sacudida y condicionada de muchas maneras por la política.
El enfoque de la autora está centrado en la libertad de elección y el dominio sobre el cuerpo de la mujer, comparando su situación en la sociedad capitalista y en la comunista, así como la manipulación política que se hace de los deportistas.
En algunos momentos parece que la opinión de la autora choca con la de Nadia, que prefiere obviar algunos temas o expresar opiniones ambiguas. Descubrimos su relación estrecha – no está claro hasta qué punto voluntaria – con la familia Ceaucescu y su noviazgo con el hijo del dictador.
Desde sus años de entrenamiento, que estremecen con descripciones de la disciplina terrible que se aplicaba a unas niñas, hasta su rocambolesca huída a Estados Unidos, seguimos su trayectoria con cierto asombro por todo lo que se ocultaba detrás de su imagen glamurosa y triunfadora.
En conjunto, una historia personal que refleja también el clima político de los años 70, en que el deporte era parte de la guerra fría entre los bloques. Contiene datos de interés aunque deja algunos interrogantes, ya que en muchos momentos la visión de los hechos por parte de la autora parece no coincidir con la de Nadia. 3,5*
Le corps maltraité d’une prodigieuse gymnaste, qui doit s’entrainer au-delà de la douleur et des dangers d’infection. Qui doit s’affamer. Qui parfois bois dans une chasse d’eau pour ne pas risquer de se faire surprendre a ingérer une matière inutile qui la ferait grossir.
Le corps qui rentre dans le moule du régime soviétique tout en le brisant par son talent. Qui exécute des figues si dangereuses qu’elles finiront par être interdites par le Comité Olympique.
Ce corps qui sera rejeté de toutes parts en devenant adulte. Parce que l’androgynie enfantine disparait, que les courbes se dessinent.
Et qui fuira la Roumanie pour s’installer aux Etats-Unis…
Ce roman parle des femmes, de la pression que le régime soviétique a fait peser sur leurs épaules : obligation d’enfanter, interdiction d’avorter, examens gynécologiques réguliers…
Plus largement, le roman se sert de la gymnastique et de l’évolution du corps de Nadia Comaneci comme tremplin pour dénoncer le régime communiste qui a étouffé les Roumains dans les années 80.
J’ai aimé l’écriture, tour à tour textes de la narratrice ou conversations imaginaires avec Nadia qui corrige, nuance. La variation des points de vue apporte une lumière différente aux évènements relatés. Le style est à la fois direct et poétique. Coup de poing et gracieux, à l'image de la créature dont il dresse le portrait, page après page.
Volumul Lolei Lafon nu este doar o carte despre Nadia Comăneci, despre ascensiunea ei, despre lupta continuă pentru a deveni cea mai bună, despre scandalurile din jurul vieții ei private, ci mai ales despre feminitate și despre corpul feminin, despre Est și Vest, despre comunism și capitalism, despre marketarea corpului feminin și despre cât de mult suntem dispuși să plătim pentru iluziile în care vrem cu orice preț să credem și cât de repede renunțăm la ele, atunci când ni se pare că realitatea nu se mai ridică la nivelul imaginii ideale pe care ne-am format-o.
Sincer, nu m-a interesat prea tare subiectul cărții Lolei Lafon nici când am auzit că a fost publicată în Franța (La petite communiste qui ne souriait jamais, Actes Sud, 2014), nici când am văzut-o tradusă în română (Editura Trei, 2014, traducere Viorel Vișan). M-am dus, însă, de curiozitate, la lansarea cărții făcută în prezența autoarei (pe 25 septembrie, la Ceainăria Cărturești din București), cu gândul să stau 5-10 minute și apoi să plec. N-am putut să stau doar câteva minute, până la urmă m-am așezat și pe scaun, am stat până la final și am plecat de acolo cu dorința de a citi cât mai repede cartea.
Meraviglioso! Ho scoperto questo libro grazie a Chiara Martini su YT e che dire.. me ne sono innamorata.
Racconta la storia, leggermente romanzata, di Nadia Comaneci, ginnasta rumena negli anni 80.
Scritto benissimo, si legge in un soffio e fa scoprire i dietro le quinte di questo sport molto scenografico da vedere e soprattutto come l'ha vissuto lei in epoca di Ceausescu.
