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Heloíse não pode sair: E se uma parte sua desaparecesse?
YCA
Paperback
Published December 17, 2023
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Community Reviews
Displaying 1 - 6 of 6 reviews
October 1, 2024
Quando comecei a ler, tive medo de não gostar tanto assim por causa da faixa etária dos protagonistas. O livro é bem escrito, e o suspense encaixa perfeitamente na história. Achei a autora muito respeitosa em não explorar de forma sensacionalista o que engatilhou o Sistema, e o recurso narrativo utilizado para explicar a cabine de comando foi muito didático além de acrescentar elementos que facilitaram na visualização do Sistema todo. Achei gostoso de ler, dentro do tom e adequado.
February 8, 2025
Começo dizendo que cai pela minha inocência de ler "um novo amor" na sinopse e não interpretar logo de cara estar diante de um romancezinho adolescente, mesmo que em partes, não seja apenas isso.
Eu entendo que parte da experiência de se apaixonar seja uma forma de demonstrar que uma pessoa com transtorno(s) na adolescência, não deixa de estar vivendo essa fase ou que não tenha permissão de compartilhar as vivências mais comuns. Ainda sim, o foco aqui ser o romance acaba limitando uma história notável como esta. Todos os nove alters precisavam de uma rede de apoio, ainda mais pessoas de sua faixa etária, não só um mulequezinho alá feministo que soca uma árvore quando está com raiva. (Observação, não vou superar esse trecho, nunca)
Gostei muito do Ricardo e achei extremamente importante a existência de seu personagem, assim como adorei os alters embora Hélio e Heloíse tenham um grande problema de apresentação pra mim. Ao meu ver, a introdução dúbia de Hélio, um relato vago de seu afastamento seguido de seus pensamentos inseguros, não me tirava da cabeça que ele era o rei da coitadolândia, sensação que me trazia um amargor quase palpável com o fato de uma situação extremamente séria estar envolvida. E aí vem Heloíse, que não ganhou sequer um narração só sua, com um final que teria um impacto muito maior sem o romancezinho barato heteronormativo corroendo as páginas.
Desejei tanto a magnífica felicidade de uma cena onde os alters têm uma aproximação maior com os colegas virando amigos pra acabar só com uma frase de que "eles conheceram pessoas legais".
De certo, a falha principal no texto para mim é a ambiguidade entre a troca de alters na narração. Uma linha tênue entre criar um mistério e deixar um espaço confuso e vazio que só é preenchido em cenas completas com um único outro personagem, o Franco. Ainda reclamando dele, porque não tive apego algum, quase desenvolvi certa aversão.
Muito ficou de fora, até o fato do livro se passar no Brasil, coisa que eu esquecia constantemente pela ausência de ambientação.
Não é só de reclamações que quero preencher essa resenha, ainda mais que me sinto mesquinha enquanto escrevo por ter falado tanto, mas acho que as frustrações jorraram descontroladas.
A autora fez um trabalho impressionante em seus estudos sobre o TDI e acredito que isso seja o fator primário do meu desgosto pelo meio do caminho. Foram parágrafos e mais parágrafos tão importantes com um tema tão pouco falado, que em mim existia sempre a vontade de querer mais. Essa parte, foi uma execução incrível e que me manteve na história e eu espero conhecer mais obras futuramente.
Só não se continuar tendo romance incluído nos livros... É, vou parar por aqui.
Juro de dedinho que mesmo com tantas lamúrias minhas, este livro vale a nota média que atualmente se encontra no skoob (3,8)
Eu entendo que parte da experiência de se apaixonar seja uma forma de demonstrar que uma pessoa com transtorno(s) na adolescência, não deixa de estar vivendo essa fase ou que não tenha permissão de compartilhar as vivências mais comuns. Ainda sim, o foco aqui ser o romance acaba limitando uma história notável como esta. Todos os nove alters precisavam de uma rede de apoio, ainda mais pessoas de sua faixa etária, não só um mulequezinho alá feministo que soca uma árvore quando está com raiva. (Observação, não vou superar esse trecho, nunca)
Gostei muito do Ricardo e achei extremamente importante a existência de seu personagem, assim como adorei os alters embora Hélio e Heloíse tenham um grande problema de apresentação pra mim. Ao meu ver, a introdução dúbia de Hélio, um relato vago de seu afastamento seguido de seus pensamentos inseguros, não me tirava da cabeça que ele era o rei da coitadolândia, sensação que me trazia um amargor quase palpável com o fato de uma situação extremamente séria estar envolvida. E aí vem Heloíse, que não ganhou sequer um narração só sua, com um final que teria um impacto muito maior sem o romancezinho barato heteronormativo corroendo as páginas.
Desejei tanto a magnífica felicidade de uma cena onde os alters têm uma aproximação maior com os colegas virando amigos pra acabar só com uma frase de que "eles conheceram pessoas legais".
De certo, a falha principal no texto para mim é a ambiguidade entre a troca de alters na narração. Uma linha tênue entre criar um mistério e deixar um espaço confuso e vazio que só é preenchido em cenas completas com um único outro personagem, o Franco. Ainda reclamando dele, porque não tive apego algum, quase desenvolvi certa aversão.
Muito ficou de fora, até o fato do livro se passar no Brasil, coisa que eu esquecia constantemente pela ausência de ambientação.