Difícil recomendar este libro a alguien que no le guste la gimnasia o por lo menos disfrute del deporte. Difícil no recomendarlo a alguien que le guste la gimnasia. Para mí, es una versión para adultos de "Letters to a young gymnast". No me ha sumado mucho en cuanto al conocimiento pero sí me ayudó a entender un poco la gimnasia actual. Quién es el mejor del mundo en la rama femenina? Estados Unidos. Quién está detrás de la selección nacional de ese país, Martha Karoly. Dónde entrenan las gimnastas? En el Rancho de Bela Karoly. Entonces leer este libro es leer la historia de la gimnasia actual. Lo que me pareció muy bueno es que permite pensar cosas sobre los cuerpos, el rol de la mujer, el rol de la sociedad con respecto a los deportistas y cómo la Guerra Fría puede haberse acabado pero los rasgos del marketing, el éxito y la venta del deporte como triunfo nacional, siguen vigentes.
…en 1988, une poignée d’étudiants courageux ont fait circuler des tracts de résistance qu’ils signaient de cette phrase : ne me cherchez pas car je suis nulle part.
C’est ainsi que finit l’élusive roman de Lola Lafon, avec une offre oblique de clé de lecture qui promet de réconcilier les sentiments contradictoires qu’on peut éprouver durant la lecture, sentiments générés exactement de cette incapacité d’établir le vrai héros de l’histoire.
J’ai eu la conviction, pendant un bon nombre de pages, que l’écrivain a nourri un monstre bicéphale, et que de sa préoccupation de ne privilégier aucune de ses deux têtes, soit le communisme ou le génie sportif, a résulté un hybride peu convaincant, puisque le symbole a été trop contorsionné afin d’entrer dans le lit procustien d’une idéologie. Et ce me semblait évident dès le titre avec son cliché irritant, car il paraissait indécent d’appliquer si à la légère une étiquette idéologique encombrante à des enfants qui ne savent rien des enjeux politiques. Il est vrai que le titre ne fasse que citer un journal américain, mais on ne peut pas s’empêcher de suspecter que son à-propos un peu tendancieux a eu également des raisons publicitaires. Même à l’intérieur du récit, je trouvais l’écart entre le ton poétique qui évoque la magie du mouvement et celui brutal réaliste qui décrit la terreur communiste trop grand pour ne pas nuire à l’unité narrative.
Pourtant, presque sans que le lecteur s’en rende compte comment, Lola Lafon s’en sort et la bête contre-nature est apprivoisée miraculeusement. La cravache de dressage que l’auteure use avec dextérité est l’intervention imaginaire de Nadia à la fin de presque chaque chapitre, un crochet narratif ingénieux qui contrecarre, complète, contredit ou démentit la voix narrative dans un contrepoint incitant qui met continuellement en doute la véridicité des affirmations, tout en élargissant la perspective, ainsi quittant le genre biographique pour entrer dans celui du roman dit de non fiction.
Ainsi, plusieurs questions trouvent leur réponse, au fur et à mesure que le motif dans le tapis émerge.
Premièrement, de quelle Nadia a trait le roman? Du symbole sportif, preuve de cette capacité extraordinaire de l’homme à défier en permanence ses limites? Mais cette Nadia est plus qu’un pays et une idéologie, elle aurait été la même dans n’importe quel coin du monde et sous n’importe quel régime, cette Nadia est universelle, comme tout génie. Ou de l’homme derrière le symbole, humble habitant de ce bas monde, plein de faiblesses et défauts et petites lâchetés ? Mais cette Nadia est seulement matériel de paparazzi, sortie de l’immanent et éphémère, une image d’un intérêt passager et limité
D’autre part, quel est le rôle du communisme dans le roman ? Est-il tout simplement le background des événements ou devient-il imperceptiblement le vrai héros du récit? Et la reconstruction si fidèle de l’époque de Ceausescu, est-elle plus qu’une ironie à l’adresse du monde occidental, crédule et trop prêt à accepter celui qui était « la vigueur, le directeur, le conducteur, le phare », celui qui s’est opposé à l’invasion de Tchécoslovaquie, celui qui a été décoré avec la croix de la Légion d’honneur par la France, celui qui a été visité par Nixon, celui qui a été nommé « un Kennedy de l’Est ». Ou encore une fois il est mis en évidence ce contraste entre l’image présentée au monde et ce qui se cache derrière cette image? Et ce contraste, devenu leitmotiv (le leitmotiv de l’illusion) unit les deux plans qui semblaient irréconciliables, en dévoilant la logique cachée du texte :
La petite fille d’Onesti, elle, fait flamboyer la Roumanie du bout de ses chaussons, elle fait chatoyer le communisme, devenu l’image en format carte postale d’une justaucorps blanc à l’étoile rouge, la pureté de son ardeur au travail vénérée par un Occident en manque d’ange laïque.
Ainsi arrive-t-on à une dernière question : quelle est la crédibilité du narrateur ? Est-il un historien, un biographe, ou une Shéhérazade ? Peut-on se fier de ses conversations, de ses témoignages, même de ses souvenirs ? Est-il à la recherche de la vérité, comme il aimerait nous faire croire ou tout simplement est le maître marionnettiste qui tire non seulement les ficelles de ses personnages mais aussi celles de ses lecteurs ?
Depuis que je me suis lancée dans ce projet, la fréquence de nos contacts pourrait être représentée par un graphique nerveux et absurde, parfois nous échangeons trois ou quatre fois dans la même journée, mais si elle n’est pas d’accord avec ce qu’elle vient de lire, trois semaines s’écoulent, je suis punie.
Car c’est le narrateur, finalement, qui nous révèle l’extraordinaire adresse avec laquelle Lola Lafon utilise les techniques du créateur de roman non fiction : une manipulation rusé de la réalité jusqu’à ce qu’elle devienne pure fiction. C’est-à-dire, si vous cherchez Nadia et ses collègues et son entraineur, ou la Roumanie et son président et son fils et son régime du côté de votre réalité, vous ne les trouverez nulle part. La seule réalité qu’ils habitent, merveilleusement, est celle de la fiction.
Salvando las distancias y la temática, por momentos Lola Lafon me ha recordado a Svetlana Aleksiévich. A través de unas conversaciones con Nadia Comaneci (la gimnasta por excelencia que el mundo descubrió en los Juegos de Montreal de 1970), y otras amigas, periodistas y deportistas, la escritora describe la odisea de aquellos Juegos y todo lo que había detrás del equipo de gimnasia de Rumanía. Destacaría tres partes importantes del libro. La historia de Nadia, quizá la gimnasta inigualable, la historia de Béla Károlyi, el entrenador con el que empezó todo y la historia del régimen comunista en la Rumanía de Ceauescu.
En la parte de Nadia, Lafon retrata el cuerpo de la mujer, que entra en el molde del régimen mientras lo rompe con su talento. Cuerpo que será rechazado al convertirse en adulto, porque la androgenia infantil despararece una vez que se dibujan las curvas. En las conversaciones con la gimnasta, observamos los diferentes puntos de vista de ambas, obviando algunos temas un tanto peliagudos. En una de tantas, la escritora le pregunta sobre las diferencias evidentes de su equipo con las rivales, sobre qué pensaba sobre la libertad que tenían los demás equipos respecto a ellas. Se cuenta así: (Nadia) “ ¿Cree usted que el régimen rumano era el único que vigilaba a sus deportistas en las competiciones internacionales? En el gimnasio cada país intenta saber qué hará el otro, es una partida de ajedrez”. (Lafon) -Montreal «vendió» la imagen de una niña inocente que surgía de la nada, cuando hacía dos años que usted lo ganaba todo. Usted contribuyó a la fabricación de esa imagen. A través de usted, el poder promocionaba un sistema. El éxito total del régimen comunista, la apoteosis de la selección: la nueva Niña superdotada, bella, sensata y competitiva. (Nadia) (Risa molesta.) –¡Sí, claro, por supuesto! Los rumanos vendían el comunismo. En cambio, las atletas francesas o norteamericanas de hoy en día no representan a ningún sistema, ¿verdad?, ni a ninguna marca…”. (Nadia) “Oiga, no avanzaremos nunca si no entiende un par de cosas. Todos los deportistas que ganan son símbolos políticos. Promocionan los sistemas. El comunismo entonces, el capitalismo hoy. Y en el caso de ustedes…”
Esas diferencias entre ambas relatan la historia maravillosa que había detrás de aquella perfección en Montreal y que tan poco se ha contado.