Não é só de reclamações que quero preencher essa resenha, ainda mais que me sinto mesquinha enquanto escrevo por ter falado tanto, mas acho que as frustrações jorraram descontroladas.
A autora fez um trabalho impressionante em seus estudos sobre o TDI e acredito que isso seja o fator primário do meu desgosto pelo meio do caminho. Foram parágrafos e mais parágrafos tão importantes com um tema tão pouco falado, que em mim existia sempre a vontade de querer mais. Essa parte, foi uma execução incrível e que me manteve na história e eu espero conhecer mais obras futuramente.
Só não se continuar tendo romance incluído nos livros... É, vou parar por aqui.
Juro de dedinho que mesmo com tantas lamúrias minhas, este livro vale a nota média que atualmente se encontra no skoob (3,8)
July 25, 2024
Heloíse parece ser uma jovem do ensino médio tímida e comum, porém a adolescente têm várias personalidades/identidades dentro dela, e cada uma com características e responsabilidades distintas. Heloíse é quem cuida dos estudos e rotina diária. Então, quando Heloíse some e as demais identidades precisam se desdobrar para lidar com todo o turbilhão de emoções de sua vida amorosa, escolar, entre outras questões, tudo fica mais complicado.
Em outra vida já trabalhei na área da saúde e com isso, tive contato com muitas questões da área, incluindo o Transtorno Dissociativo de Identidade ou Transtorno de Múltiplas Personalidades. Nesse transtorno, o indivíduo possui uma ou mais personalidades distintas e geralmente é uma reação a algum trauma. Enquanto se ausenta de si mesma outra identidade assume.
Achei interessante a abordagem do assunto na obra, e a autora nos apresenta cada identidade com suas devidas funções na vida de Heloíse, nos mostrando de maneira intrincada e muito direcionada um "sistema" na vida da personagem, que é extremamente complexo.
Sem contar que falar que o assunto exige responsabilidade, ao que a autora fez com maestria, trazendo empatia ao tema e sensibilidade na escrita; mostrando como cada identidade ficou emocionalmente abalada e experimentou suas dificuldades em lidar com as situações deixadas por Heloíse. Além de nos permitir compreender um pouco sobre as dificuldades de quem possui tal Transtorno e como pode ser exaustivo e difícil de muitas maneiras essa situação.
Um assunto sério, que com certeza é difícil em qualquer fase da vida, mas trago um olhar mais sensível à essa fase da adolescência em que passamos por tantos altos e baixos emocionais, muitas descobertas e época de formação do indivíduo.
Um romance que para além do entretenimento, conduz o leitor por assuntos sensíveis, reflexivos, instrutivos e nos instiga a prosseguir, ora em busca de compreensão, ora para sanar a curiosidade do que virá a seguir e também sobre o foco principal da motivação para Heloíse ter se ausentado de si mesma.
E se uma parte sua desaparecesse?
Saúde mental sempre é um assunto importante na vida e na literatura.
Em outra vida já trabalhei na área da saúde e com isso, tive contato com muitas questões da área, incluindo o Transtorno Dissociativo de Identidade ou Transtorno de Múltiplas Personalidades. Nesse transtorno, o indivíduo possui uma ou mais personalidades distintas e geralmente é uma reação a algum trauma. Enquanto se ausenta de si mesma outra identidade assume.
Achei interessante a abordagem do assunto na obra, e a autora nos apresenta cada identidade com suas devidas funções na vida de Heloíse, nos mostrando de maneira intrincada e muito direcionada um "sistema" na vida da personagem, que é extremamente complexo.
Sem contar que falar que o assunto exige responsabilidade, ao que a autora fez com maestria, trazendo empatia ao tema e sensibilidade na escrita; mostrando como cada identidade ficou emocionalmente abalada e experimentou suas dificuldades em lidar com as situações deixadas por Heloíse. Além de nos permitir compreender um pouco sobre as dificuldades de quem possui tal Transtorno e como pode ser exaustivo e difícil de muitas maneiras essa situação.
Um assunto sério, que com certeza é difícil em qualquer fase da vida, mas trago um olhar mais sensível à essa fase da adolescência em que passamos por tantos altos e baixos emocionais, muitas descobertas e época de formação do indivíduo.
Um romance que para além do entretenimento, conduz o leitor por assuntos sensíveis, reflexivos, instrutivos e nos instiga a prosseguir, ora em busca de compreensão, ora para sanar a curiosidade do que virá a seguir e também sobre o foco principal da motivação para Heloíse ter se ausentado de si mesma.
E se uma parte sua desaparecesse?
Saúde mental sempre é um assunto importante na vida e na literatura.
May 2, 2024
Com uma escrita fluída, apesar de abordar um tema difícil e complicado a autora soube trazer de forma bem didática e leve o TDI( Transtorno dissociativo de identidade), após uma grande pesquisa acerca do assunto.
O início me lembrou um pouco o filme Divertidamente, quando começa a falar sobre os personagens ao qual vamos sendo apresentados no decorrer da leitura.
O início me lembrou um pouco o filme Divertidamente, quando começa a falar sobre os personagens ao qual vamos sendo apresentados no decorrer da leitura.
March 17, 2024
Livro muito bem construído e fluido, com muitas imersões. Impressionante e curioso o funcionamento da mente TDAH
May 13, 2024
Me encadei! O livro me prendeu do começo ao fim.
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