Luego está la parte de Béla Károlyi, ese gigante bigotudo que levantaba a las niñas entre sus brazos y pretendía revitalizar la gimnasia rumana adormecida desde hacía años. Algunas historias como la de los Juegos de París, o su huida a Estados Unidos son magníficas. A Béla y su esposa Marta se les atribuye hoy la transformación del entrenamiento de gimnasia artística en los Estados Unidos y su gran éxito internacional posterior. Béla se entiende en el libro como el padre de Nadia, con algún tira y afloja también entre ambos por culpa del régimen de Ceauescu, que es otra parte importante del libro. Habla la novela de la presión que ha ejercido el régimen sobre las mujeres: obligación de tener hijos, prohibición de abortar… la novela en parte utiliza la historia de Nadia para denunciar el régimen comunista que ahogó a los rumanos en los años 80.
En definitiva, Lafon nos cuenta una historia bellísima del deporte, más allá de ese fondo oscuro que describe, esos Juegos de Montreal de 1970 quedarán en el recuerdo por esa rivalidad de las rumanas y las soviéticas que acabó en la perfección de Nadia. Ese Nadia, Dorina, Iuliana, Mariana, Anca, Grabriela y Luminita suena tanto como el Jairzinho, Gerson, Rivelino, Pelé y Tostao. Equipos irrepetibles. Historia del deporte.
First of all, I have to say that part of the reason why I bought this book was because of how absolutely gorgeous it is. Just look at that gold cover. It has the ability to reflect what you put in front of it. And, on the inside, the first and last couple pages are a deep red. This sort of visual symbolism definitely piqued my interest, as well as the pose of the little gymnast on the cover.
Now, moving onto the story itself. Can we even call it a story? It is neither historical fiction nor biography, despite me putting it in those categories. Lafon transcends genre with this novel thanks to her expert abilities to create a work that teeters between categories. Lafon interviews Nadia to gain her perspective; includes past interviews, history, and context; and somehow creates a plot, literally of Nadia's lifetime, that is well-done and not melodramatic.
And, I have to say that as a non-native French speaker and someone who's interested in Romania, this book was very interesting and informative, both in language and in history. I never knew the type of mental and physical stamina these girls needed to have in order to compete, and how their country affected them in its time of political change. It is for all of these reasons which I give this book 4 stars!
Muy simpático este libro que acabo de leer. Cuando lo leía pensaba, como con El Partido de Andrés Burgo, que estaba ante otra "anatomía de un instante", pero no, va más en la onda de la "Santa Evita" de Eloy Martínez- Lola Lafont llena con ficción los huecos que deja la realidad. Tal vez faltó algo más de investigación.
Igual está muy bien, es muy ameno y fácil de recomendar. La historia de Nadia Comaneci es impresionante, y más en el contexto en el que se produjo, siendo tan niña y en medio de un régimen demencial.
Me quedé con ganas de más realidad, así como Vargas Llosa le dijo a Cercas que Enric Marcó era personaje suyo, a mí me gustaría decirle lo mismo a Carrere; tipo "Nadia Comaneci es otra Limonov". Pero no soy un Nobel de literatura como para andar haciendo estas apreciaciones.
4,5 Je pensais lire à propos de la gymnastique sur fond de Guerre froide... J'ai lu sur la négociation des possibilités et sur l'instrumentalisation des femmes dans la construction d'une figure patriotico-olympique beaucoup plus complexe. Je recommande fortement, mais ce n'est pas à lire comme un roman.
Incredible. I'm pretty sure if I had read the original French it would have been even better, the translation might have been a bit off at times. I had a hard time putting this down. Beautifully laid out.
I really enjoyed this read, which proved far more concerned with the human and social element of this story than I expected. Lafond paints a beautiful and haunting portrait of the gymnast Nadia, one that stays with the reader even after closing the book.
¿Cuál es el precio de la fama? Nadia Comaneci es considerada la mejor gimnasta del mundo, y una de las deportistas más emblemáticas, de la talla de Pele en el fútbol, Michael Phelps en la natación, Usain Bolt en atletismo y Michael Jordan en el básquet. Tiene el récord de ser la única deportista en lograr un 10 perfecto, en ese momento los marcadores no estaban preparados para una hazaña de ese tamaño y reflejaron un 1.00 que significaba 100 de calificación. Hay un antes y un después del mundo de los deportes a partir de ese día en qué Nadia alcanzó la gloria, pero que sigue cuando se ha llegado al 10 perfecto, ya no hay más allá del umbral, solo queda mantenerlo o ir en picada. En medio del régimen comunista que asedio parte de Europa del Este, Rumania tuvo a uno de los líderes más egocéntricos de todos los tiempos, Ceausescu, quien mandó construir el segundo palacio de gobierno más grande del mundo. En mitad de la guerra fría, una deportista de la calidad de Nadia Comaneci era un arma perfecta para decirle al mundo que el régimen comunista era el mejor, por lo que su carrera cayó en manos del mandatario, quien le regaló una casa y como bien comunista la tenía completamente vigilada. Dejándole como guardián a su hijo, quien sería su abusador.
"El-Hijo-de Ceauşescu la habría torturado. Le confiscaba el sueldo para que dependiera de él. La exhibía a sus amigos. Quería tenerla disponible a todas horas. Había llenado de micrófonos ultrasensibles el apartamento que le había regalado, conocía hasta la última palabra que ella pronunciaba."
An insight into the end of the comunist era in Romania, through the youth of Nadia Comaneci. One can then fully understand what was at stake in her victories and / or defeats. Amazing to see how people are easily gullible, especially when they are driven to starvation and dire poverty. I recommend this book.
Era da tempo che volevo approfondire la figura di una delle ginnaste più celebri al mondo, per cui quando ho trovato questo titolo sono rimasta subito molto incuriosita. La vita della rumena Nadia Comaneci viene ripercorsa dalle origini, con un focus interessante su cosa significa essere una piccola sportiva vincente anche nel contesto della Guerra Fredda. Ho apprezzato il modo in cui è stato dipinto il mondo rumeno e più in generale comunista, senza fare sconti neanche al blocco occidentale. La narrazione è inframmezzata spesso da stralci di conversazione tra l'autrice e la ginnasta stessa, volti a mostrare aggiunte, particolare e anche opinioni su quanto appena letto in maniera romanzata. Questa parte metatestuale è molto utile a dare credibilità e forza storica al testo; ma, a causa della sua forse eccessiva ingerenza, va a spezzare la fluidità della lettura. Se i primi anni di Nadia sono seguiti con una certa cura fino alle Olimpiadi di Montreal, sul dopo ci sono invece alcune lacune. Solo vaghissimi accenni al figlio di Ceasescu, praticamente nulla sulla vita dopo l'arrivo in America (cosa che, proprio in virtù della contrapposizione tra est e ovest sarebbe stata interessante) e, soprattutto, neanche una menzione per sbaglio a Bart Conner. È stata una lettura che mi ha dato spunti utili e informazioni nuove... ma non quante speravo. In sostanza, mi è parso un lavoro incompleto.
Me intrigaba mucho la figura de Nadia Comăneci y la idea de saber más de ella. He encontrado una novela que, si bien no describe todo de manera fidedigna y real, sí que presenta una imagen de lo que fue el mito y la persona que hay detrás. Me parece especialmente interesante el retrato que se hace de la Rumania comunista y de la presentacion de Nadia como instrumento del régimen. Apenas sabía nada del tema y me ha fascinado. Se agradece que no sea muy larga, pero al tiempo te deja con ganas de saber más no solo de Nadia, sino del pueblo rumano, de su vida en el régimen, de cómo fue el cambio. Y creo que si algo te deja con ganas de más es buena señal.
Pas trop convaincue. Le fait de ne pas savoir où s’arrêtait la réalité historique et où commençait la fiction m’a perturbée. L’histoire est très intéressante mais ça m’a surtout donné envie de lire l’autobiographie de Nadia Comaneci.
"e em baixo, gravados, os sete nomes de meninas, um monumento de homenagem às crianças-soldado desaparecidas na idade adulta". A história - ficcionalizada ou não - da vida de um dos maiores ídolos da ginástica mundial, Nadia Comăneci, é também uma história que nos faz pensar sobre a forma como o corpo das mulheres, seja ele de crianças, jovens ou adultas, é sempre motivo de conversa, de discussão, de instrumentalização. Um tema que continua atual, hoje, mais do que nunca.
Conocí a Nadia Comaneci hace 25 años. Mi papá trajo a casa un VHS con una película sobre su vida. Desde ese momento, quedé impactada con la belleza estética que se reflejaba en mi televisor. No podía creer las piruetas perfectas que esa mujer ejecutaba en los diferentes aparatos del gimnasio. Hace dos o tres años volví a ver esa vieja película y sentí la misma emoción que cuando la ví por primera vez a los 6 años de edad. De vez en cuando, vuelvo a ver los videos de Nadia en Youtube. La veo volar como un pájaro entre las barras asimétricas. Siempre lloro.
Gracias a Youtube descubrí "nuevas Nadias": nuevas mujeres perfectas que admiro a través de la pantalla. A veces vuelvo a ver los ejercicios de Nastia Liukin en las barras asimétricas sólo para apreciar esa vertical perfecta que ejecutaba sobre la barra superior. Esos pies en punta, esas piernas que parecen infinitas cuidadosamente alineadas con su cadera y torso. Esa imagen inmejorable del cuerpo humano en su estado más bello, digno de ser considerado una obra de arte.
"La pequeña comunista que no sonreía nunca" de Lola Lafón me permitió conocer a Nadia desde sus defectos. Es un libro hermoso, en el que el lector se sienta al lado de Lafón y comprende que la autora es también una espectadora. Los diálogos telefónicos que intercambió con Nadia, las notas, los recuerdos contados en primera persona. Cada palabra y frase está escrita a fin de pintar un gran cuadro sobre la vida poco perfecta de la niña 10.
O carte interesantă axată pe viața Nadiei Comăneci-în principal pe cariera ei de gimnastă. Nadia Comăneci, prima gimnastă care a luat nota 10, și unul dintre puținele nume pe care străinii le știu atunci când sunt întrebați de România... Care au fost provocările ei, ce a determinat succesul ei, a fost un simbol al propagandei comuniste?
Au fost scurte istorisiri pe care le-am savurat și care se potrivesc cu poveștile auzite despre perioada comunistă: cum erau îmbunați superiorii pentru a li se permite fetelor din Onești să concureze, sacrificiile făcute de gimnaste (rănile, foamea continuă, condițiile din sala), micile bucurii, momente de fericire când primeai ceva, modul în care tratate gimnastele românce față de gimanstele din țările mai bine privite...toate se potriveau cu acea imagine construită în mintea mea și afectată de poveștile celor care au trăit acele vremuri.
Mi-au plăcut posibilitățile-nu era o poveste standard, ci construită pe presupuneri și dialogul cu Nadia. Totuși mi s-a părut că autoarea nu avea imaginea completă (se vedea că nu a trecut prin comunism, îl cunoaște doar teoretic și mai ales părțile vizibil negative, nu înțelegea cum se raportează românii la comunism, Nadia sau la perioada actuală, dar avea și avantajul unei priviri obiective scutite de idolatrizarea Nadiei ca simbol național sau respingerea ei ca răsfățată a regimului sau colaborator).
Este libro nos lleva tras bambalinas en la vida de la sorprendente gimnasta Nadia Comaneci y su relación con su famoso entrenador, Bela Karolyi. Los espectadores sólo tenemos permitido ver el glamour de los eventos deportivos, olvidándonos de la vida de sacrificios, penurias y penas de estos atletas. Muchos, yo entre ellos, lo considerarían un precio muy alto por pagar por unos cuantos años de fama. Nadia vivió en los tiempos del dictador Ceausescu en Rumania y este libro nos presenta una imagen de lo que era la vida para sus habitantes en esos tiempos y de las artimañas a las que deben recurrir estos asesinos para mantenerse en el poder. Me hubiera gustado que la autora se adentrara más en la personalidad de Nadia, pues me quedé con la impresión de una persona totalmente inaccesible e inalcanzable. Lo que sí me queda claro es que es un crimen lo que se hace con todos los atletas-niños. Les roban sus mejores años y los dejan marcados para el resto de sus vidas. Siento que faltó profundizar en este aspecto.
I don't think I understood what was happening in this book. Is the author really corresponding with Nadia? It reminded of being a kid and reading The Sleepover Friends and wondering what it was like for them to grow up in a world without being able to read The Sleepover Friends, or were they also reading those wonderful books and living them at the same time?
The title really got me. I am a sucker for anything about the Cold War, especially the later half. And the actual story part was okay but the parts with the author talking to Nadia were just too distracting and not what I wanted to read. The ending really wrapped things up nicely and really showed how we treat our heroes after we are finished with them. It reminded me why I hate sports, especially when it involves kids.
If you are interested in Communist Romania and gymnastics, try this book.
Le habría puesto mayor puntuación si durante la lectura me hubiera sido más fácil discernir la realidad de la ficción y si los testimonios y reacciones de Nadia fueran todos reales y no imaginados por la autora.